Jornalista/Radialista
MUNDO - O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, assinará ordens executivas no dia de sua posse, na próxima semana, para lidar com a pandemia, a debilitada economia americana, as mudanças climáticas e a injustiça racial, disse um assessor sênior neste sábado (16).
"Todas essas crises exigem ação urgente", afirmou seu novo chefe de gabinete, Ron Klain, em um comunicado, acrescentando que Biden assinará "cerca de uma dúzia" de decretos depois de assumir o cargo na quarta-feira.
"Em seus primeiros dez dias de mandato, o presidente eleito Biden tomará medidas decisivas para enfrentar essas quatro crises, prevenir outros danos urgentes e irreversíveis e restaurar o lugar da América no mundo", acrescentou Klain.
Ao ocupar a Casa Branca deixada por Donald Trump, Biden também herdará uma série de desafios.
Os Estados Unidos estão se aproximando rapidamente de 400.000 mortes pela covid-19, registrando mais de um milhão de novos casos por semana à medida em que o coronavírus se espalha de maneira incontrolável.
A economia também está fraca, com 10 milhões de empregos a menos disponíveis em comparação com o início da pandemia. E os consumidores e empresas americanas estão lutando para se manter à tona.
Biden revelou esta semana planos para arrecadar 1,9 trilhão de dólares para impulsionar a economia por meio de novos pagamentos de estímulo e outras ajudas, e disse que planeja acelerar os esforços para distribuir a vacina contra a covid-19 em todo o país.
Conforme prometido anteriormente, entre os decretos que serão assinados em seu primeiro dia estão um plano para os EUA retornarem ao acordo climático de Paris e outro para reverter a proibição, estabelecida por Trump, da entrada de pessoas de certos países de maioria muçulmana no país, de acordo com a nota de Klain.
"O presidente eleito Biden tomará medidas, não apenas para reverter os danos mais graves da administração Trump, mas também para começar a fazer nosso país avançar", declarou Klain.
BRASÍLIA/DF - O governo Jair Bolsonaro não deve agir para barrar a Huawei no mercado do 5G do Brasil. O custo bilionário com a troca de equipamentos e a saída de Donald Trump da presidência dos Estados Unidos são problemas que frustram, na prática, a narrativa contra a empresa chinesa. A informação, atribuída a um auxiliar do presidente, foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Segundo o jornal, o interlocutor de Bolsonaro disse que apesar das críticas contra a empresa, o boicote não deve se concretizar, assim como aconteceu com a CoronaVac, vacina chinesa produzida pela SinoVac com o Instituto Butantan. Na 6ª feira (15), o Ministério da Saúde solicitou ao governo do Estado de São Paulo a entrega imediata de 6 milhões de doses do imunizante. Bolsonaro chegou a dizer, no passado, que o governo não adquiriria a vacina da China.
Em entrevista, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse que “todas as empresas que comprovarem requisitos de respeito à soberania e privacidade dos dados poderão oferecer equipamentos para a tecnologia 5G no Brasil”.
O ministro-conselheiro Qu Yuhui, da Embaixada da China no Brasil, disse ao jornal, em resposta ao vice-presidente, que “as empresas chinesas já comprovaram confiabilidade, segurança e competitividade. “Não existe nenhum problema para as empresas chinesas cumprirem os critérios”.
O leilão de tecnologia 5G no Brasil está previsto para ser realizado no 1º semestre deste ano. A oferta atrai investidores de todo o mundo e dita as tendências no mercado de comunicação no ano que se inicia.
Além de internet até 100 vezes mais rápida, as redes de 5G usarão um espectro de rádio mais abrangente, permitindo que mais aparelhos móveis se conectem ao mesmo tempo com maior estabilidade que os atuais 4G, 3G e 2G. Haverá impacto positivo para diversos setores, desde logística à agricultura, passando pela indústria e pelo planejamento urbano.
A participação da Huawei na implantação de redes de 5G pelo mundo tem sido alvo de críticas e restrições encampadas, principalmente, pelo governo norte-americano.
O site do programa da gestão de Donald Trump para proteção de dados, Rede Limpa (Clean Network, em inglês), chama a empresa de “1 braço da vigilância do Partido Comunista Chinês”. A China, por sua vez, diz que a iniciativa é “discriminatória”.
Além dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Suécia, entre outras nações, também decidiram banir a tecnologia chinesa.
Eis um infográfico com os principais países que autorizam e rejeitam o 5G da Huawei:
Entre os países abertos para o uso do 5G da Huawei está a Alemanha, a maior economia da Europa. Em dezembro, o gabinete da chanceler Angela Merkel aprovou uma nova lei de segurança de redes, que abre o caminho para permitir o uso da tecnologia da empresa chinesa no país.
A medida, assinada por Merkel mesmo com pressões internas contrárias de seu partido, representou uma vitória para a Huawei e um revés para o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vem pressionando seus aliados na Europa a barrar a tecnologia da gigante chinesa.
O projeto de lei alemão estabeleceu critérios técnicos de segurança mais rígidos a todos os fornecedores. O texto ainda precisa passar por aval do Parlamento da Alemanha. Por enquanto, a tendência a ser adotada pele país representa uma forte derrota para o lobby dos EUA contra a Huawei.
A União Europeia já havia decidido em janeiro de 2020 recomendar aos seus países-membros que restringissem ao máximo os equipamentos de 5G que pudessem representar risco à segurança das informações que trafegassem por esse tipo de banda de comunicação. O endereço dessa recomendação, mesmo sem mencionar o nome de alguma empresa, foi sobretudo a tecnologia vendida pela pela chinesa Huawei.
Vários países como Finlândia, França, Polônia, Romênia e Suécia caminharam no sentido de implementar restrições à tecnologia vendida pela Huawei, mas a empresa chinesa entrou na Justiça em vários locais contestando essas decisões.
Até agora, a maior vitória do lobby dos EUA contra a Huawei na Europa, considerando o tamanho do mercado afetado, foi no Reino Unido. O governo britânico baniu a empresa chinesa com restrições muito duras.
Como se não bastasse, a administração do primeiro-ministro britânico Boris Johnson determinou que as companhias de telecomunicação eliminassem a tecnologia da Huawei até 2027. A empresa do Reino Unido BT Group disse que essa decisão custará US$ 670 milhões para ser implementada.
Parte da ala ideológica do governo abraça o discurso contrário à participação da Huawei no processo de implantação do 5G no Brasil. A empresa chinesa já tem larga atuação no país. É a fabricante da maior parte dos equipamentos usados pelas empresas que operam telefonia no Brasil.
A guerra de versões a respeito da participação chinesa no leilão levou um dos filhos do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), a causar um incidente diplomático com o país asiático ao escrever o seguinte no Twitter:
“O governo Jair Bolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo governo Donald Trump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”.
A embaixada chinesa classificou o ataque como “inaceitável“ e afirmou que esse tipo de fala poderá ter “consequências negativas” para a relação dos 2 países.
*Por: PODER360
MUNDO - Consumo debilitado, fábricas trabalhando abaixo da capacidade estabelecida: o último balanço de saúde da economia dos Estados Unidos mostra que a reativação é fraca, em um país que aguarda o plano bilionário do presidente eleito Joe Biden para superar a dupla crise sanitária e econômica.
Os presentes de Natal e compras para as festas de fim de ano não conseguiram aliviar a maior economia mundial. As vendas de varejo caíram em dezembro, pelo terceiro mês consecutivo, embora estejam 2,9% acima do mesmo mês em 2019.
A produção industrial, no entanto, registrou em dezembro sua maior alta em cinco meses, segundo dados da Reserva Federal. Mas este aumento deve-se em grande parte à chegada do inverno boreal, que faz subir a demanda por aquecedores.
- "Mini boom" -
Os casos de covid-19, em níveis muito altos nos Estados Unidos, paralisam boa parte da atividade econômica.
"As restrições (...) são muito menos severas que na Europa, mas associadas à escolha individual de reduzir as interações sociais para evitar infecções, conseguiram destruir os setores de hotelaria e lazer", resumiram os analistas da Pantheon Macroeconomics em uma nota.
"A queda das vendas varejistas mostra novamente que a flexibilidade (de gasto) do governo era e deve continuar sendo o principal sustento da economia", disse o economista Joel Naroff.
As ajudas do governo federal demoraram para ser renovadas, até o final de dezembro quando foi aprovado no Congresso um novo pacote de ajuda econômica por 900 bilhões de dólares, que se junta aos 2,7 trilhões entregues durante o ano.
O auxílio finalmente aprovado é apenas uma "antecipação" para Biden, que apresentou na quinta-feira uma iniciativa por 1,9 bilhão de dólares, que enviará ao Congresso após assumir o cargo em 20 de janeiro.
Se o plano receber a autorização do Congresso, onde os democratas de Biden terão a maioria, as famílias receberão um novo cheque de até 1.400 dólares por pessoa. Os desempregados terão os benefícios que recebem prolongados, as escolas poderão reabrir e muitas pessoas com filhos poderão voltar a buscar emprego.
Este projeto "poderia aumentar as possibilidades de ver um 'mini boom' (econômico) neste verão" boreal, estima Oren Klachkin, da Oxford Economics.
- Made in America -
Na espera do auxílio, 2021 começa com a confiança dos consumidores baixa em janeiro, segundo a estimativa preliminar da pesquisa da Universidade de Michigan.
A atividade manufatureira da região de Nova York também começou com baixas rotações, segundo o indicador Empire State da Fed.
Mais de 10 milhões de americanos vacinados contra o coronavírus ainda não basta para que a economia se recupere.
O plano de Biden será seguido por um plano para criar empregos "bem pagos" na manufatura, conforme prometido durante sua campanha.
Para falar de seu projeto de reativação e economia verde, Biden adotou uma retórica semelhante à de Donald Trump: o "Made in America".
"Imaginem um futuro 'fabricado nos Estados Unidos', 'inteiramente fabricado nos Estados Unidos e dos americanos", disse o presidente eleito na quinta-feira.
*Por: AFP
MUNDO - O novo coronavírus (covid-19) tem sido um grande desafio para os organizadores de grandes eventos esportivos. No Australian Open de tênis, que está marcado para começar no dia 8 de fevereiro, 47 tenistas foram isolados após três pessoas testarem positivo em dois voos que levaram atletas para a competição. A informação foi confirmada neste sábado (16) pela Tennis Australia por meio de comunicado oficial.
Os atletas só poderão deixar os quartos do hotel após 14 dias de isolamento, mediante autorização médica. Ao todo, as duas aeronaves transportavam 143 pessoas para o Australian Open. Apesar de os infectados, necessariamente, não serem atletas, a organização do evento decidiu pelo afastamento deles, já que compartilharam da mesma aeronave. Os aviões saíram da cidade de Los Angeles (Estados Unidos) e de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos).
A organizadora do evento não confirmou a identidade dos competidores, mas a tenista francesa Alize Cornet, número 53 do mundo, confirmou que está cumprindo quarentena.
Finally made it to Melbourne last night and feeling grateful to be here ! Can't wait though to be done with this quarantine and enjoy one of my favourite city in the world ! Also because I think I'll probably have enough of this view after 2 weeks ??? #letsdoit #day1 pic.twitter.com/zgYlGtpuoP
— Alize Cornet (@alizecornet) January 16, 2021
Já o uruguaio Pablo Cuevas, número 68 do mundo, lamenta a limitação que terá para se preparar em relação aos concorrentes que não estão confinados.
De tener 5 hs de entrenamiento en una burbuja a esto... ( cuarentena estricta x 15 días). Les iré mostrando mis entrenamientos x Instagram ( dentro de la habitación), recontra copado? pic.twitter.com/ca8dPasyta
— Pablo Cuevas (@PabloCuevas22) January 16, 2021
* Por Rafael Monteiro - Repórter da Rádio Nacional - Agência Brasil
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