Rio de Janeiro/RJ - Muito simbólico que em plena Semana da Pátria, um repositório de raízes do Brasil tenha sido reduzido a cinzas. Como bem identificou o New York Times na primeira página, Negligência, depois Chamas. O Museu Nacional, instalado no Palácio Imperial onde moraram Dom João VI, Pedro I e Pedro II, é administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – que destina, pasmem, pouco mais de 500 mil por ano para manter um dos lugares mais importantes do País. O reitor, pasmem também, ainda tentou empurrar a responsabilidade para os bombeiros, que não encontraram água nos hidrantes do Palácio. O museu não tinha brigada contra incêndio nem equipamento anti-fogo. Por algum motivo, a UFRJ, que tem autonomia financeira e orçamentária, não deu ao Museu a atenção que ele merecia. Guardadas as proporções, é como se a Itália não desse importância a Florença.
Ainda não se sabe se foi um acidente ou um crime para encobrir um roubo. Mas crime foi, de qualquer forma, de lesa-pátria, de desleixo, de omissão. Um crime que destruiu patrimônio histórico, arquitetônico, científico e artístico do Brasil e da Humanidade. Destruiu algo que cada geração deveria legar às seguintes. As gerações atuais ficam devedoras desse vácuo entregue aos brasileiros de amanhã. Fico imaginando se esse crime de omissão fosse praticado na China – se alguém fosse responsável por acidente que destruísse os guerreiros de terracota no Mausoléu Imperial. Adivinhem qual seria a pena para a incompetência e negligência.
Com o miserê destinado ao mais importante museu do país, e ao Paço Imperial, não há como não fazer comparações. Pela Lei Rouanet, o dinheiro destinado a shows de artistas que não precisam de ajuda, a livros de poesia ou de fotografia, a exposições de gosto esquisito, soma quase 60 milhões de reais – o suficiente para manter o Museu, com base na proposta de orçamento da UFRJ, por 99 anos. Imaginem os milhões desviados pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; imaginem se as joias da mulher dele tivessem sido doadas para o Museu. Pois o repositório de raízes da nação mereceu menos que trocados dos corruptos condenados na Lava-Jato. O principal foi para sustentar folhas de pagamento inchadas e com poucos resultados.
O ministro da Educação disse que o Ministério “não medirá esforços para auxiliar a UFRJ a recuperar o Museu”. Recuperar o quê? Quando? No Juízo Final, quando ressuscitarem a nossa Luzia e as múmias? O presidente Temer, lembrando o Conselheiro Acácio, de Eça, chamou a tragédia de “perda incalculável” e o governo anunciou, esta semana, que o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica vão prover verbas para os museus e que o Itamaraty vai buscar ajuda externa, assim como vão chamar entidades empresarias e bancos privados para ajudar. Será que vão lembrar disso dentro de 30 dias? Toda essa saliva me faz lembrar de um velho samba: Agora é cinza; tudo acabado e nada mais.
*Texto escrito Por: Alexandre Garcia.
Alexandre é jornalista, apresentador e colunista político brasileiro.
São Paulo/SP – A cervejaria Ambev está de olho nos consumidores de menor renda. Dona de marcas como Skol, Brahma e Stella Artois, e de quase 70% do mercado nacional, a companhia não tinha atuação relevante no mercado de cervejas mais baratas. Agora lança a Nossa, uma cerveja feita de mandioca com preços até 40% menores que os da Skol.
A novidade é uma das apostas da companhia para sair do aperto em que vive o mercado de cervejas, espremido pela crise econômica. Mas a jogada está longe de ser previsível. “É inesperado. O mercado de cerveja está estagnado, e todos estão buscando produtos de maior valor agregado, como as puro malte”, afirma o consultor Adalberto Viviani, especializado no setor de alimentação e bebidas.
Por enquanto, a nova marca está disponível apenas em Pernambuco e busca um apelo regional – a embalagem da Nossa tem as cores da bandeira do estado nordestino e a mandioca usada na fabricação vem 100% de pequenos produtores locais. “Queríamos um produto que gerasse impacto social”, afirma Bruna Buás, diretora de marketing da Nossa. Toda a produção da Nossa é feita em Pernambuco, e é isso que permite que a bebida tenha preços tão competitivos, diz Buás. Outro fator que barateia o produto é opção de vendê-lo apenas em embalagens de vidro, com foco nas de 600 ml retornáveis, aponta relatório do Credit Suisse.
A ideia de usar a raiz veio da África, diz o banco. A companhia SABMiller, de origem sul-africana, foi comprada por 100 bilhões de dólares em 2016 pela AB Inbev, controladora da Ambev. E desde 2011 ela tem na África uma cerveja feita de cassava, a mandioca local. Por lá, a medida ajudou a combater bebidas clandestinas, diz o relatório.
Por aqui, pode ter papel importante na disputa de mercado no Nordeste. Na visão do consultor Adalberto Viviani, a jogada reforça a artilharia da Ambev em sua competição com a Heineken, dona da Schin, marca de preço baixo e grande penetração na região.
“Com a Nossa, a Ambev atende a um segmento de baixa renda, com apelo regional, e entra na boca do verão. Isso afeta os concorrentes”, afirma. A vantagem é que, com a nova marca, a fabricante consegue acirrar a concorrência sem comprometer suas marcas já consolidadas com uma redução de preço, analisa Viviani. Segundo o Credit Suisse, a Nossa tem sido vendida a preços até 10% mais baixos que os da Schin, da Heineken.
Viviani acredita que a estratégia pode pressionar a Heineken a mudar preços no Nordeste, inclusive com aumentos em outras cervejas mais premium, como forma de compensar a perda de margem na Schin. Além do preço competitivo, a Ambev aposta no apelo emocional. “Não lançamos produtos pensando nos concorrentes. Os pernambucanos são orgulhosos da cultura local. Nosso objetivo é ser mais um orgulho para esse povo e criar produtos com valor para o consumidor”, afirma a diretora de marketing da marca.
Pode até ser. Mas se conseguir abocanhar uma parte do consumidor fiel à marca popular da Heineken, tanto melhor. A cervejaria holandesa começou uma nova fase de expansão no país em fevereiro de 2017, quando comprou a Brasil Kirin, subsidiária brasileira da cervejaria japonesa Kirin. A compra alçou os holandeses à segunda posição no mercado nacional – ainda que longe, muito longe, da Ambev. A Heineken tem cerca de 19% do mercado nacional, ante 67% da Ambev.
Em relatório divulgado em junho o Bradesco BBI afirmou que até 2023 a Heineken poderia chegar a 25% de participação de mercado se valendo, sobretudo, de uma nova estratégia de distribuição. A empresa encerrou uma parceria com a Coca-Cola e tem investido para passar de 600.000 para 1 milhão de pontos de venda no país até 2021.
A Nossa não é o único lançamento recente da Ambev que tem como alvo a Heineken. No início do mês, a companhia lançou a Skol Hops para competir em outro segmento estratégico: o do puro malte.
*Por Mariana Desidério / EXAME.com
*Brenda Alcantara/Ambev/Divulgação
São Carlos/SP - A Polícia Militar recebeu uma denúncia em que na travessa 7 do Jardim Gonzaga, havia tráfico de drogas em uma residência.
Na noite desta última sexta-feira (21), os Cabos Alexsandro e Simone foram ao local informado e encontraram o suspeito na frente da casa, quando o indivíduo avistou a viatura o mesmo dispensou um pacote e correu.
No pacote havia drogas, e em averiguação pelo local foi encontrado 304 pedras de crack, 19 pinos, 1 celular, 1 balança de precisão, contabilidade e vários eppendorfs vazios.
A irmã do acusado foi encaminhada ao Plantão Policial e lavrado apenas a apreensão, a moça após depoimento foi liberada.
*Foto: Divulgação PM
Nova York/EUA - Uma funcionária esfaqueou três bebês em uma creche em Nova York nesta sexta-feira antes de cortar os próprios pulsos e ser levada sob custódia, informou a polícia.
A mulher não identificada, que também esfaqueou dois adultos no incidente no bairro de Queens, estava em condição estável, disse Juanita Holmes, chefe-assistente de patrulha do Departamento de Polícia de Nova York, em entrevista coletiva.
A polícia não tinha detalhes sobre um possível motivo.
A funcionária de 52 anos é acusada de esfaquear duas meninas e um menino, com idades entre três dias e um mês, segundo a polícia. Todos os três foram hospitalizados e estavam em condição grave, mas estável.
A mulher também esfaqueou um homem de 31 anos, que se acredita ser o pai de uma das crianças, e uma mulher de 30 anos no berçário noturno, conhecido como Mei Xin Care.
Uma faca de cozinha e um cutelo foram encontrados no local, segundo a polícia.
Holmes disse que nove crianças e vários pais estavam no local particular quando o ataque ocorreu.
Os dois adultos que foram esfaqueados vivem na casa, disse o porta-voz da polícia, Thomas Antonetti, acrescentando que a agressora trabalhava no berçário, mas não morava lá.
*Por Gina Cherelus/REUTERS
*Foto: REUTERS/Lloyd Mitchell
(Reportagem adicional de Brendan O'Brien em Milwaukee)
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