Jornalista/Radialista
BRASÍLIA/DF - O presidente Lula (PT) afirmou que o Brasil não estava preparado para enfrentar as queimadas que atingem diferentes regiões do país.
O presidente ainda sugeriu que os focos de incêndio podem ser decorrentes de ações orquestradas. Disse sentir um "oportunismo" de alguns setores que tentam criar confusão nesse país. Lula, no entanto, não descreveu quais seriam os setores e não apresentou nenhum indício sobre as supostas ações coordenadas.
"O dado concreto é que a mim parece muita anormalidade. Algumas coisas são as de sempre, corriqueira, que pega fogo. A seca é a maior dos últimos tempos, o calor também e está no mundo inteiro", declarou o presidente.
"Mas algo me cheira de oportunismo também, sabe, de alguns setores, tentando criar confusão nesse país. O que queremos é autorização para fazer as investigações, cumprir inquéritos, investigar, interrogar porque, sinceramente, se as pessoas estiverem cometendo esse tipo de crime a lei tem que ser exercida na sua plenitude", completou.
Lula reuniu chefes de outros Poderes e outras autoridades em uma reunião no Palácio do Planalto, para discutir um pacote de medidas contras as queimadas e incêndios florestais.
Participam os presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso; da Câmara dos Deputado, Arthur Lira (PP-AL); e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Também participam da reunião o procurador-geral da República, Paulo Gonet; o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Herman Benjamin; e o vice-presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministro Vital do Rêgo Filho; além de ministros do governo Lula.
O governo federal pretende apresentar depois da reunião um pacote de medidas para enfrentar os incêndios que atingem diferentes regiões do país, destruindo vegetação nativa e despejando fumaças das queimadas nas cidades.
Lula repetiu algumas vezes que não poderia "ainda" falar que são ações criminosos os focos de incêndio em diferentes partes do país, mas que há "indícios fortes". Disse que as ações talvez estejam ligadas com interesses políticos.
O presidente não apresentou nenhum tipo de provas para sustentar as suas acusações, em particular a respeito da suposta orquestração. Disse que um indício forte seria a prisão de 20 pessoas no Rio de Janeiro. Em outro momento, disse que visitou uma comunidade na Amazônia e no caminho de volta haviam colocado fogo como "provocação"
Lula também não citou nomes, mas acrescentou que "uma pessoa muito importante" na convocação dos atos do 7 de Setembro na avenida Paulista havia indicado que botaria "fogo no Brasil".
Essa reunião aqui é para tomar algumas atitudes que não estão previstas no nosso dia a dia hoje. Alguma coisa que as pessoas estão tentando, sabe, essa ação criminosa, sejam avisadas de que a gente não está para brincadeira. A gente vai levar muito a sério, porque esse país não pode [ser atingido dessa forma], possivelmente tudo isso seja por conta da COP30 aqui no Brasil, seja pela performance que o Brasil tem na discussão ambiental no mundo inteiro, talvez uma parte disso seja por interesses políticos", afirmou o presidente.
"A gente não sabe, não pode acusar, mas que há suspeita. É importante não deixar de dizer a vocês que uma pessoa muito importante na convocação do ato em setembro, na avenida paulista, utilizou a palavra 'vamos botar fogo no Brasil' ou o 'Brasil vai pegar fogo'. Isso tem na internet, vocês podem ver", acrescentou.
Lula também acrescentou que o país não estava preparado para enfrentar essas situações. E pediu um trabalho conjunto entre os Poderes para dotar os entes federados e as instituições de ferramentas para enfrentar novas crises climáticas.
"O dado concreto é que hoje, no Brasil, a gente não estava 100% preparado para cuidar dessas coisas. As cidades não estão cuidadas. Até 90% das cidades estão despreparadas para cuidar disso. Os estados são poucos o que estão com preparação, que têm defesa civil, bombeiro, brigadistas quase ninguém tem", afirmou.
Em sua fala, Arthur Lira defendeu que uma das linhas de ações deve ser para minar a atuação de organizações criminosas.
"Estamos com problemas climáticos sérios, mas estamos enfrentando problema iminente de organizações criminosas, inclusive no ateamento de fogo", afirmou.
A catástrofe climática também provoca uma severa seca na região Norte do Brasil, deixando rios inavegáveis e ameaçando o abastecimento de algumas cidades.
No último fim de semana, um incêndio destruiu parte do Parque Nacional de Brasília. A capital federal amanheceu nesta segunda-feira (16) coberta pela fumaça das queimadas.
Ainda no domingo (15), Lula e a primeira-dama Janja sobrevoaram a área consumida pelo fogo no Parque Nacional de Brasília.
A crise climática e o alastramento dos incêndios por diversas regiões do país vêm dando munição para a oposição, em particular a ala ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O argumento é de que o antecessor foi duramente criticado em 2020 por causa dos incêndios que destruíram parte do pantanal, mas agora prejuízo ambiental se mostra ainda maior.
BRASÍLIA/DF - Um levantamento realizado pelo portal Reclame Aqui em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revelou que a maioria dos brasileiros vê o horário de verão com bons olhos. A pesquisa, que consultou três mil pessoas, mostrou que 54,9% dos entrevistados são favoráveis à adoção da medida ainda em 2024.
Deste total, 41,8% dizem ser totalmente favoráveis ao retorno do horário de verão, e 13,1% se revelam parcialmente favoráveis. Ainda segundo o estudo, 25,8% se mostraram totalmente contrários à implementação; 17% veem com indiferença a mudança; e 2,2% são parcialmente contrários.
Os maiores índices de apoio foram observados nas regiões onde o horário era adotado: Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Sudeste, 56,1% são a favor da mudança, sendo 43,1% favoráveis e 13% parcialmente favoráveis.
No Sul, 60,6% são favoráveis, 52,3% totalmente favoráveis e 8,3% parcialmente favoráveis; e, no Centro-Oeste, 40,9% aprovariam a mudança – com 29,1% se dizendo totalmente favoráveis e 11,8% parcialmente a favor. Nas três regiões somadas, 55,74% são favoráveis ao adiantamento dos relógios em uma hora.
Para 43,6% dos entrevistados, a mudança no horário ajuda a economizar energia elétrica e outros recursos. Para 39,9%, a medida não traz economia e 16,4% disseram que não sabem ou não têm certeza.
Por regiões
Segundo a pesquisa da Abrasel, a Região Sul é a que apresenta maior parcela da população (47,7%) que acredita que o adiantamento do relógio resulta em economia de recursos. Para 51,8%, a mudança do horário é benéfica para o comércio e serviços, como lojas, bares e restaurantes. Já 32,7% dizem não ver vantagem; e 15,5% afirmam não ter opinião formada.
A pesquisa revela, ainda, que, para 41,7%, a cidade onde moram fica mais atrativa para o turismo quando o horário de verão está vigorando. “Apenas 9,4% disseram que fica [a cidade] menos atrativa, enquanto 43,6% não sentem diferença”, diz o levantamento.
O estudo mostra também que as pessoas se sentem mais seguras durante os períodos em que o horário de verão é adotado, em especial com relação ao horário de saída para o trabalho. Segundo a pesquisa, 35,2% se sentem mais seguros com a mudança, enquanto 19,5% se dizem menos seguros. Para 41,9% a mudança não traz influência.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Governo
Na última semana, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou que a volta do horário brasileiro de verão é uma possibilidade real para melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial e a consequente redução de consumo de energia elétrica no país.
“O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque tem implicações, não só energética, tem implicações econômicas. É importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta, mas é uma das medidas, porque ela impacta muito a vida das pessoas”, reconheceu o ministro.
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
IBATÉ/SP - Na tarde de quarta-feira, 18 de setembro, por volta das 15h30, a Guarda Civil Municipal de Ibaté foi acionada pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para atender a uma denúncia de maus-tratos a um animal no bairro Jardim Cruzado. O inspetor Allan Luis Migliati e o GCM Vitor Reis, responsáveis pela ocorrência, dirigiram-se imediatamente ao local após receberem informações sobre um cachorro em estado crítico.
Ao chegarem à residência, a equipe da GCM observou, do lado de fora, que o cachorro estava visivelmente debilitado e em sofrimento. Diante da gravidade da situação, os GCMs adentraram o quintal da residência, onde mora um idoso, e realizaram o resgate do animal.
“O estado do animal era realmente alarmante. Tomamos a decisão de agir de imediato para evitar que o quadro se agravasse ainda mais. A prioridade era garantir a segurança do cachorro e encaminhá-lo para atendimento médico veterinário o quanto antes”, destacou o inspetor Allan, que esteve à frente da ação.
O cachorro foi rapidamente encaminhado a uma clínica veterinária conveniada ao município, onde recebeu os cuidados necessários. O caso foi registrado e encaminhado à Polícia Civil de Ibaté, que agora dará prosseguimento às investigações e adotará as medidas legais cabíveis para responsabilizar os envolvidos no crime de maus-tratos.
A comandante da Guarda Civil Municipal de Ibaté, Margareth Pereira do Santos, também reforçou o compromisso da instituição com a proteção dos animais: “Nós estamos atentos e prontos para atuar sempre que houver denúncias de maus-tratos. A proteção dos animais é uma das nossas responsabilidades, e vamos continuar trabalhando para garantir que esses atos não fiquem impunes.”
A Guarda Civil Municipal de Ibaté reafirma seu compromisso com a proteção animal e a preservação da segurança e do bem-estar de todos os cidadãos.
SÃO CARLOS/SP - O secretário de Segurança Pública, Samir Gardini, acompanhado do Adjunto da pasta, Paulo Cesar Belonci, do diretor de Departamento de Operações de Inteligência e Tecnologia, Evandro Gimenez Mione, e do chefe de Seção de Inteligência, Planejamento, Estatística e Processamento de Dados, Fineias Bernardo da Silva, se reuniu nesta terça-feira (17/10), em São Paulo, com o coordenador do Grupo de Tecnologia da Informação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), Tenente Marcelo Douglas de Souza, para discutir sobre o projeto “Muralha Paulista”. O objetivo da reunião foi atualizar a equipe da Secretaria de Segurança de São Carlos sobre a tecnologia e equipamentos para a integração do município a esse novo sistema de segurança pública.
O Programa “Muralha Paulista” é um projeto de segurança pública do Estado de São Paulo que pretende reduzir a criminalidade na região. O programa foi criado pelo governador Tarcísio de Freitas e tem como objetivo aumentar o monitoramento por câmeras de segurança e integrar os dados a sistemas digitais da polícia, restringir a mobilidade criminal e aumentar a probabilidade de prisão de criminosos durante seus deslocamentos no território paulista.
O programa Muralha Paulista é constituído por um conjunto integrado de soluções tecnológicas de infraestrutura física, de operação em nuvem e de inteligência artificial, integra câmeras de todo território estadual às forças de segurança, monitorando cidades e rodovias, conectado ao sistema Cortex, software que reúne uma base de dados nacional, utilizado por várias cidades e capitais, inclusive por São Carlos, além da possibilidade de conexão com câmeras de estádios ou de eventos, estabelecimentos comerciais e até das residências particulares que possuam capacidade mínima para obtenção e transmissão de dados considerados suficientes, tudo operacionalizado por meio da integração, no centro de fusão de dados (“fusion center”) da Secretaria da Segurança Pública, onde o software de reconhecimento facial é rodado, possibilitando reconhecer procurados pela justiça, veículos furtados ou roubados e também pessoas desaparecidas.
Samir Gardini, secretário de Segurança Pública, ressalta que São Carlos é referência em tecnologia de segurança e possui toda a infraestrutura para a integração nesse novo sistema. “Nós estivemos na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, para aprimorar o sistema “Detecta” que está sendo transferido para o “Muralha Paulista”, que é um novo sistema que vai abrigar vários bancos de dados, integrar todas as tecnologias de monitoramento e de leituras de placas, controlando a mobilidade do crime, além de obter dados para estatísticas. Uma notícia muito boa é que esse programa vai integrar as câmeras de particulares, ou organizações que tenham interesse de colocar as câmeras no sistema, o munícipe entra no site e lá tem todas as regras e disponibiliza suas câmeras, isso vai criar um sistema interligando todas as câmeras, não só as públicas, mas também as particulares. Somente nesse mês de agosto as nossas câmeras registraram mais de 1 milhão e trezentas mil passagens de veículos, temos uma câmera na área rural do município que em 15 dias de setembro registrou mais de 1.100 passagem de veículos, isso mostra a dimensão de dados coletados com esse sistema. Estamos no caminho certo, estamos a frente de vários municípios, possuímos nosso próprio sistema de monitoramento com câmeras modernas, câmeras leitoras de placas, integradas ao “Detecta” e também a outros programas de segurança do governo e estamos deixando um legado de tecnologia em segurança pública para a população”, finaliza Gardini. O projeto também prevê o uso de tecnologias como drones inteligentes, inteligência artificial e inteligência de dados aéreos.
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