SÃO PAULO/SP - As fortes chuvas que atingiram a capital paulista desde a madrugada desta última 2ª feira (10) devem causar prejuízos na casa de R$ 110 milhões para o comércio da região. A estimativa é da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) do Estado de São Paulo.
O cálculo leva em conta setores sensíveis à compra por impulso, como supermercados, farmácias, vestuário, lojas de artigos esportivos e de livros e revistas.
Prejuízo do dia em relação ao mês
A Fecomércio-SP informou que esse montante de R$ 110 milhões representa 11% de tudo o que o varejo das 4 regiões vende, em média, por dia no mês de fevereiro –ou 0,4% das vendas de 1 mês.
A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) teve de parar as atividades nesta 2ª feira em decorrência dos alagamentos. O prejuízo no local deve chegar em torno de R$ 21 milhões. O faturamento anual da companhia é de aproximadamente R$ 7,8 bilhões.
A federação destaca que as chuvas e as enchentes não devem ter impacto sobre os preços –na inflação–, como houve durante a greve dos caminhoneiros, em maio de 2018.
Associação diz não ser possível calcular
Segundo Marcel Solimeo, economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), “no comércio, as compras por impulso praticamente desaparecem, já que as pessoas só sairão de casa para compras urgentes”.
Para ele, no entanto, “os prejuízos no comércio ainda não podem ser calculados, pois as ocorrências são recentes”.
O economista explica que, além do prejuízo nas vendas, os comerciantes podem ter que contabilizar danos físicos nos estabelecimentos e colocar na conta 1 dia perdido dentro de 1 mês que já é curto e que ainda conta com o feriado de Carnaval. Segundo ele, o setor de bares e lanchonetes também fica bastante comprometido.
*Por: PODER 360