Jornalista/Radialista
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Esportes e Cultura, em parceria com a Fundação Educacional São Carlos (FESC) e apoio da Secretaria de Saúde, realizou no domingo (10/03), várias atividades esportivas em comemoração ao Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, na Avenida José Antônio Santilli, na região da USP II.
As atividades começaram logo pela manhã, às 7h, com alongamento, caminhada e ginástica. No final Sheila Lima e banda fizeram um grande show encerrando as atividades com muitos exercícios aeróbicos. Durante todo o evento a Secretaria de Saúde esteve presente com aferição de pressão arterial e orientação nutricional.
Edson Ferraz, vice-prefeito e secretário de Esportes e Cultura, ressaltou a necessidade do exercício físico na qualidade de vida. “É uma oportunidade de esporte, lazer, cultura e entretenimento para a população de São Carlos. São pessoas de vários bairros praticando as atividades físicas de uma forma leve, descontraída com apoio de profissionais. O importante é cuidar da saúde para que no futuro não tenhamos que cuidar da doença”.
Rosangela do Prado que participou das atividades acredita nos benefícios do exercício no dia a dia. “Esse cuidado com a saúde se projeta através de um rendimento melhor no trabalho, uma disposição em casa e para as outras atividades sociais, sem contar o benefício de se sentir leve e mais alegre”.
Netto Donato, secretário de Governo, destaca que a Prefeitura disponibiliza locais para a prática de exercícios regulares. “A prática de exercícios físicos regulares é fundamental para a saúde da população, a Prefeitura hoje oferece essa oportunidade em vários locais, seja nas pistas de caminhadas ou nas academias ao ar livre com aparelhos de musculação. Com essa ação no Dia de Combate ao Sedentarismo, buscamos alertar sobre a importância de incluir a prática de exercícios no cotidiano. A falta de atividades físicas é um dos fatores responsáveis por muitas doenças”, finalizou Netto Donato.
Também participaram do Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo o vereador Marquinho Amaral, presidente da Câmara Municipal, o vereador Lucão Fernandes, presidente da Comissão de Saúde do Poder Legislativo, a secretária adjunta de Saúde, Luciana Caldeira, a diretora de Gestão do Cuidado Ambulatorial, Crislaine Mestre, além de participantes do Serviço de Orientação à Atividade Física (SOAF). Todos que fizeram as atividades físicas receberam água e frutas.
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, esteve presente na abertura do 66º Congresso Estadual de Municípios nesta segunda-feira (11/03). O evento é promovido pela Associação Paulista de Municípios e, neste ano, tem como sede a cidade de Campos do Jordão.
Conhecido como o mais tradicional encontro municipalista do país, o Congresso reserva aos participantes a possibilidade de apresentar propostas municipalistas e expor suas atividades em diversos campos. Na programação, também constam temas para debate como as mudanças dos pisos salariais e impactos aos municípios, nova legislação sobre contratos e licitações, parcerias público-privadas e consórcios municipais, entre outros assuntos de interesse público.
De acordo com a organização, 6 mil pessoas são esperadas no evento que será realizado até a próxima sexta-feira (15/03). O ministro do Turismo, Celso Sabino, e o secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Roberto Lucena, são algumas das presenças confirmadas.
O município de São Carlos estará representado todos os dias com um estande próprio, possibilitando a apresentação do cenário econômico e das qualidades e ações desenvolvidas na cidade, bem como sobre a movimentação da economia local – com foco no segmento tecnológico e de inovação.
Estudo está na revista Nature Humanities & Social Science Communications
SÃO CARLOS/SP - Foi publicada na Nature Humanities & Social Science Communications o artigo "The mothers: contesting health-illness status and cultural authority in the age of Aids", de autoria de João Paulo Gugliotti, doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em coautoria com Richard Miskolci, do PPGS, orientador de Gugliotti no doutorado.
O autor é formado em Gerontologia, pela UFSCar, e fez mestrado e doutorado na mesma instituição, no âmbito do PPGS. "No doutorado investiguei a produção biogerontológica a partir da homossexualidade. Interessava-me compreender como o envelhecimento e a homossexualidade foram abordados pela especialidade e suas disciplinas correlatas desde os anos 1970, ao longo dos últimos quarenta anos. A Aids apareceu como um evento histórico associado à produção de conhecimento na Biogerontologia, principalmente, nos anos 1980, década em que a homossexualidade não mais era concebida como um distúrbio psiquiátrico pelas ciências psi (Psiquiatria, Psicologia e Psicoterapia), mas passa a ser classificada em termos de risco ao HIV/Aids pela epidemiologia", explica ele.
Desde 2019, o pesquisador investiga o Grupo de Mães de Pacientes com Aids, formado em Nova York, em 1986, por assistentes sociais, profissionais de saúde, gerontológas e ativistas. O artigo publicado na Nature Humanities & Social Science Communications fez parte da pesquisa de doutorado de Gugliotti na Universidade de Harvard, no Departamento de História da Ciência, entre 2019 e 2020. A pesquisa que originou o artigo é resultado do projeto "(Bio)marcadores de envelhecimento na produção em Gerontologia: entre a resposta global à epidemia de HIV/Aids e a (re)patologização da homossexualidade", financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), sob a supervisão de Sarah S. Richardson e Richard Miskolci.
Apesar da prevalência das pesquisas que produziram conhecimento sobre grupos e comunidades estigmatizadas ao longo das décadas de 1980 e 1990, nos Estados Unidos, os estudos que investigaram a relação entre HIV/Aids, estigma interseccional e a situação de saúde-doença entre grupos considerados hegemônicos são incipientes, ou seja, grupos formados por pessoas heterossexuais e brancas, que não sofreram estigma devido à sexualidade e raça/cor, por exemplo. Neste estudo, essa lacuna foi examinada a fim de observar os efeitos do estigma em comunidades não-expostas.
"Além disso, o artigo explorou a formação de um grupo pioneiro de cuidadores na cidade de Nova York, as Mães de Pacientes com Aids (MPWA) e analisou narrativas sobre saúde-doença a partir de uma agenda de cuidado coletivo estabelecida por mães de meia idade e idosas que lidavam com os desafios e necessidades de filhos adultos e pessoas com graus moderado e alto de dependência", completa o autor, acrescentando que o estudo fez parte de um projeto maior que investigou o surgimento de organizações sem fins lucrativos e grupos de assistência gerontológica no contexto da epidemia de HIV-Aids em Nova York nas décadas de 1980 e 1990.
Quando iniciou a pesquisa nos Estados Unidos, o pesquisador se deparou com alguns arquivos de mães de filhos/pacientes com Aids no contexto das décadas de 1980 e 1990. O arquivo de Florence Rush, em particular, foi relevante para a compreensão de algo fundamental: enquanto a tese (e seus resultados preliminares) mostravam que a epidemia de Aids originou um enquadramento moral nas Ciências Biomédicas via epidemiologia que chegou, inclusive, na Biogerontologia, a sociedade civil e os movimentos sociais organizados em saúde produziam formas de ativismo que deram importância e visibilidade à situação da Aids nos Estados Unidos.
Dessa forma, o artigo amplia a discussão da tese e insere o debate sobre autoridade cultural - conceito sociológico proveniente da subcampo da Sociologia Médica dos anos 1960/70, em que se discute, na pesquisa em tela, a partir da Aids, os embates entre profissionais de saúde e pacientes na produção dos diagnósticos. No artigo, foi explorada a produção de diagnósticos de Aids a partir dos relatos das mães recolhidos por Florence Rush, em que elas, as mães, por exemplo, apresentam os conflitos e disputas com médicos e especialistas em consultas de rotina, a relação vexatória que os diagnósticos de Aids impunham perpetuamente em suas vidas cotidianas e a emergência do termo "câncer" como uma espécie de eufemismo.
"Muitas mães, e mulheres heterossexuais, naquele contexto, preferiam utilizar a expressão "câncer" para se referir à doença em espaços familiares, nos ambientes de trabalho e até mesmo de lazer. Esse é um dos achados mais importantes e nos mostra, então, como a linguagem patológica e a forma pela qual os eufemismos ganhavam centralidade na vida das pessoas também estavam relacionados ao fato de que as pessoas não temiam a Aids apenas pelo seu aspecto mortal, ela era uma doença mortal; porém, e precisamente, o medo do estigma e do preconceito e a forma como eles tocavam a experiência cotidiana da doença. Assim, concluímos que pessoas heterossexuais experimentavam formas de preconceito porque o estigma é interseccional e não, portanto, estático ou confinado a identidades sexuais específicas", considera o autor.
A pesquisa resultante da tese de Gugliotti será publicada em livro pela Editora da UFSCar (EdUFSCar), ainda no primeiro semestre deste ano. Atualmente, a pesquisa é também desenvolvida no Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP) e no Departamento de Saúde Global e Medicina Social do Kingtons College London, sob supervisão das professoras Lilia Blima Schraiber, Anne Pollock e Laia Becares, com apoio da Fapesp.
O artigo completo pode ser conferido aqui (https://www.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Azuaite Martins de França apresentou na Câmara Municipal um projeto de lei que visa garantir licença de até três dias consecutivos, a cada mês, às servidoras públicas municipais que comprovem sintomas graves associados ao fluxo menstrual. Pela proposta, a licença será concedida após um atestado de um médico do trabalho ou ocupacional. Os dias fora do serviço não serão descontados no salário.
O projeto, protocolado na última sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, acrescenta esse direito ao artigo Artigo 1º da Lei 15.576 de 15 de dezembro de 2010. Uma iniciativa similar foi promulgada no dia 6 deste mês no Distrito Federal.
Na justificativa da proposição, o vereador Azuaite argumenta que há alguns anos a licença ou afastamento do trabalho por até três dias de mulheres que sofrem sintomas graves durante o fluxo menstrual é debatido em vários países. No Brasil, o Projeto de Lei 1143/19 que permite à mulher se afastar do trabalho durante o período menstrual, por até três dias ao mês, tramita na Câmara dos Deputados em caráter conclusivo.
“Reportagens na imprensa sobre o tema mostram que esse direito já existe em países asiáticos, como o Japão e a China, e que empresas privadas têm adotado a prática como forma de garantir conforto às mulheres. O afastamento do trabalho durante a menstruação tem respaldo científico e é defendido por médicos, levando-se em conta as alterações sofridas pelo corpo feminino durante esse período”, afirma o parlamentar.
Estudo realizado pela empresa MedInsight, denominado Dismenorreia & Absenteísmo no Brasil, revela que aproximadamente 65% das mulheres brasileiras sofrem de dismenorreia, o nome científico da cólica menstrual. Além disso, cerca de 70% das mulheres têm queda da produtividade do trabalho durante a menstruação, causada pelas cólicas e por outros sintomas associados a elas, como cansaço maior que o habitual (59,8%), inchaço nas pernas, enjoo (51%), cefaleia (46,1%), diarreia (25,5%), dores em outras regiões (16,7%) e vômito (14,7%).
“Diante dessa realidade, a proposição de Projeto de Lei Municipal que contemple esse direito àquelas mulheres que, respaldadas pelo diagnóstico médico, necessitarem de afastamento por até três dias é justificado para garantir a elas o mínimo de conforto durante o período de maior sofrimento com as alterações de seu corpo”, acrescenta Azuaite.
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