SÃO PAULO/SP - As polícias Civil e Militar já prenderam, nos últimos dias, ao menos 32 pessoas que foram flagradas em diversas regiões do Estado comercializando medicamentos e/ou álcool em gel adulterado com promessa de combater o novo coronavírus, causador da doença COVID-19. Mais de 4 mil recipientes com produtos falsificados foram apreendidos.
Nesta quarta-feira (25), por exemplo, policiais civis se deslocaram até um imóvel na Rua Ferrador, no bairro Cidade Ipava, na zona sul da capital, onde estaria ocorrendo a comercialização de álcool em gel sem a devida procedência. No local, a equipe deteve um homem e apreendeu 120 frascos do produto (embalados e prontos para a venda).
Mais tarde, outra equipe localizou mais uma fábrica clandestina na Rua Estado do Amazonas, no Jardim Imperador, na zona leste da capital. Um homem foi abordado no local indicado por meio de uma denúncia e admitiu informalmente que misturava etanol com gel de cabelo. O produto era embalado em frascos para a comercialização.
Ocorrências
Nesta última terça-feira (24), quando começou a quarentena imposta pelo Governo do Estado, também foram realizados diversos flagrantes. Na capital, duas pessoas foram presas com 104 frascos de álcool em gel adulterados. Também foram apreendidas embalagens com cloro e água sanitária.
Em Santo André, na Grande São Paulo, a Polícia Civil apreendeu diversos frascos sem rótulos e galões com álcool em gel em uma fábrica clandestina. Um homem foi detido no local. Outra fábrica clandestina, nos mesmos moldes, foi fechada em Taboão da Serra e um empresário foi preso.
Em São Bernardo do Campo, também na região metropolitana de São Paulo, um homem e uma mulher foram detidos com 158 frascos de álcool em gel, que estavam com rótulo sem indicação obrigatória e erros ortográficos. Além disso, o CNPJ da empresa constava como não existente.
No interior do Estado, em Nova Odessa, outra fábrica clandestina foi encontrada. Durante diligências no local, oito pessoas foram presas e mais de 2 mil litros de álcool foram apreendidos. Já em Sumaré, um químico foi preso em um barracão que fabricava álcool clandestinamente – foram apreendidos 250 galões e mil litros da substância.
No último domingo (22), a Polícia Militar descobriu uma chácara onde era embalado álcool em gel para ser comercializado na estrada que liga Mirassol a Ruilândia. Na ocasião, dois homens foram detidos e mais de 3 mil embalagens e quatro tambores com a substância, possivelmente adulterada, foram apreendidos.
Durante uma ação preventiva na cidade de Hortolândia, a Polícia Militar prendeu um homem e recuperou, no último sábado (21), um caminhão carregado com álcool em gel – o material foi avaliado em R$ 47 mil. O flagrante aconteceu próximo ao km 108 da Rodovia dos Bandeirantes.
Flagrantes
Outro flagrante aconteceu em 20 de março, quando uma equipe da Polícia Civil prendeu seis homens durante operação para combater a venda de álcool em gel possivelmente adulterado. Foram confiscados mais de 200 tubos e frascos da substância que seria comercializada por vendedores ambulantes na capital.
Em três ações distintas no dia 19 deste mês, as polícias Civil e Militar recolheram mais de 300 embalagens de substâncias semelhantes a álcool em gel que eram comercializadas de forma irregular. Outros objetos relacionados também foram recolhidos. As apreensões aconteceram no centro da capital.
Em 18 de março, a Polícia Civil prendeu um farmacêutico que se passava por médico e oferecia remédio contra a COVID-19. A ação aconteceu em Álvares Machado, onde foram apreendidos jaleco, mural, fórmulas matemáticas e diversos frascos, etiquetas e embalagens.
Em Franca, uma família foi vítima de um golpe relacionado ao coronavírus, no último final de semana. Os criminosos, que ainda não foram identificados, entraram em contato para oferecer um teste para o novo vírus, mas pediram R$ 4,9 mil como pagamento e a família depositou o dinheiro.
As polícias seguem em diligências para prender os criminosos envolvidos com o comércio irregular de materiais relacionados ao combate do coronavírus e combater a venda de substâncias falsificadas. As autoridades de segurança alertam a população para que não adquira produtos sem a procedência confirmada.