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CHINA - As vendas da Tesla na China caíram em abril, ao passo que os seus rivais chineses informaram vendas mais altas, à medida que o mercado de veículos elétricos do país se recupera de um início lento de ano.

A fabricante de veículos elétricos dos EUA vendeu 62.167 carros fabricados na China em abril, uma queda de 18% em comparação com o ano anterior, mostraram dados preliminares da Associação de Automóveis de Passageiros da China (CPCA, na sigla em inglês) nesta terça-feira. As vendas da Tesla caíram 30% em relação a março.

A CPCA estimou que as vendas totais de automóveis elétricos de passageiros na China aumentaram 33% em relação ao ano anterior, para cerca de 800 mil unidades em abril, ou 2% menos que em março.

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A Tesla manteve a sua posição como o segundo maior vendedor de veículos elétricos da China em abril, depois da BYD, que vendeu mais de 300 mil unidades - um aumento de 49% em relação ao ano anterior e de 3,45% em relação a março. A BYD, apoiada por Warren Buffett, ultrapassou a Tesla como a maior vendedora mundial de veículos elétricos no último trimestre de 2023.

A Changan Automobile e a Geely Auto ficaram em terceiro e quarto lugar, com 51.682 e 51.428 veículos vendidos na China, respectivamente. A Li Auto vendeu 25.787 unidades em abril, enquanto a Seres, apoiada pela Huawei, vendeu 25.496 unidades. A Xiaomi juntou-se ao grupo pela primeira vez depois de lançar o seu primeiro EV em março, registando 7.058 unidades vendidas.

 

 

 

POR ESTADAO CONTEUDO

CHINA - Duas pessoas morreram e outras 21 ficaram feridas em um ataque ocorrido nesta terça-feira no Hospital Popular da Vila de Zhenxiong, localizado na província de Yunnan, sudoeste da China, conforme relatado pela agência de notícias Xinhua.

Inicialmente, as autoridades divulgaram 10 vítimas fatais e 23 feridos como resultado do ataque.

O incidente ocorreu por volta das 11h37 (00h37 no horário de Brasília), quando um homem invadiu a unidade hospitalar e atacou pessoas com uma faca, conforme informado pelo escritório de segurança pública do condado, conforme citado pela Xinhua.

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Os feridos estão recebendo tratamento no hospital, enquanto as autoridades investigam o caso. O autor do ataque, cujas motivações ainda são desconhecidas, foi detido, conforme relatado pelo canal de televisão de Guizhou.

Uma testemunha entrevistada pelo jornal Red Star News relatou ter escapado por pouco do ataque e mencionou que um ou mais médicos estavam entre os feridos.

É importante lembrar que a China tem enfrentado diversos incidentes semelhantes, geralmente envolvendo pessoas com problemas psicológicos ou ressentimentos em relação aos vizinhos ou à sociedade em geral.

A legislação chinesa proíbe estritamente a venda e posse de armas de fogo, sendo os ataques geralmente realizados com facas, explosivos caseiros ou por atropelamento.

Em julho do ano passado, um indivíduo armado com uma faca matou seis pessoas e feriu outra em um jardim de infância na província de Guangdong, no sudeste da China.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

CHINA - A Tesla e a Li Auto reduziram ainda mais seus preços na China em meio a uma crescente batalha de preços que ocorre no momento em que as vendas de veículos elétricos no maior mercado automotivo do mundo ultrapassaram, pela primeira vez, as de carros tradicionais.

A Tesla cortou os preços de seus modelos 3, Y, S e X em 14 mil yuans, segundo o site da montadora americana de veículos elétricos, após a empresa anunciar uma redução de preços nos EUA no fim da semana passada.

Já a chinesa Li Auto, especializada em híbridos, diminuiu os preços de todos os seus modelos em até 30.000 yuans, de acordo com comunicado divulgado nas redes Weibo e WeChat.

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As reduções de preços vieram após novos dados mostrarem que, pela primeira vez, a China vendeu mais carros elétricos e híbridos do que carros de combustão interna. As vendas no varejo de carros elétricos e híbridos representaram 50,39% do total de veículos de passeio nas primeiras duas semanas de abril, segundo dados publicados no fim de semana. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

 

POR ESTADAO CONTEUDO

CHINA - A indústria siderúrgica latino-americana começou o século 21 com a esperança de se tornar o motor do crescimento econômico da região, mas, longe de conseguir isso, sofreu uma longa estagnação que hoje se tornou uma crise.

Representantes do setor culpam as importações de aço da China, que têm preço mais competitivo. Pequim já classificou de "protecionismo" questionamentos judiciais sobre o preço do seu aço.

Um dos objetivos que países como o Brasil, o México, a Argentina, o Chile, a Colômbia, o Equador e o Peru estabeleceram para si em 2000 foi desenvolver o seu setor industrial, para deixar de basear as suas economias na exportação de matérias-primas.

A principal razão é que, por não ter valor acrescentado, o comércio de mercadorias produz empregos menos qualificados e com salários mais baixos do que a indústria de transformação.

A chave para acelerar a industrialização foi a produção de aço, porque essa liga de ferro e carbono é utilizada para fabricar quase tudo, desde edifícios e pontes a veículos, desde eletrodomésticos a produtos eletrônicos e tecnológicos.

No início do século, a região fabricava 6,6% do aço mundial, segundo a Associação Mundial do Aço (WSA, por suas siglas em inglês), e exportava mais de 160 mil toneladas do material para a China (o dobro do que importavam daquele país).

Mas o setor siderúrgico nunca decolou.

Pelo contrário, neste quase um quarto de século, o aço latino-americano foi perdendo relevância.

A produção estagnou: enquanto em 2000 a região produziu 56 milhões de toneladas de aço — número que aumentou para 67,6 milhões em 2011 —, a partir daí o movimento foi de queda: no ano passado a produção foi de 58,3 milhões.

Enquanto isso, o peso do aço latino-americano dentro da produção mundial diminuía sistematicamente. Em 2023, atingiu o seu ponto mais baixo, representando apenas 3,1% do estoque mundial, menos de metade do que representava no início do século.

Segundo especialistas do setor, a crise está se agravando, colocando em risco os quase 1,4 milhão de empregos gerados pela indústria.

 

"Inundação" de aço

A Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), com sede em São Paulo, acusou Pequim de "inundar" a região com o seu aço barato.

A entidade informou que diversas siderúrgicas tiveram que paralisar suas operações nos últimos meses.

A mais recente foi Huachipato, principal produtora de aço do Chile, que anunciou em 20 de março o fechamento por tempo indeterminado de sua planta.

O diretor executivo da Alacero, Alejandro Wagner, disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que embora existam fatores endógenos que dificultaram o desenvolvimento da indústria, o grande problema foi gerado pelo gigante asiático.

“Entre 2000 e 2023, a China aumentou a sua produção de aço em quase 700%.”

“Passou da produção de 15% do aço mundial para a produção de 54%”, disse ele, citando números da Associação Mundial do Aço.

O executivo da Alacero diz que Pequim exporta a um preço abaixo do mercado, impossibilitando a concorrência de outros produtores.

 

"Dumping"

Poucas regiões sofrem mais com o problema de preço de venda abaixo do valor de custo (conhecido como "dumping" no mundo comercial) do que a América Latina.

Para compreender a dimensão, basta ver como a dinâmica entre a região e o maior país da Ásia mudou no último quarto de século.

Como dissemos, em 2000, a América Latina exportou cerca de 160 mil toneladas de aço para a China e, por sua vez, importou metade disso: cerca de 80 mil toneladas de aço chinês.

Mas nas décadas seguintes a situação inverteu dramaticamente.

Enquanto as exportações para a China caíram 94% até 2023, as importações chinesas de aço aumentaram 8.690%.

Enquanto isso, a venda de matérias-primas latino-americanas à China aumentou quase 1.500%, acrescenta Warner, que alerta para um processo de “reprimarização”.

Hoje chegam à região cerca de 10 milhões de toneladas de aço chinês, provocando “um processo de desindustrialização na região” e levando o setor a uma crise, afirma o dirigente siderúrgico.

A vítima mais recente é a Huachipato Steel Company, do Chile, localizada em Talcahuano, na região de Bío Bío.

A empresa, que no primeiro semestre de 2023 registrou prejuízos de US$ 279 milhões, tomou a decisão de paralisar as suas operações por tempo indeterminado depois de considerar “insuficiente” a decisão das autoridades do país de impor uma taxa de 15,3% às importações chinesas de esferas de aço.

Segundo os diretores da Huachipato, empresa que gera cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos, esta medida não é suficiente para resolver as distorções que está produzindo o aço chinês, que, segundo seus cálculos, é 40% mais barato que o aço chileno.

A Companhia Siderúrgica Gerdau do Brasil também anunciou há algumas semanas que iria suspender alguns dos seus trabalhadores na fábrica de São José dos Campos, em São Paulo, por cinco meses, a partir de abril, alegando "forte concorrência da China".

Segundo a Alacero, isso se soma a outras suspensões temporárias que outras empresas brasileiras anunciaram nos últimos seis meses, quando “o nível de importações começou a ser grave”.

“O objetivo das suspensões é evitar o fechamento definitivo, tentar salvar empregos. Queremos evitar que isso aconteça também em países como Argentina e Colômbia”, disse Wagner.

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Aço barato

Mas como é possível que trazer aço da China para a América Latina, do outro lado do planeta, seja mais rentável do que produzi-lo localmente?

Ou dito de outra forma: porque é que o aço chinês é tão mais barato que o aço latino-americano?

A principal razão é que o aço chinês é subsidiado pelo Estado e também produzido em excesso.

Segundo Cory Combs, especialista em Energia e Indústria Chinesa e diretor associado do centro de pesquisas Trivium China, Pequim colocou a produção de aço como um elemento central do crescimento econômico do país, depois de passar de uma economia agrária para uma economia industrial.

Foram criadas mais de 2.000 fábricas (embora hoje a maior parte da produção esteja concentrada em sete empresas, lideradas pela Baosteel, uma subsidiária da estatal Baowu). A indústria siderúrgica criou mais de 3 milhões de empregos.

O aço subsidiado foi usado para construir megacidades para pessoas que se deslocavam do campo para os centros urbanos.

“O setor industrial se tornou uma peça-chave da economia e hoje representa cerca de 32% do Produto Interno Bruto da China”, explicou o especialista à BBC News Mundo.

Motorizadas e financiadas pelo Estado, as produções das siderúrgicas chinesas passaram de 128,5 milhões de toneladas em 2000 para pouco mais de 1 bilhão de toneladas em 2023, segundo a entidade mundial do aço.

Mas o setor se tornou um motor tão importante para a economia chinesa que, mesmo quando a procura interna começou a abrandar, as fábricas continuaram produzindo aço subsidiado.

“As famosas cidades fantasmas e os projectos de construção desenfreados são visíveis”, diz Combs, sobre os enormes conjuntos habitacionais vazios em várias partes do país.

“Foi todo um exercício para impulsionar o PIB”, diz.

 

Exportações subsidiadas

O governo chinês não só subsidiou a produção, como também subsidiou a exportação de aço, o que deu início à "onda" de aço chinês barato que se espalhou pelo mundo.

Uma onda que se acentuou nos últimos tempos devido à redução da procura interna por aço gerada pela crise no setor imobiliário chinês, afirma Combs.

Segundo Wagner, embora Pequim alegue já não subsidiar as exportações de aço, "eles têm tanta escala e tantos excedentes que todo o seu excesso de aço é vendido a um custo quase marginal".

Mas por que a China continua produzindo mais aço do que necessita ou pode vender a um bom preço? E por que mantêm subsídios para um produto que fabricam em excesso?

Combs destaca que a principal explicação é que o país “não quer perder PIB”.

“Há momentos em que o governo chinês toma medidas muito agressivas para entrar em determinados mercados, mas este não é o caso do aço na América Latina”, diz Combs.

O problema, diz ele, é interno e “gera muita frustração” na China.

“Embora muitas siderúrgicas chinesas operem com margens muito baixas (em 2023 reportaram lucros de 1,33%) e 15 dos principais produtores tenham mesmo pedido ao governo para impor cortes de produção, nenhum deles sente que pode dar o primeiro passo individualmente”, explica o especialista.

"E os governos locais, dos quais estas empresas dependem, também não querem ser os primeiros a impor cortes. Querem ficar com a sua fatia do bolo."

Entretanto, o governo central, que tem o poder de decidir, “tem sido lento para reagir porque é muito dependente da produção industrial”, afirma.

“O governo de Xi Jinping pretende reduzir a sua dependência do setor e está ativamente tentando desenvolver a sua indústria tecnológica, veículos eletrônicos e fontes de energia limpa, mas o problema é que o processo de transição é muito lento”.

 

Por que isso afeta tanto a América Latina?

As 10 milhões de toneladas de aço chinês que a América Latina importou em 2023 representam uma quantidade alta para uma região que produziu quase 58 milhões de toneladas (é um pouco mais de 17%, para ser mais exato).

No entanto, a América Latina foi apenas um dos destinos para onde foram parar as mais de 90 milhões de toneladas de aço que a China exportou no ano passado.

 

Por que então parece ser a região mais afetada pela entrada desse aço barato?

A explicação, concordam os especialistas, é que os países latino-americanos estão em condições inferiores quando se trata de se defenderem contra o “dumping” chinês.

Outras nações produtoras de aço, como a Índia, os Estados Unidos e os países da União Europeia, impuseram tarifas (as duas últimas, próximas de 25%) para combater os baixos preços do produto chinês.

Mas, na América Latina, apenas o México tomou uma medida da mesma magnitude.

É o único país da região, salienta Wagner, onde a indústria transformadora não diminuiu, em grande parte graças à sua proximidade com os Estados Unidos.

Por outro lado, os países sul-americanos dependem muito mais da China para o resto do seu comércio, uma realidade que “limita a sua capacidade de impor tarifas”, uma vez que Pequim poderia retaliar e fazer o mesmo com alguns dos produtos que importa da América Latina.

Esta seria a principal razão pela qual o Brasil, principal produtor de aço da região —que, aliás, vende à China o minério de ferro de que necessita como matéria-prima para criar o aço —, impõe taxas de apenas 10-12%, e o Chile propõe uma tarifa próxima de 15%, o que continua deixando o preço do aço chinês abaixo do local.

Outro receio dos países latino-americanos é de que organizações como a Organização Mundial do Comércio (OMC) lhes imponham multas por tarifarem as importações chinesas.

E, longe de equilibrar este desequilíbrio comercial, a OMC decidiu muitas vezes a favor da China em muitas das dezenas de queixas de "dumping" que recebeu contra o gigante asiático, que aderiu à organização em 2001.

Combs explica que não se trata de favoritismo, mas sim de uma questão bastante técnica (que está sendo analisada como resolver): a China ainda é considerada uma “economia emergente”, portanto não lhe são impostas as mesmas restrições que a uma “economia de mercado", e isso inclui medidas contra dumping.

 

A reação de Pequim

O governo chinês, famoso por seu sigilo, não fez declarações oficiais sobre os planos dos países latino-americanos de tarifar o seu aço, afirma o especialista.

No entanto, após o anúncio do México de impor uma taxa de 25%, em agosto de 2023, um dos meios de comunicação que opera sob a órbita do poderoso Ministério do Comércio Chinês (Mofcom), o China Trade Remedies Information, alertou que "as empresas chinesas que utilizam o México, como mercado de exportação e destino de transferência de investimentos, serão duramente afetadas.”

Entretanto, num outro artigo publicado em março passado no site da Seção Econômica e Comercial da Embaixa da República do Chile, o Mofcom criticou a chamada Comissão Chilena Anti-Distorção, que determina a questão das tarifas sobre as importações.

“A maioria dos membros do comitê determina artificialmente a margem de dumping sem baseá-la em fatos objetivos, politizando o que deveria ser um processo técnico”, criticava a nota.

O texto também alertou que “isso violou gravemente o Acordo de Livre Comércio assinado pelo Chile e não pode fazer com que outros parceiros comerciais respeitem o mesmo tratado”.

 

Aço verde

Enquanto os governos latino-americanos analisam os prós e os contras da imposição de tarifas — medida fortemente exigida pela Alacero — a resolução desse conflito comercial pode ser determinada por um fator externo, mas que se torna cada vez mais relevante: o meio ambiente.

Em 2020, Xi anunciou durante a Assembleia Geral das Nações Unidas que a China — o país mais poluente do mundo — terá como objetivo atingir o pico das emissões de dióxido de carbono antes de 2030 e procurar a neutralidade de CO2 até 2060.

Segundo Combs, para atingir esse objetivo, Pequim planeja cortar cerca de 8% da sua produção de aço até 2030.

“O aço chinês é produzido a partir do carvão e essa indústria é a mais poluente do país, contribuindo com 15% das emissões de carbono”, destaca.

A China também pretende produzir 20% do seu aço utilizando eletricidade renovável até 2030.

Wagner também acredita que o meio ambiente será um fator-chave para acabar com o desequilíbrio causado pela siderurgia chinesa, mas por um motivo diferente.

“A grande vantagem do aço latino-americano é que ele é muito mais limpo que o aço chinês”, ressalta.

A produção de cada tonelada de aço chinês emite 45% mais de CO2, segundo dados da Alacero.

Mas a isso devemos somar a poluição gerada no transporte para o outro lado do planeta, que, segundo a organização, é três vezes maior do que a emitida na fabricação.

À medida que o mundo avança em direção à neutralidade carbônica, essa vantagem será sentida, diz Wagner.

O dirigente também está convencido de que a transição para um mundo mais limpo poderá permitir que a indústria siderúrgica latino-americana finalmente decole, revertendo o atual processo de “reprimarização” da economia.

"Eu sou otimista. O aço está intimamente ligado à energia: tudo o que é energia renovável também precisa de aço. Portanto, há uma grande oportunidade para que o aço, e principalmente a energia limpa, seja foco de produção e exportação na América Latina”, declara.

Atualmente a indústria opera com 60% de sua capacidade instalada, o que deixa um potencial de crescimento de 40%, diz entusiasmado.

“Isso poderia deter o processo de desindustrialização que sofremos nos últimos 20 anos, que nos deixou sem empregos de qualidade, gerando pobreza e desigualdade como em poucos lugares do mundo”.

 

 

Veronica Smink - BBC News Mundo

EUA - A União Europeia vê sinais de que a China está fornecendo à Rússia componentes que podem ser usados na fabricação de armas, e teme que os chineses possam até aumentar as remessas se o apoio do Ocidente contra a invasão russa à Ucrânia perder força, afirmou uma autoridade da UE.

Valdis Dombrovskis, vice-presidente-executivo da Comissão Europeia, o Executivo da UE, afirmou que se encontrou com parlamentares norte-americanos durante sua visita a Washington para salientar a importância de aprovar a já atrasada ajuda adicional dos EUA para a Ucrânia.    Autoridades dos EUA disseram à imprensa na semana passada que a China está enviando materiais bélicos à Rússia, incluindo drones e mísseis, além de imagens de satélite e maquinários. Dombrovskis disse que a União Europeia está trabalhando com os Estados Unidos para atuar contra a evasão de sanções por parte da Rússia.   

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“Vemos que a China está sentada no muro, analisando como usar a situação a seu favor. Mas, infelizmente, recentemente, também vimos sinais de que a China está efetivamente fornecendo componentes, todos os tipos de equipamento à Rússia”, afirmou.   

Ele disse que tais equipamentos envolvem itens de duplo uso, não armas, mas que tal atitude mostra como é importante o Ocidente manter o seu apoio decidido à Ucrânia. Ele afirmou também que o Ocidente “não está mostrando a disposição necessária para interromper a agressão russa, colocando sanções contra a Rússia, dando todo tipo de apoio à Ucrânia... É muito perigoso e teremos consequências muito negativas”.   

 

 

Reportagem de Andrea Shalal / REUTERS

ALEMANHA - A economia da Alemanha ainda é altamente dependente da China para uma série de produtos e matérias-primas, apesar dos esforços para diversificar para outros mercados, mostrou um estudo do Instituto Econômico Alemão na terça-feira.

Embora as importações gerais da China tenham caído quase um quinto entre 2022 e 2023, a parcela de grupos de produtos para os quais a Alemanha depende da China para mais da metade de suas importações praticamente não mudou, incluindo produtos químicos, computadores e células solares.

Em algumas categorias, como produtos farmacêuticos e terras raras, a dependência da Alemanha aumentou.

"Uma clara redução estrutural dos riscos -- no sentido de uma tendência contínua em direção a mais reduções significativas nas importações --ainda não é aparente", disse o estudo.

Cerca de 73 grupos de produtos foram removidos da lista de bens para as quais a Alemanha depende fortemente da China, mas um número semelhante foi adicionado e/m seu lugar, o que significa que o número total caiu apenas ligeiramente de 213 para 200.

O estudo foi publicado antes da viagem do chanceler Olaf Scholz à China nesta semana, com as empresas pressionando pelo que elas caracterizam como um acesso mais justo ao mercado chinês e a Europa preocupada com o excesso de capacidade chinesa que está inundando seu mercado.

A viagem é a primeira de Scholz à China desde que Berlim elaborou uma estratégia para a China no ano passado, que recomendava a "eliminação de riscos" para reduzir a exposição econômica à segunda maior economia do mundo, mas foi vaga quanto a medidas específicas ou metas obrigatórias.

A Alemanha tem se tornado cada vez mais cautelosa em relação a um país que descreveu como parceiro e rival sistêmico, principalmente depois que a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 revelou a dependência da Europa em relação às remessas de gás russo.

 

 

 

Reportagem de Matthias Williams / REUTERS

PEQUIM - A fabricante chinesa de aparelhos eletrônicos Xiaomi anunciou nesta quarta-feira que recebeu mais de 100 mil encomendas para seu primeiro carro e que já iniciou as entregas.

"O carro da Xiaomi estreia oficialmente, a verdadeira revolução em carros inteligentes começou oficialmente e a China certamente dará origem a uma grande empresa como a Tesla", disse o presidente-executivo e fundador da companhia, Lei Jun, em uma evento em Pequim que marcou as primeiras entregas do modelo, um coupê elétrico chamado SU7.

As primeiras entregas são de um lote limitado de 5.000 carros que a Xiaomi já havia produzido - chamado de "Founder's Edition" e que é equipado com acessórios adicionais para os primeiros compradores.

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Após o lançamento do SU7 - abreviação de Speed Ultra 7 - na semana passada, a Xiaomi informou aos compradores que o carro poderia enfrentar tempos de espera nas entregas de quatro a sete meses, sinalizando uma demanda forte.

O SU7 entra em um mercado lotado de veículos elétricos na China com um preço que chama a atenção - menos de 30 mil dólares para o modelo básico, mais barato do que o Model 3 da Tesla na China.

Embora o maior mercado automotivo do mundo seja um desafio para os recém-chegados devido a uma guerra de preços acirrada e desaceleração de demanda, analistas disseram que a Xiaomi tem bolsos mais fundos do que a maioria das startups e sua experiência em aparelhos eletrônicos dá à empresa vantagem. A empresa obtém a maior parte de sua receita de 37,5 bilhões de dólares com a venda de smartphones.

O lançamento do SU7 cumpre a ambição de Lei, que anunciou a incursão da empresa nos veículos elétricos em 2021, prometendo investir 10 bilhões de dólares no setor automotivo como "o último grande projeto empresarial" de sua vida.

 

 

Por Sarah Wu / REUTERS

BOAO - A China pretende ser uma forte força impulsionadora para a recuperação econômica mundial este ano, abrindo seus mercados para investidores estrangeiros e promovendo um crescimento de alta qualidade, disse o principal parlamentar do país, Zhao Leji.

A China fará da inovação tecnológica um novo ponto de crescimento econômico e está disposta a colaborar com outros países nesse sentido, disse Zhao, presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, na plenária de abertura do encontro anual do Fórum Boao para a Ásia.

A importação e a exportação de mercadorias da China devem ultrapassar 32 trilhões de dólares nos próximos cinco anos, de acordo com Zhao.

Indicadores econômicos recentes mostraram que a segunda maior economia do mundo teve um início de ano forte, oferecendo um certo alívio às autoridades que tentam sustentar o crescimento em meio à fraqueza do setor imobiliário e ao aumento da dívida dos governos locais.

Zhao também prometeu maior abertura dos mercados do país para investidores estrangeiros, com uma redução da "lista negativa" de setores proibidos ou restritos para investimentos de empresas estrangeiras sem aprovação especial.

Muitas empresas estrangeiras têm procurado "eliminar o risco" das cadeias de ofertas e das operações fora da China. Os investimentos estrangeiros diretos recebidos encolheram quase 20% nos dois primeiros meses do ano, segundo dados divulgados na semana passada.

Em março, Pequim anunciou uma série de políticas para impulsionar o crescimento econômico e uma meta de crescimento de cerca de 5% para 2024, o que, segundo Zhao, transmite confiança de que a economia do país continuará a se recuperar e a melhorar no longo prazo.

 

 

Por Liangping Gao e Kevin Yao / REUTERS

CHINA - A China Evergrande desistiu de tentar reestruturar bilhões de dólares em dívida externa nos EUA, quase dois meses depois de a Justiça de Hong Kong determinar a liquidação da gigante imobiliária chinesa.

Uma das maiores incorporadoras da China em vendas, a Evergrande decidiu cancelar pedidos de reestruturação de dívida offshore que havia apresentando a um tribunal dos EUA, segundo comunicado regulatório enviado à Bolsa de Hong Kong na noite de domingo (24). Duas unidades que atuam como as principais plataformas de financiamento externo da Evergrande fizeram o mesmo.

A Evergrande, que tem sede em Guangzhou, e suas unidades haviam solicitado aval de um tribunal de Nova York, em agosto do ano passado, para reestruturar mais de 19 bilhões de dólares em dívida externa por meio do chamado Capítulo 15 da lei de insolvência americana. Em janeiro, um tribunal de Hong Kong determinou que a Evergrande seja liquidada.

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Evergrande disse neste domingo, 24, que os liquidatários estão focados em preservar e devolver valor aos credores e outras partes interessadas e que, "nesta fase, todas as opções seguem em aberto para consideração". A empresa acrescentou que os liquidatários poderão fazer novos pedidos com base no Capítulo 15.

A Evergrande deu calote em sua dívida em 2021, depois de acumular passivos de mais de US$ 300 bilhões, ajudando a desencadear uma ampla crise imobiliária na segunda maior economia do mundo.

Na semana passada, o principal veículo operacional da Evergrande na China, a Hengda Real Estate, disse que a empresa está sujeita a ser multada em mais de US$ 500 milhões após descoberta de que a unidade inflou vendas e lucros de maneira fraudulenta nos anos que antecederam o colapso do grupo imobiliário.

 

 

POR ESTADAO CONTEUDO

CHINA - As sanções à China que os EUA e os seus aliados implementaram com especial intensidade a partir de outubro de 2022, procuram minar a capacidade do país liderado por Xi Jinping de desenvolver semicondutores altamente integrados. Nestas circunstâncias, parece razoável intuir que a capacidade de produção global da indústria chinesa sofreu, mas não. SMIC, Hua Hong Semiconductor e outros produtores chineses de IC encontraram uma maneira de enfrentar a tempestade.

Na verdade, 2023 foi um ano razoavelmente bom para os fabricantes de chips chineses. Há um indicador que apoia esta conclusão: a sua capacidade de produção global de circuitos integrados aumentou durante 2023 em 6,9% em comparação com 2022, de acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas da China. Este resultado, numa situação de contracção do mercado de semicondutores e na presença de sanções muito restritivas, merece ser considerado um sucesso. Mesmo assim, para entender exatamente de onde vem é preciso pensar bem.

Na situação atual, os fabricantes chineses de chips optaram por se concentrar na produção de circuitos integrados maduros que muitas indústrias necessitam, tais como automóveis, eletrônica de consumo ou eletrodomésticos, e o indicador que observamos apoia a sua estratégia. É claro que a médio e longo prazo esta não é a solução. A China não tem outra escolha senão fortalecer as bases da sua indústria de semicondutores, desenvolvendo as tecnologias de que necessita para deixar de depender dos EUA e dos países na sua órbita.

Os fabricantes de chips chineses deram tudo de si na produção de semicondutores maduros. Tanto é assim, de fato, que a queda na procura de circuitos integrados que prevaleceu no mercado global durante grande parte de 2023 fez com que o mercado chinês estivesse atualmente sujeito a um excesso de oferta de chips maduros. E esta saturação tem inevitavelmente um impacto descendente perceptível no preço destes circuitos integrados, que estão a perder valor.

O cenário apresentado aos fabricantes chineses é semelhante ao que a Samsung e a SK Hynix foram forçadas a enfrentar no ano passado para evitar a queda do preço dos seus chips de memória DRAM. Naquela ocasião, a procura caiu e estas duas empresas tiveram que interromper abruptamente a produção para controlar os preços e evitar que caíssem além do aceitável. É muito provável que os fabricantes chineses de chips optem por essa mesma estratégia porque ela se mostrou eficaz inúmeras vezes.

No entanto, as empresas chinesas de semicondutores enfrentam outros desafios para além do impacto que as sanções dos EUA e dos seus aliados e o excesso de circuitos integrados maduros estão a ter. O portal DigiTimes Asia garante que alguns fabricantes chineses de chips estão sendo forçados a demitir alguns de seus trabalhadores a tal ponto que alguns declararam falência.

Além disso, tanto o investimento como a cotação de empresas privadas que poderiam presumivelmente estar interessadas em considerar uma oferta pública de ações estão a ser reduzidos. E, para piorar a situação, é provável que os EUA aprovem novas sanções comerciais contra a China nos próximos meses.

Os desafios que o país liderado por Xi Jinping enfrenta estão em cima da mesa e são intimidantes, mas a China demonstrou em muitas ocasiões que tem a força e os recursos necessários para superar as adversidades. Não dá para imaginar que os chineses simplesmente desistam de competir no mercado.

 

 

Viny Mathias / IGN Brasil

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