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MUNDO - O grupo aéreo Latam Airlines entrou com pedido de recuperação judicial nesta terça-feira (26) nos Estados Unidos. A principal empresa aérea da América Latina está à beira da falência devido à queda drástica nos negócios provocada pela pandemia de coronavírus. Em sua solicitação, o grupo explica que não consegue mais honrar seus compromissos financeiros.

Em seu comunicado oficial, a direção da Latam anuncia a reorganização do grupo "para garantir sustentabilidade no longo prazo", de acordo com o que está previsto no Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos. A lei americana concede um prazo para que as empresas se reorganizem financeiramente. Com isso, a Latam vai continuar operando os raros voos que ainda oferece.

"Argentina, Brasil e Paraguai não estão incluídos no processo de reorganização pelo Capítulo 11", cita o comunicado oficial da empresa. "A entidade da Latam no Brasil está em discussão com o governo brasileiro sobre próximos passos e suporte financeiro às operações brasileiras", diz o documento.

Segundo uma declaração feita em vídeo pelo presidente do grupo, Roberto Alvo, a empresa e suas filiais no Chile, Peru, Equador e Colômbia se comprometem a realizar uma reorganização voluntária, protegidas pela legislação americana. Eventualmente, a Latam poderá entrar com pedido de recuperação judicial também no Brasil e no Chile.

A Latam é a segunda companhia aérea da América Latina a buscar abrigo na legislação americana de falências, depois da Avianca. Fruto da fusão entre a brasileira TAM e a chilena LAN, a empresa operava antes da crise 1.400 voos diários em 26 países, transportava 74 milhões de passageiros por ano e empregava 42 mil funcionários. Em abril, ela havia reduzido 95% de seus voos e em maio havia anunciado a demissão de 1.400 funcionários.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a América Latina é o "novo epicentro" da pandemia de coronavírus. Os casos estão se multiplicando em todo o continente, principalmente no Brasil, que agora possui o segundo maior número de diagnósticos confirmados de Covid-19, depois dos Estados Unidos. A América Latina e o Caribe registraram mais de 41.000 mortes pelo vírus e mais de 766.000 casos no total, segundo uma contagem da agência AFP.

Lufthansa e Air France recebem injeção financeira estatal

As companhias aéreas, fortemente impactadas pela crise do coronavírus e sem perspectiva de recuperação em vários anos, iniciaram processos de demissão em massa, chegando a cortar milhares de empregos.

No final de abril, em uma carta aberta, as principais companhias aéreas europeias pediram apoio financeiro e regulatório "urgente" em nível europeu. Em 4 de maio, a Comissão Europeia autorizou o Estado francês a conceder uma ajuda de € 7 bilhões (US$ 7,65 bilhões) à Air France, que enfrenta sérias dificuldades devido à crise provocada pela pandemia de coronavírus.

Nesta segunda-feira (26), a companhia aérea Lufthansa e o governo alemão selaram um plano de resgate de € 9 bilhões (US$ 9,8 bilhões), que fará do Estado alemão o principal acionista do grupo, com 20% do capital.

"Antes da nova pandemia de coronavírus, a empresa estava com boa saúde e lucrativa e tinha boas perspectivas para o futuro", declarou em nota oficial o Ministério da Economia da Alemanha, anunciando a proposta de investimentos e empréstimos estatais. A Lufthansa informou, por sua vez, que o Estado alemão deixará de ser acionista da empresa no final de 2023.

A indústria aeroportuária mundial deve perder € 76 bilhões em faturamento em 2020, de acordo com sua federação, a ACI.

 

 

*Por: RFI

MUNDO - De acordo com o jornalista da ESPN Brian Windhorst, a NBA pode ter uma novidade quando retomar sua temporada, paralisada desde 12 de março por conta da pandemia do coronavírus.

Segundo Windhorst, há 'boas chances' dos playoffs da temporada serem realizados levando em conta apenas as 16 melhores campanhas, independente de conferência.

No atual formato, os oito melhores de cada conferência se enfrentam, com o duelo entre o vencedor do Leste e do Oeste sendo a final da NBA.

Se isso fosse mudado, seria possível Los Angeles Lakers e Los Angeles Clippers na final da NBA, por exemplo.

A NBA negocia para retornar no mês de julho e com uma sede única, possivelmente na Disney, em Orlando.

Por ser uma sede única, os problemas de viagem não existiriam e isso viabilizaria um playoff que não "respeitasse" as conferências.

Windhorst esclarece, no entanto, que uma mudança assim precisaria ser votada entre todos os donos de franquias.

Veja abaixo como seriam os playoffs hoje se não existisse a divisão por conferências:

(1) Milwaukee Bucks vs. (16) Orlando Magic

(8) Miami Heat vs. (9) Oklahoma City Thunder

(4) Los Angeles Clippers vs. (13) Dallas Mavericks

(5) Boston Celtics vs. (12) Philadelphia 76ers

(3) Toronto Raptors vs. (14) Memphis Grizzlies

(6) Denver Nuggets vs. (11) Indiana Pacers

(7) Utah Jazz vs. (10) Houston Rockets

(2) Los Angeles Lakers vs. (15) Brooklyn Nets

 

 

*Por: ESPN.com.br

MUNDO - A reabertura de lojas nos EUA entra para uma nova fase, na qual os varejistas se adequam a realidade “grab-and-go”, termo que define o ato de comprar e ir embora. Segundo eles, o hábito de experimentar maquiagens e testar brinquedos nas lojas, acabaram devido à pandemia de covid-19.

Com o cenário atual, o objetivo é deixar as compras mais seguras, rápidas e fáceis diante as mudanças de longo prazo nos hábitos e expectativas dos consumidores.

Lojas como a Apple estão checando a temperatura das pessoas na porta dos estabelecimentos. A Best Buy agenda horários de compras com os clientes. A Macy’s e a Nordstrom acabaram com consultas e serviços de beleza. Já a Gap fechou os provadores e banheiros das lojas.

A Sephora não permite mais que clientes experimentem produtos. Algumas lojas estão colocando as devoluções “em quarentena” por até 72 horas antes de colocá-las de volta nas prateleiras.

Na Child’s Play, loja de brinquedos de Washington, o proprietário Steven Aarons, que abriu a loja há 34 anos, conta com menos crianças nas lojas e menos compras por impulso. “Parece que estamos começando um negócio totalmente novo”, disse ele.

A empresa American Eagle investiu em pontos de coleta e máquinas de infravermelho que medem a temperatura dos clientes. Além disso, displays foram colocados na entrada das lojas, como “mesas de boas-vindas”, com frascos de desinfetante para as mãos, máscaras descartáveis e tapetes azuis que limpam as solas dos calçados.

“Queremos que as pessoas vejam algo novo assim que entrem na loja”, disse Andrew McLean, diretor comercial da empresa.

Os novos protocolos, que já foram implementados em quase 50% das 435 filiais nos EUA. “O tapete pegajoso, a mesa de boas-vindas – tudo isso desencadeia na mente do cliente a ideia de que as coisas estão diferentes”, afirmou McLean.

 

 

*Por: PODER360

MUNDO  - O governo americano anunciou neste domingo, 24, a proibição da entrada de viajantes estrangeiros provenientes do Brasil.

A ameaça de limitar voos vindos do País vinha sendo mencionada publicamente pelo presidente americano, Donald Trump, desde o final de abril. Na sexta-feira, no mesmo dia em que a Organização Mundial da Saúde classificou a América Latina como novo epicentro do vírus, dando destaque ao Brasil, a Casa Branca e o Departamento de Estado americano concordaram em oficializar a restrição, como antecipou o Estadão.

A medida anunciada barra estrangeiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias. A restrição passa a valer a partir das 23h59, no horário de Nova York, do dia 28 de maio. Ainda podem entrar no país aqueles que possuem residência permanente nos EUA, além de cônjuges, filhos e irmãos de americanos e de residentes permanentes. Estrangeiros que possuem visto específicos, como os que representam outros governos, também estarão excluídos da restrição.

Trump é considerado o principal aliado internacional do presidente Jair Bolsonaro e tem evitado críticas abertas ao brasileiro, mas deixou claro nas últimas semanas que não pouparia o País. “Eu não quero pessoas entrando e infectando nosso povo”, afirmou na terça-feira, quando o Brasil ultrapassou a marca de mil mortes diárias por covid-19.

A pressão para que o governo americano adotasse restrições à chegada de brasileiros cresceu na última semana, quando a situação no Brasil se agravou e passou a ser destaque na imprensa internacional. O prefeito de Miami, Francis Suárez, foi um dos que defenderam abertamente o bloqueio dos voos. O Brasil é considerado um epicentro da pandemia, com trajetória de rápido crescimento dos casos, enquanto os EUA caminham para um processo de reabertura econômica e de controle interno da primeira onda da epidemia, que deixou mais de 1,6 milhão de infectados e quase 100 mil mortos no país.

Fontes do governo brasileiro veem na iniciativa americana mais uma mensagem eleitoral de Trump. A Flórida, onde chegam quase metade dos voos hoje em operação entre Brasil e EUA, é um Estado-chave para a eleição presidencial americana, que ocorrerá em novembro.

A avaliação para impor a medida, entretanto, levou em consideração fatores além do eleitoral. Em 23 de março, um funcionário do alto escalão do Departamento de Segurança Interna disse a jornalistas que a rápida aceleração de casos na América Latina, com destaque para o Brasil, era acompanhada com preocupação nos EUA. Na época, o Ministério da Saúde informou que o Brasil tinha 1.891 casos de covid-19 confirmados e 34 mortes. Dois meses depois, o Brasil tem quase 350 mil casos confirmados e mais de 22 mil mortos.

Atualmente, há 13 voos semanais em operação entre os dois países, sendo que seis têm a Flórida como destino e outros sete, o Texas. Só a Latam tinha 49 viagens semanais entre os dois países. Com a restrição de entrada, as empresas podem continuar a operar as rotas, se desejarem, mas os passageiros que se encaixem na medida não poderão ingressar nos EUA. A tendência, portanto, é que o número de voos seja ainda mais reduzido.

O governo brasileiro adotou uma restrição geral à entrada de estrangeiros. Em 27 de março, editou uma portaria para proibir temporariamente a entrada de estrangeiros que chegassem ao País. Em 22 de maio, uma nova portaria renovou esta limitação, que vale para todas as nacionalidades e tem exceções semelhantes às previstas pelo governo americano.

Nos bastidores, o governo brasileiro diz ver com naturalidade a medida americana. Na prática, no entanto, a diplomacia do País atuou para evitar essa barreira. Em abril, o encarregado de negócios pela Embaixada do Brasil em Washington, Nestor Forster, chegou a enviar uma carta ao governador da Flórida, Ron de Santis, na qual argumentou que a maioria dos voos era usada para repatriar brasileiros que estão nos EUA e para o transporte de cargas. Forster também se colocou à disposição de De Santis, da Casa Branca e do Conselho de Segurança Nacional para compartilhar informações sobre as respostas do governo brasileiro para controlar a pandemia.

Esta é a quarta vez que Trump decide restringir o ingresso ao país para conter o avanço do vírus. O primeiro bloqueio foi imposto em 31 de janeiro sobre a China. Na sequência, os EUA limitaram a entrada de passageiros vindos do Irã, em fevereiro, e da União Europeia, Irlanda e Reino Unido, em duas decisões tomadas em março.

Na manhã deste domingo, 24, o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Robert O’Brien, afirmou durante entrevista à rede de TV CBS News que a ideia é “proteger o povo americano” e a expectativa é de que a decisão seja temporária. “Esperamos que seja temporário, mas em razão da situação no Brasil iremos tomar todos os passos necessários para proteger o povo americano”, afirmou O’Brien. As restrições impostas anteriormente pelo presidente continuam em vigor, mesmo depois de China e Europa mostrarem sinais de que a epidemia está sendo controlada.

REPERCUSSÃO

O assessor especial da presidência da República, Filipe Martins, se manifestou hoje, pelo Twitter, para dizer que a decisão dos Estados Unidos de barrar a entrada de estrangeiros com passagem recente pelo Brasil não é nada específico contra o Brasil.

"Ao banir temporariamente a entrada de brasileiros nos EUA, o governo americano está seguindo parâmetros quantitativos previamente estabelecidos, que alcançam naturalmente um país tão populoso quanto o nosso. Não há nada específico contra o Brasil. Ignorem a histeria da imprensa", postou Martins.

O Palácio do Planalto ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão do presidente norte-americano Donald Trump.

 

 

*Por:Beatriz Bulla / ESTADÃO

MUNDO - A Johnson & Johnson anunciou que vai parar de vender o talco Baby Powder, 1 dos principais produtos da empresa, nos Estados Unidos e no Canadá. A descontinuidade da marca vale somente para esses 2 países.

A Johnson & Johnson enfrenta processos de consumidores que alegam que o produto causa câncer. De acordo com a própria empresa, o talco representa 0,5% das vendas da companhia nos Estados Unidos.

Em nota, a empresa disse que a demanda pelo produto vinha caindo devido a mudanças de hábitos dos consumidores e à “desinformação a respeito da segurança” de seu uso.

 “Johnson & Johnson segue firmemente confiante na segurança do talco Baby Powder. Décadas de estudos científicos conduzidos por experts em todo o mundo atestam a segurança do nosso produto. Vamos continuar vigorosamente a defender o produto, sua segurança, e a combater as infundadas alegações contra ele e a companhia nos tribunais. Todas as decisões contrárias à companhia foram revertidos“, disse a empresa, em nota.

 

 

*Por: PODER360

MUNDO - Em anúncio surpreendente, o presidente dos Estados Unido (EUA), Donald Trump, revelou nessa segunda-feira (18) que está tomando hidroxicloroquina como medida de prevenção contra o coronavírus, apesar de alertas de especialistas sobre o uso do medicamento para combate à malária. "Estou tomando hidroxicloroquina", disse Trump a repórteres. "Estou tomando há uma semana e meia. Um comprimido por dia".

O presidente fez a revelação de forma voluntária durante entrevista coletiva, após se reunir com empresários do setor de restaurantes, que estão sofrendo os impactos da pandemia.

Há algumas semanas, Trump promoveu a droga como um potencial tratamento para a covid-19, tendo como base um relatório positivo quanto a seu uso no combate ao vírus, mas estudos subsequentes mostraram que o medicamento não é eficaz.

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) emitiu alerta sobre o uso do remédio. Em comunicado divulgado no dia 24 de abril, a FDA disse que está "ciente de relatos de sérios problemas de arritmia cardíaca" em pacientes de covid-19 tratados com a hidroxicloroquina ou com cloroquina, um medicamento mais antigo.

Donald Trump, de 73 anos, que é submetido frequentemente a testes para o vírus, disse que perguntou ao médico da Casa Branca se era ok tomar o medicamento, e o médico respondeu: "bem, se você quiser". O presidente, no entanto, se recusa a utilizar uma máscara de proteção na Casa Branca.

Imediatamente após os comentários de Trump, a Fox News entrevistou o médico Bob Lahita, professor de Medicina da Rutgers University, que alertou as pessoas para que não tomem hidroxicloroquina. "Não há efeitos que tenhamos visto, e tratamos diversos pacientes com isso", afirmou.

Trump disse que também tomou uma dose única de azitromicina, um antibiótico que visa a evitar infecções. Em conjunto com a hidroxicloroquina, ele afirmou que está tomando zinco. "Tudo que posso dizer é que, até aqui, pareço estar ok", afirmou o presidente.

 

*Por: Jeff Mason e Steve Holland - Repórteres da Reuters

MUNDO - Autoridades norte-americanas ainda não estão vendo aumento nos casos de coronavírus em locais que estão reabrindo, mas ainda é cedo para determinar essa tendência, disse o secretário de Saúde dos Estados Unidos (EUA), Alex Azar, nesse último domingo (17).

"Estamos observando que em lugares que estão abrindo, não estamos vendo esse aumento nos casos", disse Azar no programa State of the Union, da CNN. "Ainda vemos aumento em algumas áreas que estão fechadas".  

Ele afirmou, no entanto, que identificar e relatar novos casos leva tempo. Uma parte crítica da reabertura será a vigilância de sintomas semelhantes aos da gripe na população e outros dados de internações hospitalares, bem como o teste de indivíduos assintomáticos.

 "Ainda é cedo", advertiu Azar em entrevista ao Face the Nation, da CBS. Para ele, os dados levarão algum tempo para chegar de estados que reabriram cedo, como a Geórgia e Flórida.

Quase todos os 50 estados dos EUA começaram a permitir que alguns negócios reabram e os moradores se movam mais livremente, mas apenas 14 cumpriram as diretrizes do governo federal, para suspender medidas destinadas a combater a pandemia, segundo análise da Reuters.

A presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, disse ser impossível, sem mais testes, conhecer a trajetória do vírus, que matou quase 90 mil pessoas no país.

"Não temos ideia do tamanho desse desafio para o nosso país, porque ainda não testamos o suficiente", afirmou Pelosi à CBS.

Lei aprovada pela Câmara dos Deputados na sexta-feira (15) indica as chaves para uma reabertura bem-sucedida: testes, rastreamento e tratamento, disse ela. Os republicanos classificaram o projeto como morto ao chegar ao Senado.

Os EUA ficaram muito atrás da maioria dos outros países em testes de coronavírus, que as autoridades de saúde pública consideram essenciais para evitar novos surtos.

Azar colocou a responsabilidade nos governos locais em lidar com os planos de reabertura, no momento em que norte-americanos confinados começam a se reunir em bares, praias e parques.

"Essas são determinações muito localizadas. Não há uma fórmula única para reabrir, mas precisamos reabrir, porque não se trata de saúde versus economia. É saúde versus saúde", disse ele.

 

 

*Por: Doina Chiacu - Repórter da Reuters - Washington

*Agência Brasil

MUNDO - O presidente americano, Donald Trump, encerrou abruptamente nesta segunda-feira (11) a coletiva de imprensa diária sobre o enfrentamento do novo coronavírus no país, após se envolver em uma áspera discussão com uma repórter americana de origem asiática.

Weijia Jiang, repórter da CBS News, perguntou a Trump porque ele continuava a insistir em que os Estados Unidos estavam se saindo melhor do que outros países nas testagens do coronavírus.

"Por que isso importa?", perguntou a jornalista. "Por que isto é uma competição mundial quando, todos os dias, americanos ainda estão perdendo suas vidas?".

"Estão perdendo vidas em todas as partes do mundo", reagiu Trump. "E talvez esta seja uma pergunta que você deveria fazer à China. Não me pergunte, faça esta pergunta à China, OK?"

Jiang, que se identifica em seu perfil do Twitter como uma "oeste-virginiana nascida na China", retrucou.

"Senhor, por que está dizendo isso a mim especificamente?", perguntou, sugerindo que se devia à sua raça.

"Estou dizendo a todo aquele que fizer uma pergunta maldosa como esta", respondeu Trump.

Quando tentou passar para outro repórter, Jiang continuou a pressioná-lo por uma resposta.

Trump chamou outra jornalista, mas imediatamente se dirigiu a uma terceira.

Quando as mulheres tentaram lhe fazer a pergunta da colega asiática, Trump abruptamente encerrou a coletiva e voltou para a Casa Branca.

As reações de apoio a Jiang apareceram rapidamente na Internet e a hashtag #StandWithWeijiaJiang (Apoie Weijia Jiang, em tradução livre) se tornou rapidamente um dos assuntos mais comentados no Twitter, recebendo a adesão de personalidades como o ator de 'Star Trek' e ativista asiático-americano George Takei.

Trump, que nunca omitiu a irritação com a imprensa, costuma ter atritos com jornalistas durante suas coletivas sobre o coronavírus.

Mais de 80.000 pessoas morreram nos Estados Unidos na pandemia do novo coronavírus, com mais de 1,3 milhão de infectados, segundo os números mais recentes desta segunda-feira (11) da Universidade Johns Hopkins.

O número de mortos nos Estados Unidos é, de longe, o maior de um único país por COVID-19 em todo o mundo.

 

 

*Por: AFP


BRASÍLIA/DF - Mais de 30 entidades empresariais brasileiras e americanas encaminharam há uma semana uma carta para os governos de Brasil e Estados Unidos cobrando urgência na conclusão de ao menos uma parte do acordo bilateral de comércio que os países se dizem dispostos a negociar.
Lideradas pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a U.S. Chamber of Commerce, as entidades defendem que os representantes das duas nações assinem até junho ou julho acordos comerciais nas áreas que não envolvem necessidade de aprovação pelos Congressos dos países ou negociações em conjunto com o Mercosul.
A motivação da carta é a percepção de que, embora demonstrem boa vontade mútua, nem Donald Trump nem Jair Bolsonaro foram capazes de gerar resultados concretos da atual aproximação até agora. Para os empresários, após quase 17 meses de intensas negociações, as possíveis mudanças nas circunstâncias políticas de cada país podem levar a uma perda quase total do trabalho.


"Você pode ter cem conversas bilaterais, se nada muda depois delas, isso quer dizer que elas eram só papo mesmo. Se perdermos essa curta janela agora de ter um acordo entre Estados Unidos e Brasil, a próxima pode levar mais 20 anos para abrir", diz à BBC News Brasil Steven Bipes, vice-presidente da Advanced Medical Technology Association, associação americana de produtores de alta tecnologia médica, uma das signatárias da carta.
De acordo com Bipes, como o momento atual é especialmente favorável pela relação pessoal dos dois líderes, a possibilidade de que um dos dois saia de cena preocupa. O presidente americano Donald Trump concorrerá à reeleição daqui a seis meses, em novembro, em um pleito cujos resultados são imprevisíveis, em meio à pandemia de coronavírus que já matou mais de 60 mil americanos. Além disso, no Brasil, as sucessivas crises políticas ameaçam continuamente a estabilidade do governo Bolsonaro. O mandatário hoje enfrenta uma investigação no âmbito do Supremo Tribunal Federal que poderia desaguar em um processo de impeachment.
"O povo brasileiro gosta de grandes emoções, como diria o Roberto Carlos. Não podemos passar sem emoções diárias. Hoje nomeia novo chefe da Polícia Federal, amanhã 'desnomeia'. Mas a questão é que queremos que essa agenda do comércio entre os dois países seja vista como algo que qualquer governo, de qualquer um dos países, possa levar adiante", afirmou Carlos Eduardo Abiajodi, diretor de desenvolvimento da CNI.
Um acordo na mão


De acordo com Abrão Árabe Neto, vice-presidente-executivo da Amcham Brasil, um acordo completo de livre comércio é desejado pelo empresariado dos dois países, mas a complexidade de uma negociação como essa pode fazer com que o resultado final leve anos para chegar. Exemplo disso seriam os 20 anos de trabalho para a conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia ou os sete anos para a elaboração do Tratado de Comércio Transpacífico, envolvendo 12 países banhados por esse oceano.
"Um acordo de livre comércio é uma viagem muito longa. O que estamos propondo é que façamos uma escala no meio dessa viagem, com esse pacote de medidas comerciais bilaterais aprovadas ainda em 2020. É já uma medida eficiente e que pode garantir o resto da viagem no futuro", diz Árabe Neto.
O pacote prevê a abolição de barreiras não-tarifárias: o corte em procedimentos burocráticos, conhecidos como facilitação de comércio, a adoção de boas práticas regulatórias, a unificação de regras para comércio eletrônico e propriedade intelectual, e o fim de barreiras técnicas e sanitárias.
"Na verdade, esse acordo não tarifário poderia ser até mais importante do que uma discussão de tarifas, que é longa e complexa. Estimamos hoje que as barreiras não tarifárias acabam por custar ao empresário entre seis e 12 vezes o valor das tarifas de importação e exportação atuais", argumenta Bites.
"É preciso dar uma forcinha"


Os empresários afirmam que, como essas medidas dependem só de atos dos dois Executivos, elas poderiam ser tomadas a qualquer momento. "Esse trabalho dos países poderia ser mais proveitoso. Tem coisas que a gente não consegue explicar ou justificar porque ainda não aconteceram. A gente de vez em quando tem que dar uma forcinha", diz Abiajodi.
De acordo com Bipes, há uma percepção no mercado de que o patamar de negociações mudou após o jantar entre os dois presidentes e alguns ministros em Mar-a-Lago, na Flórida, no começo de março. À mesa, Trump explicitou suas preocupações quanto à concorrência entre produtos agrícolas brasileiros e americanos e teria sido convencido de que esses aspectos poderiam ser contornados em uma negociação.
Há dez dias, o Itamaraty e o Representante de Comércio dos Estados Unidos divulgaram um comunicado conjunto em que afirmam que "ambos os países concordaram em acelerar seu diálogo comercial em andamento na Comissão de Relações Econômicas e Comerciais (ATEC) - Brasil-EUA, com o objetivo de concluir em 2020 um acordo sobre regras comerciais e transparência, incluindo facilitação do comércio e boas práticas regulatórias".
Mas especialistas nesse tipo de negociação diplomática veem com ceticismo a possibilidade de que algum acordo acabe finalmente anunciado nos próximos meses, durante um ano eleitoral.


Até porque, ainda que Trump possa mesmo estar mais simpático à ideia de um comércio facilitado entre os dois países, sua base eleitoral é composta por fazendeiros que não veem com bons olhos a entrada sem restrição de produtos brasileiros no mercado dos Estados Unidos. Para a plataforma de campanha do americano, cujo mote é "America First" (Estados Unidos primeiro), o anúncio de uma medida como essas poderia soar contraditória.
"Hoje Brasil e Estados Unidos não têm nenhum acordo. A gente sabe que é mais difícil sair do zero para alguma coisa do que depois seguir melhorando o que se tem. É o mais perto que chegamos de sair do zero. A ver se vamos mesmo conseguir nos mover", resume Bipes.

 

MUNDO - O período mais longo de crescimento da história dos Estados Unidos acabou oficialmente. A economia caiu 4,8% no primeiro trimestre —se considerada a comparação com o mesmo período de 2019—, sobrecarregada pelo início do surto de coronavírus no país, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento de Comércio e que marcam o ponto de virada entre dois ciclos que parecem duas eras. Em meados de março, a NBA cancelou sua liga, os teatros da Broadway fecharam, as grandes fábricas de Michigan pararam. A primeira potência mundial iniciou um apagão autoimposto em meio mundo para deter a escalada de contágios. O declínio recém-divulgado é mais profundo do que o esperado, mas parece até irrelevante comparado ao que se prevê para abril a junho, um trimestre que registrará o impacto da tamanha hibernação: as taxas previstas de derrocada da economia variam de 30 %, 40% e até 60% em cifras anualizadas.

Os Estados Unidos não sofrem um desastre dessa dimensão desde a Grande Depressão (a crise de 1929), e o medo de repetir esse trauma econômico continua com bases sólidas. Desde o início da crise da covid-19, mais de 26 milhões de norte-americanos solicitaram os subsídios do seguro-desemprego, um volume que não acontecia desde o início dos registros (na década de 1940) e que equivale a um em cada seis trabalhadores assalariados. Nesta quinta-feira, quando forem divulgados os novos dados da semana, a proporção pode chegar a um em cada cinco. Assim, o país que em fevereiro vivia uma situação de quase pleno emprego (3,5% de desemprego) pode chegar a 20% de desempregados. Em 1933, o pior ano da depressão, alcançou 25%.

Fica para trás uma década prodigiosa, e mais do que isso. A expansão econômica nos Estados Unidos batera o recorde anterior de 120 meses consecutivos de crescimento, registrado no período de bonança prévio à crise das pontocom em 2001, durante a presidência de Bill Clinton.

O declínio recém-divulgado é mais profundo do que o esperado, mas parece até irrelevante comparado ao que se prevê para abril a junho, um trimestre que registrará o impacto da tamanha hibernação

A recuperação depois da Grande Recessão foi lenta e desigual: as famílias levaram quase 10 anos para retomarem o nível de renda antes do crash. Agora, em apenas seis semanas, perderam-se todos os empregos criados desde então, e o olhar para o futuro imediato dá vertigem. O preço de um barril de petróleo West Texas, referência no país, caiu tanto na semana passada que o vendedor chegou a pagar para se desfazer dele.

Com a economia virada de cabeça para baixo, famílias inteiras sem trabalho e filas intermináveis ​​de carros esperando receber comida como caridade, vários Estados, como Geórgia, Texas e Carolina do Sul, já começaram a reativar a vida, apesar dos pedidos de cautela de médicos especialistas. O país como um todo acabou de superar um milhão de infectados, quase um terço de todos os confirmados no mundo, e mais de 57.000 mortes (no entanto, como são 330 milhões de habitantes, a taxa de mortalidade por esta pandemia é muito menor do que a de países como a Espanha). E, apesar de que em regiões importantes como Nova York, epicentro do problema, a taxa de hospitalizações está diminuindo, o volume de infecções vem aumentando em áreas mais rurais.

O cálculo de quanto convém reduzir as restrições, de quanto mais paralisação econômica o país pode suportar, é complicado em todas as partes. O Governo federal já injetou 3 trilhões de dólares (16,2 trilhões de reais) em ajuda e estímulos para salvar a economia, mas o confinamento causa estragos.

Em meados de março, quando tudo começou a desmoronar, na emissora pública PBS perguntaram a Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do FMI e professor de Harvard, com o que se poderia comparar o que estava acontecendo e ele respondeu que o mais parecido seria “uma invasão alienígena”. “Nem sequer pode ser comparado à gripe espanhola de 1918, porque aquilo foi depois da Primeira Guerra Mundial e as coisas já estavam ruins. Aqui os alienígenas estão nos invadindo, estão dizendo que temos de ir para casa e não sair, e a curto prazo sofreremos uma recessão tão brusca como só se viu na Segunda Guerra Mundial", afirmou.

 

 

*Por: Amanda Mras / EL PAÍS

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