Jornalista/Radialista
SÃO CARLOS/SP - Um incêndio de grandes proporções está ocorrendo nas imediações da Latam São Carlos, no início da tarde desta quarta-feira, 11 de setembro. Não se sabe as causas do incêndio, porém, preocupa os sitiantes e funcionários da Latam.
A brigada de incêndio do Centro de Manutenção da Latam juntamente com o Corpo de Bombeiros estão no local para conter as chamas.
As causas do incêndio serão investigadas.
Pesquisadora representou o Brasil durante encontro científico na Argentina
SÃO CARLOS/SP - Já há algumas décadas a importância da preservação da natureza e da conservação de todas as espécies de seres vivos ganharam centralidade no debate público, político e científico. Nesse contexto, no entanto, uma área seguiu pouco conhecida: a da conservação dos fungos. Isso mesmo. Você já parou para pensar sobre a importância da preservação dos fungos?
"Os fungos desenvolvem papéis ecológicos essenciais para a manutenção dos ecossistemas naturais e, assim como animais, plantas e demais organismos, também estão sofrendo com os impactos do ser humano na natureza, incluindo a destruição de florestas e as alterações climáticas", afirma a professora Larissa Trierveiler Pereira, do Centro de Ciências da Natureza, no Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
No mundo, mais de 45 mil espécies de seres vivos estão ameaçadas de desaparecer. "Entretanto, até o momento, poucas espécies de fungos foram avaliadas quanto ao risco de extinção", destaca Pereira. De acordo com ela, é preciso transformar esse cenário e as principais frentes de investigação na conservação dos fungos incluem: avaliações das espécies fúngicas que estão correndo risco de extinção, identificação dos fatores que levam a esse risco e proposição de estratégias de conservação das espécies, envolvendo as esferas acadêmica, política e da sociedade civil.
Pereira é integrante do Grupo de Especialistas em Fungos do Brasil (BrazFunSG) e representou o País em evento satélite do World Species Congress - Reverse the Red, realizado em maio deste ano, em Puerto Iguazú (Misiones, Argentina). Durante o evento, intitulado "O impacto das histórias e a conservação", a pesquisadora da UFSCar ministrou palestra sobre a conservação de fungos no Brasil e apresentou resultados do seu atual projeto de pesquisa.
"Além da avaliação de espécies fúngicas ameaçadas de extinção e ações de divulgação científica sobre o tema, atualmente coordeno um projeto financiado pelo órgão internacional The Mohamed Bin Zayed Conservation Fund (Emirados Árabes) para estudar a conservação da espécie fúngica queijo-suíço (Rickiella edulis). Após mais de 140 anos, reencontramos a espécie no Paraguai, onde acreditava-se que estava extinta, além de locais adicionais no Brasil. Tivemos sucesso em isolar a espécie objetivando a conservação ex situ", descreve ela.
Segundo Pereira, muitos pesquisadores presentes no evento ainda não conheciam o grupo de especialistas BrazFunSG e seus trabalhos de investigação, como o que ela conduz na UFSCar. "Acredito que minha participação tenha sido muito positiva, pois além de conhecer outros pesquisadores que estão trabalhando com a conservação de espécies, tive a oportunidade de palestrar sobre os avanços da conservação de fungos no Brasil, incluindo a divulgação dos principais resultados do projeto que coordeno".
O principal objetivo do BrazFunSG é defender a conservação de espécies fúngicas no Brasil, já que os fungos não estão incluídos em listas estaduais ou nacionais de espécies ameaçadas de extinção. "Ainda, buscamos relações políticas para garantir reconhecimento para esse grupo de organismos, além de tentar alcançar a sociedade civil e acadêmica com ações de divulgação científica", conclui Pereira.
SÃO PAULO/SP - Sucesso no passado entre os anos de 1993 e 1997, o programa infantil TV Colosso teve a sua volta confirmada pelo Canal Viva na segunda-feira (09).
A volta do programa de acordo com o informado pelo canal, irá acontecer no próximo dia 07 de outubro. O programa de Priscila, Gilmar e toda a sua turma será exibido de segunda à sexta, no horário das 09h50.
A nova temporada do programa irá contar com 40 episódios inéditos, que vão ser exibidos diariamente até o final do ano. Para quem é assinante do Globoplay+Canais, os conteúdos irão ficar disponíveis na plataforma Globoplay, garantindo que ninguém perca um momento da diversão.
O programa foi criado por Boninho em parceria com Luiz Ferré e Roberto Dornelles, com roteiro assinado por Angeli, Glauco e Laerte. TV Colosso, vale dizer, conquistou o coração do público brasileiro na década de 90 com a sua equipe 100% canina.
Agora, a nova temporada promete trazer de volta o mesmo charme e humor que os tornaram um grande sucesso no passado.
Bruno Silva / AREAVIP
BRASÍLIA/DF - O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, ao longo de 2023, 11.502 internações relacionadas a lesões em que houve intenção deliberada de infligir dano a si mesmo, o que dá uma média diária de 31 casos. O total representa um aumento de mais de 25% em relação aos 9.173 casos registrados quase dez anos antes, em 2014. Os dados foram divulgados na quarta-feira (11) pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede).
Em nota, a entidade lembrou que, nesse tipo de circunstância, médicos de emergência são, geralmente, os primeiros a prestar atendimento ao paciente. Para a associação, o aumento de internações por tentativas de suicídio e autolesões reforça a importância de capacitar esses profissionais para atender aos casos com rapidez e eficiência, além de promover acolhimento adequado em situações de grande fragilidade emocional.
Segundo a Abramede, os números, já altos, podem ser ainda maiores, em função de possíveis subnotificações, registros inconsistentes e limitações no acesso ao atendimento em algumas regiões do país. Os dados mostram que, em 2016, houve uma oscilação nas notificações de internação por tentativas de suicídio, com leve queda em relação aos dois anos anteriores. O índice voltou a subir em 2018, com um total de 9.438 casos, e alcançou o pico em 2023.
A análise regional das internações por lesões autoprovocadas revela variações entre os estados brasileiros. Para a associação, em alguns deles, foi registrado “um crescimento alarmante”. Alagoas, por exemplo, teve o maior aumento percentual de 2022 para 2023 – um salto de 89% nas internações. Em números absolutos, os casos passaram de 18 para 34 no período.
A Paraíba e o Rio de Janeiro, de acordo com a entidade, também chamam a atenção, com aumentos de 71% e 43%, respectivamente. Por outro lado, estados como São Paulo e Minas Gerais, apesar de registrarem números absolutos elevados – 3.872 e 1.702 internações, respectivamente, em 2023 –, registraram aumentos percentuais menores, de 5% e 2%, respectivamente.
Num movimento contrário, alguns estados apresentaram reduções expressivas no número de internações por tentativas de suicídio e autolesões no ano passado. Amapá lidera a lista, com uma queda de 48%, seguido pelo Tocantins (27%) e Acre (26%).
A Abramede destaca que a Região Sul como um todo enfrenta “tendência preocupante” de aumento desse tipo der internação. Santa Catarina apresentou crescimento de 22% de 2022 para 2023, enquanto o Paraná identificou aumento de 16%. O Rio Grande do Sul ficou no topo da lista, com aumento de 33%.
De acordo com a associação, o perfil de pacientes internados por lesões autoprovocadas revela uma diferença significativa entre os sexos. Entre 2014 e 2023, o número de internações de mulheres aumentou de 3.390 para 5.854. Já entre os homens, o total de internações caiu, ao passar de 5.783 em 2014 para 5.648 em 2023.
Em relação à faixa etária, o grupo de 20 a 29 anos foi o mais afetado em 2023, com 2.954 internações, seguido pelo grupo de 15 a 19 anos, que registrou 1.310 casos. “Os números ressaltam a vulnerabilidade dos jovens adultos e adolescentes, que, juntos, representam uma parcela significativa das tentativas de suicídio”, avaliou a entidade.
Já as internações por lesões autoprovocadas entre pessoas com 60 anos ou mais somaram 963 casos em 2023. Outro dado relevante é o aumento das internações entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos – em 2023, foram 601 registros, quase o dobro do observado em 2011 (315 internações).
Para a Abramede, embora o atendimento inicial desses casos necessite de “foco técnico”, é importante que a abordagem inclua também a identificação de sinais de vulnerabilidade emocional, com o objetivo de oferecer suporte integrado. A entidade avalia que uma resposta rápida e humanizada pode fazer a diferença no prognóstico desses pacientes, além de ajudar na prevenção de novos episódios.
No Brasil, uma das principais campanhas de combate ao estigma na temática da saúde mental é o Setembro Amarelo que, este ano, tem como lema Se Precisar, Peça Ajuda. Definido por diversas autoridades sanitárias como um problema de saúde pública, o suicídio, no país, responde por cerca de 14 mil registros todos os anos. Isso significa que, a cada dia, em média, 38 pessoas tiram a própria vida.
Na avaliação do psicólogo e especialista em trauma e urgências subjetivas Héder Bello, transtornos mentais representam fatores de vulnerabilidade em meio à temática do suicídio – mas não são os únicos. Ele cita ainda ser uma pessoa LGBT, estar em situação de precariedade financeira ou social, ser refugiado político ou enfrentar ameaças, abuso ou violência. “Esses e outros fatores contribuem para processos de ideação ou até de tentativa de suicídio.”
“Políticas públicas que possam, de alguma maneira, falar sobre esse assunto, sem tabu, são importantes. Instrumentos nas áreas de educação e saúde também podem ser amplamente divulgados – justamente pra que a gente possa mostrar que existem possibilidades e recursos amplos para lidar com determinadas situações que são realmente muito estressantes e de muita vulnerabilidade.”
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, todos os anos, mais de 700 mil pessoas em todo o mundo tiram a própria vida. A entidade alerta para a necessidade de reduzir o estigma e encorajar o diálogo aberto sobre o tema. A proposta é romper com a cultura do silêncio e do estigma, dando lugar à abertura ao diálogo, à compreensão e ao apoio.
Números da entidade mostram que o suicídio figura, atualmente, como a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. A OMS cita consequências sociais, emocionais e econômicas de longo alcance provocadas pelo suicídio e que afetam profundamente indivíduos e comunidades como um todo.
Reduzir a taxa global de suicídio em pelo menos um terço até 2030 é uma das metas dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Os desafios que levam uma pessoa a tirar a própria vida são complexos e associam-se a fatores sociais, econômicos, culturais e psicológicos, incluindo a negação de direitos humanos básicos e acesso a recursos”, destacou a OMS.
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
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