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BOAO - A China pretende ser uma forte força impulsionadora para a recuperação econômica mundial este ano, abrindo seus mercados para investidores estrangeiros e promovendo um crescimento de alta qualidade, disse o principal parlamentar do país, Zhao Leji.

A China fará da inovação tecnológica um novo ponto de crescimento econômico e está disposta a colaborar com outros países nesse sentido, disse Zhao, presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, na plenária de abertura do encontro anual do Fórum Boao para a Ásia.

A importação e a exportação de mercadorias da China devem ultrapassar 32 trilhões de dólares nos próximos cinco anos, de acordo com Zhao.

Indicadores econômicos recentes mostraram que a segunda maior economia do mundo teve um início de ano forte, oferecendo um certo alívio às autoridades que tentam sustentar o crescimento em meio à fraqueza do setor imobiliário e ao aumento da dívida dos governos locais.

Zhao também prometeu maior abertura dos mercados do país para investidores estrangeiros, com uma redução da "lista negativa" de setores proibidos ou restritos para investimentos de empresas estrangeiras sem aprovação especial.

Muitas empresas estrangeiras têm procurado "eliminar o risco" das cadeias de ofertas e das operações fora da China. Os investimentos estrangeiros diretos recebidos encolheram quase 20% nos dois primeiros meses do ano, segundo dados divulgados na semana passada.

Em março, Pequim anunciou uma série de políticas para impulsionar o crescimento econômico e uma meta de crescimento de cerca de 5% para 2024, o que, segundo Zhao, transmite confiança de que a economia do país continuará a se recuperar e a melhorar no longo prazo.

 

 

Por Liangping Gao e Kevin Yao / REUTERS

CHINA - A China Evergrande desistiu de tentar reestruturar bilhões de dólares em dívida externa nos EUA, quase dois meses depois de a Justiça de Hong Kong determinar a liquidação da gigante imobiliária chinesa.

Uma das maiores incorporadoras da China em vendas, a Evergrande decidiu cancelar pedidos de reestruturação de dívida offshore que havia apresentando a um tribunal dos EUA, segundo comunicado regulatório enviado à Bolsa de Hong Kong na noite de domingo (24). Duas unidades que atuam como as principais plataformas de financiamento externo da Evergrande fizeram o mesmo.

A Evergrande, que tem sede em Guangzhou, e suas unidades haviam solicitado aval de um tribunal de Nova York, em agosto do ano passado, para reestruturar mais de 19 bilhões de dólares em dívida externa por meio do chamado Capítulo 15 da lei de insolvência americana. Em janeiro, um tribunal de Hong Kong determinou que a Evergrande seja liquidada.

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Evergrande disse neste domingo, 24, que os liquidatários estão focados em preservar e devolver valor aos credores e outras partes interessadas e que, "nesta fase, todas as opções seguem em aberto para consideração". A empresa acrescentou que os liquidatários poderão fazer novos pedidos com base no Capítulo 15.

A Evergrande deu calote em sua dívida em 2021, depois de acumular passivos de mais de US$ 300 bilhões, ajudando a desencadear uma ampla crise imobiliária na segunda maior economia do mundo.

Na semana passada, o principal veículo operacional da Evergrande na China, a Hengda Real Estate, disse que a empresa está sujeita a ser multada em mais de US$ 500 milhões após descoberta de que a unidade inflou vendas e lucros de maneira fraudulenta nos anos que antecederam o colapso do grupo imobiliário.

 

 

POR ESTADAO CONTEUDO

CHINA - As sanções à China que os EUA e os seus aliados implementaram com especial intensidade a partir de outubro de 2022, procuram minar a capacidade do país liderado por Xi Jinping de desenvolver semicondutores altamente integrados. Nestas circunstâncias, parece razoável intuir que a capacidade de produção global da indústria chinesa sofreu, mas não. SMIC, Hua Hong Semiconductor e outros produtores chineses de IC encontraram uma maneira de enfrentar a tempestade.

Na verdade, 2023 foi um ano razoavelmente bom para os fabricantes de chips chineses. Há um indicador que apoia esta conclusão: a sua capacidade de produção global de circuitos integrados aumentou durante 2023 em 6,9% em comparação com 2022, de acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas da China. Este resultado, numa situação de contracção do mercado de semicondutores e na presença de sanções muito restritivas, merece ser considerado um sucesso. Mesmo assim, para entender exatamente de onde vem é preciso pensar bem.

Na situação atual, os fabricantes chineses de chips optaram por se concentrar na produção de circuitos integrados maduros que muitas indústrias necessitam, tais como automóveis, eletrônica de consumo ou eletrodomésticos, e o indicador que observamos apoia a sua estratégia. É claro que a médio e longo prazo esta não é a solução. A China não tem outra escolha senão fortalecer as bases da sua indústria de semicondutores, desenvolvendo as tecnologias de que necessita para deixar de depender dos EUA e dos países na sua órbita.

Os fabricantes de chips chineses deram tudo de si na produção de semicondutores maduros. Tanto é assim, de fato, que a queda na procura de circuitos integrados que prevaleceu no mercado global durante grande parte de 2023 fez com que o mercado chinês estivesse atualmente sujeito a um excesso de oferta de chips maduros. E esta saturação tem inevitavelmente um impacto descendente perceptível no preço destes circuitos integrados, que estão a perder valor.

O cenário apresentado aos fabricantes chineses é semelhante ao que a Samsung e a SK Hynix foram forçadas a enfrentar no ano passado para evitar a queda do preço dos seus chips de memória DRAM. Naquela ocasião, a procura caiu e estas duas empresas tiveram que interromper abruptamente a produção para controlar os preços e evitar que caíssem além do aceitável. É muito provável que os fabricantes chineses de chips optem por essa mesma estratégia porque ela se mostrou eficaz inúmeras vezes.

No entanto, as empresas chinesas de semicondutores enfrentam outros desafios para além do impacto que as sanções dos EUA e dos seus aliados e o excesso de circuitos integrados maduros estão a ter. O portal DigiTimes Asia garante que alguns fabricantes chineses de chips estão sendo forçados a demitir alguns de seus trabalhadores a tal ponto que alguns declararam falência.

Além disso, tanto o investimento como a cotação de empresas privadas que poderiam presumivelmente estar interessadas em considerar uma oferta pública de ações estão a ser reduzidos. E, para piorar a situação, é provável que os EUA aprovem novas sanções comerciais contra a China nos próximos meses.

Os desafios que o país liderado por Xi Jinping enfrenta estão em cima da mesa e são intimidantes, mas a China demonstrou em muitas ocasiões que tem a força e os recursos necessários para superar as adversidades. Não dá para imaginar que os chineses simplesmente desistam de competir no mercado.

 

 

Viny Mathias / IGN Brasil

CHINA - A China quer a reunificação com Taiwan, que considera uma província separatista, se necessário pela força das armas. Quer ainda modernizar a sua marinha com a construção de porta-aviões de propulsão nuclear.

O primeiro-ministro chines, Li Qiang, reafirmou a firme vontade de Pequim de "promover resolutamente a causa da reunificação da China”. Isso faria parte da "estratégia global" do Governo, precisou no seu relatório anual no Congresso do Povo.

A afirmação em si não é nova, como refere o jornalista da secção chinesa da DW, Yan Dang. Segundo Pequim, a ameaça potencial reside no facto de Taiwan, que a China considera uma província separatista, ter recebido garantias de segurança por parte dos Estados Unidos da América e, por isso, ter transferido cinco porta-aviões para o Pacífico.

Os políticos na China têm falado repetidamente sobre "paz e segurança nas águas chinesas". O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, tem insistido na estratégia de unificação. "Apesar da presença militar norte-americana, nós vamos avançar com as nossas medidas em prol de uma China unida", afirmou.

Para poder realmente controlar o território reivindicado, Pequim está a expandir significativamente a sua marinha e tem, por isso, dois porta-aviões em serviço no Pacífico, além de outros dois em construção.

 

Os porta-aviões de Pequim

O primeiro porta-aviões, de nome "Liaoning" (casco número 16), foi adquirido pela China em 1998 à Ucrânia, através de um intermediário de Macau por 20 milhões de dólares, cerca de 18.370 milhões de euros. O empresário afirmou, inicialmente, querer construir um hotel e casino flutuantes. Em 2012, o "Liaoning" foi entregue à Marinha após ser convertido em porta-aviões.

O segundo, designado "Shandong" (casco número 17), é uma cópia do "Liaoning”, com pequenas modificações, que navega principalmente no Mar da China Meridional desde 2019. Entretanto, o "Fujian" (casco número 18) ainda está num estaleiro em Xangai, possuindo como os seus dois antecessores mísseis convencionais. O novo aparelho deverá entrar em serviço em 2025.

O que preocupa os Estados Unidos é a seguinte questão: Será que a China pretende construir e colocar no terreno mais dois porta-aviões com propulsão nuclear?

 

Marinha moderna

Antes do início do Congresso do Povo, os meios de comunicação de Hong Kong e Taiwan informaram unanimemente que mais dois porta-aviões nucleares, com os números de casco 20 e 21, estariam a ser construídos.

Wang Feng, editor do jornal China Times, em Taipei, capital de Taiwan, afirma, em entrevista à DW, que "a China quer mostrar claramente as suas fortes ambições [com a missão] de defender as suas águas", dotada de "uma marinha moderna". Para isso, o Governo chinês tem vindo a aumentar gradual e consideravelmente os seus gastos militares.

Neste 2024, as despesas da China com armamento aumentam 7,2% face ao ano anterior para o equivalente a 215,5 mil milhões de euros. De acordo com o Instituto para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês), a China ocupa o segundo lugar no mundo em gastos com a defesa, logo atrás dos EUA.

Apesar de tudo, Hanna Gers, do Instituto Alemão de Relações Exteriores, espera que um conflito armado entre a China e o Ocidente possa ser impedido. "Em princípio, nem a China nem os EUA estão interessados ​​num conflito militar", afirma, acrescentado achar que o mais provável é haver bloqueios económicos. "Mas também sei que todos os cenários possíveis têm que ser tidos em consideração," admitiu Hanna Gers.

 

 

Yuan Dang / DW BRASIL

CHINA - A China estabeleceu nesta terça-feira (5) uma meta de crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, um dos níveis mais modestos em décadas, mas difícil de alcançar diante da lenta recuperação pós-covid da segunda maior economia mundial.

O país também anunciou um aumento de 7,2%, a 1,66 trilhão de yuanes (231,4 bilhões de dólares, 1,14 trilhão de reais), do orçamento militar, o segundo maior do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos.

A meta econômica para este ano foi anunciada pelo primeiro-ministro Li Qiang na abertura da sessão anual da Assembleia Popular Nacional (APN), o Parlamento chinês, em Pequim.

O objetivo segue o ritmo de expansão do PIB no ano passado, de 5,2%, mas está longe do ritmo de crescimento dinâmico da economia chinesa nas décadas de 1990 e 2000

"Não será fácil alcançar a meta", admitiu Li Qiang. "Devemos, portanto, manter o rumo de nossa política, trabalhar mais duro e mobilizar esforços coordenados de todas as partes", acrescentou.

Em um cenário de crise imobiliária, taxa de desemprego elevada entre os jovens e desaceleração econômica mundial que afeta as exportações chinesas, este "é um objetivo ambicioso", disse Wang Tao, economista-chefe para a China do banco UBS.

"O mercado imobiliário continua em queda e ainda não atingiu o fundo, o que representa uma pressão de baixa para a economia", acrescentou a analista.

"Isto terá um impacto negativo nas finanças e nos gastos dos governos locais, assim como na renda e consumo das famílias", destacou.

 

- Evitar um resgate -

No ano passado, a grande reunião política da China se concentrou na posse para um inédito terceiro mandato do presidente Xi Jinping, que está no poder desde 2012.

A reunião parlamentar de 2024, no entanto, tem as atenções voltadas para as dificuldades da segunda maior economia mundial, após três anos de isolamento e restrições motivadas pela covid.

Os investidores desejam que o governo adote ações firmes para estimular a economia, mas Pequim reluta em implementar um grande resgate financeiro devido ao temor de comprometer os fragilizados cofres públicos.

No relatório de atividade publicado nesta terça-feira, o governo promete "continuar com o progresso e garantir a estabilidade" da economia em 2024.

Também anuncia a redução das taxas alfandegárias nas importações de alguns produtos tecnológicos e prometeu "abrir novos caminhos para o comércio exterior".

"A chave é estabilizar o setor imobiliário", disse Larry Hu, economista-chefe para a China do banco de investimentos Macquarie Group.

"Mas é necessária uma política fiscal mais expansionista para estimular o crescimento por meio de cortes fiscais", acrescentou.

 

- Aposta na segurança -

As autoridades comunistas anunciaram o reforço da defesa e segurança, com um aumento de 7,2% dos gastos militares em um momento de tensões geopolíticas na região sobre Taiwan ou por disputas territoriais no Mar da China Meridional.

O primeiro-ministro Li afirmou que se opõe "resolutamente às atividades separatistas que visam a independência de Taiwan", uma ilha autônoma que Pequim considera parte do seu território.

Analistas consideram que entre o estímulo econômico e a segurança, o governo chinês opta pela segunda opção.

No ano passado, as autoridades endureceram uma lei que amplia a definição de espionagem e executaram operações de busca nos escritórios de várias empresas estrangeiras de consultoria, pesquisa e auditoria.

Antes da sessão parlamentar, a APN aprovou uma ampla revisão da lei dos segredos de Estado, um "sinal claro da importância da segurança na agenda do governo par este ano", declarou à AFP Diana Choyleva, economista-chefe da Enodo Economics

Ho-fung Hun, professor de Economia Política da Johns Hopkins University, também prevê um aumento das "medidas de segurança nacional em todas as frentes".

"Não vai ajudar a economia, mas pode ajudar o partido-Estado a suportar a tempestade da crise econômica", disse.

Nas ruas de Pequim, um grande dispositivo de segurança recebeu os milhares de deputados que participam esta semana nas chamadas "Duas Sessões", a reunião da APN e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC).

A maioria das decisões que devem ser adotadas nas reuniões já foram definidas há algumas semanas, em encontros privados do Partido Comunista.

Os temas em discussão e o tom dos discursos, no entanto, oferecem uma oportunidade de conhecer o que estão pensando as autoridades chinesas.

 

 

AFP

CHINA - A China levantou as restrições às importações de carne bovina da Espanha, anunciaram no domingo (18) os ministros das Relações Exteriores dos dois países.

Desde o ano 2000, a China impõe a proibição à importação de produtos de carne bovina da União Europeia (UE) devido à emergência causada pela ocorrência de vários casos de encefalopatia espongiforme, ou doença da “vaca louca”, em vários países do bloco naquele ano.

“É uma boa notícia, especialmente para os agricultores espanhóis. Quando consideramos o tamanho do mercado chinês, estamos falando de tantas pessoas, com certeza o impacto será extraordinariamente positivo”, disse o chanceler chinês, Wang Yi, em coletiva de imprensa conjunta com seu par espanhol, José Manuel Albares, em Córdoba.

“É uma medida que solicitamos há algum tempo e que redundará em benefício de todo o campo espanhol. É difícil encontrar um mercado como o mercado chinês”, acrescentou Albares.

Nas últimas duas semanas, agricultores espanhóis participaram de protestos em meio a manifestações semelhantes nos países da UE contra as regulamentações, os altos custos e os baixos preços das importações, o que os tem prejudicado.

O ministro das Relações Exteriores chinês viajou para a Espanha após participar no sábado da cúpula de segurança de Munique, na Alemanha, onde Wang disse que a China será uma “força de estabilidade” no mundo.

 

 

ISTOÉ

CHINA - O índice de preços ao consumidor, principal indicador da inflação na China, caiu 0,8% em janeiro, o retrocesso mais expressivo em 14 anos, segundo os dados publicados na quinta-feira, 8, pelo Escritório Nacional de Estatísticas. Este foi o quarto mês consecutivo de deflação na segunda maior economia mundial, onde a recuperação pós-covid mais lenta que o esperado provocou a desaceleração do consumo.

A queda de preços foi mais expressiva que a previsão dos analistas entrevistados pela agência Bloomberg, que projetavam um recuo de 0,5%. Desde o segundo semestre de 2009, período de uma crise financeira global, os preços na China não registravam uma queda tão significativa.

“A China precisa adotar ações de maneira rápida e agressiva para evitar o risco de que a expectativa do risco de deflação se instale entre os consumidores”, afirmou Zhiwei Zhang, presidente e economista chefe da empresa Pinpoint Asset Management.

A deflação provoca riscos a longo prazo para a economia porque leva os consumidores a adiar as compras e aguardar por uma queda ainda maior dos preços. Da mesma forma, o cenário enfraquece a demanda e forças as empresas a reduzir a produção, congelar contratações e, inclusive, demitir funcionários. A tendência na China contrasta com a de outras grandes economias, onde a inflação elevada representa um problema para famílias e empresas, o que obriga os bancos centrais a elevar as taxas de juros.

 

Recuperação pós-pandemia

O declínio interanual do IPC, explica o estatístico Dong Lijuan, também se deve ao fato de que foi em janeiro do ano passado que a China encerrou oficialmente cerca de três anos de sua política de “zero covid”, o que resultou em um aumento da demanda do consumidor.

“Acreditamos que o IPC voltará a território positivo nos próximos meses”, afirmam Julian Evans-Pritchard e Zichun Huang, analistas da consultoria Capital Economics. Esses especialistas acreditam que “os desequilíbrios estruturais entre oferta e demanda significam que a inflação subjacente provavelmente continuará moderada em comparação com a média anterior à pandemia no futuro próximo”.

 

Preços ao produtor

A Administração Nacional de Estatísticas também divulgou o índice de preços ao produtor (IPP), que mede os preços industriais e registrou uma queda interanual de 2,5% em janeiro, marcando o décimo sexto mês consecutivo de declínios, embora tenha moderado novamente a queda em relação a dezembro, que havia sido de 2,7%.

Neste caso, a contração é ligeiramente menos acentuada do que a esperada pelos analistas, que previam uma queda de 2,6% interanual em janeiro. Em termos mensais, o IPP recuou 0,2% em relação a dezembro, experimentando o terceiro mês consecutivo de contração./AFP e EFE.

 

 

ESTADÃO

CHINA - Os fabricantes de chips chineses esperam produzir processadores de próxima geração para smartphones já neste ano, apesar dos esforços dos Estados Unidos para conter o desenvolvimento de tecnologias avançadas, noticiou o Financial Times na terça-feira.

A Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC), principal fabricante de chips do país, montou novas linhas de produção de semicondutores em Xangai para produzir em massa chips projetados pela Huawei, afirmou o jornal, citando fontes familiarizadas com o movimento.

A SMIC pretende usar seu estoque existente de equipamentos fabricados nos EUA e na Holanda para produzir chips de 5 nanômetros, acrescentou a reportagem.

A Huawei e SMIC não responderam imediatamente ao pedido de comentário da Reuters.

As empresas norte-americanas estão impedidas por Washington de fornecer tecnologia à SMIC sem uma licença especial, sob a justificativa de que seu suposto trabalho com o Exército chinês é considerado uma ameaça à segurança nacional norte-americana.

Diante dessas restrições, o governo chinês tem investido fortemente no desenvolvimento de uma cadeia de fornecimento de semicondutores autossuficiente.

 

 

 

Reportagem de Shivani Tanna em Bengaluru / REUTERS

CHINA - A atividade industrial da China expandiu em janeiro graças ao crescimento estável da produção, à logística mais rápida e ao primeiro aumento nos novos pedidos de exportação desde junho, ajudando a elevar a confiança dos empresários a um pico de nove meses, segundo uma pesquisa do setor privado divulgada na quinta-feira.

O resultado positivo, entretanto, contrastou com uma pesquisa oficial no dia anterior, que mostrou que a atividade industrial contraiu novamente no mês passado devido à demanda persistentemente fraca.

Em conjunto, esses resultados apontam para uma economia ainda com baixo desempenho e que precisa de mais suporte.

O PMI de indústria da China do Caixin/S&P Global ficou em 50,8 em janeiro, inalterado em relação a dezembro e superando as previsões dos analistas de 50,6. A marca de 50 separa o crescimento da contração.

"A logística mais rápida, o aumento das compras e o aumento dos estoques refletiram a melhora na confiança das empresas", disse Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group.

No entanto, ele observou que o emprego permaneceu em contração, os níveis de preços foram moderados e "as pressões deflacionárias persistiram".

Autoridades na China enfrentam a tarefa assustadora de tentar revitalizar a economia diante de uma desaceleração do setor imobiliário, riscos de endividamento dos governos locais, pressões deflacionárias e uma demanda externa fraca.

Mas a pesquisa do Caixin ofereceu alguma esperança de que a demanda externa possa estar começando a melhorar, com os novos pedidos de exportação aumentando pela primeira vez desde junho do ano passado, embora marginalmente.

O índice de exportação pode ter sido afetado pelo Ano Novo Lunar, que cairá em 10 de fevereiro deste ano, já que as fábricas e os trabalhadores se prepararam para o envio de mercadorias antes do feriado.

Além disso, as previsões de uma demanda global mais forte, os investimentos planejados, o lançamento de novos produtos e os esforços de expansão para novos mercados levaram a confiança dos fabricantes ao seu ponto mais alto desde abril do ano passado.

 

 

 

Reportagem de Ellen Zhang e Ryan Woo / REUTERS

DAVOS - O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, afirmou na terça-feira que a economia chinesa está aberta para negócios e destacou seu potencial para investimentos estrangeiros, conforme a vasta população se torna cada vez mais urbana e com previsão de crescimento de sua classe média.

À medida que a China enfrenta uma recuperação pós-pandemia lenta e a queda no setor imobiliário, executivos estrangeiros ficaram preocupados com as perspectivas de crescimento de longo prazo pela primeira vez nas quatro décadas desde que Pequim a abriu para o investimento estrangeiro.

Li disse em um discurso para líderes empresariais no Fórum Econômico Mundial em Davos que a economia chinesa se recuperou e subiu, e estima-se que tenha crescido 5,2% em 2023, acima da meta oficial de cerca de 5%.

Ele disse que a economia da China está progredindo de forma constante, pode lidar com altos e baixos em seu desempenho e continuará a fornecer impulso global, acrescentando que sua tendência geral de crescimento de longo prazo não mudará.

Li, que lidera uma grande delegação do governo no Fórum, é a mais alta autoridade chinesa a se reunir com as elites políticas e empresariais globais na estação de esqui suíça desde o presidente Xi Jinping em 2017.

O primeiro-ministro chinês disse que uma concorrência saudável é fundamental para aprimorar a cooperação e a inovação, acrescentando que o mundo precisa remover as barreiras à concorrência e cooperar em estratégias ambientais e no intercâmbio científico internacional.

Li também destacou a importância de manter as cadeias de suprimentos globais "estáveis e tranquilas".

Em seu discurso em Davos, Li destacou a crescente divisão entre o Norte e o Sul, que, segundo ele, está se tornando mais aguda, e enfatizou a necessidade de cooperação para o desenvolvimento.

Li disse que a China, com uma população de 1,4 bilhão de pessoas em rápida urbanização, desempenhará um papel importante no aumento da demanda global agregada. Ele também disse que a China continua "firmemente comprometida" com a abertura de sua economia e criará "condições favoráveis" para compartilhar suas oportunidades.

"Escolher investir no mercado chinês não é um risco, mas uma oportunidade", acrescentou.

Suas iniciativas anteriores de declarar a China aberta para os negócios foram recebidas com ceticismo em algumas salas de reuniões, à luz de uma lei antiespionagem mais ampla, batidas em consultorias e empresas de due diligence e proibições de saída, segundo órgãos comerciais.

"Tomaremos medidas ativas para atender às preocupações razoáveis da comunidade empresarial global", disse Li.

As empresas têm expressado preocupações de longa data com relação à geopolítica, ao endurecimento das regulamentações e a um campo de atuação mais favorável para as empresas estatais. No trimestre de julho a setembro, a China registrou o primeiro déficit trimestral em investimentos estrangeiros diretos desde que os registros começaram em 1998.

Os organizadores do Fórum Econômico Mundial disseram que mais de 2.800 líderes de 120 países, incluindo mais de 60 chefes de Estado, devem participar da reunião anual.

Li não mencionou os conflitos na Ucrânia ou em Gaza durante seu discurso e os investidores estão atentos a quaisquer reuniões bilaterais paralelas, especialmente com líderes do Oriente Médio e com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

 

 

Por Antoni Slodkowski / REUTERS

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