Jornalista/Radialista
ALEMANHA - A Comissão Europeia, o braço Executivo da União Europeia (UE), repreendeu na quarta-feira sete países – incluindo França e Itália – por desrespeito às regras financeiras do bloco sobre o tamanho de seus déficits orçamentários.
Os sete países são Bélgica, França, Itália, Hungria, Malta, Polônia e Eslováquia. A Comissão anunciou a abertura de processos disciplinares contra os sete Estados.
Os países apresentaram em 2023 déficits superiores a 3% de seus respectivos PIBs e, portanto, deverão respeitar as regras orçamentárias do bloco ou ficarão expostos a sanções financeiras expressivas.
As multas, que podem chegar a 0,1% do PIB, nunca foram aplicadas até o momento na UE.
Além dos sete países que foram advertidos, a Romênia é alvo de uma investigação disciplinar pelo mesmo motivo desde 2019.
Os procedimentos pressupõem que os países afetados devem negociar com a UE um plano para que seus indicadores retornem aos padrões aprovados.
As regras sobre déficit e sua relação com o PIB foram temporariamente suspensas em 2020, devido à pandemia de coronavírus, para permitir que os países do bloco conseguissem responder com gastos mais elevados e reativar suas economias.
Dois pilares fundamentais do bloco permanecem em vigor: evitar que a dívida geral de um país supere 60% do PIB e garantir que o déficit não supere 3%.
Assim, a Comissão observa que as políticas fiscais “devem reduzir a dívida ou mantê-la em níveis prudentes, preservando, ao mesmo tempo, o investimento”.
Espanha e República Tcheca registraram em 2023 déficits levemente superiores a 3%, mas as previsões apontam que devem ficar dentro das regras da UE este ano.
A Estônia apresenta déficit superior a 3%, mas a sua dívida é de apenas 20% do PIB, muito abaixo do limite de 60%.
As regras orçamentárias da UE exigem que os países com déficit excessivo o reduzam em 0,5 ponto percentual por ano.
A meta, no entanto, é difícil de ser alcançada, já que os países devem injetar dinheiro em suas economias para financiar a chamada ‘transição verde’ e aumentar os gastos no setor de defesa.
Os analistas da Comissão também examinaram a situação dos países e suas capacidades de pagamento. O grupo conclui que Irlanda, Grécia, Espanha, Chipre e Portugal “mantêm a capacidade de pagar as suas dívidas”.
O Comissário Europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, afirmou que a posição da Comissão “não significa um ‘retorno à normalidade’, porque não vivemos em tempos normais, e muito menos um retorno à austeridade’, porque seria um terrível erro”.
ISRAEL - O Exército israelense bombardeou hoje o campo de refugiados de Al Mawasi na Faixa de Gaza, previamente designado como "zona segura", após uma ofensiva em Rafah, no sul do enclave, segundo a agência de notícias palestina Wafa.
A agência, citada pela EFE, informou que a operação israelense resultou em pelo menos sete mortes.
Fontes palestinas, também citadas pela EFE, indicaram que o Exército israelense está pressionando Al Mawasi a partir do norte, enquanto avança no bairro ocidental de Tal al Sultan em Rafah, conseguindo assim cercar a cidade completamente.
Apesar das críticas de organizações humanitárias sobre a localização desse campo de refugiados próximo à costa de Gaza, composto por tendas improvisadas e sem serviços básicos, milhares de palestinos se dirigiram para lá, fugindo dos constantes ataques militares israelenses em Rafah.
Apenas 65.000 das 1,4 milhões de pessoas deslocadas permanecem nesta cidade do sul do enclave, próximo à fronteira com o Egito, informou a agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA). Outras dezenas de milhares estão distribuídas entre Al Mawasi, Kan Younes (sul) e Deir al Balah (centro), entre outros locais.
A pressão das Forças Armadas israelenses sobre Al Mawasi sugere uma nova retirada em massa em um território onde 1,7 milhões de pessoas já estão deslocadas, enfrentando uma grave crise humanitária.
"Nos últimos meses na Faixa de Gaza, aproximadamente 67% das instalações de saneamento e infraestrutura de água foram destruídas ou danificadas", alertou hoje a UNRWA na rede social X. "À medida que as doenças continuam a se espalhar e a temperatura aumenta, a falta de higiene e a desidratação ameaçam a saúde das pessoas em toda a Faixa de Gaza", acrescentou a agência da ONU.
O escritório de direitos humanos da ONU também denunciou em um relatório publicado hoje a "repetida violação dos princípios fundamentais das leis de guerra" pelos ataques israelenses contra a população civil, que "podem implicar uma acusação de crimes contra a humanidade".
Em entrevista a um canal de televisão israelense, o porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que "a ideia de destruir o Hamas é ilusão", pois o movimento islamita palestino, que controla Gaza desde 2007, é "um conceito". "Está enraizado no coração das pessoas. Quem pensa que podemos eliminar o Hamas está enganado", acrescentou.
Hagari sugeriu como alternativa "promover algo que o substitua", declarações que contradizem o objetivo anunciado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de "destruir o Hamas" como condição para o fim do atual conflito.
O gabinete do primeiro-ministro, em comunicado posterior, contestou veladamente as declarações de Hagari, indicando que "Netanyahu definiu como um dos objetivos da guerra a destruição das capacidades militares e governamentais do Hamas. Em consequência, o Exército está comprometido com isso".
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo Hamas em solo israelense em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortes e levou ao sequestro de duas centenas de reféns, segundo autoridades israelenses.
Desde então, Tel Aviv lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 37 mil mortes e mais de 85 mil feridos, de acordo com autoridades do enclave palestino, controladas pelo Hamas. Estima-se que 10 mil palestinos ainda estejam soterrados nos escombros após cerca de oito meses de guerra, que também está desencadeando uma grave crise humanitária.
O conflito causou quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestino em uma grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas em uma "situação de fome catastrófica", o maior número já registrado pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ocupados por Israel, pelo menos 520 palestinos foram mortos pelas forças israelenses ou por ataques de colonos desde 7 de outubro.
BOGOTÁ - A Copa do Mundo Feminina Sub-20 na Colômbia terá a estreia oficial de uma nova forma de árbitro de vídeo. Nesta quarta-feira, a Federação Colombiana de Futebol anunciou que a competição contará com um VAR mais simplificado, com novo nome e que permitirá desafios para os treinadores das seleções.
Chamado de Football Video Support (Apoio de vídeo no futebol, em tradução livre) ou FVS pela Fifa, o novo VAR não tem pessoas especializadas em uma cabine como acontece com a tecnologia atualmente. Portanto, não há a interferência direta da arbitragem de vídeo na partida.
O FVS funciona de maneira similar a alguns esportes olímpicos, como vôlei e tênis. Não haverá sugestão ou intervenção do VAR para que o árbitro reveja um lance de possível cartão vermelho, pênalti ou checagem de impedimento automático.
Para que esses tipos de lances sejam revisados pela arbitragem de campo, os treinadores terão um papel fundamental. Cada um deles terá um número limitado de desafios para o árbitro. Não foi informado oficialmente quantas chances de checagem cada técnico terá.
— O sistema de vídeo é uma resposta ao pedido de fornecer ao futebol uma tecnologia mais acessível que possa ser implementada em competições com um orçamento limitado — disse Pierluigi Collina, presidente da Comissão de Árbitros da FIFA.
A Copa do Mundo Feminina Sub-20 será realizada na Colômbia entre 31 de agosto e 22 de setembro deste ano. O Brasil está no Grupo B da competição com França, Canadá e Fiji.
FLORIANÓPOLIS/SC - O Corinthians perdeu para o Internacional por 1 a 0 na quarta-feira, em jogo válido pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado negativo no Estádio Orlando Scarpelli deixa o Timão na zona de rebaixamento da liga nacional, pelo menos até o próximo compromisso.
A equipe paulista fez jogo pouco inspirado em Florianópolis e viu o Inter ser mais efetivo, especialmente com o ponta Wesley. O jogador revelado no Palmeiras acertou bonita finalização na primeira etapa e decretou o revés alvinegro.
Com a derrota, o Corinthians terminou esta noite na 17ª posição, com sete pontos conquistados. Já o Internacional subiu para a 9ª posição, com 14 unidades.
O próximo jogo do Corinthians será contra o Athletico-PR, no domingo, na Ligga Arena. Já o Internacional terá o clássico contra o Grêmio, fora de casa, um dia antes. Ambos os duelos serão válidos pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O jogo
O primeiro tempo foi truncado de forma geral, mas teve o Internacional levando mais perigo. Aos três minutos, o ponta Wesley finalizou de longa distância para defesa de Donelli. Aos 13, os mandantes abriram o placar com o atacante Alario, mas o VAR assinalou impedimento na jogada após revisão.
Aos 42 minutos, um tímido Corinthians não escapou do castigo. Wesley arrancou pelo setor esquerdo, conduziu por dentro, e finalizou no ângulo da meta corintiana, para delírio da torcida colorada.
Segundo tempo
Na segunda etapa, o Inter assustou logo aos cinco minutos, novamente com Wesley. O ponta colorado saiu cara a cara com Donelli, mas parou no goleiro corintiano. Em desvantagem no placar, o Corinthians passou a se soltar mais e assustou com Rodrigo Garro, em chute bloqueado no minuto 14, e com arremate de Coronado de longa distância, que parou em Fabricio.
Aos 27, foi a vez do Internacional voltar a assustar, com cobrança de falta perigosa batida por Bruno Henrique. O Corinthians respondeu aos 36 minutos, com chute de Garro que esbarrou em Fabricio.
Até o apito final de Wagner do Nascimento Magalhaes, o Corinthians buscou jogadas no "abafa", mas não foi capaz de superar a defesa da equipe mandante.
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