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ISRAEL - Os reféns libertados nos últimos quatro dias pelo Hamas ficaram 50 dias sem tomar banho e dividiram remédio para dormir. A pouca comida disponível no cativeiro do grupo terrorista palestino, na Faixa de Gaza, fez com que todos eles perdessem peso. Alguns chegaram a emagrecer mais de 10 quilos.

Os relatos foram compartilhados com profissionais de saúde, que analisaram as condições de saúde dos reféns logo após a chegada deles a Israel. A médica Margarita, responsável pelo departamento que recebeu essas pessoas no Centro Médico Wolfson, ficou abalada com as histórias que ouviu. Após terem sido levados pelos terroristas e separados de suas famílias de forma traumática, os prisioneiros passaram a viver em condições insalubres em túneis subterrâneos.

"Uma refém idosa contou que eles não tomaram banho por 50 dias. Não tinham água suficiente. Triste, triste ouvir isso", afirmou Margarita em entrevista ao jornal israelense Yedioth Ahronoth.

"Nos primeiros dias, era difícil para eles conseguirem dormir à noite por causa do estresse e do medo, e isso é compreensível. E então os terroristas do Hamas deram a eles um medicamento para dormir, e eles dividiram a pílula em quatro pedaços para permitir que o maior número de pessoas pudesse descansar. A qualidade do sono não era boa. Eles dormiam em camas próximas uma da outra, e era apertado", acrescentou.

A refém contou que os prisioneiros não foram maltratados nem sofreram privações graves. Apesar disso, recebiam o mínimo para se manterem vivos e em condições razoáveis de saúde. A comida era principalmente arroz, conserva de homus e feijão. Em raras vezes, os terroristas ofereciam também pão e queijo, mas não mais que isso. Sem frutas, sem legumes, sem ovos. A prisioneira idosa que conversou com Margarida chegou a perder 12 quilos.

"Pelo que eu entendi da conversa, ela e todos os outros tentaram evitar comer muito, porque o feijão e o homus causavam prisão de ventre. Eles tinham medo de complicar as coisas e de não conseguir se cuidar, e não queriam que lhes dessem comprimidos para dores de estômago. Então, eles se certificaram de beber muito. Eles tinham água", disse a médica.

Merav Raviv, que teve três parentes libertados pelo Hamas na sexta-feira (24), revelou à agência de notícias AP (Associated Press) que sua prima e tia, Keren e Ruth Munder, perderam cerca de 7 quilos cada uma ao longo dos 50 dias em que estiveram no cativeiro. A essa mesma agência, a refém Yocheved Lipschitz, de 85 anos, contou que os prisioneiros faziam uma refeição diária. A neta de Yocheved, Adva Adar, afirmou que a avó perdeu peso e está visivelmente mais magra.

A maioria dos reféns libertados parecia estar em boas condições físicas, capaz de andar e falar normalmente. Mas ao menos dois precisavam de cuidados médicos mais sérios. Alma Avraham, de 84 anos, libertada no domingo (26), foi levada às pressas, em estado crítico, para o Centro Médico Soroka de Israel, na cidade de Be'er Sheva, no sul do país. O diretor do hospital disse que ela tinha uma doença preexistente que não havia sido tratada adequadamente em cativeiro. Outra refém teve que ser conduzida para fora do cativeiro com o uso de muletas. A condição de saúde dela não ficou clara.

 

Dias intermináveis e escuridão

Dentro dos túneis, era difícil saber quando era dia e quando era noite. Segundo a doutora Margarita, os reféns relataram que passavam a maior parte do dia no escuro, com uma brecha de duas horas diárias para um banho de sol. A falta de noção sobre o tempo fazia os dias parecerem intermináveis. Mas esse não foi o único problema.

Segundo a AP, houve indicações iniciais de que os reféns recentemente libertados estavam sendo mantidos em subsolo até que se adaptassem novamente à luz do sol. Eyal Nouri, sobrinho de Adina Moshe, de 72 anos, revelou que a tia andava com os olhos baixos. Os médicos temiam que a claridade repentina pudesse causar danos à visão dela.

"Ela andava com os olhos abaixados, porque estava em túnel. Ela não estava acostumada com a luz do dia. Durante o cativeiro, ela esteve desconectada de todo o mundo exterior", afirmou Nouri.

Para além dos raros momentos em que tomavam banho de sol, os reféns passavam as horas conversando entre si. Essa era a única atividade que lhes restava. Eles não podiam assistir à televisão, ler, nem mesmo escrever em um pedaço de papel. Os terroristas temiam que eles usassem lápis e canetas para escrever alguma informação que pudesse comprometê-los.

"O poder deles [dos reféns] vinha do fato de que estavam juntos e cuidavam uns dos outros. Uma delas contou que, no primeiro dia, eles se sentaram e compartilharam as terríveis experiências que tiveram. Cada um contribuiu com o que podia", disse Margarita.

"Por exemplo, havia um que conhecia muito bem a história de Israel, então eles se sentaram por duas ou três horas por dia, e ele deu uma palestra interessante sobre a história do país. Havia aqueles que cozinhavam e cuidavam da comida. Uma delas abordou os terroristas em árabe e disse a eles 'nos traga óleo', para lidar com a prisão de ventre. Essa preocupação mútua os manteve juntos", acrescentou.

 

 

Do R7

BARCELONA - Países árabes e a União Europeia concordaram na segunda-feira, em uma reunião na Espanha, que uma solução de dois Estados é a resposta para o conflito entre palestinos e israelenses, com o chefe de relações exteriores do bloco europeu, Josep Borrell, dizendo que a Autoridade Palestina deveria governar Gaza.

Borrell disse que todos os membros da UE que participaram da reunião de países mediterrâneos em Barcelona e quase todos os participantes em geral concordaram com a necessidade de uma solução de dois Estados.

A Autoridade Palestina deve realizar eleições e melhorar seu funcionamento, mas é a única "solução viável" para a futura liderança de Gaza, atualmente dirigida pelos islamistas do Hamas, para evitar um "vácuo de poder", disse ele.

A atual trégua de quatro dias é a primeira interrupção dos combates nas sete semanas desde que o Hamas atacou Israel, matando 1.200 pessoas e levando cerca de 240 reféns para Gaza, de acordo com os registros israelenses.

Em resposta a esse ataque, Israel bombardeou o enclave e montou uma ofensiva terrestre no norte de Gaza. Cerca de 14.800 palestinos foram mortos, segundo as autoridades de saúde de Gaza, e centenas de milhares ficaram desabrigados.

O Hamas disse que deseja estender a trégua. Uma autoridade israelense disse à Reuters que o ônus estava sobre o Hamas para produzir uma nova lista de 10 reféns que poderiam ser libertados na terça-feira em troca de um dia adicional de trégua.

O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, disse que o povo palestino deve decidir quem o governa e que qualquer conversa sobre a administração de Gaza após o conflito deve se concentrar na Cisjordânia e em Gaza como uma entidade única.

Uma solução de dois Estados prevê um Estado para os palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, ao lado de Israel.

O Ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Maliki, disse que a Autoridade Palestina, que perdeu o controle da Faixa de Gaza em uma luta interna pelo poder em 2007 com o Hamas, não tem necessidade de retornar a Gaza, acrescentando: "Nós estivemos lá o tempo todo, temos 60.000 funcionários públicos lá"

Os três falaram no final de uma breve reunião do Fórum para a União do Mediterrâneo, um grupo de 43 membros de países europeus, do norte da África e do Oriente Médio.

Israel não participou da cúpula. O Ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal bin Farhan, falou como representante de um grupo de ministros da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica.

 

 

Por Joan Faus / REUTERS

CISJORDÂNIA - Oito palestinos foram mortos em um tiroteio realizado pelas forças israelenses na Cisjordânia ocupada, entre sábado à noite e domingo de manhã, conforme informou o Ministério da Saúde palestino. Cinco dessas mortes ocorreram em Jenin, onde cerca de seis pessoas também ficaram feridas.

Dezenas de palestinos participaram do funeral das cinco vítimas em Jenin neste domingo. A cidade foi invadida no sábado à noite por um grande contingente de tropas israelenses, em mais uma operação militar que tem ocorrido quase diariamente na região, considerada a mais tensa da Cisjordânia recentemente.

Nesta ocasião, as tropas israelenses invadiram várias casas na zona rural e arredores, enfrentando-se em confrontos armados com palestinos, resultando na morte a tiros de quatro palestinos, incluindo um menor.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram em comunicado que "cinco terroristas foram eliminados" e "21 pessoas procuradas foram presas" durante essa operação, mencionando que o apoio aéreo visava um "esquadrão terrorista armado que ameaçava as forças da IDF". Essas alegações ainda não foram verificadas de forma independente.

Após o ataque surpresa do Hamas contra o território israelense, chamado de 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou instalações do grupo armado na Faixa de Gaza a partir do ar, em uma operação denominada 'Espadas de Ferro'. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, concordando com a oposição na criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - A trégua acordada entre o governo de Israel e os terroristas do Hamas possou a vigorar às 2h (horário de Brasília) desta sexta-feira (23). Essa é a condição para que o grupo de 13 mulheres e crianças que está em cativeiros subterrâneos em Gaza seja libertado. A expectativa é que isso ocorra por volta das 11h (horário de Brasília)

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al Ansari, confirmou na quinta-feira (23) que os civis seriam soltos após o prazo ter sido adiado no dia anterior.

Não foram revelados detalhes sobre como seria esse processo. Majed foi questionado por jornalistas, mas não respondeu sobre onde nem como as pessoas serão soltas. Sabe-se apenas que a Cruz Vermelha fará a retirada delas do território palestino.

Ele afirmou que a trégua em Gaza será respeitada pelas duas partes do conflito e que os reféns retornarão para suas famílias em segurança.

Os terroristas devem libertar 50 reféns durante os quatro dias em que o conflito ficará suspenso. Em contrapartida, Israel deverá soltar pelo menos 150 prisioneiros que estão em presídios do país.

O governo de Israel estaria disposto a prorrogar a trégua por mais um dia a cada dez reféns que forem soltos pelo Hamas.

Os terroristas sequestraram cerca de 240 pessoas no ataque de 7 de outubro, que resultou no massacre de 1.220 pessoas, a maioria civil.

Entres os 190 reféns que vão continuar na Faixa de Gaza, há crianças, idosos e até famílias inteiras. Militares também foram sequestrados, mas não serão soltos neste primeiro momento.

Até agora, apenas quatro reféns deixaram Gaza: mãe e filha americanas e duas idosas israelenses. O Exército de Israel também conseguiu resgatar um soldado durante uma incursão por terra.

 

 

Do R7

LÍBANO - Reportagens na imprensa libanesa e na rede qatari Al Jazeera informam que o Hezbollah deverá se unir ao Hamas na trégua de quatro dias com Israel a partir desta quinta (23).

O grupo fundamentalista que domina o sul do Líbano entrou de forma comedida no conflito iniciado pelos aliados palestinos com o ataque terrorista de 7 de outubro, iniciando uma campanha de atrito com forças israelenses na faixa fronteiriça entre os dois países. Bombardeios de lado a lado são diários, e já morreram 70 combatentes do Hezbollah, 13 civis libaneses, 7 soldados e 3 civis israelenses.

Na quarta (22), houve novos ataques aéreos de Israel contra posições do grupo, cuja entrada com toda força no conflito era um dos maiores temores estratégicos de Tel Aviv, dado que o Hezbollah é muito mais capaz do que o Hamas.

Isso não ocorreu por uma série de fatores, a começar pela ameaça dos EUA de intervir contra os libaneses a partir de seu grupo de porta-aviões no Mediterrâneo. O Líbano está em dificuldades econômicas, e o Hezbollah é ator político importante no país.

Além disso, o patrono dele e do Hamas, o Irã, também não tem interesse em uma escalada regional que envolva americanos e israelenses, então a agressividade por ora se limitou mais às escaramuças de fronteira e aos discursos.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - Após vários dias de impasses e trocas de acusações na guerra que devasta a Faixa de Gaza, o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas fecharam na madrugada quarta-feira (22), no horário local, o primeiro grande acordo desde o início do conflito, no dia 7 de outubro, para o estabelecimento de uma trégua e a libertação de dezenas de reféns.

Segundo o jornal israelense Times of Israel, a negociação deve permitir a liberação de cerca de 50 dos 240 sequestrados pelo grupo durante a sua brutal incursão de 7 de outubro em troca de quatro dias de cessar-fogo -o primeiro desde o início do conflito. Israel também teria concordado em libertar mulheres e menores de idade palestinos, de acordo com a imprensa local.

Mais cedo, nesta terça-feira (21), o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, havia apelado para que seus pares no governo -o mais à direita da história do país- votassem a favor do acordo. O premiê convocou três reuniões seguidas para tratar do assunto: uma com a cúpula de guerra, outra com nomes ligados à segurança nacional, e, por fim, uma com todo o gabinete instituído a partir do início do conflito, que tem 38 membros.

Depois de apresentar a proposta, Netanyahu declarou que aprová-la era uma decisão difícil, mas correta. Além disso, afirmou que ela permitiria a Tel Aviv continuar a perseguir seu objetivo final com os enfrentamentos -exterminar o Hamas.

O acordo foi costurado durante semanas de conversas em Doha, no Qatar -país que faz a mediação ao lado dos Estados Unidos entre o grupo terrorista e Israel. Cerca de 240 pessoas foram capturadas pelo Hamas em sua sangrenta incursão ao território israelense, quando 1.200 pessoas, a maioria civis, foram assassinadas de forma indiscriminada, segundo contagem de Tel Aviv.

"O retorno dos reféns é uma ordem moral e também parte integrante da resiliência que nos permite vencer a guerra", disse na terça Benny Gantz, membro do gabinete de guerra em Israel. "Estamos fazendo todos os esforços para que retornem o mais rápido possível. Ao mesmo tempo, continuaremos a lutar e a ficar de guarda até conseguirmos uma mudança na realidade de segurança no sul [de Israel]."

Quatro reféns haviam sido libertadas pelo Hamas antes do acordo mais recente, também após mediação do Qatar. Em 20 de outubro, duas mulheres americanas foram soltas. Depois, no dia 23, mais duas mulheres, as primeiras israelenses, foram liberadas.

As negociações pela libertação de reféns têm sido foco de tensão para o governo do premiê Binyamin Netanyahu em meio aos bombardeios intensos em Gaza. Manifestantes pressionam o premiê em atos quase diários que exigem mais esforços pela soltura das vítimas. No sábado (18), por exemplo, familiares de pessoas sequestradas terminaram uma marcha de cinco dias de Tel Aviv para a sede administrativa do país, em Jerusalém, na qual urgiram às autoridades que façam "todo o possível para trazê-las de volta".

A despeito das negociações, autoridades israelenses continuaram a subir o tom de suas acusações contra o Hamas. As IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês) afirmaram nos últimos dias que militares do país encontraram mais evidências de que o Al-Shifa -o maior hospital da Faixa de Gaza, alvo de uma ofensiva israelense- serve também como centro de operações para o grupo terrorista, o que a facção nega. Essas informações não puderam ser verificadas de forma independente.

Tropas israelenses invadiram o Shifa no último dia 14, numa ação que motivou novas críticas à ofensiva em Gaza. Desde o início da guerra, vários líderes mundiais e representantes de organizações denunciam a morte de civis e questionam a proporcionalidade dos ataques de Israel -em um mês e meio, mais de 13 mil pessoas foram mortas no território palestino, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

Sob pressão interna e externa, o governo israelense deu prosseguimento às negociações com as facções em Gaza, que chegaram a paralisar após o Jihad Islâmico, segundo maior grupo armado palestino da Faixa de Gaza, divulgar comunicado no qual manifestava insatisfação com a metodologia do acordo.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - O Exército de Israel declarou na segunda-feira (20) que suas tropas na Faixa de Gaza prenderam "mais de 300 terroristas" e extraíram informações importantes deles, incluindo a localização de túneis, esconderijos de armas e informações sobre as táticas do grupo terrorista palestino Hamas.

"Até o momento, prendemos mais de 300 membros de organizações terroristas durante a operação terrestre [na Faixa de Gaza], que foram levados para o território israelense para posterior interrogatório. As informações que surgem do interrogatório de terroristas são muito valiosas, pois levam à eliminação de milicianos e à preservação da segurança de nossas forças", relatou o porta-voz militar israelense em comunicado.

O texto detalha que, durante os interrogatórios, os milicianos capturados "forneceram a localização de túneis subterrâneos e depósitos de armas dos terroristas, além de expor os métodos de ataque do inimigo e seus esforços para se assimilarem à população civil".

Além disso, o Exército também observou que as informações obtidas levaram à identificação de mais de 300 novos alvos na Faixa de Gaza e à eliminação de outros cem.

Um militar de alta patente explicou nesta segunda-feira, durante uma videoconferência, que esses interrogatórios deram às forças "muitas informações que elas não tinham antes e novas maneiras de operar".

O oficial também informou que a ofensiva israelense causou baixas significativas em muitos dos 24 batalhões nos quais, segundo ele, o braço armado do Hamas está dividido e estimou em "alguns milhares" o número de terroristas mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra, sem fornecer números específicos.

Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, após um ataque do grupo terrorista que incluiu disparos de foguetes e a infiltração de cerca de 3.000 milicianos que massacraram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram mais de 240.

Os militares israelenses contra-atacaram imediatamente com forças aéreas e navais e, desde o final de outubro, também com uma ofensiva terrestre, durante a qual 66 soldados foram mortos.

Em 45 dias de guerra, a ofensiva israelense deixou mais de 13.000 mortos na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde local, que estima, no entanto, que, devido a milhares de pessoas sob os escombros, o número de mortos já supera 16.000.

Além disso, há dezenas de milhares de feridos, principalmente crianças, mulheres e idosos, assim como mais de 1,7 milhão de pessoas deslocadas — mais de dois terços da população total — que vivem em meio a uma grave crise humanitária devido à escassez de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.

 

 

por AFP

ISRAEL - O embaixador de Israel na ONU rejeitou na quinta-feira a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança que apela a pausas e corredores humanitários urgentes e alargados em Gaza, argumentando que a medida "está desligada da realidade e sem significado".

"Independentemente do que o Conselho decida, Israel continuará a agir de acordo com a lei internacional, enquanto os terroristas do hamas nem sequer lerão a resolução, muito menos a cumprirão", escreveu Gilad Erdan na plataforma X (antigo Twitter).

De acordo com o diplomata, Israel "continuará a agir até que o hamas seja destruído e os reféns sejam devolvidos".

"É lamentável que o Conselho continue a ignorar, a não condenar, ou mesmo a mencionar, o massacre levado realizado pelo hamas em 07 de outubro, que conduziu à guerra em Gaza. É realmente vergonhoso", acrescentou Erdan.

A estratégia do hamas, de acordo com o embaixador de Israel, consiste "em deteriorar deliberadamente a situação humanitária na Faixa de Gaza e aumentar o número de vítimas palestinas, a fim de motivar a ONU e o Conselho de Segurança a travar Israel", mas "isso não vai acontecer", assegurou.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou hoje uma resolução que "apela a pausas e corredores humanitários extensos e urgentes durante um número suficiente de dias" para permitir a entrega de ajuda humanitária aos civis em Gaza.

A resolução, da autoria de Malta, recebeu 12 votos a favor e três abstenções: Estados Unidos, Reino Unido e Rússia.

Os Estados Unidos e o Reino Unido justificaram a sua abstenção com o fato de a resolução não condenar claramente os ataques terroristas do hamas.

A resolução tem um forte ângulo humanitário, com especial destaque para a situação das crianças em Gaza.

O texto, que enfatiza a situação das crianças em quase todos os parágrafos, "exige que todas as partes respeitem as suas obrigações ao abrigo do direito internacional, especialmente no que diz respeito à proteção dos civis, em particular das crianças".

Também "apela" à "libertação imediata e incondicional de todos os reféns detidos pelo Hamas e outros grupos, especialmente crianças".

Apesar das resoluções do Conselho de Segurança serem vinculativas, isso não impede que alguns países as ignorem.

Em resposta à adoção desta resolução, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelense instou o Conselho de Segurança e a comunidade internacional a exigir "a rápida libertação de todos os reféns israelenses, conforme estipulado na resolução".

"Não há espaço para tréguas humanitárias prolongadas enquanto 239 raptados estiverem nas mãos de terroristas do Hamas", argumentou o porta-voz, Lior Haiat, na plataforma X.

Para o analista Richard Gowan, do International Crisis Group (ICG), apesar de o Conselho de Segurança ter conseguido superar um bloqueio de 40 dias acerca da guerra em Gaza e adotar uma resolução sobre o assunto, a medida provavelmente não terá qualquer impacto significativo.

"O Conselho de Segurança levou um mês para adotar uma resolução (...), mas temo que isto seja principalmente um dispositivo para aliviar tensões", escreveu o analista, também na plataforma X.

Gowan recordou que o Conselho de Segurança também apelou a um cessar-fogo em guerras desde os Balcãs à Síria "com pouco ou nenhum impacto".

"A resolução foi redigida de uma forma que não coloca nenhuma pressão política real sobre Israel, mas os Estados Unidos provavelmente instarão Israel a mostrar mais flexibilidade nas questões de ajuda para satisfazer a opinião global", disse Gowan à agência Associated Press (AP).

"O conselho não passará deste texto para um apelo a um cessar-fogo, a menos que os fatos mudem significativamente no terreno", avaliou ainda.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - As Nações Unidas denunciaram nesta segunda-feira (13) pelo menos 137 ataques a instalações de saúde na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ataques causaram a morte de 521 pessoas, incluindo 16 trabalhadores humanitários, e deixaram feridos quase 700 civis, entre pacientes e profissionais de saúde.

"Os ataques a instalações médicas e civis são inaceitáveis e constituem uma violação do direito e das convenções internacionais humanitárias e de direitos humanos", afirmou a OMS.

A organização disse ainda ter ficado "horrorizada" com os recentes ataques contra o Hospital Al Shifa, o maior de Gaza, o Hospital Pediátrico Al Rantissi Nasser e o Hospital Al Quds.

"Muitas pessoas morreram, incluindo crianças", afirmou a OMS.

A organização também recebeu relatos de mortes de "bebês prematuros e recém-nascidos que estavam recebendo suporte vital" devido a cortes de energia e esgotamento de combustível.

Diante desta escassez, também de água e de suprimentos médicos básicos, "a vida de todos os pacientes está em risco", segundo a OMS.

A organização lembrou que mais da metade dos hospitais da Faixa de Gaza estão fora de serviço e que os que permanecem em funcionamento só podem fornecer serviços de emergência mínimos.

"O mundo não pode permanecer em silêncio enquanto os hospitais, que deveriam ser refúgios seguros, são transformados em cenários de morte, devastação e desespero", afirmou a OMS.

A organização apelou a uma "ação internacional decisiva" para implementar a interrupção imediata dos bombardeios na Palestina.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - Oito palestinos morreram nesta quinta-feira (9) durante uma incursão do Exército israelense em Jenin, norte da Cisjordânia ocupada, de acordo com um novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde do território palestino.

Além disso, 14 palestinos ficaram feridos, segundo a mesma fonte. O balanço anterior era de sete mortos e seis feridos.

Os combates intensos prosseguiam durante a tarde, segundo um correspondente da AFP, que relatou um ataque de avião das Forças Armadas israelenses, várias fortes explosões e tiros.

A agência oficial palestina WAFA afirmou que “um importante contingente do Exército de ocupação” fez uma incursão em vários eixos em Jenin, bastião dos grupos armados no norte da Cisjordânia, ocupada desde 1967 por Israel.

De acordo com o Crescente Vermelho Palestino, uma de suas socorristas, identificada como Sabreen Obeidi, foi “baleada nas costas”.

“Isto ocorreu quando uma ambulância do Crescente Vermelho palestino foi atacada durante uma incursão das forças de ocupação no acampamento de refugiados de Jenin”, escreveu a organização na rede social X.

O Exército israelense declarou, nesta quinta, que suas forças operavam em Jenin, mas não deu mais detalhes.

De acordo com o Ministério da Saúde palestino, desde o início da guerra deflagrada em 7 de outubro pelo ataque mortal do Hamas em Israel, pelo menos 170 palestinos foram mortos na Cisjordânia por soldados, ou por colonos israelenses.

O Exército israelense afirma ter detido mais de 1.000 palestinos afiliados ao Hamas desde 7 de outubro na Cisjordânia.

 

 

AFP

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