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Henrique

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Obra compartilha pesquisas desenvolvidas no âmbito da pós-graduação relacionadas à Libras

 

SÃO CARLOS/SP - "Você disse Libras? - O acesso do surdo à educação pelas mãos do intérprete de Libras" é o título do livro que está sendo lançado por Diléia Aparecida Martins Briega, docente do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e publicado pela Editora Letraria.
O livro nasceu da necessidade de compartilhar pesquisas desenvolvidas no âmbito da pós-graduação relacionadas à Língua Brasileira de Sinais. "A Língua Brasileira de Sinais [Libras] precisa ser aprendida por todas as pessoas, e o intérprete de Libras é um profissional que merece reconhecimento", defende a autora.
A obra é dividida em cinco capítulos: "Surdez, linguagem e educação escolar", "O intérprete de Libras na educação de surdos", "O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como via de acesso ao Ensino Superior brasileiro", "Análise das condições oferecidas aos surdos no Enem" e "Apre(e)ndendo com os dados do Enem".
O acesso do surdo ao Enem foi estudado pela autora durante seu doutorado, uma pesquisa financiada pelo Observatório de Educação (Obeduc-Capes) que analisou indicadores publicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). "O estudo abordou o desenvolvimento da pessoa surda, a apropriação da língua e do conhecimento escolar, o direito previsto para a realização de exames, a atuação do intérprete de Libras etc.", detalha Briega. De acordo com ela, os resultados indicam a necessária mudança do sistema educacional para que o bilinguismo seja vivido na prática. "Essa mudança começa na atitude das pessoas que se comprometem a aprender a Libras", conclui.
O livro impresso pode ser adquirido por meio deste link (https://bit.ly/3bWe5sH) ou pelos Whatsapp (16) 99713-2014 ou (16) 99743-8755. O e-book  "Você disse Libras?" foi lançado anteriormente e está disponível para download gratuito em www.letraria.net/voce-disse-libras.

SÃO CARLOS/SP - A ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos) informa o horário de funcionamento do comércio de rua (centro e bairros), durante as festividades do Carnaval 2020.

Nesta segunda (24) e quarta-feira (26), o comércio abrirá das 12h às 18h. E na Terça-feira de Carnaval, as lojas estarão fechadas.

O presidente da ACISC, José Fernando Domingues, o Zelão, ressalta que esses horários foram definidos em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), pelos sindicatos da categoria, e que a associação somente colabora no sentido de divulgá-lo, não interferindo na decisão dos calendários.

A ACISC também divulgou seus horários de funcionamento. Hoje (24) e terça-feira (25), a sede estará fechada. Na quarta-feira (26), o expediente funcionará a partir das 12 horas.

“Desejamos um bom Carnaval e esperamos que todos se divirtam com muita responsabilidade”, finalizou Zelão.

Para reclamações e/ou sugestões sobre o horário do comércio, pede-se entrar em contato diretamente com os sindicatos responsáveis.

Serviço:

HORÁRIO DO COMÉRCIO – CARNAVAL 2020

Dias 24 (segunda-feira) e 26 (quarta-feira), das 12h às 18h;

Dia 25 (terça-feira), FECHADO.

 

Confira o Horário do Comércio de São Carlos em nossas redes sociais: @aciscsaocarlos.

SÃO CARLOS/SP - O CARNA FUNK, programação especial para a juventude são-carlense e tem programação para este domingo (23), sobem ao palco a DJ Thamiris, Aline Braga, Caio Mania, Samba Topp e o DJ Vinni, das 20h às 01h 

Já na Praça da XV (Praça Doutor Christiano Altenfelder Silva), a festa será de muito samba, marchinhas e flashback de carnaval a partir 16h às 20h - Marchinhas de Carnaval e das 20h30 às 23h - Banda Vinil 78.

Hoje também tem folia nos distritos de Água Vermelha e Santa Eudóxia.

ÁGUA VERMELHA (RUA BELA CINTRA)

16h às 20h – DJ Tiago Costa

SANTA EUDÓXIA – RODOVIÁRIA

16h às 20h - Animação com DJ Bruno Tony.

RIO DE JANEIRO/RJ - Neste domingo (23) sete escolas vão passar pela Marquês de Sapucaí abrindo os desfiles do Grupo Especial, considerado a elite do carnaval carioca. Entre agremiações campeãs e vice-campeãs, carnavalescos experientes e estreantes e enredos questionadores, o público vai poder assistir temas diferentes que apresentam questões atuais e história.

Estácio

A primeira a entrar na Marquês de Sapucaí será a Estácio, que carrega a tradição, porque tem sua origem na Deixa Falar (apontada por especialistas, como a primeira escola de samba do Rio).

A vermelho e branco foi campeã no ano passado no grupo da Série A e ganhou o direito de voltar ao Grupo Especial. A escola que, em 1992, conquistou o seu único campeonato com Paulicéia Desvairada, 70 anos de Modernismo no Brasil, agora, no retorno, quer disputar o título com o enredo Pedra. Para isso, conta com a carnavalesca Rosa Magalhães, uma colecionadora de sete campeonatos pelo Império Serrano, Imperatriz Leopoldinense e Vila Isabel.

O texto do enredo indica que para o ser humano, a pedra representa a permanência do tempo. A história passa por Minas Gerais com a exploração de diamantes e outras pedras preciosas sob o controle da Coroa Portuguesa. Dentro do enredo essas foram as primeiras pedras que o país trilhou.

Na sequência, ainda em Minas, um destaque para o poeta Carlos Drummond de Andrade, que nasceu e cresceu em Itabira. Do seu quarto, gostava de observar o perfil montanhoso do lugar. Ele não é o único, o enredo lembra ainda de outro mineiro, o escritor Guimarães Rosa. O enredo passa também pela Serra dos Carajás, que recebeu o nome de seus antigos moradores: os índios Carajás. No encerramento, uma lasca coletada na Lua conduz a história para mostrar que a Terra vista de longe é azul, mas questiona: Até quando?

A carnavalesca está confiante na recepção do público. “Divirtam-se bastante. O carnaval é um mistério. Acredito que o povo é que vai dizer se gostou ou não gostou. Mas acho que vão gostar”, disse Rosa para quem a mensagem do enredo será interpretada conforme o ponto de vista de cada pessoa. A colecionadora de títulos completou que todas as escolas querem ganhar. “Pode perder ocasionalmente, mas não é a vontade de ninguém lá dentro”, concluiu.

Viradouro

A segunda na avenida será a vermelho e branco de Niterói, que foi vice-campeã no ano passado, depois de ter subido da Série A em 2018, e vem em 2020 com o enredo Viradouro de Alma Lavada, desenvolvido pelos carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon. A agremiação vai exaltar este momento de ascensão, mas também a força Bando das Ganhadeiras, lavadeiras de Itapoã, na Bahia, que, musicalmente, resgatou a memória de suas ancestrais.

“A Marquês de Sapucaí pode esperar uma baianidade diferente com uma estamparia exclusiva, surpresas e espetáculos. Apesar de ser um enredo regional com uma densidade cultural é mais do que trazer à luz personagens que se identificam com a brasilidade”, revelou Zanon à Agência Brasil.

Toda mulher brasileira em sua essência é ganhadeira! É assim que aponta o texto de apresentação do enredo. A essência está presente na representação do sistema de ganhos das lavadeiras que com os seus trabalhos conseguiam o dinheiro para comprar a alforria dos seus parceiros e para o sustento familiar.

“É uma história de empoderamento feminino e com uma mensagem positiva sobre a superação da mulher, nesse momento em que ela ocupa seu espaço em todos os âmbitos da sociedade”, disse.

Mangueira

É com o enredo A Verdade vos Fará Livre, que a Estação Primeira de Mangueira quer conquistar o bicampeonato. A verde e rosa vai trazer como personagem principal Jesus Cristo e mostrar que ele nasceu pobre, deu a sua face mais amorosa aos que lhe viraram as costas, separou o joio do trigo, semeou terrenos férteis, exaltou os humildes e condenou o acúmulo de riqueza.

Vai mostrar também que Jesus se insurgiu “contra o comércio da fé e desafiou a hipocrisia dos líderes religiosos de seu tempo”. O carnavalesco Leandro Vieira, que já tem dois campeonatos pela escola, que será a terceira a desfilar, indicou no texto de apresentação do enredo as questões enfrentadas por Jesus. “Questionou o poder do império romano e condenou a opressão. Seu comportamento pacifista e suas ideias revolucionárias inflamaram o discurso dos algozes que passaram a incitar o estado a decretar sua sentença. O fim todos sabemos: Foi torturado, padeceu e morreu”.

Para o carnavalesco, o enredo não é religioso e diante de tanta importância, Jesus não pode ser representado de maneira única, quando preso à cruz. Cada setor da escola vai trazer uma representação diferente. “Ser um, exclui os demais. Preso à cruz, ele é a extensão de tantos, inclusive daqueles que a escolha pelo modelo ‘oficial’ quis esconder. Sendo assim, sua imagem humana não pode ser apenas branca e masculina”, apontou.

A ressurreição seria no Morro da Mangueira e assim poderia ser saudado pelo povo. "Louvaríamos sua presença afetuosa com samba e batucada. Vestiríamos todos nossa roupa mais cara. Aquela de paetês e purpurina. De cetim com joias falsas. Desfilaríamos diante dele e, em seu louvor, instauraríamos a lei que rege nossos três dias de folia. Sem pecado, irmanados e em pleno estado de graça”, indicou o carnavalesco.

A conclusão é com os integrantes, acompanhados de Jesus, descendo o morro para desfilar explicando que a cruz pesada carregada como fardo ao longo do ano é tirada das suas costas no carnaval. “Ele sorri para a baiana que desce para se apresentar. Ele acena com a mão direita para a passista que amarra a sandália, enquanto a mão esquerda dá a benção para o ritmista que rompe o silêncio com a levada de seu tamborim.

E no recado final, Jesus pede para que toda essa gente que brinca anuncie enquanto canta sorrindo: A verdade vos fará livre.

Paraíso do Tuiuti

Com o enredo O Santo e o Rei: Encantarias de Sebastião, a azul e amarelo do Morro do Tuiuti vai levar para o Sambódromo a história cruzada entre a lenda do rei dom Sebastião e o santo que é padroeiro e defensor da cidade do Rio de Janeiro e da escola. O carnavalesco João Vitor Araújo, que esteve à frente de escolas da Série A, agora tem a responsabilidade de desenvolver o enredo de uma agremiação do Grupo Especial.

A Tuiuti vai lembrar que o nascimento de dom Sebastião, em 20 de janeiro, é a mesma data de São Sebastião. A escola que nos últimos anos marcou os seus desfiles por questões políticas, em 2020 quer mais descontração. Abençoado, o rei parte em conquistas e nas águas sagradas teve a sua lenda difundida.

Saído de Portugal chega ao Maranhão. “Assim, na crença, na magia e nos cânticos, o Rei foi coroado no couro do tambor. Dançou com os deuses, macerou as ervas e bebeu dos segredos das matas. Incorporou-se aos cultos afro-ameríndios.

Entranhou-se, em alumbramento, na alma dos cantadores e poetas populares. Da sua capa real, ornada de brilho e sonho, veio a inspiração para tecerem as vestes do bumba-meu-boi”, diz o texto do enredo.

Conforme o texto, a cidade do padroeiro, de João Gustavo Melo, inspirado no poema O Rei que Mora no Mar, de Ferreira Gullar e nas Encantarias e Brasilidades de Luiz Antônio Simas, o povo, senhor de si, enfim desencantado e despertado na bravura do rei, arrancará as flechas do peito do padroeiro [a imagem de São Sebastião, mostra o mártir ferido por fechas]. “Sebastião, enfim, há de restaurar o que lhe é devido: O trono do Rei e o altar do Santo. E a paz enfim triunfará na cidade cansada de tantas batalhas…Mas nunca da luta!”.

Grande Rio

A vermelho, verde e branco de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, vem perseguindo o título há muito tempo e esse ano renova as esperanças com Tata Londirá – O Canto do Caboclo no Quilombo de Caxias. O enredo faz homenagem a Joãozinho da Gomeia.

Nascido na Bahia, o dançarino conhecido como o Rei do Candomblé, fixou seu terreiro em Caxias, um dos mais respeitados na cultura de origem africana. Lá recebeu até políticos e lutava contra a intolerância religiosa.

E é isso também que a Grande Rio quer mostrar na avenida. O enredo desenvolvido pelos carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad, que também são do grupo de estreantes na elite do carnaval carioca, no seu texto de apresentação indica esta intenção. Destaca ainda a participação de Joãozinho na luta contra os preconceitos.

“É com as bênçãos dos deuses apregoados que o Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio, nas águas correntes do sonho, levará ao asfalto sagrado uma história dos Brasis profundos. Um olhar para o nosso passado e para o legado de um líder negro, homossexual e nordestino, bailarino que ousou dançar com o poder instituído e enfrentou, queixo alto e voz potente, as navalhas do preconceito”.

União da Ilha

A azul, vermelho e branco da Ilha, a sexta a entrar na Passarela do Samba, costuma fazer desfiles descontraídos e empolgados. Neste ano, passará na avenida com um enredo de nome comprido. Nas encruzilhadas da vida; entre becos, ruas e vielas, a sorte está lançada: Salve-se quem puder. Os carnavalescos são experientes Fran-Sérgio, que por muitos anos esteve na Beija-Flor, e Cahê Rodrigues na Grande Rio e Imperatriz Leopoldinense.

Para contar a história, o enredo destacou uma jovem mãe, negra, pobre, que pensa no futuro que poderá oferecer ao bebê que está sendo gerado em seu ventre. Com isso, a escola quer mostrar que ela é uma brasileira como milhões de outras mulheres vivendo em situação semelhante. Em um elo com o desfile, a mãe acredita que “a Escola de Samba também tem compromisso com a cidadania e que o Samba, com a sua magia, é capaz de operar verdadeiros milagres”.

A Ilha quer que o desfile desperte para a necessidade de a sociedade ser mais amiga e solidária. “Pode faltar arroz, feijão, leite, mas a amizade fala mais alto. Existe sempre um jeitinho de ajudar e ser ajudado. Um sorriso, uma palavra amiga, um olhar de ternura” indicou a escola na apresentação do enredo.

A boa convivência defende também a diversidade religiosa e a importância da fé. “Aqui, existem vizinhos que são do Santo, os que pregam as Sagradas Escrituras, os que louvam o Senhor sobre todas as coisas. Se falta de tudo um pouco, sobra fé. Graças a Deus!”

No fim da história, a mãe mostra que a comunidade se pertence e acaba virando uma irmandade. “É exatamente isso que eu preciso ensinar a esta criança que carrego aqui dentro: mesmo com todos os revezes que povoam o nosso cotidiano, carregamos uma obrigação – que, assim como o Samba, não se aprende no colégio: Amarás o próximo como a ti mesmo.

Portela

A azul e branco de Madureira e Oswaldo Cruz, a escola do Rio com o maior número de títulos (22), vai encerrar o primeiro dia de desfiles e pretende empolgar o público da Marquês de Sapucaí, com o enredo Guajupiá, Terra Sem Males, uma crítica ao homem que não soube dar valor às bênçãos criadas por Monã, o Deus dos Tupinambás no seu paraíso.

Os carnavalescos Renato e Márcia Lage, experientes no Grupo Especial, estão estreando na Portela com enredo que tem muita relação com o Meio Ambiente. A escola tradicional do carnaval do Rio mostrará o nascimento de um tupinambá, com seus ritos e tradições que deveriam garantir bons presságios. O berço em estilo de rede, ornamentado com unhas de onça e garras de águia, foi elaborado com a intenção de que nada de mal lhe acontecesse. Tudo acontece na Karióka, que conforme o texto de apresentação do enredo, é a lendária taba tupinambá, erguida ao lado da “paradisíaca baía de kûánãpará”, o seu Guajupiá. Depois conhecida como Baía de Guanabara.

O enredo diz ainda que “os tupinambás acreditavam que o homem tinha duas substâncias essenciais: uma eterna e outra transitória e ambas, o corpo e a alma, estavam ligadas”. A sabedoria era dos mais velhos que tinham a responsabilidade de repassar “oralmente as histórias, o saber, e as orientações do que deveriam fazer, aos ainda jovens, em cada fase de sua vida”. O enredo questiona ainda o que o homem fez do seu Guajupiá.

 

*Por: Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil

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