Jornalista/Radialista
SÃO PAULO/SP - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) disse neste último sábado (6/6) que os brasileiros que são a favor da democracia precisam se unir. Ele acredita que, diante do clima de tensão que se instaurou no país nas últimas semanas, o importante é ampliar o diálogo em prol da democracia e não criar mais atritos.
"Nós não estamos em um momento de defender posições de atrito. Ao contrário. Os que são a favor da democracia têm que se unir", afirmou Fernando Henrique Cardoso, em live realizada pelo movimento Direitos Já para discutir a "democracia brasileira e os caminhos para protegê-la" neste sábado.
Ele explicou que este é um momento em que é preciso "estar juntos para avançar com a democracia". "Não está na hora de esconder o sentimento democrático", acrescentou.
Por isso, sugeriu que as divergências partidárias sejam deixadas para depois e que os agentes políticos também não queiram brigar por liderança agora. "Precisamos de todo mundo, de a sociedade discutir ideias. Temos que criar uma base comum outra vez. Depois brigamos, depois vêm as questões menores, partidárias, de um querer uma coisa e o outro querer outra. Não é isso que está em jogo agora. O que está em jogo hoje é nossa sobrevivência como pessoa e nação", disse.
Para FHC, para que essa defesa da democracia seja efetiva, também é preciso ampliar e incluir cada vez mais pessoas nesse debate, inclusive os militares. Ele admitiu que a tarefa não é fácil, mas lembrou que as Forças Armadas têm um peso importante da sociedade brasileira.
"Essa conversa deve ser estendida aos militares, porque se não eles vão pensar que estamos querendo subverter a ordem. E é inerente ao espírito militar querer manter alguma ordem. Não sou favorável à desordem alguma. Quero que haja a possibilidade de inclusão", emendou, dizendo, contudo, que não acha que os militares darão um golpe de uma hora para outra, como pensam alguns brasileiros.
*Por: Marina Barbosa / CORREIO BRAZILIENSE
MUNDO - Joe Biden anunciou, no final de semana, ter garantido os delegados necessários para obter a indicação democrata e enfrentar Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos.
"Amigos, hoje à noite garantimos os 1.991 delegados necessários para vencer a indicação democrata", disse o ex-vice-presidente no Twitter.
"Vou me dedicar todos os dias a lutar para conquistar seu voto, para que, juntos, possamos vencer a batalha pela alma desta nação", completou.
Ele já era considerado o virtual candidato democrata desde abril, quando o senador Bernie Sanders, de Vermont, desistiu da disputa e endossou sua candidatura à Casa Branca.
Joe Biden, de 77 anos, alcançou esta marca no momento em que os Estados Unidos se encontram mergulhados em uma onda de mobilizações pela morte do afroamericano George Floyd, nas mãos de um policial branco.
A morte de Floyd reacendeu a raiva acumulada ao longo dos anos por assassinatos policiais de cidadãos negros e desencadeou um movimento nacional de protestos civis sem precedentes no país desde o assassinato de Martin Luther King Jr., em 1968.
"Este é um momento difícil na história dos Estados Unidos. E a política agressiva e divisiva de Donald Trump não é uma resposta", escreveu Biden em um post na plataforma digital Medium.
"O país está pedindo liderança. Liderança que pode nos unir", acrescentou.
Em seu primeiro discurso público importante desde que entrou em confinamento em casa em meados de março, devido à pandemia de coronavírus, Biden chamou a morte de Floyd de "um alerta para nossa nação" e acusou Trump de transformar os Estados Unidos em um "campo de batalha dividido por velhos ressentimentos e novos medos".
Vice-presidente nos oito anos de governo do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama, Biden prometeu abordar o "racismo sistêmico", se eleito para a Casa Branca.
Esta semana, o democrata já havia acusado o presidente Donald Trump de pensar apenas na reeleição. Sua resposta aos protestos contrasta fortemente com a do rival republicano, que ameaçou enviar o Exército contra manifestantes.
Durante um breve discurso, na segunda-feira (1o), Trump anunciou a mobilização de "milhares e milhares de soldados fortemente armados" e policiais em Washington para impedir "os distúrbios, os saques, o vandalismo, os ataques e a destruição gratuita de propriedade".
E ameaçou as várias cidades que registram protestos: se as autoridades locais não tomarem medidas para detê-los, Trump disse que enviará o Exército para "resolver o problema rapidamente".
Enquanto falava no Jardim das Rosas da Casa Branca, a polícia dispersava manifestantes reunidos do lado de fora da residência presidencial com gás lacrimogêneo.
*Por: AFP
MUNDO - O primeiro-ministro russo Mikhail Mishustin anunciou na última semana um plano 5 trilhões de rublos (cerca de € 65 bilhões) para relançar a economia do país, fragilizada pela pandemia de Covid-19. As autoridades do país vinham sendo criticadas por uma forma de inércia diante das consequências econômicas da crise sanitária.
O valor é relativamente baixo comparado aos programas de investimento anunciados pelos Estados Unidos ou pela União Europeia. Mas para os padrões russos, o montante é considerado importante, já até agora poucas medidas concretas haviam sido anunciadas para ajudar a economia do país.
O premiê deu poucos detalhes sobre as modalidades concretas desse plano econômico. O chefe do governo disse apenas que serão implementadas “cerca de 500 medidas” durante dois anos e se contentou em anunciar os objetivos: limitar a recessão em 2020 e relançar um crescimento de mais de 2% até o final de 2021.
A economia russa deve registrar uma queda de 9,5% de seu Produto Interno Bruno (PIB) no segundo trimestre de 2020 e uma retração entre 5% e 6% acumulada no final do ano.
Segundo a imprensa russa, Moscou também quer aproveitar desse plano para incentivar os dispositivos de trabalho em meio período e reduzir os empregos informais no país. Além disso, uma parte importante do montante deverá ser atribuído às pequenas e médias empresa, as mais afetadas pela crise. Também são esperados investimentos no turismo interno e na inovação tecnológica, numa tentativa de diminuir a dependência russa da exportação de hidrocarbonetos.
Popularidade de Putin em baixa
Com esse plano, as autoridades russas esperam responder às críticas sobre a falta de reatividade do Kremlin diante da epidemia, já que as poucas medidas anunciadas foram consideradas insuficientes ou não foram totalmente implementadas. A imagem de Vladimir Putin sofreu com essa situação. O presidente, que há mais de 20 anos dirige a política do país, perdeu 10 pontos segundo uma pesquisa realizada pelo instituto independente Levada.
A um mês do referendo constitucional, o presidente precisava mostrar à população que ele não se interessava apenas pela política externa ou seu futuro à frente do país, mas também às dificuldades que atingem à todos. “É de uma importância crucial resolver os problemas do momento”, declarou Putin.
Antes mesmo da pandemia de Covid-19, as autoridades russas já haviam apresentado 2020 como sendo o ano de transformação para a economia do país, após 2019 registrando apenas 1,3% de crescimento.
Segundo dados oficiais, mais de 5 mil pessoas morreram vítimas do coronavírus na Rússia. O país registra entre 8 mil e 9 mil novos casos de contaminação diariamente. Mais de 400 mil pessoas estão infectadas.
*Por: Daniel Vallot, correspondente da RFI em Moscou
ARARAQUARA/SP - Dezenas de pessoas se aglomeraram na manhã deste último sábado, dia 6, próximo a um comércio da Avenida 36, na cidade de Araraquara, em busca de uma cesta básica.
A campanha “Corrente Morada Solidária” preparou cerca 350 cestas para doação, mas o número de pessoas que foram ao local na esperança de conseguir uma doação foi bem maior, segundo organizadores da ação divulgaram na rede social.
A entrega das cestas estava marcada para começar às 09h, no entanto, a concentração de pessoas começou ainda nas primeiras horas do dia, umas 06h. A fila, que começou na avenida 36, dobrava quarteirão perto das 10h, provocando aglomeração.
A Guarda Municipal esteve no local para controlar a fila e tentar evitar a proximidade entre as pessoas, que em alguns momentos não seguiram o distanciamento social de dois metros, como orientação da OMS – Organização Mundial da Saúde.
Empresa
A empresa que distribuiu as cestas básicas (adquiridas em parceria com parceiros do setor privado) informou ao Portal Morada, por telefone, que o número de pessoas superou a expectativa. E que, em determinados momentos tentaram organizar a fila e garantir o distanciamento seguro, mas nem todos respeitavam a orientação. E que, caso tenha uma nova ação, haverá a distribuição de senhas para organizar melhor a entrega.
*Por: Chico Lourenço / PORTAL MORADA
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