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Mais de 100 jovens brasileiros já participaram do estudo, que recebeu prêmio internacional na área de Fisioterapia

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foi premiada durante o Congresso Mundial de Fisioterapia, ocorrido em Dubai, neste ano. Concorrendo com pesquisas de todas as partes do mundo e em diferentes ramos da Fisioterapia, a pesquisa da UFSCar recebeu o prêmio "Apresentação de pôster de destaque da Fisioterapia Mundial: região da América do Sul". Em linhas gerais, o estudo busca compreender como está sendo o processo de transição para a vida adulta de adolescentes e jovens adultos com paralisia cerebral (PC) no Brasil. Mais de 100 participantes de todas as regiões brasileiras já foram avaliados durante a pesquisa, que ainda recebe voluntários para as últimas análises.
A pesquisa é conduzida pela doutoranda Camila Araújo Santos Santana, sob orientação de Ana Carolina de Campos, do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, e tem parceria com pesquisadores da McMaster University, do Canadá, e da University Medical Center Utrecht, da Holanda. O estudo tem apoio financeiro da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Programa Capes PrInt-UFSCar e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). 
De acordo com Camila Araújo, a compreensão do processo de transição para a vida adulta de jovens com deficiência ainda é pouco explorada no Brasil, o que dificulta a organização dos serviços e políticas públicas para atender às reais demandas dessa população. "Este é um estudo que, em uma de suas etapas utilizou de metodologia participativa para o envolvimento do público, e incluiu os próprios jovens com PC como reais parceiros. Os dados deste estudo trarão informações inéditas sobre diversas áreas da vida dos jovens com paralisia cerebral, que poderão ser utilizadas por profissionais de outras áreas além de Fisioterapia", aponta a pesquisadora.  
O principal objetivo da pesquisa é entender as experiências dos jovens com PC durante a fase de transição para a vida adulta em diversas áreas da vida e identificar fatores influenciadores para a aquisição de autonomia em participação. Até agora, o estudo já levantou dados importantes: "a identificação de fatores de maior impacto pessoal e social para um processo de transição para a vida adulta com maior ou menor autonomia, como a influência da idade, do capacitismo e a acessibilidade", destaca ela.
A pesquisa será concluída em 2024 e ainda há vagas para a participação de adolescentes, entre 13 e 17 anos, que tenham diagnóstico de PC e consigam compreender e responder perguntas de simples à média complexidade. A participação consiste em resposta de questionários e pessoas interessadas podem entrar em contato pelo e-mail cassantana@estudante.ufscar.br ou pelo Instagram do projeto, também nomeado de "Futuro à vista na Paralisia Cerebral".

Premiação
Os resultados dos trabalhos premiados no Congresso Mundial de Fisioterapia foram divulgados recentemente e a pesquisadora celebrou o reconhecimento. "A importância do estudo já vinha sendo destacada pelos próprios participantes, e ter o reconhecimento também de profissionais em um evento internacional foi a confirmação que estamos realizando um trabalho de relevância", comemora Camila Araújo.
Mais informações sobre a pesquisa podem ser acessadas no Instagram (@futuroavista.transicao).

Aulas da pós-graduação EaD começam em março de 2024

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para o curso de especialização Master of Business Engineering (MBE) 4.0 da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A pós-graduação EaD une conceitos de Engenharia de Negócios - combinando conhecimentos de Engenharia e Administração, focando em processos eficientes e satisfação do cliente - com as inovações da Quarta Revolução Industrial, a chamada Indústria 4.0. A grade curricular trata de gestão de operações e inovação, análise de mercado, gerenciamento de projetos, tendências da Indústria 4.0, monitoramento estatístico, engenharia econômica, dentre outros assuntos.
Com uma abordagem contínua de desenvolvimento de habilidades técnicas (hard skills) e interpessoais (soft skills) por meio da metodologia Lean Six Sigma, o curso é desenvolvido em quatro disciplinas sequenciais compostas por seis áreas de conhecimento: estatística, qualidade, manufatura, programação, aprendizado e otimização. Além disso, visando capacitar líderes para enfrentar os desafios do setor e impulsionar melhorias nos processos empresariais, o MBE 4.0 enfatiza a aplicação prática por meio de treinamentos, discussões em tempo real e workshops.
O conteúdo de cada módulo dentro das disciplinas é ministrado por especialistas com vasta experiência nos temas relevantes. A equipe inclui docentes e pós-graduandos da UFSCar, bem como profissionais externos que atuam como professores convidados ou palestrantes em unidades específicas. No total, são 360 horas aula. Gestores, líderes de equipes, engenheiros, administradores e profissionais dos setores público e privado e do terceiro setor de diferentes formações que buscam aprimorar suas habilidades, já podem se inscrever pelo site mbe2024.faiufscar.com. As aulas do curso de especialização MBE 4.0 da UFSCar começam em março. Mais informações, como grade curricular e valor de investimento, podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Estudo busca voluntárias para sessão gratuita de eletroestimulação e avaliação da percepção de dor

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto de iniciação científica do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está recrutando voluntárias para avaliar quais mecanismos estão envolvidos na analgesia da cólica menstrual provocada pela eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS). A intenção também é avaliar os mecanismos envolvidos na percepção da dor das mulheres que sofrem com o problema.
A pesquisa é desenvolvida pela graduanda Maria Eduarda Chinotti Batista da Silva, sob orientação de Mariana Arias Ávila Vera, docente do DFisio. De acordo com a graduanda, estudos mostram que pessoas com cólica menstrual podem perder dias de trabalho, diminuir o rendimento acadêmico nas universidades e escolas, além da redução da qualidade do sono e da qualidade de vida. "Diante disso, através da nossa pesquisa, será possível entender melhor como a eletroestimulação atua em mulheres com cólica menstrual, a fim de direcionar o melhor tratamento para essa população", afirma Maria Eduarda da Silva.
O tratamento com eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS), proposto no estudo, é um recurso simples e seguro, de baixo custo, além de ser um método não farmacológico para alívio da dor. Outra proposta da pesquisa é avaliar a percepção da dor e, de acordo com a estudante, isso pode "ajudar a entender melhor quais são os mecanismos analgésicos da TENS, além de também verificar se esses mecanismos estão funcionando de maneira correta em mulheres com cólica menstrual". Ela acrescenta que a expectativa, além de abranger muitas mulheres, é difundir os resultados de maneira científica e, também, na prática clínica.
Para realizar o estudo estão sendo convidadas mulheres, entre 18 e 45 anos, que tenham cólica menstrual e que nunca tenham tido contato com TENS. As participantes passarão por uma sessão de TENS, com duração de 50 minutos, na UFSCar. O tratamento é indolor e seguro. Interessadas em participar devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/3zxDbuG). Outras informações podem ser solicitadas pelo WhatsApp  (19) 99697-7251 ou pelo e-mail msilva@estudante.ufscar.br. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 62528722.2.0000.5504).

Pesquisa busca voluntários para responder questionário online

 

SÃO CARLOS/SP - A relação entre inteligência emocional e a violência recebida, exercida e percebida por jovens em suas relações de namoro é o tema de uma pesquisa na área de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que está convidando voluntários para participação online.
"O entendimento de como as competências emocionais se relacionam com a qualidade das relações de namoro dos jovens pode trazer novas perspectivas de atendimento psicológico envolvendo emoções para a prevenção da violência no namoro e para o tratamento dos indivíduos que já estiveram ou se encontram em uma relação de namoro violenta", afirma Bárbara Gouveia, aluna do curso de graduação em Psicologia da UFSCar e responsável pela pesquisa.
Podem participar da pesquisa jovens de 18 a 30 anos de idade, que tenham o Ensino Médio completo e que estejam ou já estiveram em um relacionamento sério por pelo menos um mês.
Para participar, basta preencher o formulário online disponível em https://bit.ly/41kNe3i, no qual constam mais detalhes do estudo. O tempo estimado de resposta ao questionário é de 20 a 25 minutos. Dúvidas podem ser esclarecidas com a pesquisadora Bárbara Gouveia pelo WhatsApp (19) 98177-1216 ou pelo e-mail barbaragouveia@estudante.ufscar.br
O trabalho é orientado pela professora Monalisa Muniz, do Departamento de Psicologia (DPSi) da UFSCar, e é voltado para uma produção de monografia de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 67298623.4.0000.5504).

Barreiras estruturais e sociais impõem limitações às pessoas com deficiência

 

SÃO CARLOS/SP - Praias, shopping centers, academias, escolas, universidades. Nesses locais, já ouvimos frases como "aqui não é lugar para pessoa com deficiência frequentar" ou "essa pessoa tem que procurar um lugar adequado pra ela". Falas e pensamentos como esses expressam o capacitismo, ou seja, a discriminação de pessoas com deficiência. Para ajudar a combater essa prática, a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime" aborda agora o assunto. A iniciativa é da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
"Capacitismo é a prática de colocar sobre um único sujeito toda uma responsabilidade de pertencimento que, na verdade, deve ser coletiva e interdependente entre as pessoas que constituem e constroem diariamente uma determinada realidade (escolar, profissional, familiar, cultural, de lazer, de esporte etc.). Assim, se uma pessoa com deficiência acessa um ambiente e, nele, não tem autonomia, não se trata de uma incapacidade pessoal e/ou incompetência. Se essa pessoa enfrenta barreiras nesse lugar, é certo que ele não está organizado de maneira interdependente e cooperativa para a coparticipação, corresponsabilização e emancipação coletiva", explica Leonardo Santos Amâncio Cabral, professor do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar.
"Muitas vezes, esse preconceito não é percebido nem por quem pratica e nem por quem é vítima, tornando assim muito difícil de combater", completa Jorgeane da Mota Trindade de Oliveira, autista e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da UFSCar. "Mas posso dizer que o mais difícil é a sociedade subestimar a capacidade da pessoa com deficiência não lhe dando oportunidades. Além disso, a tendência é colocar essa pessoa como preguiçosa, sem força de vontade, 'não faz porque não quer'. Toda deficiência traz suas limitações. Nós não somos apenas um diagnóstico, o diagnóstico não define nossas capacidades, mas as barreiras impostas pela sociedade. No Brasil o que mais sofremos são com as barreiras atitudinais", explica a estudante da UFSCar.
"O autismo é caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e na interação, e déficits na comunicação social", explica a pesquisadora. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM 5, citado por ela, o autismo é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento, isso quer dizer que ele precisa estar presente ainda no início da infância do indivíduo. Ainda de acordo com o DSM 5, o autismo é classificado em três níveis de suporte: o nível 1 exige apoio, no nível 2 apoio substancial, e no nível 3 apoio muito substancial.
"Sendo nível de suporte 1, passei no vestibular depois da sétima tentativa. Era uma criança quieta e muito calada. Isso, na década de 1980 e 1990, era o esperado. Mas sempre tive uma ingenuidade e sinceridade muito sem filtro, comum em nós autistas. Não sentia falta de estar com muitas pessoas. Na minha graduação assim como na época de escola, eu passava mal com os barulhos, sempre com ânsia de vômito e dor de barriga. Um cansaço que parece que nunca vai acabar. Sempre estava na biblioteca, estudando e lendo. Porém, crescer sentindo tanta coisa e sempre tentando me igualar a meus pares trouxe muito sofrimento e adoecimento", conta Oliveira. "Apenas com o diagnóstico do meu filho em 2018 foi levantada a possibilidade de eu também ser autista. Naquela época, eu estava tomando cinco medicações - para dormir, acordar, para ansiedade, depressão e modulador de humor", continua.
Segundo ela, "é comum que profissionais da área de Saúde Mental incorram em equívocos nos diagnósticos quando a pessoa é do nível 1 de suporte. Foi o que aconteceu comigo. Mas em 2020, quando eu tinha 40 anos, consegui passar com uma psiquiatra que tem especialidade em atender pessoas autistas e outras condições. Foi uma consulta de quase três horas. Fiquei muito cansada, e eu havia falado a ela que estava exausta. Ela concluiu dizendo: 'Você é uma pessoa autista, nível 1 de suporte e provavelmente com altas habilidades - nunca avaliei para isso. Sinto muito que você tenha passado por tantos profissionais que não conseguiram ver que você é uma pessoa autista.' O diagnóstico não mudou quem eu sou, mas mudou meu olhar sobre mim e sobre minhas potencialidades, me ver além da deficiência".

Formas de deficiência e estigma
O autismo é apenas uma forma de deficiência, que pode ser física, intelectual e sensorial, como explica o docente da UFSCar. Além disso, há as pessoas com deficiências múltiplas, quando estão combinadas duas ou mais deficiências. "Então, o indivíduo pode ter deficiência intelectual e ser pessoa com deficiência física", exemplifica o professor. Além disso, temos as pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) que não são pessoas com deficiência, mas com os mesmos direitos legais de pessoa com deficiência", esclarece o professor.
"Estamos lidando com pessoas que historicamente foram estigmatizadas, infantilizadas, coisificadas, objetificadas, colocadas como exóticas na sociedade. Muitas vezes as pessoas com deficiência, mesmo enquanto adultas, não são vistas como adultas: elas são infantilizadas e, inclusive, assexuadas, como se elas também não tivessem gênero, como se elas não fossem capazes. Isso se enquadra na discriminação, no capacitismo, pois elas podem construir uma família, serem autônomas, serem excelentes profissionais. Hoje, temos uma ascensão de pessoas com deficiência ingressando nas instituições de Ensino Superior e, ainda assim, a perspectiva de muitos professores tem sido atravessada pelo capacitismo, pela falta de informação, pelo estranhamento da diferença e isso vai impactando os métodos e as formas de avaliar o sujeito profissional nas diversas áreas do conhecimento. Então, é importante falarmos de capacitismo para pensarmos como podemos garantir os direitos humanos das pessoas com deficiência, inclusive nos ambientes educacionais, profissionais, de lazer, culturais e em todas as outras dimensões sociais que todos devemos ter acesso e que é uma condição constitucional".
A estudante da UFSCar concorda: "Como se tratam de condições 'invisíveis', e até mesmo pelo estigma da condição, são pessoas que podem ter um sentimento de inadequação e ter uma certa dificuldade em fazer e manter amigos. Na realidade, não é uma dificuldade em fazer e manter amigos, são cérebros que não veem muito sentido em coisas que a maioria vê. Isso não dá o direito a ninguém de recriminar a forma de ser e estar no mundo daquela pessoa. Mas entendo que esse assunto é difícil para pessoas que não são neurodivergentes ou não tenham outra deficiência compreender. É algo que levará algum tempo para que possamos chegar num denominador comum, o respeito a todos".

"Nada sobre nós sem nós"
Para o professor da UFSCar, "o próprio fato de hoje estarmos falando sobre capacitismo em agendas anuais que demarcam o dia da pessoa com deficiência já é um avanço. Parece pouco, mas essa vitrine que tem sido representada e valorizada, inclusive, nas mídias sociais por pessoas com e sem deficiência falando sobre as pessoas com deficiência. O lema  Nada sobre nós sem nós', que nasce na década de 1960 com os movimentos estudantis, norteou a elaboração da Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência em 2006, que foi referendada no Brasil em 2009. Assim, as pessoas com deficiências têm conquistado seus protagonismos em suas próprias histórias, nos diversos espaços da sociedade, inclusive com políticas de ações afirmativas", celebra o professor.  
Mas ainda há muito por fazer. Para ele, os principais desafios têm a ver com a transformação cultural sobre a compreensão do que é ser alguém com deficiência. "Recentemente, uma pessoa de uma instituição jurídica entrou em contato comigo pedindo indicação de uma pessoa com deficiência para dar uma palestra sobre os direitos dessa população. Foi um pedido a 'toque de caixa'. Então, indiquei uma pessoa com mestrado acadêmico e com carreira profissional de mais de 10 anos. Porém, ao saberem que essa pessoa utiliza cão-guia, desconsideraram-na com o argumento de que sua passagem aérea seria mais cara e os trâmites seriam mais burocráticos. É como se a pessoa com deficiência fosse mais cara, inclusive, o que não é verdade. Esse ato pode ser considerado discriminação com base na deficiência. Muitas coisas têm mais a ver com acessibilidade atitudinal do que qualquer outra coisa. Não se trata de questão financeira, patrimonial etc.", exemplifica.
A doutoranda da UFSCar reforça a necessidade de transformação do meio em algo acolhedor, sem barreiras. "Somos pessoas com deficiência (no caso do autismo para fins legais), fazemos parte da sociedade e interagimos com o meio. Mas o meio ainda está em transformação, ainda não é acolhedor a todos os corpos e mentes diferentes. É um meio que precisa se transformar para acolher a todos de maneira equitativa, do contrário, a deficiência do meio em nos atender sempre será nossa principal barreira para poder estar onde queremos estar".
E como as pessoas podem contribuir para combater o capacitismo e cultivar uma cultura mais acolhedora para pessoas com deficiência? "Informação", responde a doutoranda da UFSCar. "Essa é a palavra que para a comunidade PcD [sigla frequentemente utilizada para Pessoa com Deficiência] se torna uma das mais importantes na luta contra o capacitismo. Todos nós, em algum grau, fomos ou somos capacitistas. Para combater isso, busque informação. Se tem dúvida sobre o assunto, pergunte à própria pessoa com deficiência; se tiver vergonha de perguntar, procure pessoas que trabalham ou conhecem nossa luta. Mas nunca deduza que você conhece mais da deficiência dessa pessoa do que ela própria. Seja qual for o diagnóstico dela, esse diagnóstico faz parte da vida dela, um ou vários profissionais habilitados lhe deram o diagnóstico. Alunos, funcionários e professores, acolham o diferente, tentem conhecer esse universo tão singular e rico que é o das pessoas com deficiência. Vão se surpreender!". 

Serviço
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei nº 13.146), em seu Art. 2º, considera pessoa com deficiência "aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas".
Ainda segundo a Lei, discriminar pessoa com deficiência é crime. Por isso, em caso de emergência, acione a Polícia Militar pelo Disque 190. Se o crime já aconteceu, procure uma autoridade policial para registrar a ocorrência.

Sobre a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar"
A campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime" é uma estratégia para realizar um movimento educativo com a comunidade, a fim de que todas as pessoas possam perceber o quanto são violentas em suas atitudes cotidianas, mudando seu comportamento. Ela também tem o papel de mostrar que qualquer ato de violência é passível de investigação e punição perante a lei.
A Campanha apresenta temas diversos: racismo, transfobia, machismo, gordofobia, etarismo, assédio e capacitismo. Os conteúdos estão sendo veiculados no Portal da UFSCar e nas redes da UFSCar Oficial no Facebook e Instagram (@ufscaroficial), além de contar com a participação da Rádio UFSCar. "Somos uma comunidade humana e plural. Combater todos os tipos de violência é importante para garantir o convívio pacífico e, mais que isso, permitir que as diferentes visões de mundo se encontrem e permitam, com isso, a construção de um conhecimento plural, diverso, elaborado a partir de diferentes pontos de vista, experiências e culturas. Não é possível viver em uma sociedade de paz sem combater todos os tipos de violência", afirma o Secretário Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), Vinícius Nascimento.
"Cada pessoa da comunidade UFSCar precisa se enxergar como um instrumento dessa transformação. A mudança exige o trabalho diário, a partir do diálogo franco e do forte engajamento de todas e todos", conclui Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da Universidade.

Publicado pela EdUFSCar, obra tem autoria de Andreza Aruska de Souza Santos

 

SÃO CARLOS/SP - Um olhar dirigido para o Brasil no final do ciclo de crescimento econômico patrocinado pela exportação de commodities, entre os anos de 2002 e 2013, com foco nos locais onde essas matérias exportadas são produzidas. Essa história, com base em pesquisa, está contada nas páginas da obra "Memória Seletiva - o patrimônio cultural e o extrativismo no Brasil", de autoria de Andreza Aruska de Souza Santos e publicada pela Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar).
Ela é formada em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB), com mestrado em Estudos Globais, doutorado em Antropologia Social, e atual diretora do Brazil Institute no King's College London. O livro que está sendo lançado é resultado da pesquisa de doutorado da autora realizada na University of St Andrews (Reino Unido), com 18 meses de trabalho de campo.
De acordo com a pesquisadora, o Brasil é conhecido internacionalmente por seus processos participativos, como o orçamento participativo em Belo Horizonte, conferências urbanas e até mesmo seus protestos, como os de junho de 2013. Mas, a maioria dos exemplos vem de grandes cidades, como Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Em cidades pequenas e médias, a relação das pessoas em espaços participativos é diferente, onde há um processo de intimidação que vem de uma rede de apoio e de sobrevivência que gera uma codependência em economias mais informais e com menos residentes. Nesse contexto, o licenciamento ambiental, que exige negociação com comunidades atingidas, como no caso da mineração, foi examinado.  "Eu olhei o processo de licenciamento de obras minerarias em Ouro Preto. Como a sociedade civil dialoga com empresas e poder público, para negociar mitigações de danos, eu explico o processo de dependência da mineração, as relações sociais locais, os vínculos econômicos, o déficit habitacional e as divisões sociais - tudo isso aparece durante as negociações e impede resultados melhores. Eu olho a construção da memória nacional por meio de Ouro Preto e a seletividade dessa memória. Dessa forma, a ligação da mineração com a cultura e o desenvolvimento fica literalmente cimentada em monumentos, casarões, estátuas", explicou Santos.
Ainda segundo a autora, a mineração do passado deixou esse legado material no local, e a do presente preserva esse legado usando a cultura como mecanismo de compensação para danos ambientais, como exemplo citado por ela, a de Inhotim, em Brumadinho. Esses monumentos não são nem próximos e nem proporcionais ao dano, mas geram essa memória seletiva positiva da mineração. "Localmente, essa memória é contestada, mas contestar e protestar não é uma opção a todos. A pobreza, a informalidade, a dependência econômica de uma grande indústria, tudo isso silencia", complementou.
Para ela, a exploração de minério tem alto impacto ambiental. A mitigação desse impacto com medidas compensatórias ou até mesmo embargo de obras passa por mecanismos participativos com comunidades afetadas e poder público. A pobreza, a dependência municipal das arrecadações minerais, tudo isso gera uma intimidação e cooptação.
Diante de todo esse estudo, a autora faz as considerações. "A democracia participativa precisa se atentar para as desigualdades econômicas e sociais. Não é possível imaginar que as pessoas vão corrigir injustiças, como as ambientais e econômicas, se elas impedem as pessoas de fazer uma participação efetiva. É necessário que os municípios diversifiquem a economia, invistam em fundos soberanos, para que haja uma menor dependência econômica das empresas para que possa ocorrer uma discussão mais justa, efetiva e proporcional. A pobreza e a dependência econômica geram uma pauta de luto e protesto, mas não conseguem gerar, na mesma proporção, uma capacidade de mobilização e de manutenção dessa mobilização. Assim, injustiças em acordos minerários acontecem, com enormes danos ambientais e sociais, como nos casos de Mariana, Brumadinho e Maceió", finalizou.
O livro "Memória Seletiva - o patrimônio cultural e o extrativismo no Brasil" pode ser adquirido no site da EdUFSCar (www.edufscar.com.br), onde há mais informações.

Pesquisadores pedem indicação de local e data da ocorrência

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de iniciação científica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ainda em fase inicial, pretende investigar os efeitos da descarga elétrica proveniente de raios na fauna do solo. Segundo os pesquisadores, invertebrados podem responder a campos elétricos formados por linhas de transmissão de alta voltagem, mas não há estudos verificando diretamente o efeito de raios em organismos de solo como formigas, aranhas, besouros e outros. 
O estudo será conduzido pela graduanda do curso de bacharelado em Gestão e Análise Ambiental, Marcela de Oliveira Gonçalves, com orientação dos docentes Vandoir Bourscheidt e Marcel Okamoto Tanaka, ambos do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm). Para realizar o trabalho, os pesquisadores procuram locais que tenham sido atingidos por raios em São Carlos e região nos últimos meses; dessa forma, gostariam de contar com a ajuda da comunidade para encontrar um local adequado, uma vez que, para o estudo proposto, o raio precisa ter atingido diretamente o solo não pavimentado. Seriam locais de interesse, portanto, lavouras, pastagens, e outras áreas descobertas.
Qualquer pessoa que obtenha a informação requisitada pode participar da pesquisa. Para isso, basta informar o local e a data da ocorrência para a estudante Marcela Gonçalves, pelo WhatsApp (69) 98467-2802 ou pelo e-mail marcelaoliveira@estudante.ufscar.br. A partir do contato, os pesquisadores buscarão obter mais detalhes e avaliar a aptidão da área para a realização do estudo.

Inscrições estão abertas e podem ser feitas pela Internet

 

SÃO CARLOS/SP - Acontece de 29 de julho a 2 de agosto de 2024, a XI Bienal da Matemática, promovida desde 2002 pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e considerada um dos eventos mais importantes de divulgação e disseminação do conhecimento matemático no Brasil.
A edição, que será realizada no campus sede da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), marca o retorno do evento ao Estado de São Paulo depois de uma década. A Bienal é composta por atividades diferenciadas, criativas e desafiadoras, fomentando a investigação e a curiosidade entre os seus participantes.
Nesta edição, acontecem palestras didáticas sobre os famosos sete Problemas do Milênio, selecionados pelo Clay Mathematics Institute em 2000, para celebrar a Matemática no novo milênio. O evento, que envolve a participação de centenas de atuantes na área de Matemática, também contará com minicursos, oficinas, mesas-redondas e exposições voltadas para estudantes e professores dos mais variados níveis e modalidades de ensino.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas até 15/7/2024. Já o prazo de submissão de trabalhos será entre 2/1 até 24/4. Mais informações e as inscrições em https://sbm.org.br/xi-bienal.

Visitas em universidades americanas aconteceu entre os dias 27 de novembro e 8 de dezembro

 

Uma delegação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - composta por cinco doutorandos em Engenharia de Materiais e pelos docentes Juliana Mara de Almeida, do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa), e Helder Galleti, do Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) - participou, entre 27 de novembro e 8 de dezembro, de uma missão acadêmica em cinco universidades dos Estados Unidos, como parte do Projeto Movimenta Materiais, apoiado pela Capes e a Comissão Fulbright do Brasil.
Segundo a gestora executiva do projeto, Juliana Almeida, o principal objetivo foi participar de atividades de ensino visando à modernização dos cursos de graduação nas áreas de Engenharia da UFSCar. "Conhecer o funcionamento dos cursos de Engenharia em universidades americanas possibilita analisar e comparar diferentes estratégias de ensino, aprimorando e adaptando-as à realidade do ensino no Brasil. Em geral, enfrentamos os mesmos problemas e demandas dos estudantes. A busca por espaços físicos que permitam o desenvolvimento de projetos em equipe é uma solicitação frequente nos locais que visitamos", destacou a docente.
A delegação da UFSCar foi recebida pela diretora da Erik Jonsson School of Engineering, professora Stephanie Adams, da Universidade do Texas em Dallas (UTD). Durante a missão na UTD, professores e estudantes puderam conhecer os programas UTDesign e o Epics (Engineering Solutions for Community Needs), que conectam a academia, principalmente os estudantes, com a indústria e a comunidade local, possibilitando a atuação na resolução de problemas do mundo real.
Também segundo a gestora executiva do Movimenta Materiais, na UTD, esses programas e os problemas são propostos e financiados por empresas, de modo que as equipes de estudantes se engajem na gestão e execução do projeto em um ambiente semelhante ao da indústria.
"No que diz respeito às atividades de extensão, o DEMa tem muita cooperação com as indústrias brasileiras e empresas locais, mas aproveitamos pouco essa oportunidade para promover o ensino em Engenharia. Aí está uma oportunidade para modernizar a graduação dentro do projeto Movimenta Materiais", enfatizou Almeida.
A delegação teve uma agenda repleta de atividades, participando de aulas teóricas, demonstrações práticas presentes nos cursos de Engenharia da UTD, além de visitas a centros e laboratórios de pesquisa. A professora Daniele Rodrigues conduziu a visitação ao laboratório Biomaterials for Osseointegration and Novel Engineering, liderado pela ela, detalhando, além das linhas de pesquisa em Bioengenharia, como as demandas das empresas são inseridas no contexto da sala de aula do laboratório.
Segundo o professor Galleti, membro do comitê gestor do Movimenta Materiais, a missão na UTD foi uma imersão completa do cotidiano da Universidade, proporcionando a todos da delegação a vivência das atividades de ensino, pesquisa, inovação e gestão acadêmica. "Reuniões voltadas para métricas, em que se busca avaliar o sucesso do estudante e a eficácia institucional foram importantes para ampliar os horizontes e se pensar em como adaptar o ensino de Engenharia na UFSCar", disse o docente.
A delegação também visitou outras universidades. Para otimizar o tempo, após a etapa na UTD, a equipe da UFSCar se dividiu. Os estudantes de doutorado André Cardoso, Arquiminio Neto, Humberto Dias e Otávio Pedroso foram para a Universidade de Illinois-Urbana Champaign, onde foram recepcionados pela professora Janny Amos. O professor Helder Galleti e o estudante Wallyson Ramos foram para a Universidade de Siracuse. A professora Juliana Almeida visitou a Colorado School of Mines e o laboratório National Renewable Energy Laboratory em Golden, ambos no Colorado. Nesse último, a docente ministrou uma palestra destacando o papel acadêmico da UFSCar para o estado de São Paulo e o País, além de apresentar técnicas modernas de processamento de materiais.
Estão sendo oferecidas 21 vagas

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGECiv), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), abriu processo seletivo para o curso de mestrado. 
O Programa conta com três linhas de pesquisa: Gestão, Tecnologia e Sustentabilidade na Construção Civil; Estudo e Desenvolvimento de Sistemas Estruturais; e Estudo e Desenvolvimento de Sistemas e Materiais de infraestrutura Geotécnica.
Para o mestrado, são oferecidas 21 vagas, sendo 14 vagas para a ampla concorrência e sete vagas reservadas à Política de Ações Afirmativas. As inscrições podem ser feitas no período de 2 a 26 de janeiro de 2024, de acordo com as instruções do edital. 
O processo seletivo consiste de três fases: prova escrita de conhecimento específico (Fase 1); análise da nota da graduação (Fase 2) e análise curricular (Fase 3).
O Edital 1/2023, com todas as informações, está disponível para download no site do PPGECiv (https://ppgeciv.ufscar.br/mestrado-regular).

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