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ISRAEL - Citado pela AFP, um responsável da administração dos pontos de passagem fronteiriços na Faixa de Gaza disse que "nenhum portador de passaporte estrangeiro poderá sair da Faixa de Gaza antes de os feridos poderem ser transportados para a passagem de Rafah", na fronteira com o Egito.

Uma fonte dos serviços de segurança egípcios adiantou que nenhum ferido ou portador de passaporte estrangeiro chegou hoje a Rafah.

Segundo a fonte, as travessias foram suspensas após o bombardeamento de ambulâncias que transportavam feridos em direção à passagem fronteiriça com o Egito.

Fontes do Hamas avançaram que Israel recusou autorizar a saída para o Egito de numerosos feridos, cujos nomes constavam numa lista enviada às autoridades egípcias.

O movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, território palestiniano, lançou em 07 de outubro um ataque sem precedentes contra Israel, causando a morte de mais de 1.400 pessoas e fazendo 241 reféns, segundo as autoridades israelitas.

Israel tem retaliado com ataques contra Gaza, que já mataram mais de nove mil pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - As Forças de Defesa de Israel disseram ter atacado na terça (31) o Batalhão Central de Jabalia, na região do campo de refugiados homônimo, considerado o maior da região -abrigava 116 mil pessoas antes do início do conflito atual, segundo dados da ONU.

A ação teria matado ao menos 50 pessoas. Tel Aviv descreve todas como terroristas ligados ao Hamas. O Ministério da Saúde em Gaza, ligado à facção, por sua vez, diz tratarem-se de mártires, maneira como se refere aos mortos deste conflito, sejam eles civis ou pessoas ligadas ao braço armado do grupo que controla a região.

De acordo com Tel Aviv, a ofensiva matou Ibrahim Biari, um comandante militar do Hamas considerado um dos responsáveis pelos ataques em 7 de outubro, que dispararam a nova guerra no Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista palestino da Faixa de Gaza.

Ele era procurado há anos por Israel, sendo considerado responsável por um ataque no porto de Ashdod que matou 13 pessoas em 2004, além de várias ações contra as Forças de Defesa.

O diretor de um hospital de Jabalia já havia dito à rede qatari Al Jazeera que um bombardeio havia deixado 50 mortos. O Ministério da Saúde de Gaza reiterou a cifra: "Mais de 50 mártires e cerca de 150 feridos e dezenas de pessoas sob os escombros devido a um massacre israelense atroz que atingiu uma grande área de casas no campo de Jabalia".

Ao falar sobre o episódio o porta-voz de Tel Aviv Jonathan Conricus, em transmissão ao vivo, afirmou que há relatos ainda não confirmados de mortes de civis. "Quero reforçar que tomamos todas as precauções para ter o mínimo de efeito colateral possível em civis; estamos em uma guerra, na qual fomos forçados a entrar pelo Hamas."

Outro militar, o tenente-coronel Richard Hecht, também falou sobre o tema durante entrevista à rede americana CNN. Questionado sobre a razão para o ataque ter ocorrido mesmo sob ciência de que Jabalia é uma região majoritariamente habitada por refugiados, o israelense respondeu que isso se trata "da tragédia da guerra".

Segundo comunicado da Defesa, um complexo de túneis usados pelo Hamas na região colapsou em decorrência dos ataques. Não está claro se, ainda segundo a versão apresentada por Tel Aviv, o comandante estava dentro dele ou em algum outro prédio.

A corporação afirma que a operação foi conduzida pela Brigada Givati e dividida em duas partes. Soldados israelenses teriam inicialmente matado terroristas durante um combate, e, na sequência, aeronaves fizeram ataques adicionais ao local.

Em sua declaração diária, o principal porta-voz dos militares, Daniel Hagari, disse que o local atacado serviu como centro de treino para os ataques do início deste mês no sul israelense.

A Defesa também divulgou uma imagem aérea com inscrições de quais áreas teriam sido atacadas. No material, afirma que infraestruturas civis -como uma escola, uma estação de água, um centro médico e duas mesquitas- teriam ficado de foram da zona de bombardeio que, por sua vez, incluiria um centro de inteligência, um de lançamento de foguetes e outro de produção de armas.

Jabalia é um dos principais campos de refugiados do Oriente Médio e agora está na linha de frente da ação terrestre iniciada na sexta (27), de forma gradual, por Israel. Tanques israelenses atuam na área, assim como no sul da zona de exclusão para civis -que não impede Tel Aviv de bombardear outros pontos da faixa fora dela.

Gaza conta com oito campos de refugiados, locais com construções precárias e densamente povoados formados a partir de 1948. O ano de criação do Estado de Israel também marca a chamada "nakba", o deslocamento forçado de palestinos de seus lugares de origem em meio à primeira guerra árabe-israelense. Cerca de outros 50 campos estão distribuídos pela Cisjordânia ocupada e por nações da vizinhança -a saber: Síria, Líbano e Jordânia.

A ONU considera refugiados palestinos todos aqueles forçados a se deslocar em meio à nakba, bem como todos os seus descendentes. Calcula-se que, ao todo, sejam cerca de 6 milhões atualmente.

Se confirmada, a morte de Biari é um golpe duro para a organização local do grupo na região. Israel tem anunciado quase diariamente o assassinato de terroristas de relevo do Hamas. A invasão de Gaza não ocorreu de forma maciça ainda, contudo, e há pressões diversas sobre o governo de Binyamin Netanyahu para que ele tenha comedimento.

Um dos fatores incertos é o futuro dos 240 reféns, segundo a Defesa, ainda em mãos do Hamas -o grupo fala em 250, dos quais ao menos 50 teriam morrido, mas ninguém sabe exatamente o número certo. O que se sabe é que eles podem estar nos túneis da facção, que somam alegados 500 km de rede sob Gaza, e isso sugere a necessidade de um trabalho de inteligência forte antes de ataques.

Ao falar sobre o episódio desta terça, Tel Aviv voltou a acusar o Hamas de usar vítimas como escudos humanos. "[O Hamas] não se preocupa com os residentes de Gaza", disse o porta-voz Daniel Hagari. "Construiu de forma intencional toda a sua infraestrutura por baixo de casas de civis e está por trás do colapso de Gaza."

O ataque à região de Jabalia despertou críticas de nações árabes. No X, a chancelaria da Jordânia disse condenar o ataque "liderado por Israel, força ocupante que é responsável pelo perigoso desenrolar desse conflito". Já a diplomacia saudita disse que as ações de Tel Aviv conduzem a uma catástrofe humanitária.

A Al Jazeera relatou, horas após os ataques, que 19 familiares de um de seus funcionários, Mohamed Abu Al-Qumsan, foram mortos. Entre eles, seu pai, duas de suas irmãs, um irmão, duas cunhadas, um tio, além de 12 sobrinhos e sobrinhas.

À rede americana CNN Mohammad Ibrahim, que testemunhou o ataque, disse que o que parecia ser um caça F-16 lançou mais de sete mísseis no local. Ele estava em uma fila aguardando para comprar pão no bairro de al-Yafawiya. "Parecia o fim do mundo."

 

 

FOLHAPRESS

ISRAEL - Três semanas após o início da guerra entre Israel e Hamas, palestinos de Gaza invadiram no domingo (29) depósitos das Nações Unidas em busca de comida e itens básicos, segundo a organização. Diretor da agência para refugiados, Thomas White afirmou que os saques são um sinal preocupante de que a "ordem civil está começando a colapsar".

Em visita ao Nepal, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou que a situação em Gaza está cada vez mais desesperadora e endossou pedidos por um cessar-fogo. Além disso, o representante da ONU lamentou a intensificação dos ataques de Israel à região.

No início da semana, Guterres falou no Conselho de Segurança da ONU que estava preocupado com o que apontou como violações de direitos humanos em Gaza. As declarações provocaram indignação do governo de Israel, cujo embaixador nas Nações Unidas pediu a renúncia de Guterres.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - Crianças da Faixa de Gaza têm sido as principais vítimas do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas.

Segundo a ONU, desde o início dos bombardeios de retaliação de Israel após os ataques brutais perpetrados pelo Hamas em 7 de outubro, 2.360 crianças morreram e 5.364 ficaram feridas na Faixa de Gaza, ou seja, 400 mortas ou feridas por dia.

As crianças são quase 40% de todos os mortos no território, cerca de 6.500, segundo autoridades palestinas.

Além disso, mais de 30 crianças israelenses foram mortas pelo Hamas, e dezenas permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza.

É a escalada mais mortífera na Faixa de Gaza e em Israel que a ONU testemunhou desde 2006.

"Quase todas as crianças na Faixa de Gaza foram expostas a acontecimentos e traumas profundamente angustiantes, marcados por destruição generalizada, ataques implacáveis, deslocamentos e grave escassez de bens de primeira necessidade, como alimentos, água e medicamentos", disse em comunicado o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Para Adele Khodr, diretora regional da Unicef para o Oriente Médio e Norte de África, "o assassinato e a mutilação de crianças, o sequestro de crianças, os ataques a hospitais e escolas e a negação do acesso humanitário constituem graves violações dos direitos das crianças".

"A Unicef apela urgentemente a todas as partes para que concordem com um cessar-fogo, permitam o acesso humanitário e libertem todos os reféns. Até as guerras têm regras. Os civis devem ser protegidos — especialmente as crianças — e todos os esforços devem ser feitos para poupá-las em todas as circunstâncias", acrescentou.

Na terça-feira (24/10), os médicos de um hospital de Gaza conseguiram salvar um feto mediante uma cesariana de emergência — depois da sua mãe ter sido morta durante um ataque aéreo israelense.

Segundo o correspondente da BBC em Gaza, Rushdi Abualouf, a mãe ficou gravemente ferida durante um bombardeio à cidade de Khan Younis, no sul do território, área para onde, há dez dias, as autoridades israelenses aconselharam os palestinos a se deslocarem "por segurança".

O pai do bebê foi morto durante os ataques, enquanto a mãe grávida foi levada ao hospital, segundo Abualouf.

Naquela altura, a mãe ainda estava viva — "lutando pela sua vida e pela do seu filho", acrescentou o jornalista.

Em entrevista à emissora americana CNN, Abdul Rahman Al Masri, chefe do departamento de emergência do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Gaza, afirmou que "recebemos alguns casos em que os pais escreveram os nomes dos filhos nas pernas e no abdômen".

Ele disse que os pais estavam preocupados que "tudo pudesse acontecer" e ninguém seria capaz de identificar seus filhos.

Segundo a Unicef, a Cisjordânia também tem registrado um aumento alarmante no número de vítimas, com quase 100 palestinos mortos, incluindo 28 crianças — e pelo menos 160 menores supostamente feridas.

"Mesmo antes dos trágicos acontecimentos de 7 de outubro de 2023, as crianças na Cisjordânia já enfrentavam os níveis mais elevados de violência relacionada com o conflito em duas décadas, resultando na morte de 41 crianças palestinas e de seis crianças israelenses até agora este ano", informou o comunicado da Unicef.

Segundo Khodr, "a situação na Faixa de Gaza é uma mancha crescente na nossa consciência coletiva. A taxa de mortalidade e ferimentos de crianças é simplesmente impressionante".

"Ainda mais assustador é o fato de que, a menos que as tensões sejam aliviadas, e a menos que a ajuda humanitária seja permitida, incluindo alimentos, água, suprimentos médicos e combustível, o número diário de mortes continuará a aumentar."

O combustível é de suma importância para o funcionamento de instalações essenciais, como hospitais, usinas de dessalinização e estações de bombeamento de água.

As unidades de terapia intensiva (UTI) neonatal abrigam mais de 100 recém-nascidos, alguns dos quais estão em incubadoras e dependem de ventilação mecânica, tornando o fornecimento ininterrupto de energia uma questão de vida ou morte.

Segundo a ONU, toda a população da Faixa de Gaza, composta por quase 2,3 milhões de pessoas, enfrenta uma terrível e premente falta de água, que acarreta graves consequências para as crianças, cerca de 50% da população.

A maioria dos sistemas de água foi gravemente afetada ou tornou-se inoperacional devido a uma combinação de fatores, incluindo escassez de combustível e danos em infraestruturas vitais de produção, tratamento e distribuição.

"As imagens de crianças a serem resgatadas dos escombros, feridas e em perigo, enquanto tremem nos hospitais à espera de tratamento, retratam o imenso horror que estas crianças estão suportando. Mas sem acesso humanitário, as mortes causadas por ataques podem ser a ponta do iceberg", disse Khodr.

Segundo ela, "o número de mortes aumentará exponencialmente se as incubadoras começarem a falhar, se os hospitais fecharem, se as crianças continuarem a beber água imprópria e não tiverem acesso a medicamentos quando ficarem doentes".

 

'Violência de décadas'

Num relatório apresentado à Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira, Francesca Albanese, relatora especial das Nações Unidas sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados desde 1967 (Cisjordânia e Faixa de Gaza), afirmou que "as forças de ocupação israelenses matam, mutilam, deixam órfãs e detêm centenas de crianças no território palestino ocupado todos os anos".

Segundo ela, essa situação se agravou nas últimas semanas.

"A opressão e o trauma sofridos pelas crianças palestinas, metade da população palestina sob o domínio israelense, são uma mancha única na comunidade internacional", disse Albanese.

O relatório não cobre os acontecimentos de 7 de outubro e as suas consequências.

Albanese concluiu que Israel, apesar das suas obrigações "como potência ocupante", priva os palestinos e os seus filhos "dos seus direitos humanos básicos" como parte dos seus esforços para "impedir o desenvolvimento da sociedade palestina e para frustrar permanentemente o direito dos palestinianos à autodeterminação".

Segundo a ONU, de 2008 até 6 de outubro de 2023, 1.434 crianças palestinas foram mortas, e mais de 32.175 ficaram feridas, devido sobretudo à ocupação israelense.

Desse total, 1.025 foram mortas só em Gaza, desde que o bloqueio ilegal começou em 2007.

Durante o mesmo período, 25 crianças israelenses foram mortas, a maioria por agressores palestinos, e 524 ficaram feridas.

Entre 2019 e 2022, 1.679 crianças palestinas e 15 crianças israelenses sofreram lesões físicas duradouras, o que deixou muitas delas permanentemente incapacitadas.

Segundo a ONU, uma média de 500 a 700 crianças palestinas são detidas pelas forças de ocupação israelenses todos os anos — estima-se que 13 mil, na sua maioria, tenham sido detidas arbitrariamente, interrogadas, julgadas em tribunais militares e presas desde 2000.

"O enquadramento de Israel das crianças palestinas como 'escudos humanos' ou 'terroristas' para justificar a violência contra elas e os seus pais é profundamente desumanizante", disse Albanese.

"O inferno de hoje não pode obscurecer a violência das últimas décadas", acrescentou.

"Para enfrentar a crise, é fundamental compreender o que levou a ela. Isto não significa justificar ou minimizar os crimes hediondos cometidos contra civis israelenses em 7 de outubro; pelo contrário, obriga-nos a enfrentar esse horror no contexto daquilo que o precedeu."

"Devemos compreender o impacto devastador da ocupação de Israel e da presença colonial em constante expansão sobre gerações de crianças palestinas", acrescentou.

O relatório detalha as experiências diárias de violência das crianças por meio do confisco de terras familiares e expropriação de recursos, separação de comunidades, destruição de casas e meios de subsistência e ataques à sua educação.

"Gerações de crianças palestinas, quer na sitiada Faixa de Gaza, nos enclaves da Cisjordânia ou na Jerusalém Oriental anexada, viram as suas vidas reduzidas ao mínimo e, com demasiada frequência, interrompidas como dispensáveis", disse Albanese.

"Isso é profundamente "não-infantil": tira a leveza da infância e rouba o futuro das crianças", completou.

A relatora especial instou a comunidade internacional "a pôr fim imediatamente à ocupação ilegal de Israel, sancionar os seus atos internacionalmente ilícitos, processar todos os crimes internacionais cometidos por todos os envolvidos no território palestiniano ocupado e criar um grupo de trabalho para desmantelar a ocupação colonial como condição prévia para a paz na região".

 

Saúde Mental

Estudos realizados após conflitos anteriores entre o Hamas e Israel mostraram que a maioria das crianças em Gaza apresentava sintomas de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Após a Operação Pilar de Defesa em 2012, um relatório da Unicef mostrou que 82% das crianças tinham medo contínuo ou habitual da morte iminente.

Além disso, 91% das crianças relataram distúrbios do sono durante o conflito; 94% disseram que dormiram com os pais; 85% relataram alterações no apetite; 82% sentiram raiva; 97% sentiram-se inseguras; 38% sentiram-se culpadas; 47% roíam as unhas; 76% relataram coceira ou mal-estar.

Após a Operação Chumbo Fundido, a guerra de três semanas em 2008-09, um estudo realizado pelo programa comunitário de saúde mental de Gaza (GCMHP) constatou que 75% das crianças com mais de seis anos sofriam de um ou mais sintomas de stress pós-traumático: com uma em cada dez apresentando todos os sintomas.

Na ocasião, Hasan Zeyada, psicólogo do GCMHP, disse ao jornal britânico Guardian: "A maioria das crianças sofre muitas consequências psicológicas e sociais. A insegurança e os sentimentos de desamparo e impotência são avassaladores".

"Observamos crianças ficando mais ansiosas — distúrbios do sono, pesadelos, terror noturno, comportamentos regressivos como agarrar-se aos pais, fazer xixi na cama, ficar mais inquietas e hiperativas, recusar-se a dormir sozinhas, querer estar o tempo todo com os pais, oprimidas por medos e preocupações. Algumas começam a ser mais agressivas."

Os especialistas também notaram um aumento nos sintomas psicossomáticos, como febre alta sem razão biológica ou erupção na pele pelo corpo.

Um relatório do ano passado da ONG Save the Children sobre o impacto do bloqueio de 15 anos de Israel e os repetidos conflitos na saúde mental das crianças em Gaza concluiu que o seu bem-estar psicossocial tinha "diminuído dramaticamente para níveis alarmantes".

As crianças ouvidas pela agência humanitária "falaram de medo, nervosismo, ansiedade, stress e raiva, e listaram problemas familiares, violência, morte, pesadelos, pobreza, guerra e a ocupação, incluindo o bloqueio, como as coisas de que menos gostaram nas suas vidas".

 

 

BBC NEWS BRASIL

ISRAEL - Uma das quatro reféns soltas pelo Hamas desde que o grupo terrorista invadiu o território israelense, em 7 de outubro, Yocheved Lifshitz, 85, descreveu na terça-feira (24) sua experiência durante os 17 dias que passou em cativeiro na Faixa de Gaza.

"Passei pelo inferno", disse ela à imprensa em um hospital de Tel Aviv, ainda visivelmente cansada. Ela ressaltou, porém, que foi bem tratada durante o período, e seu relato indica que a facção mantém uma operação estruturada, que inclui médicos, paramédicos e seguranças.

Ela e Nurit Cooper, 79, foram soltas na segunda-feira (23) após negociações mediadas pelo Qatar e pelo Egito. Apenas outras duas pessoas da cifra dos mais de 200 indivíduos sequestrados divulgada por Tel Aviv foram libertadas desde o início da guerra -as americanas Judith e Natalie Raanan, mãe e filha, em 20 de outubro.

Lifshitz é moradora de Nir Oz, um dos kibutzim próximos à fronteira com Gaza atacados pelos terroristas em sua incursão ao território do início do mês. Segundo a Kan, emissora pública israelense, acredita-se que um terço dos 400 residentes do kibutz foram mortos ou sequestrados na data. Autoridades de Israel não confirmaram o número, mas estimam que cerca de 1.400 de seus cidadãos morreram durante o ataque.

A israelense contou que a chegada dos terroristas a Nir Oz pegou os moradores de surpresa. "Invadiram nossas casas. Agrediram as pessoas e sequestraram outras, idosas ou jovens, sem distinção." Ela foi uma das sequestradas, e conta que foi praticamente jogada sobre uma moto que a levou até um local próximo da fronteira com Gaza.

"Minhas pernas estavam de um lado e o resto do meu corpo, de outro" durante a viagem, disse Lifshitz, acrescentando que teve seu relógio e joias roubadas durante o percurso. "Bateram em mim. Não quebraram minhas costelas, mas doeu, e fiquei com dificuldade para respirar."

Já dentro de Gaza, o grupo de reféns foi levado à rede de túneis subterrâneos construída pelo Hamas. Acredita-se que o local, que a israelense descreve como uma "teia de aranha", sirva de esconderijo para membros da facção e armamentos.

Lifshitz diz ter andado por quilômetros debaixo da terra até chegar a um grande salão subterrâneo onde havia cerca de 25 pessoas. Ela e outros quatro moradores de Nir Oz foram então separados e postos em uma sala diferente. Cada um deles tinha um guarda próprio, que os vigiava 24 horas por dia, e um médico visitava o grupo dia sim, dia não.

"Se não tinham exatamente o mesmo remédio, eles nos traziam um equivalente. E eles cuidaram bem dos feridos", disse ela. "Quando chegamos lá, eles antes de tudo disseram que acreditavam no Alcorão e que não pretendiam nos machucar."

Lifshitz contou que, além dos medicamentos, seus sequestradores ainda forneceram produtos de higiene. Ela e seus companheiros de cárcere eram alimentados com as mesmas provisões escassas que seus guardas recebiam: uma única refeição diária de pão árabe, dois tipos de queijo e pepino.

A israelense foi entregue pelo próprio Hamas à Cruz Vermelha na segunda-feira, mas não está claro se era o próprio grupo ou outra das facções palestinas que a manteve como refém nas últimas semanas. Um vídeo documentando a soltura dela, filmado e divulgado por terroristas, a mostra cumprimentando um de seus sequestradores, cujo rosto estava coberto por uma máscara, e repetindo a palavra hebraica "shalom", que significa tanto adeus como paz.

Questionada sobre porque ela fez aquilo pela agência de notícias Reuters, ela respondeu que os sequestradores haviam tratado os reféns com gentileza e satisfeito todas as suas necessidades.

Seu neto, Daniel Lifshitz, explicou à mesma agência que a avó é ativista e atuava ajudando palestinos de Gaza a receberem tratamentos médicos em Israel, encontrando-os na principal fronteira entre o Estado judeu e o território palestino e levando-os de carro até hospitais.

Ele também afirmou que sua avó permanecerá no hospital por enquanto, acrescentando que ela "precisará de muito tempo para se recuperar disso, mesmo parecendo forte." Tanto o marido de Lifshitz, Oded, 83, quanto o marido de Cooper, Amiram, 85, continuam detidos em Gaza segundo as informações disponíveis.

 

 

FOLHAPRESS

ISRAEL - Bombardeios intensos e hospitais lotados na Faixa de Gaza marcam o atual estágio da guerra entre o Exército de Israel e o Hamas, iniciada no dia 7.

O Ministério da Saúde palestino informou que o número de mortos subiu para 4.651. Do lado israelense, 1.400 pessoas morreram na ofensiva terrorista do dia 7 de outubro. O saldo de mortes no conflito é de 6.051, somando-se os dois lados da guerra.

O conflito teve início com a entrada de pelo menos 1.500 integrantes do grupo terrorista Hamas no sul de Israel, onde realizaram massacres e sequestraram reféns. Em resposta, Israel lançou uma contraofensiva e declarou guerra à organização extremista.

Na madrugada deste domingo (22), Israel bombardeou a Faixa de Gaza em larga escala, depois de ter anunciado que intensificaria os ataques antes de uma incursão por terra. Há o temor de que essa incursão seja possivelmente um dos momentos mais críticos e mortais do conflito. Segundo o Hamas, pelo menos 80 pessoas morreram no território palestino na madrugada deste domingo.

Cinco agências da ONU descreveram como "catastrófica" a situação humanitária na Faixa de Gaza, onde os hospitais estão lotados e crianças palestinas estão morrendo "a um ritmo alarmante". De acordo com o Ministério da Saúde palestino, mais de 1.750 crianças morreram nos bombardeios de Israel contra o território palestino desde o início da guerra.

 

Privação de produtos básicos

Além dos bombardeios incessantes à Faixa de Gaza, os palestinos deste território enfrentam a privação de produtos básicos para a sobrevivência, como água, comida e energia elétrica, depois que Israel decretou cerco total à região. Moradores do enclave relataram ter que escolher entre matar a sede e tomar banho.

No sábado (21), o primeiro comboio de 20 caminhões vindos do Egito com ajuda humanitária entrou na Faixa de Gaza pela passagem fronteiriça de Rafah. As fronteiras foram fechadas pouco tempo depois da conclusão da tarefa, com diversas críticas de entidades internacionais, que alertaram sobre a insuficiência dos insumos enviados ao território. A ONU calcula que seriam necessários pelo menos cem caminhões diários para ajudar os 2,4 milhões de moradores do enclave.

Neste domingo (22), um segundo comboio de 17 caminhões atravessou a passagem de Rafah em direção à Faixa de Gaza. Em um primeiro momento, testemunhas afirmaram que seis caminhões-tanque com combustíveis haviam entrado no território, mas a informação foi desmentida pelo Exército israelense.

Mais de cem caminhões com ajuda humanitária ainda aguardam autorização para entrar na Faixa de Gaza, e dezenas de pessoas com passaporte estrangeiro esperam do lado palestino para entrar no Egito.

 

Reunião de emergência

A guerra entre Israel e Hamas deve ser levada a uma reunião emergencial da Assembleia-Geral da ONU nesta semana, após a rejeição da proposta de resolução apresentada pelo Brasil para estabelecer um cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza. A expectativa é que a 10ª Sessão Especial de Emergência da Assembleia-Geral da ONU sobre a Palestina ocorra após a reunião aberta do Conselho de Segurança, marcada para esta terça-feira (24).

Segundo a própria ONU, esse tipo de encontro se faz necessário em situações em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenha conseguido "exercer sua responsabilidade primária na manutenção da paz e segurança internacionais em qualquer caso em que haja ameaça à paz, quebra da paz ou ato de agressão". O caso mais recente que justificou uma sessão emergencial da Assembleia-Geral foi a invasão da Ucrânia pela Rússia, no início de 2022.

 

 

Do R7

ISRAEL - As autoridades israelenses anunciaram nesta sexta-feira (20) planos para evacuar a cidade de Kiryat Shmona, no norte do país, após dias de confrontos com combatentes do Hezbollah na fronteira com o Líbano.

“Há pouco, o comando do norte informou o prefeito da cidade sobre a decisão.

O plano será executado pela autoridade local, pelo Ministério do Turismo e pelo Ministério da Defesa”, afirmou o Exército israelense em comunicado.

Kiryat Shmona, com 25 mil habitantes, encontra-se numa zona sob tensão desde o ataque lançado pelo movimento islâmico palestino Hamas, em 7 de outubro, em solo israelense.

O ataque matou 1.400 pessoas, a maioria civis. Desde então, o Exército israelense está em alerta na fronteira norte do país para travar uma possível ofensiva do movimento libanês pró-iraniano Hezbollah.

Desde 7 de outubro, os confrontos na fronteira entre Israel e o Líbano deixaram cerca de vinte mortos, na sua maioria combatentes, mas também um jornalista da agência Reuters e dois civis.

 

 

Do R7

EGITO - O Egito e Israel chegaram a um acordo na noite de quarta-feira (18) para a criação de um corredor de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Mas a ajuda aos palestinos que vivem na região — que está sendo constantemente bombardeada em retaliação aos ataques do Hamas a território israelense, em 7 de outubro — só deve começar a chegar na sexta (20).

De acordo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, responsável por costurar o acordo entre os dois países, os 20 caminhões que contêm itens de primeira necessidade, como água e medicamentos, terão que aguardar reparos de emergência na estrada que margeia a passagem humanitária, pois a área foi bombardeada recentemente.

O corredor de ajuda também precisará seguir regras impostas pelos governos dos Estados Unidos e de Israel para continuar aberto.

Somente serão autorizados carregamentos que sejam exclusivamente de alimentos, água e medicamentos, destinados à população civil no sul da Faixa de Gaza ou que estejam em direção àquela área.

Nada que beneficie o grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, será permitido. "Qualquer ajuda que chegue ao Hamas será bloqueada”, informou o governo israelense por meio de um comunicado.

Israel também exige que a Cruz Vermelha tenha acesso aos cidadãos sequestrados no ataque de 7 de outubro — estima-se que sejam cerca de 200 pessoas.

Funcionários das Nações Unidas distribuirão a ajuda assim que ela chegar ao território, onde vivem 2,3 milhões de pessoas. Biden, no entanto, advertiu que a passagem de Rafah será fechada novamente "se o Hamas confiscar a ajuda humanitária".

 

 

Do R7

ISRAEL - O conflito entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos. Em diferentes momentos, guerras e ocupações, eles foram expulsos, retomaram terras, ampliaram e as perderam.

De acordo com o professor de direito e de Relações Internacionais Danilo Porfírio Vieira, desde o século 19, a comunidade judaica, principalmente na Europa, começou a se mobilizar em torno de uma ideia de nacionalidade e do retorno ao que considera seu território “bíblico”, perdido durante o Império Romano.

Quando o Império Otomano perdeu a 1ª Guerra, aquela região do Oriente Médio foi dividida entre franceses e britânicos. A região do Líbano e da Síria ficou sob controle da França e, regiões como Kuwait, Iraque, Jordânia e Palestina, sob colonização britânica. Nesse período, ganhou força entre os judeus refugiados pelo mundo a ideia de retornar à Palestina para criar um estado judaico.

“O projeto inicial era a compra de territórios de propriedades dentro de uma região que estava, desde a década de 1920, sob controle do Império britânico (Mandato Britânico da Palestina)”, afirma o pesquisador, com pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP) sobre a “Irmandade Muçulmana”, organização que acabou gerando, na Palestina, o Hamas.

Na 2ª Guerra Mundial, com o Holocausto, a comunidade internacional voltou a discutir a ideia de um estado que abrigaria o povo judeu. Após o nascimento da Organização das Nações Unidas (ONU), o Estado de Israel foi criado. Isso se deu com o apoio dos norte-americanos e até mesmo do Brasil. Representantes internacionais também defendiam a criação do Estado Palestino.

Durante as negociações, o litoral setentrional ficou sob controle dos israelenses e, o meridional, dos palestinos. A região interiorana ao sul da Palestina foi para os israelenses. Por seu caráter histórico e por ser sagrada pra árabes, judeus e cristãos, Jerusalém iria se tornar uma cidade autônoma, dentro da Palestina e sob o jugo dos britânicos.

13/10/2023, Arte Evolução - Origem do Conflito. Foto: Arte/EBC

Território israelense foi se expandindo com o passar dos anos. Ao mesmo tempo, os palestinos foram perdendo espaço na região. Por Arte/EBC

Israel vence guerras

Diante de diversos impasses, houve a Guerra da Independência, em 1948, vencida por Israel com apoio principalmente dos norte-americanos. A tensão não reduziu. Israel passou a controlar 75% do território. O êxodo de palestinos se intensificou e milhões permanecem refugiados em outros países.

Na segunda metade do século 20, outras guerras com nações vizinhas àquela região, como Egito, Síria, Jordânia, Líbia, a chamada União Árabe, deram mais força para Israel, que ganharia o status e potência bélica. Entre as vitórias, a Guerra dos Seis Dias (entre 5 e 10 de junho de 1967), quando Israel enfrentou e sufocou os vizinhos.

Seis anos depois, em 1973, houve a Guerra do Yom Kippur, do Egito e Síria contra Israel. As conquistas territoriais de Israel em meio a guerras duplicaram o seu território. Mas deixou marcas.

Por isso, os povos palestinos reivindicam o seu estado independente e autonomia. Em 1993, houve um novo acordo (Oslo) entre israelenses e palestinos, com mediação americana e europeia, no qual ficou acertado o reconhecimento da Autoridade Palestina.

Hamas

Em 1987, um grupo político palestino ligado ao movimento político islâmico sunita, chamado “Irmandade Muçulmana”, gerou o movimento Hamas.

Esse grupo não aceita a presença dos judeus e israelitas naquela região, tanto que o Hamas defendeu a aniquilação do estado de Israel nos anos 2000. O Hamas, inclusive, deu um golpe na Autoridade Palestina e passou a controlar a Faixa de Gaza, um território de pouco mais de 360 km quadrados superpopuloso com mais de 2,6 milhões de habitantes.

Por isso, a Autoridade Palestina não alcança Gaza. Outro território palestino, a Cisjordânia, está sob o controle do partido Fatah, com regiões ocupadas por colonos israelenses e controle militar do governo de Israel.

 

 

Por Luiz Claudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil

ISRAEL - Israel intensificou nesta terça-feira (10) os ataques aéreos à Faixa de Gaza. O ministro da Defesa israelense informou que prepara uma ofensiva total, inclusive terrestre, à região.

“Começamos a ofensiva pelo ar, depois iremos também pelo solo. Estamos controlando a área desde o Dia 2 e estamos na ofensiva. Isso só vai se intensificar”, disse Yoav Gallant. 

O Hamas revida os ataques com disparo de foguetes e ameaça executar mais de 150 reféns se Israel continuar a bombardear casas de civis palestinos. 

Os membros do gabinete político do Hamas, Jawad Abu Shammala, e Zakaria Abu Maamar, foram mortos em um ataque aéreo em Khan Younis, de acordo com uma autoridade do Hamas, conforme reportagem da Agência Reuters. Foram os primeiros líderes do Hamas mortos desde que Israel começou a atacar o grupo. 

Síria e Líbano 

Forças israelenses atiraram morteiros contra a Síria nesta terça-feira. Informações, de acordo com a Agência Reuters, é que uma facção palestina havia disparado três foguetes contra Israel. 

Os israelenses também responderam com mísseis aos disparos de foguetes vindos do Líbano. Segundo a força de segurança israelense, 15 foguetes saíram do sul do Líbano, sendo que quatro foram interceptados e dez caíram em áreas abertas, de acordo com reportagem da TV Brasil.  

Os episódios elevam a preocupação para uma escalada da violência com a entrada de grupos extremistas no confronto, como o Hezbollah, do Líbano. 

Mortos  

Estima-se que mais de 1,8 mil pessoas morreram desde o início do conflito entre Israel e Hamas, sendo mil em Israel e 830 na Faixa de Gaza. A maioria das mortes é de civis. 

Ao menos 200 mil palestinos deixaram suas casas e comunidades tentando escapar das consequências da contraofensiva de Israel contra o grupo Hamas na Faixa de Gaza, no Oriente Médio.  Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), o número de palestinos deslocados já representa quase 10% dos cerca de 2,2 milhões de pessoas que vivem em Gaza – um estreito pedaço de terra de cerca de 41 quilômetros de comprimento por 10 quilômetros de largura, banhada pelo Mar Mediterrâneo e controlada pelo Hamas. 

Comunidade internacional 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta terça-feira que o país vai garantir que Israel possa se defender dos ataques. De acordo com ele, pelos menos 14 norte-americanos estão entre os mortos no conflito, e outros são mantidos prisioneiros pelo Hamas.  "Esse é um ato de pura maldade", disse Biden.

A Suécia informou que irá suspender a ajuda aos territórios da Palestina.  Os Emirados Árabes Unidos anunciaram o envio imediato de US$ 20 milhões para os palestinos.  Já o governo alemão diz que pôr fim ao apoio ao povo palestino seria um erro.  

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza alertou que a falta de suprimentos médicos vai levar os hospitais locais à uma "situação catastrófica". A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu ajuda humanitária urgente à região e apelou à libertação imediata de todos os reféns.  

A Organização Mundial da Saúde solicita a criação de um corredor humanitário para levar bens à população que vive na Faixa de Gaza. O governo de Israel recusou um pedido para levar alimentos e suprimentos médicos para a Faixa de Gaza, disse Hussein Al-Sheikh, secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), na terça-feira (10).

Brasil  

Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da EBC, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que está em viagem oficial ao Camboja, reafirmou a posição diplomática do governo brasileiro sobre o conflito no Oriente Médio.   

"A posição do Brasil é de que os atos violentos devem ser interrompidos, deve haver uma cessação de hostilidades. E, evidentemente, que nós condenamos a violência e o derramamento de sangue", destacou o chanceler, ao comentar que vem mantendo conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a escalada de violência na Faixa de Gaza, e também sobre a operação de repatriação de cidadãos brasileiros. 

Este mês de outubro, o Brasil ocupa a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Uma reunião de emergência foi realizada no fim de semana, convocada pela presidência temporária brasileira, mas não houve consenso. 

Ainda no fim de semana, em nota, o Palácio do Itamaraty defendeu o compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. 

 

 

 

* Com informações da TV Brasil, Agência Reuters e do repórter Pedro Rafael Vilela, da Agência Brasil 

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