Jornalista/Radialista
SÃO PAULO/SP - Nesta última terça-feira (08/03), Simaria, 40 anos, deu uma palestra sobre saúde mental durante um evento da “ONU” (Organização das Nações Unidas). Após passar por um divórcio e o fim da dupla com sua irmã, Simone Mendes, 38, a artista disse que não teve vergonha de procurar ajuda profissional.
Simaria desabafa sobre saúde mental
Simaria compartilhou um trecho de seu discursso em seu perfil oficial no Instagram. No vídeo, ela relembrou as dificuldades que passou nos últimos meses: “Estou muito honrada e feliz de poder estar aqui falando com vocês, especialmente sendo uma artista famosa e ter passado por situações nos últimos tempos super malucas, vendo meu nome na boca do povo de uma forma muito inconsequente. E com tantas mentiras inventadas ao meu respeito.“, disse.
Cantora desabafa sobre fama e saúde mental
A cantora, que, recentemente, chegou a se afastar dos palcos por questões médicas, abriu o jogo sobre como a fama já afetou o seu psicológico: “Isso é muito importante de se falar, porque todo mundo acha que artista não tem dor, não chora, não sofre, não sente. E a gente sente, a gente chora, a gente sofre. Porque normalmente o sucesso sobe à cabeça e você fica meio despir0c4do. A fama é traiçoeira (…).“, desabafou.
Simaria diz que faz tratamento psiquiátrico
Por fim, Simaria falou sobre a importância de ter procurado ajuda profissional. A irmã de Simone Mendes ainda afirmou que faz uso de medicamentos: “Foi importante (…). Até hoje faço terapia e uso meus medicamentos quando necessário.“, contou. E ressaltou: “A gente tem que parar de achar que psiquiatra e psicólogo é para gente maluca, como diziam lá nos tempos atrás. É necessário quebrar esse tabu (…) Eu não tenho vergonha de falar sobre isso (…).“, finalizou.
por Lívia Coutinho / PaiPee
RÚSSIA - Masha Moskaleva, uma estudante russa de 13 anos, foi detida em um centro de reabilitação de menores após fazer um desenho em apoio à Ucrânia e ao fim da guerra. A imagem foi feita durante uma aula de artes na escola primária de Yefremov, em Tula, em abril de 2022.
No desenho, é possível ver uma mulher e uma criança no centro da imagem, cercadas pelas bandeiras russa e ucraniana, acompanhada de mísseis. Na bandeira da Rússia, a garota escreveu: ‘não à guerra’, enquanto na bandeira da Ucrânia: ‘glória à Ucrânia’.
De acordo com o pai da garota, Aleksey Moskalev, a professora levou o desenho à diretoria da escola, que, imediatamente, alertou as autoridades. Apesar disso, Masha conseguiu deixar o centro de ensino sem que fosse identificada como autora do desenho.
Aleksey, no entanto, decidiu visitar o local no dia seguinte para resolver o corrido, contudo, sua presença fez com que autoridades voltassem à escola.
O pai e a criança, então, foram encaminhados para delegacia para prestar esclarecimentos. Aleksey foi multada em 32 mil rublos (cerca de R$ 2 mil) e acusado de desacreditar das Forças Armadas da Rússia após comentários contrários aos militares russos em suas redes sociais.
Masha e Aleksey chegaram a ser procurados oito meses depois pelas autoridades. Na véspera do Ano Novo, cinco viaturas policias e um caminhão de bombeiros pararam na porta da casa da família. Os policiais fizeram apreensões de bens e levaram Aleksey, após interrogatório, no qual ele afirmou ter sofrido pressão psicológica.
“Eles me trancaram em um quarto por duas horas e meia e colocaram o hino nacional no volume máximo”, relatou.
Em fevereiro, a família abandonou a cidade.
As autoridades, no entanto, voltaram a procurá-los na última quarta-feira (1º). O encontro terminou com a detenção por dois dias de Aleksey, após julgamento e condenação à prisão domiciliar por seu posicionamento “anti-Rússia”.
Masha, por sua vez, foi levada para um centro de reabilitação de menores, onde continua detida até quarta-feira (8).
BRASÍLIA/DF - Com uma semana de antecedência em relação ao previsto, a Receita Federal libera nesta quinta-feira (9) o programa gerador da declaração deste ano (ano-base 2022). Originalmente, a liberação do programa estava prevista para 15 de março, primeiro dia de entrega da declaração, mas foi antecipada para que o contribuinte tenha mais tempo de se organizar.
O programa gerador poderá ser baixado no site da Receita Federal, pelo Centro Virtual de Atendimento a Contribuintes (e-CAC), ou pelo aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para tablets e celulares dos sistemas Android e iOS.
O prazo de entrega da declaração não foi alterado e continuará de 15 de março a 31 de maio. O que mudará é que o contribuinte poderá adiantar-se e deixar a declaração salva, dias antes de transmitir à Receita.
Em nota, a Receita explicou que a antecipação do programa gerador também ajudará a evitar congestionamentos que costumam ocorrer no primeiro dia de entrega da declaração, quando todo mundo baixa o programa ao mesmo tempo.
“A antecipação do PGD [programa gerador da declaração] ajuda o contribuinte que, ao ter acesso às informações necessárias para a entrega da declaração, pode se organizar e juntar a documentação que for necessária. Além disso, deve evitar possíveis congestionamentos”, explicou o Fisco no comunicado.
O envio da declaração pré-preenchida, esclarece a Receita, continuará previsto para a data original, 15 de março. Segundo a Receita, somente nessa data, o Fisco conseguirá reunir as informações das declarações de rendimentos enviadas no fim de fevereiro por empregadores, instituições financeiras e planos de saúde e cruzá-las com a base de dados da Receita.
As regras de Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2023 foram anunciadas no último dia 27. Entre as novidades, estão a prioridade no recebimento da restituição de quem optar por receber via Pix, desde que a chave seja o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do cidadão, e de quem usar o modelo pré-preenchido.
Outra novidade ocorre para quem tem investimentos na bolsa de valores. Agora, a declaração só é obrigatória para o investidor que tenha vendido ações cuja soma superou, no total, R$ 40 mil ou se ele obteve lucro com a venda de ações em 2022, sujeito à cobrança do IR. Anteriormente, qualquer contribuinte que tivesse comprado ou vendido ações no ano anterior tinha que declarar, independentemente do valor.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou na quarta-feira (8) que, ao lado da bancada do PSB e de outros políticos, vai apresentar ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados um pedido de cassação do mandato do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) após um discurso transfóbico no plenário da Casa.
No fim da tarde, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma representação à Câmara pedindo que a Mesa Diretora apure a conduta do deputado. A procuradora Luciana Loureiro, do MPF-DF, solicitou que sejam apuradas as violações éticas do deputado.
Durante sessão destinada a discursos dos parlamentares, o deputado disse que as mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres.
Pouco antes dele, subiu à tribuna a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Ela e Duda Salabert (PDT-MG) são as primeiras deputadas federais transexuais da história.
O deputado desrespeitou as deputadas ao vestir uma peruca e dizer que hoje, no Dia Internacional da Mulher, se sentia uma mulher.
"Hoje, no Dia Internacional das Mulheres, a esquerda disse que eu não poderia falar, porque eu não estava no meu local de fala. Solucionei esse problema [vestiu uma peruca]. Hoje, me sinto mulher. [Sou a] Deputada, Nicole. As mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres" afirmou.
Após a fala do parlamentar, Tabata chamou Ferreira de "moleque" e pediu respeito.
"Estamos falando de um homem que no Dia Internacional das Mulheres tirou nosso tempo de fala para fazer uma fala preconceituosa, criminosa, absurda e nojenta. A transfobia ultrapassa a liberdade de discussão que é garantida pela imunidade parlamentar", disse.
"Eu, ao lado da bancada do PSB e de muitos outros parlamentares, estou entrando com pedido de cassação do mandato do deputado Nikolas Ferreira”, anunciou a deputada.
Notícia-crime no STF
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), líder do partido, disse que a legenda vai apresentar uma notícia-crime ao STF. Se aceita, a notícia-crime se tornará uma ação penal, e o deputado responderá na condição de réu.
"Nada mais típico do que um machista desocupado do que fazer isso justamente no dia 8 de março. Tentou fazer uma piada de algo que não tem graça. A expectativa de vida da população trans é de cerca de 27 anos", afirmou.
Transfobia
A transfobia foi equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019.
Os ministros consideraram na oportunidade que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no crime de racismo.
Segundo a advogada criminalista Priscila Pamela, a fala do deputado configurou "patentemente" o crime de transfobia.
"Em casos semelhante, os tribunais já têm decidido pelo crime exatamente por ataques a pessoas que não reconhecem o sexo de nascimento, que tem uma identidade de gênero diversa. A fala revela uma destilação de ódio", afirmou.
Injúria racial
O deputado bolsonarista já responde a uma ação pelo crime de injúria racial após ofender a deputada Duda Salabert em 2020, quando ambos eram vereadores em Belo Horizonte.
Nikolas deu entrevista a um veículo de comunicação e se referiu a Duda, uma mulher transexual, usando pronome masculino. Ele nega ter cometido crime.
Por Luiz Felipe Barbiéri, g1
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