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ALEMANHA - A UE (União Europeia) concordou provisoriamente nesta segunda-feira (8) com as restrições às importações de alimentos ucranianos, que, segundo alguns membros da UE, desestabilizaram os mercados agrícolas do bloco.

Os tomadores de decisão da UE têm discutido há semanas sobre os limites de acesso livre de tarifas para os produtos ucranianos, uma vez que os agricultores protestaram contra as importações baratas, com alguns na Polônia bloqueando a fronteira com a Ucrânia e derramando grãos ucranianos nos trilhos.

Os legisladores da UE e a Bélgica, que detém a presidência rotativa da UE por seis meses, disseram ter chegado a um acordo sobre as restrições. Isso ainda exigirá a aprovação de outros membros da UE e do Parlamento Europeu.

Em janeiro, a Comissão Europeia propôs estender o acesso livre de tarifas até junho de 2025, mas com uma restrição de emergência para aves, ovos e açúcar se as importações excedessem a média dos níveis de 2022 e 2023.

Desde então, a aveia, o milho, os cereais e o mel foram acrescentados, com a média também a ser calculada incluindo o segundo semestre de 2021. Naquele ano, que foi antes de a Rússia invadir a Ucrânia, as importações foram muito menores porque as tarifas eram aplicadas.

Os legisladores da UE e a Bélgica concordaram com essa fórmula na segunda-feira, disse um diplomata da UE.

 

 

REUTERS

RÚSSIA - Na véspera do início da eleição presidencial russa, forças de Kiev voltaram a invadir o sul do país de Vladimir Putin, enquanto Moscou lançou uma grande onda de ataques com drones e artilharia, derrubando o sinal de TV e internet no norte da Ucrânia.

A troca de fogo tem escalado durante esta semana devido à proximidade do pleito, que durará três dias até o domingo (17) e irá dar a Putin seu quinto mandato como presidente -restando na prática saber qual será a abstenção, dado que o Kremlin trabalha para garantir ao menos 70% de comparecimento.

Assim, o governo de Volodimir Zelenski optou por ações mais espetaculares, visando lembrar o público russo de que há uma guerra em sua vizinhança.

Os ataques de quinta (14) ocorreram nas regiões de Kursk e Belgorodo, próximos da fronteira ucraniana, e envolveram supostamente unidades da chamada Legião da Rússia, um grupo de opositores ao governo de Putin bancados por Kiev e, segundo relatos, pela CIA (Agência Central de Inteligência, dos EUA).

Vídeos emergiram em redes sociais de tiroteios em ruas nevadas de cidadelas próximas da fronteira. O Ministério da Defesa da Rússia disse que as duas incursões foram debeladas, assim como havia ocorrido na quarta (13). Não há como confirmar isso de forma independente.

Também em Belgorodo, duas pessoas morreram devido a uma salva de oito mísseis balísticos disparados desde o território ucraniano, cerca de 40 km distante.

Ao longo da semana, os ucranianos também miraram a infraestrutura energética russa, atingindo com drones de longo alcance três refinarias. Segundo o governo, elas já voltaram a operar, embora haja relatos de que a produção em Riazan não está normaliza.

Em Zaporíjia, área no sul ucraniano quase toda ocupada pelos russos, a usina nuclear que leva o nome da região foi atingida por uma forte explosão na quinta. Segundo a administração russa da central, forças ucranianas colocaram uma bomba perto de tanques de combustível que abastecem o local.

Ninguém ficou ferido, e Kiev não comentou o incidente. A usina de Zaporíjia é a maior da Europa, e a Agência Internacional de Energia Atômica mantém uma equipe permanente lá para averiguar as condições.

Na semana passada, Putin havia discutido com o diretor do órgão, o argentino Rafael Grossi, como elevar a segurança no local. À Folha de S.Paulo, Grossi havia dito em janeiro que a situação é precária.

Na mão inversa, os russos fizeram um bombardeio coordenado com 36 drones suicidas de origem iraniana Shahed-136 em seis regiões ucranianas. Kiev disse ter derrubado 22 deles, mas os destroços também atingiram casas. Não há relatos de feridos.

Em Sumi, uma central de comunicações foi destruída, e parte da região norte da Ucrânia está sem sinal de internet ou TV. Em Kharkiv, perto de lá, prédios foram alvejados por mísseis balísticos do sistema antiaéreo S-300, adaptados para atacar alvos em terra.

O Exército ucraniano disse que 150 vilarejos foram alvo de bombardeios com artilharia ao longo da noite e na manhã.

 

NÃO TEMAM PUTIN, DIZ KREMLIN

O Kremlin reagiu nesta quinta às afirmações do presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, de que seu país não temia Putin. O político comentava o ataque a marteladas contra Leonid Volkov, um assessor do ativista Alexei Navalni que está exilado em Vilnius -o líder opositor morreu na cadeia no mês passado.

Segundo o porta-voz Dmitri Peskov, não há motivo para os lituanos temerem o presidente russo, mas que ele deve ser "ouvido e respeitado". Ele também negou que o comentário de Putin em uma entrevista de que a Rússia estava pronta para uma guerra nuclear tenha sido uma ameaça ao Ocidente.

Aliados de Navalin convocaram um protesto para o domingo, dia final da eleição, instando apoiadores do opositor a irem votar todos ao meio-dia, gerando filas em seções eleitorais que teoricamente serão imunes à repressão policial.

 

 

POR FOLHAPRESS

BRUXELAS - O chefe da Otan, Jens Stoltenberg, deixou claro nesta segunda-feira sua discordância dos comentários do papa Francisco, segundo os quais a Ucrânia deveria ter a "coragem da bandeira branca" e negociar o fim da guerra desencadeada pela invasão da Rússia.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse à Reuters, ao ser perguntado sobre as observações do papa, que "se quisermos uma solução pacífica negociada e duradoura, a maneira de chegar lá é fornecer apoio militar à Ucrânia".

Em uma entrevista na sede da Otan em Bruxelas, Stoltenberg disse que "o que ocorre em torno de uma mesa de negociações está intrinsecamente ligado à força no campo de batalha".

Questionado se sua reação significava que agora não era o momento de falar sobre uma bandeira branca, Stoltenberg disse: "Não é o momento de falar sobre a rendição dos ucranianos. Isso seria uma tragédia para os ucranianos. Também seria perigoso para todos nós".

 

 

Reportagem de Andrew Gray / REUTERS

EUA - Os Estados Unidos disseram na quinta-feira (7) que a crise no Haiti tem proporções humanitárias "que exigem uma resposta global" da mesma forma como a comunidade internacional tem se mobilizado na Faixa de Gaza e na Ucrânia.

As declarações foram dadas pelo chefe da diplomacia americana para América Latina, Brian Nichols, em meio à escalada de violência provocada por gangues que ameaçam uma guerra civil caso Henry não renuncie. "Acelerar a implantação de uma missão internacional de apoio às forças de segurança do país é crucial", disse Nichols.

O Secretário de Estado, Anthony Blinken, disse ter conversado com o premiê Ariel Henry e ter pedido uma transição "urgente" de poder. O governo do Haiti afirmou na quinta que vai prorrogar por um mês o estado de emergência na capital, Porto Príncipe, e a ONU declarou que o sistema de saúde do país caribenho está próximo do colapso.

Segundo as Nações Unidas, falta pessoal, equipamento médico, remédios e sangue para transfusão e tratamento de pessoas baleadas. O porto da capital, principal porta de entrada de mercadorias no país, suspendeu as atividades depois de sofrer um ataque e ser saqueado por homens armados.

A ONU disse que há suprimentos travados na zona portuária, e que o sistema de transporte marítimo da própria organização é o único meio de entregar comida e remédios à capital.

Os Médicos Sem Fronteiras afirmaram na quinta que, somente em um bairro de Porto Príncipe, pelo menos 2.300 pessoas morreram por conta da violência armada em 2023. A ONG afirmou que os números provavelmente estão subnotificados.

O estado de emergência vai até o dia 3 de abril, e inclui um toque de recolher entre 18h e 5h. O governo disse que o objetivo é "reestabelecer a ordem" e retomar o controle da situação. A medida proíbe qualquer protesto e permite que forças de segurança usem "todos os meios legais" para prender quem desrespeitar o toque de recolher.

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Jimmy Cherizer, conhecido como Barbecue (churrasco, em inglês) e líder de uma aliança de gangues haitianas, disse em uma entrevista coletiva na terça (5) que, se Henry não renunciar e se a comunidade internacional continuar a apoiá-lo, vai iniciar uma "guerra civil que vai terminar em genocídio".

Henry continua fora do país, em Porto Rico, território dos EUA. O premiê estava no Quênia quando a crise atual começou –no domingo (3), gangues libertaram cerca de 4 mil presos de um presídio em Porto Príncipe, e desde então entraram em confronto com forças de segurança em pontos chave da capital, como o aeroporto e a academia de polícia.

Ao tentar retornar, Henry teve o pouso recusado pela República Dominicana, país que divide a Ilha de Santo Domingo com o Haiti, e seu paradeiro foi desconhecido entre a segunda (4) e a terça até que o governo americano revelou que ele estava em Porto Rico.

Os EUA haviam dito na quarta (6) que não pediriam a renúncia de Henry, mas que esperavam que ele "facilite" uma transição de poder que garanta a realização de eleições. O premiê está no poder desde 2021, quando sucedeu o presidente Jovenel Moïse, assassinado em casa por mercenários colombianos em um crime ainda sem explicação.

O próprio Henry é acusado de envolvimento na morte pelo primeiro-ministro anterior, Claude Joseph, e pela viúva de Moïse, Martine. Ambos estão exilados nos EUA. A Justiça do Haiti, por outro lado, acusou formalmente Joseph e Martine pelo assassinato de Moïse e pediu a prisão dos dois no último dia 19. Joseph diz que Henry utiliza o Judiciário para perseguir opositores "em um clássico golpe de Estado".

Quando a crise atual começou, Henry estava no Quênia, negociando um acordo de segurança apoiado pela ONU que prevê o envio de milhares de policiais quenianos e de outros países africanos ao Haiti para reforçar o combate ao crime organizado. O plano havia sido aprovado pelo parlamento do país africano em novembro do ano passado, mas caiu por terra quando o Supremo Tribunal do Quênia declarou o envio de agentes inconstitucional.

A Justiça queniana entendeu que o governo de Henry não é legítimo e que as leis haitianas e quenianas são diferentes demais para possibilitar a atuação dos policiais. O governo do Quênia prometeu trabalhar para ultrapassar esse obstáculo, mas ainda não há prazo para o envio dos agentes.

 

 

POR FOLHAPRESS

RÚSSIA - Em quase dois anos de guerra, que serão completados no sábado (24), a Rússia lançou uma média de 17 ataques aéreos com mísseis e drones por dia contra a Ucrânia.

A conta foi apresentada na quinta (22) pelo porta-voz da Força Aérea de Kiev, Iurii Ihnat. Ele somou 12.630 ataques, cerca de 8.000 deles feitos com mísseis e os restantes, com drones. A Rússia não divulga nenhuma estatística sobre o emprego de seus armamentos.

Ihnat disse que foram derrubados 77% dos drones, a maioria modelos iranianos Shahed-136, que a Rússia passou a usar em maior escala em 2023. Os russos adotaram também táticas variadas para aumentar a eficácia de suas ações -lançando ondas dos aparelhos, mais baratos e fáceis de abater por serem lentos, saturando as defesas e aí entrando com mísseis supersônicos ou até hipersônicos.

Significativamente, Ihnat não disse nada acerca da proporção de mísseis derrubados. Os dados são também bem mais elásticos do que os que se conhecia até aqui: um estudo usando números parciais do Ministério da Defesa ucraniano divulgados de outubro de 2022 a setembro de 2023 contava ao todo só 3.967 ataques aéreos, com 82% de abates.

Isso pode significar várias coisas, de ocultação de dados a exagero deles, visando dramatizar a difícil posição ucraniana, que tem demandado mais baterias antiaéreas ocidentais enquanto incrementa sua produção local de drones.

A Alemanha forneceu duas baterias americanas Patriot, a mais avançada no serviço da Otan (aliança militar ocidental), mas uma foi destruída. Berlim promete enviar até mais duas delas, e também forneceu sistemas Iris-T, menos capazes. Os EUA entregaram uma bateria Patriot e 12 Nasams, de origem conjunta americano-norueguesa.

Outros países doaram números desconhecidos de outros sistemas, mas a campanha de inverno da Rússia tem se mostrado devastadora para os civis e a infraestrutura energética que Moscou diz ser seu alvo. Nesta madrugada de quinta, ao menos 10 drones foram lançados contra cidades ucranianas, com 8 abates clamados por Kiev.

Além disso, por ora a guerra se desenrola principalmente em solo, onde a vantagem de artilharia russa tem feito diferença, ainda que isso não signifique que Putin está perto de algo que seja a vitória final sobre Volodimir Zelenski. Depois de conquistar Avdiivka, cidade estratégica a norte da capital homônima da província de Donetsk, agora suas forças anunciaram a tomada de Pobeda.

É um vilarejo estrategicamente insignificante, mas que se encontrava na linha de frente estabelecida desde que separatistas pró-Rússia iniciaram uma guerra civil com apoio de Moscou, em 2014, após a anexação da Crimeia por Putin. Avdiivka estava na mesma situação.

Na véspera, o presidente russo havia dito ao ministro da Defesa, Serguei Choigu, que era preciso capitalizar a vitória no leste, e talvez isso esteja ocorrendo. Ou seja apenas peça de propaganda eleitoral, já que Putin irá se reeleger no mês que vem, mas precisa de um comparecimento expressivo às urnas em nome da legitimidade do regime.

Nesta quinta, o ex-presidente Dmitri Medvedev, por sua vez, encarnou o papel que assumiu desde o início da guerra, o de radical militarista. Ele, que é o número 2 no Conselho de Segurança Nacional, afirmou a jornalistas que os russos têm de tomar Odessa, principal porto ucraniano, e talvez voltar a bater às portas de Kiev.

"Por que deveríamos parar? Eu não sei. Será Kiev? Sim, provavelmente deverá ser Kiev. Se não agora, então depois de algum tempo, talvez em outra fase de desenvolvimento deste conflito", afirmou. A Rússia fracassou em cercar e tomar a capital ucraniana no começo da guerra.

Hoje, apesar de o pêndulo do conflito estar em favor de Putin, as linhas em geral estão estabilizadas, com a Rússia dominando 20% da Ucrânia, contando aí a Crimeia, tomada após a derrubada de um governo pró-Kremlin em Kiev.

No Ocidente, as análises se dividem entre acreditar que Putin estaria satisfeito com esse ganho territorial e a garantia de uma Ucrânia de alguma forma neutra e os que acham que o russo quer mesmo tomar todo o vizinho e, talvez, ir além depois.

Com o impasse acerca do pacote de R$ 300 bilhões de ajuda militar a Kiev no Congresso americano, Zelenski tira suas boas notícias na Europa. Após o anúncio de um envio de R$ 3,3 bilhões em armas suecas, a Dinamarca divulgou que enviará R$ 1,2 bilhão para apoiar o esforço ucraniano.

 

 

POR FOLHAPRESS

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira que está disposto a se reunir com o presidente da Câmara, Mike Johnson, para discutir um projeto de lei de financiamento à guerra da Ucrânia contra a Rússia, e disse que os republicanos estão cometendo um erro ao se oporem a ele.

Em uma votação mais cedo neste mês, o Senado aprovou um pacote de assistência de 95 bilhões de dólares que inclui financiamento para a Ucrânia, mas Johnson até agora se recusou a colocá-lo em votação na Câmara, que os republicanos controlam por uma margem pequena de 219 a 212. Ele exige uma reunião com Biden.

"Claro, ficaria feliz de me reunir com ele, se ele tiver alguma coisa a dizer", afirmou Biden a jornalistas ao retornar à Casa Branca após um fim de semana em Delaware.

Biden afirmou que os republicanos estão cometendo um grande erro ao se oporem ao auxílio para a Ucrânia usar em sua guerra contra a invasão da Rússia.

O Congresso deve voltar apenas em 28 de fevereiro, quando terá um prazo urgente para evitar a paralisação parcial do governo que começará em 1º de março caso não haja ação dos parlamentares. Alguns deles discutem projetos de lei alternativos ou caminhos para contornar as objeções de Johnson, mas todas essas opções têm suas próprias incertezas.

Biden, um forte crítico do seu provável adversário eleitoral Donald Trump e de outros republicanos por ameaçarem não defender aliados da Otan se eles não pagarem o suficiente para a defesa comum, disse que republicanos estão cometendo um grande erro ao "se afastarem da ameaça da Rússia" e "se afastarem da Otan".

 

Reportagem de Steve Holland e Jasper Ward / REUTERS

EUA - O Senado dos Estados Unidos revelou neste domingo o texto de um acordo entre democratas e republicanos que desbloqueia bilhões de dólares em novos fundos para a Ucrânia e Israel e endurece as leis fronteiriças. Suas perspectivas de se converter em lei, no entanto, são incertas.

O pacote legislativo inclui um financiamento total de US$ 118,3 bilhões de dólares, sendo US$ 60 bilhões para ajudar a Ucrânia, igualando o pedido feito pela Casa Branca, e US$ 14,1 bilhões para Israel, segundo o resumo divulgado pela presidente da Comissão de Orçamento do Senado, Patty Murray.

O acordo também contempla US$ 20,2 bilhões para a segurança das fronteiras americanas e uma série de mudanças na política migratória acordadas pelos negociadores democratas e republicanos.

Não está claro se o projeto conta com os 60 apoios necessários para passar na primeira votação no Senado (controlado pelos democratas), esperada para acontecer até a próxima quarta-feira.

Os senadores negociam há meses um acordo para combater a imigração ilegal, com os republicanos insistindo em reforçar a segurança na fronteira em troca da aprovação de um pedido da Casa Branca de um financiamento para Kiev.

O presidente americano, Joe Biden, disse que apoia "fortemente" o acordo e pediu ao Congresso para aprová-lo. “Chegamos a um consenso sobre um acordo bipartidário de segurança nacional que inclui o conjunto de reformas fronteiriças mais duro e justo em décadas", declarou.

 

 

AFP

UCRÂNIA - O número de mortos devido à forte tempestade que atinge a Rússia e zonas ocupadas da Ucrânia aumentou para quatro, revelou o Ministério da Energia russo, citado pela agência France Presse.

Com fortes rajadas de vento e ondas gigantes, a "tempestade do século" ou "mega tempestade", como tem chamado a imprensa russa, castigou especialmente a Crimeia, península ucraniana anexada em 2014 por Moscou, o sul da Rússia e as regiões parcialmente ocupadas de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson, na Ucrânia.

O corpo de um homem foi encontrado no balneário turístico de Sochi, segundo as autoridades regionais, que recomendaram que os habitantes não se aproximem da água.

Na Crimeia, outro homem morreu ao "ver as ondas", informou Oleg Kriuchkov, conselheiro do governador da Crimeia, à televisão estatal.

Outra pessoa morreu a bordo de um barco no estreito de Kerch, que une Crimeia e Rússia, e um corpo foi encontrado em Novorossisk, na região de Krasnodar, segundo as agências russas.

O presidente russo, Vladimir Putin, recebeu relatórios sobre estes "desastres meteorológicos" e determinou que o governo tome medidas para ajudar as regiões afetadas, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Na costa russa do Mar Negro, vídeos das redes sociais, mostraram ondas gigantes atingindo regiões do litoral, quando a velocidade do vento atingia mais de 140 quilômetros por hora.

Na Ucrânia, mais de 2.000 localidades ficaram mergulhadas na escuridão devido a uma violenta tempestade de neve que varreu o país, cujo sistema elétrico já está sob pressão dos bombardeamentos russos.

A Ucrânia teme uma nova onda de ataques russos contra as infraestruturas essenciais no inverno, tal como em 2022, quando esses ataques mergulharam milhões de pessoas no frio e na escuridão.

"No total, 2.019 localidades em 16 regiões estão sem eletricidade", revelou o Ministério do Interior ucraniano.

A tempestade causou estragos nas estradas, com 1.370 caminhões forçados a parar temporariamente e 840 veículos a terem de ser rebocados, acrescentou.

Na cidade de Odessa, no Sul, que é regularmente alvo de ataques russos, as autoridades afirmaram ter ajudado 1.624 pessoas que ficaram presas na neve.

As temperaturas desceram abaixo de zero e registaram-se fortes rajadas de vento, segundo a mesma fonte.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, desencadeando uma guerra com pesadas baixas civis e militares para os dois lados, bem como a destruição de muitas infraestruturas ucranianas.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ÁFRICA - O comissário dos Assuntos Políticos, Paz e Segurança da União Africana (UA) criticou a comunidade internacional por ser menos exigente com as leis nas guerras da Ucrânia e no Médio Oriente do que em conflitos africanos.

"Não podemos exigir o respeito pelo direito internacional quando se trata de crises africanas, o cumprimento do quadro dos direitos humanos, e quando se trata de Gaza, quando se trata de Israel, o caso é diferente. Ou mesmo quando se trata da Ucrânia e da Rússia", criticou.

"Quando vivemos todos no mesmo mundo, o direito internacional deve ser aplicável a todos nós da mesma forma", disse o diplomata, acrescentando: "É esse o objetivo das Nações Unidas, é esse o objetivo do sistema internacional, que temos de respeitar".

Adeoye falava durante o debate "A agenda da União Africana para a paz e a segurança", organizado esta segunda-feira (30.10), em Londres, pelo centro de estudos britânico Instituto de Relações Internacionais (Chatham House).

"Não podemos encarar os conflitos da crise africana de forma isolada. Não podemos limitar-nos a uma palavra para Israel ou para a Ucrânia e outra palavra ou condição para África", vincou.

O responsável reiterou que a União Africana (UA) defende uma solução de dois Estados em coexistência - Israel e Palestina.

 

Risco de "genocídio sem precedentes"

A organização emitiu, em meados de outubro, um comunicado conjunto com a Liga Árabe a alertar para o risco de "um genocídio sem precedentes" na Faixa de Gaza no caso de uma ofensiva terrestre israelita no território palestiniano controlado pelo movimento islamita Hamas.

Ambas consideraram uma violação do direito internacional o ultimato israelita para a população do norte da Faixa de Gaza se deslocar para o sul do território e pediram ajuda humanitária urgente aos palestinianos, "apelando à comunidade internacional para que esteja à altura dos princípios comuns de humanidade e justiça".

O comissário referiu ainda que a UA está a desenvolver capacidades próprias para preservar a paz no continente, nomeadamente através do Fundo de Paz da União Africana.

Adeoye adiantou que o Fundo deverá gastar 22 milhões de dólares (20,7 milhões de euros no câmbio atual) em 2023 e 2024 de um total de 370 milhões de dólares (348 milhões de euros) acumulado com contribuições de Estados membros.

O Fundo permite apoiar medidas relacionadas com a mediação e diplomacia preventiva, capacidade institucional e operações de apoio à paz.

"O que queremos é que o Conselho de Segurança das Nações Unidas, a comunidade internacional, a Commonwealth, os [países] amigos, os aliados nos apoiem para garantir que possamos cumprir uma agenda de paz", salientou.

 

 

Lusa

ESLOVÁQUIA - O novo primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, anunciou nesta semana que seu governo deixará de fornecer ajuda militar à Ucrânia e se limitará a um apoio “humanitário e civil”.

– Entendemos a ajuda à Ucrânia apenas como uma ajuda humanitária e civil. Não forneceremos mais armas à Ucrânia – declarou Fico aos deputados da Eslováquia, confirmando a política apresentada durante a campanha eleitoral.

– A guerra na Ucrânia não é a nossa. Não temos nada a ver com esta guerra – acrescentou o novo primeiro-ministro, cujo partido nacionalista Smer-SD foi o mais votado nas eleições e formou uma coalizão governamental com uma formação pró-Rússia de extrema-direita.

Segundo o chefe de Governo, “o fim imediato das operações militares é a melhor solução para a Ucrânia”.

– A UE deveria passar do papel de fornecedor de armas para o de artesão da paz – disse ele.

 

Rússia

Após o anúncio, a Rússia considerou que a decisão eslovaca não mudará muito a situação.

– A parte da Eslováquia no fornecimento de armas (à Ucrânia) não era, na verdade, tão grande – disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.

O primeiro-ministro eslovaco também anunciou que não apoiará novas sanções contra a Rússia “até que tenhamos analisado seu impacto para a Eslováquia”.

Membro da União Europeia (UE) e da Otan, a Eslováquia é um dos países europeus que mais ajuda forneceu à Ucrânia, proporcionalmente ao seu PIB.

 

 

 

Por Redação, com CartaCapital

Por Correio do Brasil

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