RIO DE JANEIRO/RJ - O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, poderá ser conduzido de forma coercitiva à próxima sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o incêndio no Ninho do Urubu, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). No incêndio, ocorrido há um ano, morreram 10 adolescentes das categorias de base do clube e três ficaram feridos.
Landim faltou à sessão desta sexta-feira (7), para a qual estava convocado, e o presidente da CPI, deputado Alexandre Knoploch (PSL), determinou que, se ele ou o vice-presidente jurídico do clube, Rodrigo Dunshee, não comparecerem, Landim será trazido sob força policial.
“Se eles não estiverem aqui no primeiro horário, às 11h da próxima sexta-feira [14], aí uma viatura da Polícia Civil irá buscá-los para poder prestar aqui os esclarecimentos devidos. Estamos respeitando entendimento do STF [Supremo Tribunal Federal], de que só poderia haver condução coercitiva em uma segunda chamada. Tivemos um entendimento com o Flamengo [de] que eles virão espontaneamente – aqui não é um tribunal de inquisição”, disse Knoploch.
A deputada Renata Souza (PSOL), integrante da CPI e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, mostrou-se decepcionada com a atitude do Flamengo, por não enviar seu presidente à comissão. “O Flamengo está sendo negligente nesta questão. Recebi com muita preocupação a ausência dos dirigentes na CPI, diante da necessidade de um debate público. Muitas das famílias não moram no Rio de Janeiro. É uma oportunidade para o clube dar um respaldo minimamente transparente às suas ações com relação à reparação a essas famílias”, disse Renata.
O ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello compareceu à audiência e, na saída, falou rapidamente com os jornalistas. Ele foi indiciado em inquérito da Polícia Civil como um dos responsáveis pela tragédia, que deixou 10 adolescentes mortos e três feridos, no incêndio que consumiu o alojamento, dentro de um contêiner, onde eles dormiam, no dia 8 de janeiro de 2019. Bandeira negou que tenha responsabilidade sobre as mortes: “De jeito nenhum. Eu fiquei seis anos lá. Quando eu saí, estava todo mundo vivo e com saúde.”
Parentes
A advogada da família do atleta Pablo Henrique, Mariju Maciel, afirmou que o Flamengo não estava sendo justo na questão. “Uma vez o Flamengo fez contato comigo para botar o teto [de indenização] dele, não estabelecendo uma negociação, dizendo que o teto era aquele e que, se a família aceitasse, sim, se não, não estavam abertas negociações. Isso foi uns seis meses atrás, o único contato. E, com a família que eu represento nenhum contato, nem na entrega do caixão. Um total desrespeito e uma total falta de carinho”, disse a advogada.
O pai de Pablo, Wedson Cândido, queixou-se da atitude do clube, que praticamente não demonstrou interesse em manter contato com a família ao longo de um ano.
“É um sentimento de muita frustração, de abandono. O Flamengo nos abandonou. Eu confiei meu filho ao Flamengo, e ele devolveu o meu filho num caixão. O sonho do meu filho era jogar no Maracanã lotado. Eles interromperam 10 sonhos [de jovens] que pensavam em dar um futuro grande para a família”, lamentou Wedson, que estará novamente na CPI, na próxima sexta-feira, quando serão ouvidos outros dirigentes do clube.
Clube
Em vídeo publicado no último sábado (2) em suas redes sociais, o Flamengo classifica a tragédia como a maior da história do clube e afirma reconhecer sua responsabilidade, independentemente de culpa.
"Para nós, do Flamengo, nos aparenta ter sido um lamentável acidente, mas temos responsabilidade como guardiões dos adolescentes", disse o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches. Além do ex-presidente Bandeira de Mello, também esteve presente na CPI o diretor executivo (CEO) do clube, Reinaldo Belloti.
*Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - O mês de fevereiro está somente na segunda semana, mas já registra níveis altos de chuva. Somente nos 6 primeiros dias do mês o volume de chuva chegou a 149,9 mm. Em São Carlos a média registrada nos últimos quinze anos foi de 196,3 mm.
Na última quinta-feira (6/2) a intensidade da chuva chegou a 42 mm durante o dia, porém à noite foram registrados mais 12 mm, totalizando 54 mm em 24 horas.
A chuva causou alagamento em alguns locais da cidade. A erosão na margem do córrego do Monjolinho fez ceder a calçada na Curva do Joinha (avenida Francisco Pereira Lopes) e com isso foi necessário interditar uma faixa da via.
Na baixada do mercado municipal, centro comercial da cidade, a única ocorrência foi na rua Episcopal no trecho entre as ruas Geminiano Costa e Santa Cruz, já atingido pela chuva do dia 12 de janeiro e que ainda permanecia interditado. “No local o SAAE já refez todas as ligações de água e esgoto. Na sequência refizemos três galerias de águas pluviais e estávamos aguardando parar de chover para aplicar a última camada de asfalto. Agora vamos ter que refazer a capa, para depois, sem chuva, pavimentar o trecho”, explica Mariel Olmo, secretário de Serviços Públicos.
Olmo disse, ainda, que o prefeito Airton Garcia liberou mais R$ 1 milhão de recursos do próprio município para serviços e pequenas obras emergenciais para amenizar os impactos das enchentes. “Na curva do Joinha, na avenida Trabalhador São-Carlense, já iniciamos a contenção dos taludes nas margens do córrego Monjolinho para segurar a erosão. Na Episcopal continuamos trabalhando também, inclusive neste fim de semana”.
A Rotatória do Cristo, Pontilhão da Praça Itália, Rotatória do CDHU, Pontilhão da Travessa 8, sofreram com alagamentos, porém a água baixou e as equipes da Prefeitura realizaram a limpeza desses locais com a liberação do trânsito.
De acordo com a Defesa Civil de São Carlos não foi registrada nenhuma vítima. “Será um mês muito chuvoso, com bastante volume de água nas cabeceiras dos córregos. Nesta quinta tivemos dois períodos críticos, à tarde e depois à noite, ultrapassando 50% do previsto para todo mês de fevereiro. Pedimos para que as pessoas evitem as áreas de risco e que se cadastrem na Defesa Civil do Estado para receber os alertas. Basta cadastrar o seu Código de Endereçamento Postal (CEP), por SMS, pelo 40199”, alerta Pedro Caballero, diretor da Defesa Civil.
Caballero se reuniu na manhã desta sexta-feira (7/2), em São Paulo, com representantes da Defesa Civil do Estado, para verificar o andamento do relatório com o diagnóstico das últimas chuvas com pedido de recursos para obras de reconstrução. No último dia 29 de fevereiro foi publicado no Diário Oficial do Estado o Decreto Nº 64.767, homologando por 180 dias, o Decreto Municipal Nº 3, de 14/01/2020, que declarou situação de emergência em áreas do município de São Carlos.
As obras de prevenção não vão entram nessa análise, somente obras de reestruturação e restabelecimento dos serviços essenciais. O próximo passo é o reconhecimento federal da situação de emergência. Nesta segunda-feira (10/02) o prefeito Airton Garcia se reúne com o vice-governador, Rodrigo Garcia, às 11h, no Palácio dos Bandeirantes.
Com recursos próprios e emergencialmente a Prefeitura contratou até o momento somente duas empresa, uma no valor de R$ 300 mil, para recuperar a rua Episcopal, no centro comercial da cidade e outra no valor de R$ R$ 43.889,17 para a execução de muro de divisa, canaletas para águas pluviais e reparos no Cemitério Municipal Nossa Senhora do Carmo e no e no Ecoponto do Jardim Medeiros.
O município também já assinou um Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC) para a construção de um piscinão na região da CDHU com recursos de contrapartida de uma construtora. O projeto já está pronto e o reservatório de retenção de águas pluviais, conhecido também como piscinão, vai começar a ser construído ainda no mês de março, com previsão de execução em até 120 dias, um investimento de R$ 1.231.076,00.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Comissão Permanente de Licitações, realizou no último dia 31 de janeiro, a segunda sessão publicam referente a Concorrência Pública N.° 01/2019, do tipo maior proposta de repasse de recursos, objetivando a outorga, em caráter de exclusividade, da concessão a título oneroso de serviço público de administração, manutenção e operação do Pátio Municipal, com recolhimento e guarda de veículos automotores apreendidos em razão de infração à legislação de trânsito e objeto de crime e ainda, a preparação e organização de leilões públicos.
Em outubro do ano passado, quando da realização da primeira sessão, oito empresas protocolaram propostas e apresentaram os envelopes, na forma prevista no Edital, porém diante da necessidade de avaliação da capacidade técnica dos licitantes, confrontando os atestados apresentados por eles com as exigências do Edital, a Comissão Permanente de Licitações decidiu encerrar a primeira etapa do processo, encaminhando a documentação para avaliação da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito.
Os envelopes com as propostas comerciais dos licitantes ficaram custodiadas pela Comissão, devidamente lacrados e inviolados. No último dia 31 de janeiro o processo teve continuidade com a abertura dos envelopes de proposta das quatro licitantes habilitadas. Foram abertos os envelopes e extraídos os seguintes percentuais de repasse: Armatrans (27,5%), Trintin (25%), Alves e Yoshiy (21,2%) e MR3 (8,5%).
Pela necessidade de se avaliar a viabilidade e exequidade dos percentuais propostos e os cálculos de receitas e custos apresentados, de acordo com o exigido no Edital, a Comissão decidiu suspender a sessão, encaminhando a documentação para análise e manifestação da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito, após o que será dada continuidade ao procedimento.
Pátio Municipal - O depósito de veículos acontecerá em área pública, pertencente ao município de São Carlos que está localizada na Estrada Municipal Cônego Washington José Pêra - km 2,5, com uma área aproximada de 28.000 m2. A contratada deverá iniciar a administração, operação, manutenção e a exploração de estadia de recolhimento de veículos do Pátio Municipal em 60 dias após prévia vistoria em conjunto com a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito e mediante ordem de serviço específica, compreendendo a administração e o gerenciamento de todas as atividades pertinentes, em especial o recebimento e liberação dos veículos apreendidos e a cobrança decorrente da estadia dos veículos.
Em até 12 meses a empresa vencedora deve providenciar a construção de 1.480 m2 de muro de fechamento e fazer a readequação hidráulica e elétrica da sala administrativa. Em até 3 meses deve implantar sistema de monitoramento por câmeras.
A tarifa a ser aplicada pela movimentação no Pátio Municipal de São Carlos será calculada através do percentual de 70% do valor estabelecido pela Lei nº 15.266, de 26 de dezembro de 2013 que dispõe sobre as tarifas aplicadas pelo Detran/SP, conforme prevê a Lei Municipal nº 18.924 de 07 de dezembro de 2018.
Confira os valores conforme tabela do Detran/SP:
Tipo | Valor Detran/SP | Valor São Carlos
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Estadia Motos e Carros | R$ 29,18 | R$ 20,43 |
Estadia Caminhões e ônibus | R$ 29,18 | R$ 20,43 |
Guincho para Motos e Carros | R$ 291,83 | R$ 204,28
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Guincho para Caminhões e Ônibus | R$ 291,83 | R$ 204,28
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