RIO DE JANEIRO/RJ - O juiz Marcello de Sá Baptista, do Plantão Judicial no Rio de Janeiro, negou o pedido feito pelo Ministério Público estadual (MPRJ) e manteve a realização de cultos ministrados pelo empresário e pastor Silas Malafaia em meio à pandemia de coronavírus.
Nesta quarta-feira (18), Malafaia desafiou as recomendações do Ministério da Saúde de evitar aglomerações e disse que não vai cancelar cultos e nem fechar igrejas em razão da pandemia de coronavírus. “Coronavírus! Querem fechar as igrejas que sou pastor? Recorram à justiça”, publicou nas redes sociais.
Na decisão, o juiz afirma que, “o direito à participação em cultos religiosos não foi afastado, até o momento, através do Decreto do Estado do Rio de Janeiro, que constitui um dos fundamentos do pedido [do MPRJ]”
Ao deliberar sobre o pedido, o magistrado também afirmou que “naturalmente, todos os cidadãos deveriam seguir as recomendações previstas, para que seja contida a transmissão em massa do vírus, que provoca a Covid-19”.
Crédito ou débito
Cerca de 350 pessoas participaram de um culto promovido por ele na noite de quarta-feira na Assembleia de Deus Vitória em Cristo de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Logo no começo da pregação, Malafaia disse: “Querendo ofertar crédito ou débito, que Deus te abençoe e te multiplique”. Auxiliares distribuíram ao público um papel, onde estava escrito: “Semente para uma colheita abençoada”. Na parte interna, havia um espaço para que os fiéis colocassem nome, pedido de oração e um valor para doação.
Com sua imagem reproduzida em dois telões, Silas Malafaia dedicou a pregação às orientações sobre o novo coronavírus. “Nós não obrigamos ninguém a vir ao culto. O conselho que dou é que as pessoas de idade, mesmo que não tenham tosse ou febre, fiquem em casa”. Mas também incentivou os fiéis a irem à igreja. “Aqui, é o lugar de maior proteção que pode existir”.
*Por: REVISTA FÓRUM