SÃO CARLOS/SP - O vereador Azuaite Martins de França (Cidadania) presidiu na noite desta segunda-feira (9) a primeira de uma série de quatro audiências públicas para discussão da política de drenagem no município. A série reunindo especialistas no assunto e autoridades municipais tem iniciativa da Câmara e Fórum Municipal Permanente de Planejamento de Políticas Públicas.
No primeiro painel, dois palestrantes, os engenheiros José MárioFrasnelli, Paulo Vaz, que discorreram sobre projetos de macrodrenagem e microdrenagem em São Carlos.
Estiveram presentes à audiência secretários municipais e representantes do SAAE, Prohab São Carlos, Secretaria da Educação, Defesa Civil, IAU-USP, UFSCar, OAB Associação de Moradores e Amigos dos Jardins (Amor).
O secretário João Muller falou na abertura do evento enaltecendo a proposta do vereador Azuaite, para que exista um planejamento de longo prazo para o combate às enchentes e defendeu a destinação de recursos orçamentários de forma impositiva para investimento em obras nessa área. Muller lembrou que muitos projetos são feitos e depois esquecidos, citando que o plano municipal de saneamento, de 2013, prevê o gerenciamento da drenagem urbana.
O engenheiro José Frasneli fez uma exposição sobre os problemas de vazão no canal do córrego do Gregório até a rotatória do Cristo. Apontou várias irregularidades existentes nesse trecho e também com relação ao córrego Simeão, que passa pelo centro de São Carlos, sob uma região onde existem estabelecimentos comerciais e industriais. Comentou a gravidade dos problemas que ocorrem nessa área e, quanto ao planejamento de obras, informou que um projeto chegou a ser aprovado no âmbito do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
O engenheiro Paulo Vaz fez uma apresentação complementar à fala de Frasneli sugerindo medidas mitigadoras para a questão, apontando como agravante a ocupação indevida dos fundos de vale. Exibindo ao plenários fotos demonstrativas das áreas mais críticas, referiu-se aos trechos do Gregório na baixada do Mercado e a confluência dos córregos Monjolinho e Gregório. Apontou a falta de sistemas de microdrenagem, como na região norte (bairro Tijuco Preto), que chega a alagar o viaduto sobre a avenida Trabalhador São-carlense. Defendeu a sustentabilidade da bacia hidrográfica com legislação de uso do solo, projetos sustentáveis, canal de informação à população e uma política de manejo das águas urbanas.
Durante a audiência pronunciaram-se na tribuna Julio Cesar Alves Ferreira, presidente da Prohab, Pedro Caballero, diretor da Defesa Civil, engenheiro José Antonio Zerbetto, do SAAE, a professora Luciana Shenk, do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP, o vereador Chico Loco e o arquiteto da Secretaria de Habitação, Paulo Tauyr.
Azuaite encerrou a audiência, que teve duração de duas horas e meia, assinalando que o evento contemplou as expectativas dos participantes, que convidou para as próximas audiências, ainda por ser agendadas. “Vamos tocar em outros diferentes aspectos da discussão e formular propostas em conjunto com a sociedade civil para a busca de recursos a partir de projetos e a efetiva realização de obras”.