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UCRÂNIA - Um ataque com mísseis matou quatro pessoas em um edifício residencial na cidade de Lviv (oeste) nesta quinta-feira (6), no maior bombardeio contra uma infraestrutura civil da localidade desde o início da guerra na Ucrânia, anunciaram as autoridades locais.

"Um edifício de apartamentos foi atingido por um ataque russo com mísseis", afirmou no Telegram o ministro ucraniano do Interior, Igor Klimenko.

"O terceiro e o quarto andares do prédio foram destruídos no ataque (...) Quatro pessoas morreram e nove ficaram feridas", acrescentou.

As equipes de resgate trabalhavam para resgatar as pessoas presas entre os escombros, informou Klimenko.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu uma "resposta tangível" ao ataque russo.

"Infelizmente há feridos e mortos... Definitivamente haverá uma resposta ao inimigo, uma resposta tangível", afirmou Zelensky no Telegram.

O prefeito de Lviv Andriy Sadovyi, indicou que mais de 50 apartamentos foram "destruídos" e um dormitório da Universidade Politécnica da cidade foi atingido.

"Este é o maior ataque contra uma infraestrutura civil de Lviv desde o início da invasão russa", em 24 de fevereiro de 2022, destacou Sadovyi.

Não foi possível determinar quantos mísseis foram lançados contra a cidade.

 

 

AFP

RÚSSIA - A Rússia anunciou que neutralizou cinco drones ucranianos nesta terça-feira (4) perto de Moscou e da capital, uma ação que prejudicou as operações no aeroporto internacional de Vnukovo e que o Kremlin chamou de "ato terrorista".

O ataque estava direcionado contra diversos pontos da região de Moscou e seus arredores, áreas que raramente são alvos de ações de Kiev que, ao mesmo tempo, intensificou as operações em outras localidades da Rússia.

De acordo com o ministério russo da Defesa, quatro drones foram destruídos pela defesa antiaérea perto da capital russa e o quinto foi neutralizado por "recursos de guerra eletrônica" antes de cair na região de Moscou.

O ataque não provocou vítimas ou danos, segundo o ministério, que definiu a ação como um "ato terrorista".

"Todos os ataques foram impedidos pela defesa antiaérea, todos os drones detectados foram neutralizados", celebrou no Telegram o prefeito de Moscou, Serguei Sobianin.

A ação perturbou durante três horas as operações no aeroporto de Vnukovo, um dos três grandes aeroportos internacionais de Moscou.

Um dos drones foi neutralizado perto de Kubinka, a 40 quilômetros do aeroporto de Vnukovo, de acordo com as autoridades locais, citadas pela agência estatal RIA Novosti.

Muitos voos foram desviados para outros destinos durante a madrugada. O aeroporto voltou a operar às 5H00 GMT (2H00 de Brasília), segundo a agência russa de transporte aéreo Rosaviatsia.

O quinto drone foi derrubado na região de Kaluga, ao sudoeste de Moscou, informou a agência oficial TASS.

Depois do ataque, a porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores, Maria Zakharova, denunciou um "ato terrorista" de Kiev, direcionado contra uma área onde ficam pontos de infraestrutura civil".

Ela também acusou os países ocidentais de financiar "um regime terrorista" com o fornecimento de armas a Kiev.

 

- Problemas na contraofensiva ucraniana -

Na Ucrânia, o governador de Kherson, Oleksander Prokudin, anunciou no Telegram que duas pessoas morreram em bombardeios russos nesta região do sul do país.

Os ataques das tropas de Moscou também deixaram três feridos na região de Donetsk (leste) e mais três em Chernihiv (norte), segundo as autoridades locais.

Além disso, o balanço do ataque com drones russos na segunda-feira contra um edifício residencial em Sumy (nordeste) subiu para três mortos e 21 feridos.

O Estado-Maior da Ucrânia também anunciou a interceptação de 16 drones de fabricação iraniana lançados pela Rússia durante a noite.

Na frente de batalha, os combates prosseguem quase um mês após o início da contraofensiva de Kiev para tentar recuperar os territórios ocupados pela Rússia e que, até o momento, registra apenas avanços moderados.

De acordo com o ministério da Defesa do Reino Unido, as forças ucranianas tentam avançar, mas esbarram no "uso em larga escala de minas terrestres por parte da Rússia" e nos ataques com aviões, helicópteros e de artilharia.

As forças russas "conseguiram algumas vitórias com esta estratégia", mas continuam "sofrendo baixas consideráveis", acrescentou o ministério britânico.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, reconheceu na segunda-feira uma semana de combates "difíceis" em toda a linha de frente. Mesmo assim, destacou que as tropas do país conseguiram avançar 37 quilômetros quadrados no leste e no sul.

A Rússia afirma que o exército ucraniano "não alcançou os objetivos em nenhum ponto" desde o início da contraofensiva.

No campo diplomático, o presidente russo, Vladimir Putin, participou em uma reunião de cúpula virtual da Organização para a Cooperação de Xangai, da qual seu país participa ao lado da China, Índia, Paquistão e quatro repúblicas do centro da Ásia (Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão).

"A Rússia está resistindo de maneira segura e continuará resistindo às pressões externas, sanções e provocações", afirmou Putin a respeito das medidas adotadas pelos países ocidentais contra Moscou desde o início da operação na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Ele também agradeceu aos "colegas da Organização para Cooperação de Xangai que expressaram apoio durante o motim do grupo paramilitar Wagner, que abalou o Kremlin no fim de junho.

 

 

AFP

UCRÂNIA - O exército da Ucrânia reconquistou 37 quilômetros quadrados no leste e sul do país em uma semana, no âmbito da contraofensiva ante as forças da Rússia, anunciou nesta segunda-feira (3) a vice-ministra da Defesa, Ganna Maliar. 

No sul, "o território liberado aumentou em 28,4 km2", o que eleva a 158 quilômetros quadrados a superfície total reconquistada nesta região desde o lançamento da contraofensiva no início de junho, declarou Maliar. 

No leste, os avanços de Kiev foram de apenas nove quilômetros quadrados, de acordo com a vice-ministra. 

"O inimigo resiste com força, está acontecendo uma batalha muito dura", destacou Maliar. Ela disse que as tropas russas executaram uma ofensiva no fim de semana nos arredores de Svatove, na região de Lugansk. 

Os russos estão "tentando avançar para Lyman", uma cidade na região de Donetsk tomada pelo exército ucraniano no final do ano passado, segundo Maliar.

Na Rússia, o Serviço Federal de Segurança (FSB) afirmou nesta segunda-feira que impediu uma tentativa de assassinato contra o líder designado por Moscou na Crimeia, a península ucraniana anexada em 2014.

"Frustramos uma tentativa de assassinato contra o líder da Crimeia, Serguei Aksionov, organizada pelo serviço especial ucraniano", afirmou o FSB, citado pelas agências de notícias russas. 

Um cidadão russo nascido em 1988 foi detido, acusado de ter sido "recrutado por oficiais do SBU", o serviço secreto ucraniano, indicou o FSB, que acusou o homem de ter "formação em inteligência subversiva na Ucrânia, incluindo o uso de explosivos".

Também nesta segunda-feira, o presidente do Comitê de Defesa da Duma (Câmara Baixa do Parlamento russo) descartou a ideia de uma nova mobilização para substituir os membros do grupo paramilitar Wagner que deixaram de combater na Ucrânia.

"O presidente da Federação Russa (Vladimir Putin), claramente e de maneira compreensível e específica, disse que não acontecerá uma nova convocação", declarou Andrei Kartapolov, de acordo com a agência estatal TASS.

"Não há necessidade de mobilização hoje ou no futuro próximo", acrescentou. 

De acordo com o ex-comandante militar, "não há nenhuma ameaça de redução do potencial de combate a médio e longo prazo, e Moscou dispõe de tropas dentro das Forças Armadas russas para substituí-las".

A Rússia recrutou em setembro centenas de milhares de homens para enfrentar o conflito na Ucrânia e dezenas de milhares fugiram para o exterior para evitar a convocação.

"No momento do motim (fracassado), o grupo Wagner não era mais utilizado na linha de frente, todos estavam nos acampamentos", acrescentou Kartapolov.

Após o motim frustrado, o fundador do grupo Wagner, Yevgueni Prigozhin, aceitou partir para o exílio em Belarus, após a mediação de Minsk.

 

 

AFP

RÚSSIA - Depois do fim da rebelião do Grupo Wagner na Rússia, o presidente Vladimir Putin deu três opções aos combatentes da milícia: ir para Belarus, voltar para casa ou se integrar às forças russas.

Mas o que exatamente aconteceu com os cerca de 20 mil combatentes liderados por Yevgeny Prigozhin "é totalmente desconhecido", comenta o especialista alemão Nico Lange.

Ele lembra que o grupo dispõe de tanques de infantaria e outros armamentos mais modernos do que o que recentemente se viu em vídeos das Forças Armadas russas.

O ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu, e seus comandantes devem estar interessados nessas armas, mas a integração delas nas Forças Armadas pode ser demorada.

O jogo de poder entre Putin, Prigozhin e o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que mediou o acordo que acabou com a rebelião, ainda não acabou, analisa o Instituto para o Estudo da Guerra, nos EUA.

Os pesquisadores do instituto avaliam que esse jogo de poder vai continuar tendo consequências de curto e longo prazo que podem beneficiar a Ucrânia.

Mas como a Ucrânia pode se beneficiar da atual situação na Rússia? E quais opções surgiram para o comando das forças ucranianas após a rebelião? Até agora, não se sabe se o motim mudou os planos para a contraofensiva ucraniana, que está em andamento.

 

Avanços lentos da contraofensiva

Informações reunidas nas redes sociais, imagens de satélite e declarações das Forças Armadas ucranianas indicam que os combatentes ucranianos conseguiram libertar alguns vilarejos ao longo da linha de combate ao leste da cidade de Zaporijia e ao norte e ao sul de Bakhmut.

Mas com frequência aparecem imagens de drones que mostram tanques de infantaria ucranianos retidos em campos minados russos – ou seja, na linha de defesa russa, que ao longo de meses foi sendo fechada com minas terrestres e barreiras de contenção de tanques.

"Claro está que ainda se trabalha no primeiro obstáculo: essa combinação de campos minados e falta de superioridade aérea, e isso parece ser muito problemático", comenta Lange, referindo-se aos progressos dos militares da Ucrânia.

O analista Brady Africk, do Instituto American Enterprise, em Washington, diz, com base em imagens de satélite, que a Rússia está fortalecendo suas linhas de defesa.

Os mapas atualizados por Africk chamam a atenção para o outro grande evento da guerra em junho: a explosão da barragem de Kakhovka, no início do mês. A Ucrânia culpa a Rússia pela explosão, e a Rússia culpa a Ucrânia.

O colapso da barragem teria sido causado por um explosivo detonado no interior da estrutura pela Rússia, que controla o local, de acordo com um trabalho de investigação do jornal americano The New York Times.

 

Leito secou

Nesse meio tempo, o reservatório se esvaziou. Fotos compartilhadas no Telegram e no Twitter mostram o leito seco em várias partes. No Facebook, caçadores de tesouros ucranianos compartilham suas experiências na busca de objetos de valor no solo com detectores de metal.

De acordo com um comunicado à imprensa, a Comissão Alemã de Túmulos de Guerra está investigando relatos de que "restos mortais de soldados alemães foram encontrados no sul da Ucrânia e que esses achados estão ligados à destruição da represa de Kakhovka". A organização protege os restos mortais de vítimas da Segunda Guerra Mundial em toda a Europa e providencia seu sepultamento em cemitérios.

 

Brecha para o exército ucraniano?

Em mapas antigos da Wehrmacht (forças armadas da Alemanha nazista), podem ser vistas várias estradas históricas que cruzavam o leito posterior do reservatório de Kakhovka, das quais a água aparentemente já foi drenada.

Ex-meteorologista da Força Aérea dos EUA, David Helms estudou a condição do antigo reservatório em imagens de satélite e as justapôs com mapas antigos da Wehrmacht. Helms faz parte de um grupo disperso de apoiadores da Ucrânia que divulgam suas descobertas sob a hashtag #NAFO, especialmente no Twitter. Ele identificou sete estradas no reservatório, agora praticamente vazio, que ainda estavam em uso durante a Segunda Guerra.

Atualmente, ao norte do antigo reservatório e do rio Dnieper, que agora flui em seu leito histórico, está o exército ucraniano e, ao sul, as forças armadas russas.

Surpreendentemente, a oeste da cidade de Vasylivka, controlada pelo exército russo, poucas posições do exército russo são visíveis, pelo menos no mapa do analista norte-americano Brady Africk, apoiado por imagens de satélite.

Parece, pelo menos, uma possibilidade de que uma brecha esteja se abrindo aqui para o exército ucraniano – com muitos imponderáveis, especialmente porque as forças russas sempre podem atacar pelo ar. No entanto, Lange diz ter a impressão, a partir da contraofensiva ucraniana, de que Kiev ainda está guardando a grande surpresa para si mesma.

 

 

Autor: Frank Hofmann / DW.com

PARIS - Manifestantes dispararam fogos de artifício contra a polícia e incendiaram carros no subúrbio parisiense de Nanterre, horas depois que o presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou na quarta-feira a morte "indesculpável" de um adolescente de 17 anos a tiros durante uma abordagem policial no trânsito.

O uso da força letal pelos policiais contra o adolescente, que era de origem norte-africana, alimentou uma percepção profundamente enraizada da brutalidade policial nos subúrbios etnicamente diversos das maiores cidades da França.

Na Avenida Pablo Picasso, em Nanterre, uma trilha de veículos capotados queimava enquanto fogos de artifício explodiam nas fileiras da polícia.

A polícia entrou em confronto com manifestantes na cidade de Lille, no norte, e em Toulouse, no sudoeste. Também houve agitação em Amiens, Dijon, e no departamento administrativo de Essone, ao sul da capital francesa, disse um porta-voz da polícia.

Mais cedo, o presidente Emmanuel Macron classificou o incidente como "inexplicável e indesculpável".

Um policial está sendo investigado por homicídio voluntário por atirar contra o jovem. Os promotores dizem que o jovem não cumpriu uma ordem para que parasse seu carro.

O Ministério do Interior pediu calma e disse que 2 mil policiais foram mobilizados na região de Paris.

Grupos de direitos humanos alegam racismo sistêmico dentro das forças policiais na França, uma acusação que Macron já negou anteriormente.

 

 

Reportagem de Antony Paone, Stephanie Lecoq / REUTERS

UCRÂNIA - Nove pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas, de acordo com um balanço atualizado, em um bombardeio russo que atingiu um restaurante da cidade de Kramatorsk, na região leste da Ucrânia, na terça-feira (27).

"Os corpos de nove pessoas, incluindo três menores de idade, foram recuperados dos escombros e 56 pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança nascida em 2022", anunciou o Serviço de Emergências da Ucrânia no Telegram.

As operações de resgate prosseguem e sete pessoas foram resgatadas com vida dos escombros, acrescenta a nota.

A explosão de terça-feira atingiu o restaurante Ria Pizza, um local muito procurado por soldados e jornalistas em Kramatorsk, o último grande centro urbano sob controle ucraniano no leste do país.

De acordo com a polícia da Ucrânia, a Rússia disparou dois mísseis terra-ar S-300 contra a cidade, que tinha 150.000 habitantes antes da guerra.

O ataque deixou três colombianos levemente feridos: o ex-comissário de paz Sergio Jaramillo, o escritor Héctor Abad Faciolince e a jornalista Catalina Gómez.

Os três estavam jantando no restaurante com a escritora ucraniana Victoria Amelina, 37 anos, que está em "condição crítica por uma lesão na cabeça, provavelmente provocada pelos estilhaços de vidro e vigas", afirmaram os colombianos em um comunicado. 

Abad e Jaramillo destacaram que os três colombianos desembarcaram na Ucrânia para "expressar a solidariedade da América Latina com o povo da Ucrânia diante da bárbara e ilegal invasão russa".

Além do restaurante, outros imóveis também foram atingidos: prédios, estabelecimentos comerciais, veículos e uma agência dos correios.

Uma correspondente da AFP observou a presença de um número elevado de ambulâncias, policiais e militares, assim como de moradores das proximidades do restaurante bombardeado.

Coberto de poeira, o cozinheiro Roslan, 32 anos, disse que "havia bastante gente" no restaurante. "Tive sorte."

Localizada ao oeste da cidade devastada de Bakhmut, cenário da batalha mais violenta e prolongada da guerra, Kramatorsk já foi atingida por vários bombardeios russos.

O mais grave teve como alvo a estação ferroviária da cidade em abril de 2022, um ataque que deixou 61 mortos e mais de 160 feridos poucas semanas após o início da invasão russa, no momento em que muitos civis tentavam abandonar a localidade.

Kramatorsk, um importante entroncamento ferroviário, é a capital regional de fato desde que as cidades de Donetsk e Lugansk foram capturadas em 2014 por separatistas pró-Rússia apoiados por Moscou.

 

- Prigozhin em Belarus -

O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, minimizou o impacto para o conflito das divisões internas evidenciadas na Rússia após a rebelião do fim de semana do grupo paramilitar Wagner e seu fundador, Yevgueni Prigozhin.

"Infelizmente, Prigozhin se rendeu muito rapidamente. Não houve tempo para que o efeito desmoralizante penetrasse nas trincheiras russas", disse Kuleba ao canal CNN.

Prigozhin foi recebido na terça-feira em Belarus, após um acordo que acabou com o motim do grupo paramilitar na Rússia, anunciou o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, considerou que é muito cedo para tirar conclusões da transferência de Prigozhin para Belarus, mas destacou que a organização está preparada para defender seus membros.

"Enviamos uma mensagem clara a Moscou a Minsk de que a Otan está na região para proteger cada aliado e cada parcela de território da Otan", disse.

Ainda é necessário aguardar para analisar o impacto da tentativa de rebelião, mas o Kremlin negou que o presidente Vladimir Putin tenha saído enfraquecido da pior crise que enfrentou em suas duas décadas no poder.

Em uma tentativa de consolidar sua posição, Putin se reuniu com os comandantes das Forças Armadas e agradeceu os militares, que segundo ele evitaram uma guerra civil provocada pela rebelião do grupo de mercenários.

"O exército e a população não estavam do lado dos amotinados", afirmou Putin na terça-feira.

 

 

AFP

UCRÂNIA - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que os militares da Ucrânia fizeram avanços nesta segunda-feira em todos os setores da linha de frente.

"Hoje, em todos os setores, nossos soldados avançaram. É um dia feliz", disse Zelenskiy em seu pronunciamento noturno em vídeo, transmitido de um trem após visitar posições na linha de frente.

"Desejo aos nossos garotos mais dias assim."

 

 

Reportagem de Ron Popeski e Maria Starkova / REUTERS

UCRÂNIA - Cerca de 25% das crianças de todo o mundo provavelmente viverão na miséria este ano por causa da invasão russa da Ucrânia, que fez os preços dos alimentos e da energia dispararem, advertiu a ONG KidsRights nesta segunda-feira (26).

Feita com base em números de agências da ONU, a classificação KidsRights também mostra que as crianças estão ameaçadas pela mudança climática e pelo impacto sanitário da pandemia da covid-19.

"Tudo isso equivale a uma 'policrise' de extrema gravidade, já que as tensões mundiais continuam destruindo os direitos e os meios de subsistência das crianças", disse a ONG KidsRights, com sede na Holanda.

Suécia, Finlândia e Islândia são os países mais bem classificados na lista, de 193 Estados.

Chade, Sudão do Sul e Afeganistão são, segundo a ONG, os piores países para crianças.

A invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, foi incluída em uma lista de crises que afetam os direitos das crianças, explicou a organização.

“Uma em cada quatro crianças deve estar vivendo abaixo da linha da pobreza este ano, em consequência da guerra na Ucrânia, que provocou uma explosão nos preços da energia e dos alimentos em todo o mundo”, afirma a KidsRight em seu relatório.

Os 7,5 milhões de menores ucranianos foram "afetados pela guerra de forma desproporcional", e um número significativo deles teve de se deslocar, relata o documento.

A inflação pós-pandemia e um enfraquecimento mundial dos sistemas de saúde devido à covid-19 também têm impacto negativo, sobretudo, nos programas de vacinação, segundo a mesma fonte.

Ao todo, 67 milhões de crianças não foram vacinadas adequadamente entre 2019 e 2021, devido a distúrbios causados pela pandemia.

A mudança climática também é um perigo, especialmente em alguns países asiáticos, onde os menores estão "particularmente expostos a fenômenos climáticos imprevistos".

 

 

AFP

KIEV - Mísseis ucranianos atingiram uma das poucas pontes ligando a Península da Crimeia ao continente ucraniano na quinta-feira, cortando uma das principais rotas de abastecimento para as forças de ocupação russas no sul da Ucrânia enquanto Kiev tenta expulsá-las.

Vladimir Saldo, chefe da administração instalada pela Rússia nas partes ocupadas da província ucraniana de Kherson, divulgou um vídeo de si mesmo na ponte rodoviária de Chonhar, onde crateras foram abertas no asfalto.

"Outro ato sem sentido perpetrado pelo regime de Kiev sob ordens de Londres. Não resolve nada no que diz respeito à operação militar especial", disse ele, prometendo consertar a ponte e restaurar o tráfego.

Ele ameaçou retaliar mirando em uma ponte que liga a vizinha Moldávia à Romênia, membro da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan): "Uma resposta muito séria está chegando muito em breve".

A ponte Chonhar atingida durante a noite é uma das poucas estradas de acesso à Crimeia, que está ligada ao continente ucraniano por um estreito istmo.

Rotas alternativas exigem desvios de horas em estradas em más condições. De acordo com a agência de notícias russa RIA, autoridades de transporte russas instaladas na Crimeia disseram que o reparo pode levar semanas.

A ponte está fora do alcance dos foguetes de campo de batalha que a Ucrânia usa há um ano, mas ao alcance de armas recém-implantadas, como mísseis de cruzeiro britânicos e franceses, permitindo que Kiev atinja rotas logísticas que a Rússia considerava seguras semanas atrás.

O ataque foi "um golpe na logística militar dos ocupantes", disse Yuriy Sobolevsky, representante ucraniano do órgão governamental da região de Kherson.

"O impacto psicológico nos ocupantes e na força ocupante é ainda mais importante. Não há lugar no território da região de Kherson onde eles possam se sentir seguros", declarou ele.

Investigadores russos disseram que quatro mísseis foram disparados por forças ucranianas na ponte, informou a agência de notícias RIA. Um porta-voz dos investigadores militares afirmou à agência que marcas encontradas nos restos de um dos mísseis sugerem que ele foi feito na França.

A Ucrânia está atacando as linhas de abastecimento russas para abalar a defesa de Moscou do território ocupado no sul, onde Kiev está nos estágios iniciais de sua contraofensiva mais ambiciosa da guerra.

Kiev diz ter recapturado oito vilarejos até agora, mas ainda não mobilizou o grosso de suas forças para a luta e suas tropas avançadas ainda não alcançaram as principais linhas defensivas russas.

Em sua última atualização sobre os combates, os militares da Ucrânia relataram "sucesso parcial" no sudeste e no leste.

 

 

Por Tom Balmforth / REUTERS

RÚSSIA - O exército de Vladimir Putin foi atingido por um surto de cólera após a destruição da barragem de Kakhovka no início deste mês.

O movimento militar Atesh, formado por ucranianos e tártaros da Crimeia, confirmou, por meio de seu canal Telegram, que dezenas de soldados russos foram hospitalizados com a infecção bacteriana.

As fontes acrescentaram que alguns combatentes morreram como resultado da doença, transmitida por contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água e alimentos contaminados.

"Unidades inteiras de Kherson localizadas ao longo do Canal da Crimeia perderam sua capacidade de combate e foram levadas para a retaguarda enquanto recebem tratamento médico. Vários soldados russos morreram", alegou o grupo organizado no canal.

O movimento acredita que o surto pode estar relacionado às dificuldades "na entrega de água engarrafada ou tratada aos ocupantes" devido às inundações.

"Naturalmente, a explosão da barragem de Kakhovka causou enormes danos à natureza, trazendo à tona muitas doenças das quais ouviremos falar. Pedimos aos moradores da região de Kherson e da Crimeia que estejam especialmente atentos à água que consomem", dizia um outro trecho da mensagem divulgada no Telegram.

A cólera tem uma taxa de mortalidade inferior a um por cento quando tratada prontamente, mas mata entre 50 e 60 por cento das pessoas infectadas que não recebem ajuda médica.

 

 

por BANG Showbiz

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