SÃO CARLOS/SP - A Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias da Secretaria de Saúde de São Carlos, alerta a população para o procedimento em caso de aparecimento de animais peçonhentos, como escorpiões, comuns nesta época do ano. Os escorpiões injetam veneno por um ferrão na ponta da cauda, por isso algumas dicas são fundamentais para evitar acidentes e a presença do animal.
No Estado de São Paulo existem em três espécies de escorpiões de importância médica: o Tityus serrulatus, ou escorpião amarelo, o mais prevalente, que causa o maior número de acidentes e os de maior gravidade. Tityus bahiensis, ou escorpião marrom, também com potencialidade de causar acidentes graves, porém em menor frequência.
“Em 2019 tivemos 42 acidentes com escorpiões, porém todos considerados leves, sem necessidade de uso do soro. Este ano, 2020, só em janeiro, foram 10 acidentes, 9 com pessoas de São Carlos e uma de Ibaté, já que a Santa Casa é referência no atendimento a casos que envolvam animais peçonhentos na região.
Dos 10 acidentes notificados, em apenas um caso houve necessidade da utilização do soro antiescorpiônico por tratar-se de uma criança de quatro anos. A equipe da Santa Casa prestou toda a assistência e a criança encontra-se saudável”, conta Luciana Marchetti, supervisora da Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias.
A médica veterinária alerta que é impossível exterminar o aracnídeo e as medidas que visam o controle e a prevenção de acidentes (picadas) são baseadas em manejo ambiental e adoção de barreiras físicas que impeçam o acesso dos escorpiões ao interior das edificações. O manejo ambiental consiste em eliminar condições favoráveis à permanência e esconderijos para os animais. Portanto, é fundamental eliminar madeiras, tijolos, telhas e todo o tipo de resíduos dos quintais. “Medidas constantes de limpeza ajudam a tornar o ambiente desfavorável ao aparecimento de escorpiões. Vedar com telas os ralos também é uma forma de prevenir que os escorpiões tenham acesso às casas pela rede de esgoto. Outra dica importante é sempre limpar e guardar os brinquedos das crianças que ficam dentro ou fora de casa. Assim como sacudir todos os calçados antes de usá-los”, frisa Luciana Marchetti.
No Estado de São Paulo existem em três espécies de escorpiões de importância médica: o Tityus serrulatus, ou escorpião amarelo, o mais prevalente, que causa o maior número de acidentes e os de maior gravidade. Tityus bahiensis, ou escorpião marrom, também com potencialidade de causar acidentes graves, porém em menor frequência. Tityus stigmurus, conhecido como escorpião amarelo do nordeste, assemelha-se ao Tityus serrulatus nos hábitos e na coloração, porém seu tronco é claro e amarelo, apresentando uma faixa escura longitudinal na parte superior, seguido de uma mancha triangular na região frontal da carapaça. Tem sido responsável por poucos acidentes.
A picada do escorpião provoca muita dor no local e podem ocorrer reações como náusea, vômito, suor em excesso, sonolência e tremores, além de outros. Esses sintomas podem aparecer logo após a picada ou até em algumas horas depois do acidente.
Vale ressaltar que os casos de acidentes devem ser encaminhados à Santa Casa de São Carlos o mais rápido possível já que é o local preparado e com todo o protocolo de atendimento para essas situações. Os acidentes estão classificados em três níveis: leves, moderados e graves. Os leves são os mais comuns e representam 95% dos casos.
Outras informações, denúncias ou orientações podem ser obtidas na Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias da Secretaria de Saúde pelo telefone (16) 3307 7405.