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ISRAEL - O exército israelense anunciou nesta terça-feira que assumiu o "controle operacional" da parte da Faixa de Gaza da passagem fronteiriça com o Egito em Rafah, localizada no sul do enclave.

A passagem de Rafah, ao sul da cidade de Gaza, foi ocupada por tanques israelenses que pertencem a uma brigada blindada, conforme relatado pelas Forças de Defesa de Israel e pelas autoridades palestinas.

Imagens divulgadas pela mídia israelense mostram a bandeira de Israel erguida no lado de Gaza da fronteira.

O exército israelense afirmou que decidiu assumir o controle da passagem após receber informações de que ela estava sendo "usada para fins terroristas" pelo movimento islâmico palestino Hamas, embora sem apresentar provas.

As forças israelenses alegaram anteriormente que o Hamas havia usado a área ao redor da fronteira para lançar dezenas de mísseis que resultaram na morte de quatro soldados israelenses perto de Kerem Shalom, que conecta o sudeste de Gaza ao território israelense.

Wael Abu Omar, porta-voz da agência responsável pelas fronteiras no governo da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas desde 2007, disse que a passagem de Rafah, principal entrada de ajuda humanitária, estava fechada.

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"Toda a área oeste de Rafah tornou-se uma zona de operações desde ontem (segunda-feira). Os bombardeios não cessaram", disse Abu Omar, acrescentando que o pessoal da fronteira fugiu devido à ofensiva israelense.

Na noite de segunda-feira, o exército israelense informou ter matado 20 militantes do Hamas em "ataques direcionados" na área leste de Rafah, onde foram descobertas três redes de túneis do grupo islâmico.

O Gabinete de Guerra israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, anunciou na segunda-feira que decidiu continuar a ofensiva em Rafah, ao mesmo tempo em que concordou em prosseguir com as negociações para um cessar-fogo com o Hamas.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

WASHINGTON - Os Estados Unidos impuseram na última quinta-feira novas sanções ao Irã, tendo como alvos os drones iranianos, incluindo seu uso pela Rússia na guerra na Ucrânia, enquanto Washington busca aumentar a pressão sobre Teerã.

Em comunicado, o Departamento do Tesouro dos EUA afirmou que a ação, tomada em coordenação com o Reino Unido e o Canadá, tem como alvo mais de uma dúzia de entidades, indivíduos e embarcações acusados de desempenhar um papel fundamental na facilitação e no financiamento da venda clandestina de veículos aéreos não tripulados iranianos para o Ministério da Defesa e Logística das Forças Armadas do Irã.

O ministério, por sua vez, apoia a elite da Guarda Revolucionária do Irã e a guerra da Rússia na Ucrânia, disse o Tesouro.

"O Ministério da Defesa do Irã continua a desestabilizar a região e o mundo com seu apoio à guerra da Rússia na Ucrânia, o ataque sem precedentes a Israel e a proliferação de veículos aéreos desarmados e outros equipamentos militares perigosos para representantes terroristas", disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson.

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Neste mês, os EUA alertaram que imporiam mais sanções ao Irã após seu ataque sem precedentes a Israel.

Desde então, Washington tomou medidas, inclusive visando o programa de drones do Irã, a indústria siderúrgica e os agentes cibernéticos.

O Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel este mês, em seu primeiro ataque direto ao país, em retaliação a um suposto ataque aéreo israelense ao complexo de sua embaixada em Damasco, em 11 de abril, que matou oficiais militares de elite.

 

 

 

Por Daphne Psaledakis / REUTERS

IRÃ - Mísseis lançados pelo governo israelense atingiram o Irã na noite de quinta-feira (18). A informação foi divulgada pela rede de televisão norte-americana ABC News, que citou um oficial dos Estados Unidos como fonte.

Explosões foram ouvidas perto do Aeroporto Central da cidade de Isfahan, a 450 quilômetros da capital Teerã. A oitava base de caça da Força Aérea do Exército também está próxima ao local onde as explosões foram ouvidas, informou a Fars News, agência de notícias do Irã.

A Iranian Press TV também está relatando que uma explosão foi ouvida perto do centro da cidade.

Os sistemas de defesa aérea do Irã foram ativados em várias províncias do país. A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal IRNA na madrugada de sexta-feira (horário local).

Várias instalações nucleares iranianas estão localizadas na província de Isfahan. Entre elas, a Natanz, peça central do programa de enriquecimento de urânio do Irã.

Irã diz que voos para as cidades de Teerã, Isfahan e Shiraz estão suspensos. A suspensão entrou em vigor imediatamente, mas não houve cancelamento de voos, segundo o diretor de relações públicas do Irã em entrevista à Mehr TV. "Os passageiros devem verificar as informações do voo antes da partida", acrescentou.

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Ao menos oito voos foram desviados do espaço aéreo iraniano, segundo a CNN. O site Flight Radar 24, de rastreamento de voos em tempo real, mostra diversos voos sendo desviados do espaço aéreo iraniano na manhã de sexta-feira (horário local; noite de quinta-feira, no horário de Brasília).

Ataque pode ter sido uma resposta israelense à ofensiva iraniana. Israel havia prometido responder ao ataque sem precedentes com drones e mísseis de sábado à noite executado pelo Irã contra o seu território.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - Enquanto líderes de países ocidentais pedem moderação a Israel após o ataque com mísseis e drones do Irã, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu afirmou na quarta-feira (17) que Tel Aviv vai tomar as "próprias decisões" na crise que ameaça um conflito mais amplo no Oriente Médio. A declaração ocorreu no momento em que o gabinete de guerra israelense discute, já há quatro dias, como será a resposta à ofensiva de Teerã.

Os Estados Unidos, a União Europeia e os países do G7, o grupo que reúne as principais economias do mundo, anunciaram planos para impor sanções mais rígidas ao regime iraniano com o objetivo de apaziguar e persuadir a coalizão liderada por Netanyahu de evitar o endosso por um ataque direto ao Irã.

Também como parte dos esforços para arrefecer a crise, os chanceleres do Reino Unido, David Cameron, e da Alemanha, Annalena Baerbock, encontraram-se nesta quarta com Netanyahu, em Tel Aviv, onde manifestaram apoio, mas reforçaram os pedidos de "prudência" em uma eventual retaliação.

"Quero deixar claro que tomaremos nossas próprias decisões e que o Estado de Israel fará tudo o que for necessário para se defender", respondeu Netanyahu, segundo comunicado divulgado por seu gabinete.

A repórteres Baerbock disse que o agravamento do conflito não serviria a ninguém. "Nem à segurança de Israel, nem às muitas dezenas de reféns que ainda nas mãos do Hamas, nem à sofrida população de Gaza, nem às pessoas no Irã que estão sofrendo sob o regime, nem aos outros países da região que simplesmente querem viver em paz."

Os apelos por moderação ocorreram enquanto o gabinete de guerra de Israel se encontrava pelo quarto dia consecutivo, nesta quarta, numa tentativa de tentar definir como será a resposta ao Irã. Militares israelenses confirmaram que o país irá retaliar, mas diferentes propostas de ação continuam à mesa. Segundo a imprensa israelense, a intenção de Tel Aviv é fazer ações coordenadas com os Estados Unidos, sem desencadear uma guerra regional.

Washington diz que está planejando impor novas sanções contra o programa de mísseis e drones do Irã nos próximos dias e espera que seus aliados sigam o exemplo. Os líderes da UE devem discutir o assunto em uma cúpula em Bruxelas, e as medidas também estão na pauta das negociações do G7 na Itália.

Teerã lançou no último sábado (13) um ataque sem precedentes contra Israel em resposta ao bombardeio à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, que matou membros da Guarda Revolucionária do Irã, em 1º de abril –o regime iraniano responsabiliza Tel Aviv pela ofensiva, que não assumiu autoria.

Os cerca de 300 mísseis e drones iranianos foram, em sua maioria, interceptados pelas forças israelenses e aliados. Tel Aviv, porém, diz que responderá à ofensiva para preservar a credibilidade de seus meios de dissuasão. Já o regime iraniano diz considerar o assunto encerrado, mas ameaça retaliar novamente se Israel o fizer.

Desde que Israel declarou guerra ao Hamas na Faixa de Gaza, em outubro do ano passado, as forças do país relatam escaramuças diárias com grupos alinhados ao Irã baseados no Líbano, na Síria, no Iêmen e no Iraque.

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Em Gaza, quase 34 mil palestinos já foram mortos desde o início do conflito, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. Os militares israelenses disseram nesta quarta que caminhões de alimentos entraram no território palestino a partir do porto de Ashdod pela primeira vez desde que Tel Aviv, sob pressão internacional, aprovou a abertura do local para ingresso de ajuda humanitária.

Os veículos passaram por verificações de segurança no porto e depois foram admitidos em Gaza através da passagem de Kerem Shalom, controlada por Israel. Na terça (16), o escritório de direitos humanos da ONU disse que Israel continua a impor restrições ilegais à ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e declarou que o auxílio ainda está muito abaixo dos níveis mínimos.

Tel Aviv tem enfrentado pressão internacional cada vez maior para permitir a entrada de mais suprimentos na Faixa de Gaza desde que atingiu um comboio de ajuda humanitária em 1º de abril, matando sete funcionários da ONG WCK (World Central Kitchen).

 

 

POR FOLHAPRESS

IRÃ - O ataque do Irã a Israel representa uma mudança na situação do Oriente Médio e pode levar a uma escalada nos conflitos na região, de acordo com especialistas entrevistados pela Agência Brasil. O ataque evidenciou alianças e mostrou claramente um posicionamento iraniano.

“O que aconteceu ontem muda a situação do Oriente Médio”, diz o professor do Departamento de Sociologia e coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Michel Gherman. “Não é novo que Israel e Irã se ataquem mutuamente nos últimos 40 anos, mas eles fazem isso de maneira a usar intermediários. O que aconteceu ontem é que o Irã ataca diretamente Israel”, acrescenta.

Segundo Gherman, o ataque marca o posicionamento iraniano na região. “Um reposicionamento se colocando frente à frente com Israel, em algum sentido se preparando para uma guerra regional em algum momento”, diz.

“Então o que o Irã mostrou é que ele está no jogo, que ele está disposto a avançar algumas casas, mas em algum sentido ele apostou no ataque médio. Não foi um ataque pequeno, foi longe de ser pequeno, mas não foi um ataque no limite das possibilidades do Irã. O Irã poderia ter lançado 3,5 mil mísseis e lançou 350”, destaca Michel Gherman.

No início do mês, aviões de combate supostamente israelenses bombardearam a Embaixada do Irã na Síria. O ataque matou sete conselheiros militares iranianos e três comandantes seniores. No sábado (13), a ofensiva foi do Irã, que atacou o território israelense com mísseis e drones, que em grande parte foram interceptados pelas forças de defesa israelenses.

A professora do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) Rashmi Singh diz que é importante contextualizar o ataque. “Precisamos lembrar que o Irã não está fazendo isso do nada, é uma retaliação do bombardeamento do consulado em Damasco, que foi uma coisa muito inaceitável em termos de normas internacionais. Ninguém pode tocar em consulados de outro país em um terceiro país. Então isso foi uma coisa bem errada do lado do Israel”, diz.

Rashmi Singh, que é codiretora da Rede de Pesquisa Colaborativa sobre Terrorismo, Radicalização e Crime Organizado e autora do livro Hamas e o Terrorismo Suicida, chama atenção ainda para uma falta de resposta do Conselho de Segurança das Nações Unidas em relação a esse ataque feito por Israel. “Então, isso já foi um problema em termos de a reposta do Ocidente, do Norte Global, que nós estamos vendo claramente, que não está tratando o conflito Oriente Médio de forma equilibrada, é totalmente em apoio do Israel, sem ver exatamente o que está acontecendo, e tentando pintar ou colocar qualquer país, especialmente o Irã, como se este fosse um ato irracional. Até agora o ato mais irracional nessa situação é de Israel. Então, nós precisamos colocar isso também no contexto”, enfatiza.

O pesquisador e professor do curso de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Bruno Huberman acrescenta que o ataque do Irã respeitou as normas internacionais. “O Irã faz essa resposta previsível, essa informação já tinha sido vazada na sexta-feira, nos jornais, que isso poderia acontecer. No sábado, estava todo mundo esperando isso acontecer e, quando aconteceu, demorou horas para de fato acontecer o início do ataque e a realização dele. Então, teve toda uma preparação, que foi revelada. E esse ataque do Irã, ele respeita o direito internacional”, avalia.

Rio de Janeiro (RJ) 14/04/2024 - Arte Mapa Israel x Irã
Arte EBC

 

Alianças em evidência

Para Gherman, o ataque evidenciou o apoio que Israel tem de outros países. “Os aliados foram aliados novos e velhos. Os novos, eu diria que tem o reposicionamento da Jordânia e da Arábia Saudita, e os velhos aliados que se colocaram ao lado de Israel foram Grã-Bretanha e Estados Unidos. Então, em algum sentido, o Irã produziu uma coalizão de apoio a Israel contra ele”, diz.

Apesar da aliança, Huberman ressalta que os Estados Unidos mostraram que não estão dispostos a uma ofensiva.

“Isso colocaria Israel sozinho nesse contra-ataque. Porque os Estados Unidos parecem dispostos a auxiliar na defesa israelense, mas não na ofensiva israelense. E esse ataque feito pelo Irã foi extremamente moderado”, destaca Bruno Huberman

O pesquisador enfatiza que não se conhece ao certo as capacidades bélicas iranianas. O conflito poderia levar ainda a um envolvimento da Rússia. “A gente não sabe das capacidades defensivas e ofensivas iranianas. E um movimento diretamente de Israel em território iraniano certamente levaria ao envolvimento russo nesse conflito.” A aliança entre Irã e Rússia vem da Guerra Civil de Síria, permanece e se torna uma aliança estratégica entre os dois atores, de acordo com o pesquisador. “Então, um escalonamento será certamente desastroso. E vai gerar diversas repercussões”, alerta.

O professor chama atenção ainda a outras possíveis repercussões para além dos conflitos externos. O apoio dado pela Jordânia a Israel pode gerar um descontentamento interno. “A Jordânia auxiliou Israel na defesa, o que vai contra completamente os interesses da sua população. Eu acredito que nos próximos dias, semanas, a gente vai ver revoltas populares bastante duras na Jordânia contra a manutenção do atual Reino Haxemita. A maior parte da população jordaniana é de descendência palestina, por exemplo. Então, essa aliança da Jordânia com Israel e com os Estados Unidos não é bem-vista pela população. Então, pode gerar diversos desdobramentos para além do confronto militar em si”.

De acordo com Gherman, a nova configuração pode gerar pressão para o fim do genocídio que Israel está promovendo em Gaza. “Essa guerra em Gaza tem que acabar, porque, enquanto ela não acaba, você tem a produção de mortes em Gaza, é uma situação de produção de instabilidade regional”, diz. “Eu acho que hoje, mostrando como o mundo está instável naquela região, é preciso que a haja um cessar-fogo imediato em Gaza para evitar um alastramento efetivo de uma guerra regional, que seria ruim para todo mundo, inclusive para Israel.”

A guerra teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas fez um ataque surpresa a Israel, que deixou 1,4 mil mortos e capturou cerca de 200 reféns. Desde então, mais de 32 mil pessoas perderam a vida em toda a Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo 13 mil crianças, e mais de 74 mil ficaram feridos, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Cerca de 1,7 milhão, quase 80% da população da Faixa de Gaza, foram deslocadas. Dessas, 850 mil são crianças.

Na análise do pesquisador, embora o ataque iraniano não impacte diretamente em Gaza, os países que apoiaram Israel nesse contexto podem também pressionar o país para o fim desse massacre. “Eu vejo possibilidades concretas agora de avanço, de esforços para o final do que está acontecendo em Gaza. O que está acontecendo em Gaza tem que parar. Eu acho que é isso que os países envolvidos na defesa de Israel ontem, inclusive Jordânia e Arábia Saudita, de algum jeito, podem avançar numa pressão junto com Biden [presidente dos Estados Unidos, Joe Biden] para que Netanyahu [primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu] se retire definitivamente e Gaza deixe de ser um locus de instabilidade no Oriente Médio.”

Posicionamento brasileiro

Após o ataque iraniano, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou, no sábado (13) à noite, uma nota no qual o governo brasileiro manifesta "grave preocupação" com relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel. De acordo com a nota, a ação militar deixou em alerta países vizinhos e exige que a comunidade internacional mobilize esforços para evitar uma escalada no conflito.

Na avaliação da pesquisadora Rashmi Singh, a resposta do Brasil foi equilibrada.

“Eu acho que a posição do Brasil ficou bem clara. O Brasil está criando um espaço próprio dentro do sistema internacional onde ele está claramente se colocando em uma posição de moralidade em termos do que está acontecendo contra os palestinos, ao mesmo tempo ele está tentando colocar um pouco mais de responsabilidade em ações de Israel”, diz a pesquisadora. “Foi [uma nota] muito equilibrada, que nós podemos perceber que eles não condenaram o ataque, mas ficaram bem preocupados com o ataque em termos da escalada do conflito regionalmente.”

Já para Gherman, o posicionamento do Brasil deixou a desejar. “É uma nota que diz pouco e em um momento em que ela poderia dizer muito mais. Eu acho que o Brasil tem que se colocar publicamente como uma alternativa concreta para o avanço da paz e de acordos na região. Não está fazendo isso. Está resolvendo as questões, tentando manter alianças que já tinha constituído. Parece que é pouco perto do papel que o Brasil pode exercer”, avalia.

 

 

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

COREIA DO NORTE - O líder norte-coreano, Kim Jong-un, declarou que as atuais circunstâncias geopolíticas voláteis que envolvem seu país exigem um nível de preparação para o conflito como nunca antes, enquanto realizava uma inspeção na principal universidade militar da nação, conforme relatado pela agência de notícias KCNA na quarta-feira (10), que já era quinta-feira no fuso horário local.

Durante sua visita à Universidade Militar e Política Kim Jong Il, nomeada em homenagem a seu falecido pai em 2011, Kim forneceu orientações de campo. Segundo a KCNA, a instituição é considerada a "mais alta instituição de ensino militar" do país. Nos últimos anos, a Coreia do Norte tem intensificado seu desenvolvimento de armamentos sob a liderança de Kim, ao mesmo tempo em que estreitou laços militares e políticos com a Rússia, supostamente colaborando com Moscou em seu conflito com a Ucrânia em troca de assistência em projetos militares estratégicos.

Durante seu encontro com funcionários e estudantes da universidade, Kim afirmou, de acordo com a KCNA, que se oponentes optarem pelo confronto militar com a Coreia do Norte, esta "desferirá um golpe fatal sem hesitação, mobilizando todos os recursos ao seu alcance".

"Ao delinear a complexa situação internacional e a incerteza política e militar que cerca a Coreia do Norte, ele destacou que é crucial estar mais meticulosamente preparado para a guerra do que nunca", afirmou a KCNA.

A Coreia do Norte tem acusado os Estados Unidos e a Coreia do Sul de fomentarem tensões militares através de suas "manobras de guerra", com os dois países realizando exercícios militares de maior intensidade e abrangência nos últimos meses.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

GAZA - O Hamas, movimento terrorista palestino, emitiu pela primeira vez um pedido de desculpas à população de Gaza pelo sofrimento causado durante a guerra com Israel, em uma longa declaração publicada no domingo à noite na plataforma Telegram.

O comunicado reconhece as dificuldades enfrentadas pela população de Gaza devido ao conflito com o exército israelense, que começou quase seis meses atrás. O Hamas expressou sua intenção de continuar o conflito em busca da "vitória e liberdade" para os palestinos.

Na declaração de agradecimento ao povo da Faixa de Gaza, o Hamas admitiu o cansaço da população e mencionou medidas que tentou implementar para amenizar as dificuldades, como controle de preços em meio à agressão em curso.

O movimento também afirmou estar dialogando com várias partes da sociedade de Gaza, incluindo outros grupos armados, comitês populares e famílias, para resolver os problemas causados pela ocupação.

As necessidades humanitárias em Gaza são enormes, com o território já sofrendo com o bloqueio israelense desde 2006, além da pobreza e desemprego. A ajuda humanitária está sendo enviada, e grande parte da população foi deslocada para o sul, próximo à fronteira com o Egito.

Nos últimos meses, líderes do Hamas, como Khaled Mechaal, ex-chefe do gabinete político do movimento, afirmaram que sacrifícios são necessários para a libertação dos palestinos.

A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas a partir de Gaza contra Israel em outubro, resultando em cerca de 1.200 mortes, a maioria civis, de acordo com dados oficiais israelenses. Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva que resultou em milhares de mortes, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

O Hamas, que governa Gaza desde 2007, é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e União Europeia.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

RÚSSIA - Na véspera do início da eleição presidencial russa, forças de Kiev voltaram a invadir o sul do país de Vladimir Putin, enquanto Moscou lançou uma grande onda de ataques com drones e artilharia, derrubando o sinal de TV e internet no norte da Ucrânia.

A troca de fogo tem escalado durante esta semana devido à proximidade do pleito, que durará três dias até o domingo (17) e irá dar a Putin seu quinto mandato como presidente -restando na prática saber qual será a abstenção, dado que o Kremlin trabalha para garantir ao menos 70% de comparecimento.

Assim, o governo de Volodimir Zelenski optou por ações mais espetaculares, visando lembrar o público russo de que há uma guerra em sua vizinhança.

Os ataques de quinta (14) ocorreram nas regiões de Kursk e Belgorodo, próximos da fronteira ucraniana, e envolveram supostamente unidades da chamada Legião da Rússia, um grupo de opositores ao governo de Putin bancados por Kiev e, segundo relatos, pela CIA (Agência Central de Inteligência, dos EUA).

Vídeos emergiram em redes sociais de tiroteios em ruas nevadas de cidadelas próximas da fronteira. O Ministério da Defesa da Rússia disse que as duas incursões foram debeladas, assim como havia ocorrido na quarta (13). Não há como confirmar isso de forma independente.

Também em Belgorodo, duas pessoas morreram devido a uma salva de oito mísseis balísticos disparados desde o território ucraniano, cerca de 40 km distante.

Ao longo da semana, os ucranianos também miraram a infraestrutura energética russa, atingindo com drones de longo alcance três refinarias. Segundo o governo, elas já voltaram a operar, embora haja relatos de que a produção em Riazan não está normaliza.

Em Zaporíjia, área no sul ucraniano quase toda ocupada pelos russos, a usina nuclear que leva o nome da região foi atingida por uma forte explosão na quinta. Segundo a administração russa da central, forças ucranianas colocaram uma bomba perto de tanques de combustível que abastecem o local.

Ninguém ficou ferido, e Kiev não comentou o incidente. A usina de Zaporíjia é a maior da Europa, e a Agência Internacional de Energia Atômica mantém uma equipe permanente lá para averiguar as condições.

Na semana passada, Putin havia discutido com o diretor do órgão, o argentino Rafael Grossi, como elevar a segurança no local. À Folha de S.Paulo, Grossi havia dito em janeiro que a situação é precária.

Na mão inversa, os russos fizeram um bombardeio coordenado com 36 drones suicidas de origem iraniana Shahed-136 em seis regiões ucranianas. Kiev disse ter derrubado 22 deles, mas os destroços também atingiram casas. Não há relatos de feridos.

Em Sumi, uma central de comunicações foi destruída, e parte da região norte da Ucrânia está sem sinal de internet ou TV. Em Kharkiv, perto de lá, prédios foram alvejados por mísseis balísticos do sistema antiaéreo S-300, adaptados para atacar alvos em terra.

O Exército ucraniano disse que 150 vilarejos foram alvo de bombardeios com artilharia ao longo da noite e na manhã.

 

NÃO TEMAM PUTIN, DIZ KREMLIN

O Kremlin reagiu nesta quinta às afirmações do presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, de que seu país não temia Putin. O político comentava o ataque a marteladas contra Leonid Volkov, um assessor do ativista Alexei Navalni que está exilado em Vilnius -o líder opositor morreu na cadeia no mês passado.

Segundo o porta-voz Dmitri Peskov, não há motivo para os lituanos temerem o presidente russo, mas que ele deve ser "ouvido e respeitado". Ele também negou que o comentário de Putin em uma entrevista de que a Rússia estava pronta para uma guerra nuclear tenha sido uma ameaça ao Ocidente.

Aliados de Navalin convocaram um protesto para o domingo, dia final da eleição, instando apoiadores do opositor a irem votar todos ao meio-dia, gerando filas em seções eleitorais que teoricamente serão imunes à repressão policial.

 

 

POR FOLHAPRESS

CHINA - A China quer a reunificação com Taiwan, que considera uma província separatista, se necessário pela força das armas. Quer ainda modernizar a sua marinha com a construção de porta-aviões de propulsão nuclear.

O primeiro-ministro chines, Li Qiang, reafirmou a firme vontade de Pequim de "promover resolutamente a causa da reunificação da China”. Isso faria parte da "estratégia global" do Governo, precisou no seu relatório anual no Congresso do Povo.

A afirmação em si não é nova, como refere o jornalista da secção chinesa da DW, Yan Dang. Segundo Pequim, a ameaça potencial reside no facto de Taiwan, que a China considera uma província separatista, ter recebido garantias de segurança por parte dos Estados Unidos da América e, por isso, ter transferido cinco porta-aviões para o Pacífico.

Os políticos na China têm falado repetidamente sobre "paz e segurança nas águas chinesas". O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, tem insistido na estratégia de unificação. "Apesar da presença militar norte-americana, nós vamos avançar com as nossas medidas em prol de uma China unida", afirmou.

Para poder realmente controlar o território reivindicado, Pequim está a expandir significativamente a sua marinha e tem, por isso, dois porta-aviões em serviço no Pacífico, além de outros dois em construção.

 

Os porta-aviões de Pequim

O primeiro porta-aviões, de nome "Liaoning" (casco número 16), foi adquirido pela China em 1998 à Ucrânia, através de um intermediário de Macau por 20 milhões de dólares, cerca de 18.370 milhões de euros. O empresário afirmou, inicialmente, querer construir um hotel e casino flutuantes. Em 2012, o "Liaoning" foi entregue à Marinha após ser convertido em porta-aviões.

O segundo, designado "Shandong" (casco número 17), é uma cópia do "Liaoning”, com pequenas modificações, que navega principalmente no Mar da China Meridional desde 2019. Entretanto, o "Fujian" (casco número 18) ainda está num estaleiro em Xangai, possuindo como os seus dois antecessores mísseis convencionais. O novo aparelho deverá entrar em serviço em 2025.

O que preocupa os Estados Unidos é a seguinte questão: Será que a China pretende construir e colocar no terreno mais dois porta-aviões com propulsão nuclear?

 

Marinha moderna

Antes do início do Congresso do Povo, os meios de comunicação de Hong Kong e Taiwan informaram unanimemente que mais dois porta-aviões nucleares, com os números de casco 20 e 21, estariam a ser construídos.

Wang Feng, editor do jornal China Times, em Taipei, capital de Taiwan, afirma, em entrevista à DW, que "a China quer mostrar claramente as suas fortes ambições [com a missão] de defender as suas águas", dotada de "uma marinha moderna". Para isso, o Governo chinês tem vindo a aumentar gradual e consideravelmente os seus gastos militares.

Neste 2024, as despesas da China com armamento aumentam 7,2% face ao ano anterior para o equivalente a 215,5 mil milhões de euros. De acordo com o Instituto para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês), a China ocupa o segundo lugar no mundo em gastos com a defesa, logo atrás dos EUA.

Apesar de tudo, Hanna Gers, do Instituto Alemão de Relações Exteriores, espera que um conflito armado entre a China e o Ocidente possa ser impedido. "Em princípio, nem a China nem os EUA estão interessados ​​num conflito militar", afirma, acrescentado achar que o mais provável é haver bloqueios económicos. "Mas também sei que todos os cenários possíveis têm que ser tidos em consideração," admitiu Hanna Gers.

 

 

Yuan Dang / DW BRASIL

COREIA DO NORTE - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, testou os novos tanques de guerra desenvolvidos pelo país durante os exercícios realizados na nesta semana. As agências de notícias capturaram o momento em que Jong-un se juntou ao exército, sendo possível vê-lo dentro de um tanque de guerra acompanhado por membros do exército. Esses treinamentos ocorrem enquanto são realizados exercícios conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, ações que Pyongyang interpreta como ensaios para uma possível invasão em seu território.

De acordo com a Agência de Notícias Central Coreana (KCNA), os exercícios militares no Norte serviram para demonstrar as capacidades dos novos tanques desenvolvidos pelo país, que Jong-un considerou como "os mais poderosos". A agência estatal norte-coreana também relatou que durante os exercícios houve simulações de batalha com disparos, conforme mostram as imagens.

O Ministério da Defesa do país havia anunciado anteriormente que realizaria "atividades militares responsáveis" em resposta aos exercícios conduzidos por Washington e Seul, os quais estão programados para terminar nesta quinta-feira.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

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