fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

Pesquisadores do IFSC/USP e seus parceiros criam biossensor que detecta preditivamente o HPV-16

Escrito por  Nov 06, 2018

SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do IFSC/USP, em estreita parceria com colegas do Hospital de Câncer de Barretos, da Universidade Estadual de Maringá (PR) e da Escola de Saúde da Universidade do Minho (Portugal), desenvolveram um biossensor que é capaz de detectar o denominado HPV-16 no corpo humano.

O HPV - Vírus do Papiloma Humano - é responsável por um elevado número de infecções, que normalmente são assintomáticas e de regressão espontânea, enquanto outros tipos de HPV têm sido associados a câncer nos órgãos genitais, quer em homens como em mulheres. Estes casos são considerados de “alto risco”, podendo evoluir para câncer de cabeça e pescoço, que aparece na garganta, traqueia, faringe, laringe, boca, língua etc., cuja gênese começa com a mutação de células.

Andrey Coatrini Soares, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (USP), é o autor principal do artigo científico publicado recentemente na revista ACS Applied Materials and Interfaces e que aborda a criação do citado biossensor. “Toda a equipe trabalhou de forma diligente nas diversas frentes de uma pesquisa multidisciplinar, tendo em vista o resultado final”, relata Andrey. “Uma das contribuições mais importantes originou do Hospital de Câncer de Barretos, que, através de amostras extraídas de pacientes com o HPV-16, conseguiu construir uma sequência de DNA, fundamental para o resto do trabalho”, pontua nosso entrevistado.

O novo biossensor é constituído por um filme nanoestruturado que possui dois polímeros naturais biocompatíveis e biodegradáveis – a quitosana e o sulfato de condroitina, sendo que este último é um dos componentes do tecido cartilaginoso presente nos seres humanos. “Esse filme  também é composto por uma sonda, que é uma sequência de bases nitrogenadas complementares à sequência de DNA acima descrita. Quando o filme entra em contato com uma célula infectada com o HPV-16 é gerado um sinal elétrico, a partir do qual se detecta que a pessoa tem altíssimas chances de desenvolver algum câncer de cabeça/pescoço no futuro. Esse diagnóstico serve de alerta para o paciente fazer um tratamento e evitar esse tipo de câncer”, elucida Andrey, que acrescenta que essa detecção pode acontecer muitos anos antes de o câncer se manifestar.

A ideia é que este biossensor possa fazer parte, no futuro próximo, do conjunto de equipamentos tradicionais que existem em hospitais e consultórios médicos para utilização cotidiana. O resultado de um exame feito com este novo biossensor demora cerca de dez minutos, prevendo-se que tenha um custo muito baixo.

Segundo o Professor Osvaldo Novais de Oliveira Jr, o processo de patenteamento deste biossensor, junto da Agência USP de Inovação, será iniciado em breve. O próximo passo da equipe é desenvolver outro biossensor para detecção preditiva do HPV-18, vírus muito agressivo que é responsável pelo aparecimento de câncer nos órgãos genitais femininos.

.

Última modificação em Terça, 21 Abril 2020 14:27
Henrique

Website.: https://www.cybernauta.com.br/
E-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Outubro 2025 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
    1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31    
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.