Jornalista/Radialista
IBATÉ/SP - Monitoras e alunas do Centro Comunitário "João Baptista Lopes", de Ibaté, intensificaram seus trabalhos nos últimos dias para a realização da Exposição "Artesanato, Amor e Amizade", que já se tornou tradicional e é realizada anualmente em Ibaté.
A exposição terá início no dia 6, às 10h, seguindo até o dia 09 de dezembro, onde reunirá peças produzidas ao longo do ano em todos os cursos oferecidos no local.
A coordenadora, Dirce Lopes Peruchi, comenta a alegria e satisfação de estar mais um ano realizando os preparativos para mais uma bonita exposição. "Estamos preparando tudo com muito carinho e dedicação, para que todos possam desfrutar de mais uma edição de nossa exposição, que atrai inúmeras pessoas de Ibaté e região. Aproveito e já estendo meu convite a todos que desejarem prestigiar nosso evento, a partir desta terça-feira, dia 06, das 10h às 16h", destacou.
Dirce ainda ressalta que todas as peças que serão colocadas a venda no dia da exposição são produzidas pelas alunas, ex-alunas e monitoras do Centro Comunitário. "Sem essa colaboração nada estaria acontecendo. Esperamos, em Deus, que no próximo ano tudo volte ao normal e nossos cursos retornem", finaliza.
Centro Comunitário
O Centro Comunitário "João Baptista Lopes", em sua diversidade de cursos, atende centenas de alunos, nas modalidades artesanais e profissionalizantes, oferecidos gratuitamente a toda população. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (16) 3343.4414
UCRÂNIA - A Ucrânia pressionou os países da Otan, na terça-feira (29), para que agilizem o envio de armas e de recursos para recuperar a rede elétrica, devastada por bombardeios russos, como parte de um esforço para ajudar os ucranianos a enfrentar o inverno, que se aproxima no hemisfério norte.
Durante uma reunião ministerial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Romênia, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu que as entregas, especialmente para a defesa aérea, cheguem "mais rápido, mais rápido, mais rápido".
Um intenso bombardeio com mísseis russos abalou drasticamente a infraestrutura de energia da Ucrânia e deixou milhões de pessoas sem eletricidade.
Kuleba afirmou que, "quando tivermos transformadores e geradores, poderemos restaurar nosso sistema (...) Quando tivermos sistemas de defesa aérea, poderemos proteger a infraestrutura da próxima salva de mísseis russos".
Segundo o chefe da diplomacia ucraniana, o país precisa urgentemente de mísseis "Patriot e transformadores".
Este apelo dramático por mais ajuda veio logo depois de o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, alertar que a Rússia tenta usar o inverno como uma "arma de guerra" contra a Ucrânia.
Ao iniciar a reunião em Bucareste, Stoltenberg afirmou que "a mensagem de todos nós será que devemos fazer mais" para ajudar a Ucrânia a consertar sua infraestrutura de gás e eletricidade, bem como fornecer defesa aérea para ajudar a Ucrânia a se proteger melhor.
"A Otan não participa da guerra, mas continuará apoiando a Ucrânia pelo tempo que for necessário", afirmou Stoltenberg.
O chefe da Otan disse acreditar que a Rússia fará mais ataques à rede elétrica da Ucrânia e alertou que a Europa deve "estar pronta para mais refugiados".
"A Rússia, na verdade, está falhando no campo de batalha. Em resposta a isso, agora ataca alvos civis (...) porque não pode ganhar território", disse Stoltenberg na abertura da reunião da aliança transatlântica.
Os ataques às infraestruturas civil e energética "obviamente foram planejados para tentar congelar os ucranianos até que se rendam", disse o ministro das Relações Exteriores britânico, James Cleverly, acrescentando: "Não acho que eles terão sucesso".
- 'Mantenham a calma e enviem tanques' -
Os membros da Otan já enviaram bilhões de dólares em armas e equipamentos – médicos, ou de telecomunicações – para a Ucrânia, mas o país pede mais recursos de defesa aérea, tanques e mísseis de longo alcance para repelir as forças russas.
Está evidente a crescente preocupação com o declínio acentuado e o quase esgotamento dos estoques estratégicos, especialmente de munições, em vários países da Otan após os envios para a Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, disse que as exigências aos ministros da Otan eram simples, resumidas no slogan "Mantenham a calma e enviem tanques".
O governo alemão anunciou o envio de "mais de 350 geradores" elétricos à Ucrânia.
A França irá disponibilizar 100 milhões de euros em ajuda financeira, para além dos 300 milhões de euros anteriormente concedidos à Ucrânia, que atravessa uma situação econômica frágil.
Fontes da Otan insistem em que a reunião em Bucareste mostrará a unidade da aliança transatlântica em seu apoio à Ucrânia. A aliança não deve, contudo, avançar com o pedido de adesão da Ucrânia ao bloco.
Stoltenberg afirmou que a "porta está aberta" para novos membros, mas acrescentou que o foco por enquanto é ajudar a Ucrânia frente à ofensiva russa.
Para além da guerra na Ucrânia, os ministros da Otan devem fazer um balanço dos progressos nas adesões da Finlândia e da Suécia. Já foram ratificadas por 28 dos 30 países-membros, mas seguem suspensas enquanto se espera o sinal verde da Turquia.
Os ministros das Relações Exteriores de Suécia, Finlândia e Turquia se reuniram em paralelo, mas o governo turco minimizou as esperanças de um avanço rápido.
BRASÍLIA/DF - Os economistas esperam uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira no terceiro trimestre de 2022. No entanto, o cenário mudou frente às possibilidades levantadas no início do ano sobre uma recessão técnica nos últimos trimestres, com diminuição nos preços de commodities que o país exporta, juros elevados e cenário externo desafiador. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) serão divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (1).
Os economistas consultados pelo Investing.com Brasil destacam que um dos impulsionadores para a mudança nessa visão foi o pacote de medidas fiscais pré-eleições do governo atual, com redução dos impostos sobre combustíveis, resultando em diminuição da inflação, além da elevação de valores para o Auxílio Brasil para R$600 e outros incrementos, como vale-gás e vale-caminhoneiro.
A média das estimativas de analistas compiladas pelo Investing.com Brasil é de uma alta no (PIB) em 0,7% no terceiro trimestre deste ano, levando o indicador anual a 3,7%. No segundo trimestre, a alta foi de 1,2%, com crescimento em doze meses de 3,2%.
A XP Investimentos (BVMF:XPBR31) estima alta de 0,6% no trimestre. Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, escritório credenciado à XP afirma que o resultado deve ser sustentado, em grande parte, pelo setor de serviços. “Esse setor vem pavimentando o crescimento econômico brasileiro neste ano”. Além disso, a economista avalia que juros mais elevados resultam em aumento do endividamento e menor poder de compra de bens duráveis, o que impacta o consumo, mesmo com melhora nos indicadores de inflação, que ainda pressionam o orçamento em diversas frentes, entre elas na alimentação. “Temos uma desaceleração no ritmo de crescimento porque a taxa de juros limita a atividade econômica, principalmente para varejo e indústria”, completa.
Já o BTG (BVMF:BPAC11) projeta crescimento de 0,8%, com alta nos setores agrícola, industrial e de serviços. O banco espera que, do lado da demanda, todos os itens devam apresentar crescimento, o que reforçaria a resiliência dos investimentos.
Daniel Xavier, gerente do departamento econômico do Banco ABC Brasil (BVMF:ABCB4), projeta uma alta de 0,7% no trimestre. Na ótica da oferta, os principais setores econômicos devem apresentar expansão na margem, segundo o ABC, como agricultura puxando o indicador para cima, seguida pela indústria e serviços. Do lado da demanda, os principais agregados também devem crescer no trimestre, com destaque para os investimentos, o consumo das famílias, as exportações e os gastos do governo. “Em que se pese o atual quadro de juros altos, os dados de atividade no varejo e serviços vieram acima do esperado nos últimos meses e a produção agrícola segue robusta, com (milho e soja retomando, principalmente), o que justifica a perspectiva positiva para o crescimento do terceiro trimestre como um todo”, avalia. Por outro lado, os indicadores antecedentes de mercado de trabalho e confiança econômica mostraram uma moderação em outubro, e a projeção do banco é de estabilidade para o quarto trimestre deste ano.
André Roncaglia, professor de economia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), concorda que o ciclo de aperto monetário tende e desaquecer a economia. “Taxas de juros muito altas tendem a deprimir a atividade de investimentos, que vem cambaleando, mas o que tem chamado atenção é a queda da indústria, que já caiu por dois meses consecutivos, é um desempenho bem ruim quando comparado ao que se esperava. Além disso, a expectativa era de resultado melhor na nossa balança comercial e o saldo vem caindo com o tempo. Isso também está associado ao déficit comercial que temos na indústria”. Com maior dependência da venda de commodities, problemas na China com a política restrita contra a Covid e massa de rendimento pressionada, o ânimo com a política expansionista tende a se desacelerar. A confiança do consumidor e na indústria também vêm caindo, um sinalizador negativo para a atividade econômica, conforme o professor.
Crescimento mais baixo em 2023
O último Boletim Focus divulgado pelo Banco Central do Brasil mostra que os economistas consultados pela autoridade monetária acreditam em um crescimento do PIB em 2,81% neste ano e de 0,70% no ano que vem.
O Banco ABC possui estimativa de 3,0% para o crescimento deste ano e de 0,8% para 2023, com desaceleração da economia doméstica e global. A expectativa é de um viés de alta vindo do agronegócio e viés de baixa do setor externo.
A XP Investimentos avalia que a atividade econômica brasileira deva apresentar um crescimento em ritmo mais modesto a partir de agora, em um cenário de juros elevados e maior percepção de risco. Em relatório, o economista Rodolfo Margato aponta como fatores que impulsionam o crescimento a melhoria nas condições do mercado de trabalho e o “forte desempenho em atividades menos sensíveis ao ciclo econômico”. Segundo ele, agricultura e pecuária devem apoiar o PIB.
A XP estima crescimento de 0,2% no quarto trimestre e 2,6% neste ano. Para 2023, a projeção é de 1%. A instituição financeira avalia que o crescimento econômico nos próximos anos depende, em grande medida, da postura da política fiscal. "Assim, as discussões envolvendo a expansão dos gastos públicos e mudanças no atual quadro fiscal serão acompanhados de perto “, completa o relatório.
Para Roncaglia, a incerteza das famílias sobre a situação econômica é um dos fatores que deve contribuir para uma desaceleração do ano que vem. “A queda na confiança da indústria já sinaliza que potencialmente os empregos de melhor qualidade no ano que vem devem ficar mais escassos”. O aumento da inadimplência, um cenário de aumento de juros e desaceleração global figuram entre os desafios para 2023.
Jessica Bahia Melo / Investing.com
BRASÍLIA/DF – O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, decidiu lançar o senador eleito Rogério Marinho (RN) na disputa pela presidência do Senado contra Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e apoiar novo mandato para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). As eleições no Congresso estão marcadas para 1.º de fevereiro de 2023.
O acordo foi selado durante jantar em Brasília, na noite de terça-feira, 29, promovido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, com a presença de Bolsonaro, Lira e parlamentares do partido. Desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva, em 30 de outubro, Bolsonaro tem ficado a maior parte do tempo isolado. Foi ao Rio no sábado, onde participou de cerimônia promovida pela Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, mas ainda não havia saído à noite.
O encontro reuniu deputados e senadores que têm mandato atualmente e também um grupo que tomará posse em fevereiro. O jantar foi organizado para 150 pessoas, com bacalhau no cardápio, em um restaurante que fica de frente para o Lago Paranoá, no Lago Sul, região nobre da capital federal.
Bolsonaro chegou ao lado de Costa Neto e do general Braga Netto, que foi vice em sua chapa. Ficou no local durante uma hora. Lira entrou logo depois.
O presidente foi anunciado por um locutor e aplaudido pelos parlamentares, mas não discursou na reunião, que era fechada e restrita a nomes na lista. O governador do Rio, Claudio Castro (PL), também estava ali. Ao não falar, Bolsonaro frustrou parlamentares do PL de primeira viagem, que aguardavam um pronunciamento dele na ocasião.
Nos bastidores, integrantes do partido relataram que ele “chegou mudo e saiu calado”. Apenas conversou individualmente com colegas de partido e foi confirmado como presidente de honra do PL, cargo que ocupará quando deixar a Presidência. Coube a Costa Neto cumprimentar os eleitos. Deputados e senadores disseram, sob reserva, que Bolsonaro não demonstrou animação.
O jantar ocorreu um dia depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter bloqueado R$ 13,6 milhões das contas do PL. A Justiça impôs uma multa à legenda por litigância de má-fé, na esteira da ação que questionou as urnas eletrônicas pedindo a anulação de parte dos votos contabilizados no segundo turno das eleições.
A reunião também serviu para dirigentes do partido sinalizarem que o presidente tem de aceitar a derrota e as regras do jogo democrático. Ao mesmo tempo, teve o papel de motivá-lo a fazer um discurso para apoiadores mais radicais. “Ele está bem, está animado. Se levantou. Passou o baque”, disse Costa Neto a jornalistas, contrariando a avaliação feita por colegas de partido.
Quartéis
À saída do restaurante, o presidente do PL foi abordado por apoiadores de Bolsonaro, que lhe perguntaram se o grupo iria “ganhar nos quartéis”. “Tem muita chance. Bolsonaro não falou nada, ele vai falar. Ele vai animar vocês lá”, respondeu Costa Neto.
Militantes pró-Bolsonaro realizam manifestações em frente a quartéis do Exército. Os atos antidemocráticos protestam contra a vitória de Lula e pedem intervenção militar.
Rogério Marinho foi o mais aplaudido entre os parlamentares anunciados no jantar. No próximo dia 7, o ex-ministro do Desenvolvimento Regional deve ser lançado oficialmente como candidato a presidente do Senado. O partido quer ter o apoio do PP na disputa contra Pacheco, que, por sua vez, contará com a aval de Lula e de aliados do PT. Em troca da aliança no Senado, o PL apoiará a reeleição de Lira ao comando da Câmara.
O restaurante onde foi realizado o encontro do PL não abrigou apenas integrantes do partido. No salão ao lado, dividido por uma parede, estavam outros clientes jantando, incluindo o deputado Fabio Ramalho (MDB-MG) e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney, eleita deputada federal, em mesas separadas. Conhecido como Fabinho, Ramalho já preparou vários jantares para Bolsonaro e não conseguiu ser reeleito em outubro. Durante a noite, ele tirou fotos com colegas do PL e passou ao menos duas vezes no salão onde ocorria o evento fechado com Bolsonaro.
Condição
Como uma das condições para apoiar Arthur Lira, o PL, que elegeu a maior bancada da Câmara, com 99 deputados, negociou a indicação do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), coordenador da bancada evangélica, para a primeira vice-presidência da Casa. O posto já é ocupado pelo PL, atualmente, com o deputado mineiro Lincoln Portella. O PT, que nesta terça-feira decidiu apoiar Lira, também reivindica a vaga.
No Senado, o PL resolveu enfrentar o favorito. Assim como Lira, Pacheco é um dos operadores do orçamento secreto. O senador conta com a promessa de apoios de partidos grandes, como MDB, União Brasil, PT e Podemos. Em troca, as legendas reivindicam o comando de comissões e até o apoio para comandarem o Senado em 2025, caso do MDB e do União Brasil.
Mesmo assim, o PL entrará na disputa com Marinho, que também é um dos distribuidores de recursos do orçamento secreto. A bancada do partido tem 14 senadores.
“É o nome do PL e agora, como qualquer candidato, tem de se viabilizar. Conversas avançam para formação de bloco com partidos aliados e junto a senadores de todos os partidos no varejo”, disse ao Estadão o líder do governo no Senado, Carlos Portinho (RJ). “Fui o primeiro a apoiar a eleição de Pacheco, no ano passado, mas a hora é de posicionar as peças.” A ideia é buscar o apoio do PP e de dissidências no MDB, União Brasil e Podemos.
O MDB, porém, já aderiu à campanha pela reeleição de Pacheco e quer manter o comando da vice-presidência do Senado. “Nós temos lá uma convivência muito boa com todo mundo e com Rodrigo Pacheco”, disse o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O partido de Renan protocolou nesta terça-feira, 29, a formação de um bloco com União Brasil e PSD. As três siglas formam o núcleo duro de apoio a Pacheco. O senador Davi Alcolumbre (União-AP) trabalha pela recondução do presidente do Senado, a quem apoiou no ano passado. Alcolumbre comandou a Casa de 2019 a 2021 e almeja voltar ao cargo em 2025.
por Daniel Weterman e Lauriberto Pompeu / ESTADÃO
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