Segundo a FecomercioSP, setor encerrou o mês com queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2017
ARARAQUARA/SP – O comércio varejista na região de Araraquara fechou 70 postos de trabalho em setembro, resultado de 2.364 admissões contra 2.434 desligamentos. Nos nove primeiros meses do ano, o setor eliminou 1.064 vagas com carteira assinada, e, no acumulado dos últimos 12 meses, 197 vínculos foram encerrados. Com isso, o varejo da região araraquarense finalizou o mês com estoque ativo de 66.750 trabalhadores formais, queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2017.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Das nove atividades analisadas, seis sofreram retração no estoque de trabalhadores formais no comparativo com setembro de 2017, com destaque para lojas de vestuário, tecidos e calçados (-3,6%); autopeças e acessórios; e outras atividades (ambas com -2,4%). Por outro lado, os segmentos de lojas de móveis e decoração (3%) e supermercados (2,3%) apontaram as maiores altas na mesma base de comparação.
Desempenho estadual
Em setembro, o comércio varejista no Estado de São Paulo voltou a abrir novos postos de trabalho pelo segundo mês consecutivo. No período, foram criados 3.554 empregos formais, resultado de 72.620 admissões e 69.066 desligamentos. Foi o melhor saldo para setembro desde 2013. Com esse desempenho, o setor encerrou o mês com um estoque ativo de 2.067.721 vínculos empregatícios, leve alta de 0,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses, o saldo voltou a ficar positivo após quatro meses de baixas, com 1.764 vagas abertas.
No comparativo anual, quatro das nove atividades analisadas apontaram crescimento do estoque de empregados em relação ao mesmo mês do ano anterior, com destaque para os segmentos de farmácias e perfumarias (2%) e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (1,9%). Por outro lado, os setores de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-2%), lojas de móveis e decoração (-1%) e materiais de construção (-1%) sofreram as maiores quedas na mesma base comparativa.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, após impactos negativos da greve dos caminhoneiros entre maio e julho, o varejo paulista realmente retoma seu processo de geração de vagas neste segundo semestre.
Para a Entidade, o período alcançou bom resultado em virtude da injeção de parte do décimo terceiro salário de aposentados e pensionistas e da preparação das atividades para o Natal. Além disso, as permanências de uma inflação reduzida, queda nos juros e a melhoria gradual no nível do emprego parecem consolidar um cenário de sustentação quanto ao consumo das famílias, refletindonas vendas e também nos investimentos em mão de obra formal.
Região de Araraquara
Américo Brasiliense, Analândia, Araraquara, Boa Esperança do Sul, Borborema, Cândido Rodrigues, Corumbataí, Descalvado, Dobrada, Dourado, Fernando Prestes, Gavião Peixoto, Ibaté, Ibitinga, Ipeúna, Itápolis, Itirapina, Matão, Monte Alto, Motuca, Nova Europa, Pirangi, Pirassununga, Porto Ferreira, Ribeirão Bonito, Rincão, Rio Claro, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Ernestina, Santa Gertrudes, Santa Lúcia, Santa Rita do Passa Quatro, São Carlos, Tabatinga, Tambaú, Taquaritinga, Trabiju, Vista Alegre do Alto.
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; supermercados; e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).