Jornalista/Radialista
EUA - Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone, dois dos maiores ícones do cinema de ação, concederam uma entrevista conjunta para o 'TMZ Presents: Arnold & Sly: Rivals, Friends, Icons'.
Abordando sua antiga rivalidade, especialmente notada nas décadas de 80 e 90, os atores reconheceram a importância mútua em suas carreiras.
"Ele foi muito influente na minha carreira, porque estabelecia um padrão que eu desejava alcançar", observou Schwarzenegger, atualmente com 76 anos.
"Quando o vi, foi instantâneo - dois machos alfa. Se nos encontrássemos em uma festa, ficaríamos frente a frente por alguns segundos e então eu pensava: 'Tenho que superá-lo. Ele ainda não falhou em nada, mas vai falhar'", lembrou.
Schwarzenegger também confessou que foi ele próprio quem iniciou a rivalidade ao começar a "fazer comentários bobos" e a ser "competitivo".
Antigos rivais, hoje são amigos. Arnold destacou ainda sua admiração pela "dedicação e paixão" de Stallone.
Por outro lado, para Stallone, o que mais chamava a atenção em Schwarzenegger era sua segurança.
"É como uma estação que nunca muda. É muito organizado, calculista, ponderado. Eu não sou assim, sou bastante emotivo e posso ser afetado por coisas que não fazem sentido lógico. E é aí que você comete erros, quando o coração lidera em vez do cérebro", concluiu.
SÃO PAULO/SP - O Brasil voltou ao ranking mundial de países mais atrativos para investimentos. É o que mostra o Índice de Confiança para Investimento Estrangeiro Direto, realizado anualmente pela consultoria Kearney.
A pesquisa realizou as entrevistas com empresários em janeiro deste ano. O país aparece na 19ª colocação entre as 25 nações mais bem avaliadas por executivos das principais empresas do mundo. Em 2022, o Brasil figurou na 22ª colocação. Em 2023, não apareceu na lista.
O levantamento considera as perspectivas de investimentos dos empresários para os próximos três anos. Ou seja, quanto melhor a posição, mais provável a intenção dos executivos de aplicar recursos no país.
São entrevistados os executivos de empresas com receitas anuais iguais ou acima de US$ 500 milhões. Ao todo, as companhias estão sediadas em 30 países e abrangem todos os setores.
Pelo fato de a sondagem ter sido realizada no início do ano, a percepção dos investidores naquele momento acabou deixando de lado fatos importantes para a tomada de decisão do empresariado.
De lá para cá, ganharam o noticiário questões como o aumento das tensões entre Israel e Irã no Oriente Médio, a mudança da perspectiva de queda de juros nos Estados Unidos e os novos capítulos sobre meta fiscal do governo brasileiro. (entenda mais abaixo)
A liderança do ranking ficou com os Estados Unidos, a principal economia mundial. Os norte-americanos encabeçam a lista há 12 anos. A segunda colocação neste ano ficou com o Canadá, seguido pela China, pelo Reino Unido e pela Alemanha.
Veja a o ranking completo:
Segundo o relatório, o entusiasmo dos investidores com o Brasil tinha relação com o anúncio do ministro dos Transportes, Renan Filho, em setembro de 2023, de que o país esperava atrair cerca de R$ 180 bilhões em investimentos privados para projetos ferroviários e rodoviários para os próximos três anos.
A afirmação do ministro, citada pela consultoria Kearney, foi feita durante uma viagem de Renan Filho a Lisboa, em Portugal, para a apresentação de projetos a investidores europeus.
Na ocasião, Renan Filho afirmou que o governo deverá investir cerca de R$ 80 bilhões até 2026, enquanto os investimentos do setor privado podem atingir o dobro. A ferrovia Transnordestina, em construção há 15 anos, poderia ser a chave para essa expansão, segundo o ministro.
O que mudou?
O principal: desde a última decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), foram divulgados novos dados da economia norte-americana que indicaram um mercado de trabalho aquecido e aceleração da inflação no país. Como resultado, o mercado já não espera uma redução dos juros americanos em um futuro próximo.
Quando os juros estão elevados por lá, a rentabilidade das Treasuries, os títulos públicos norte-americanos e os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país.
Com dados fortes vindos dos EUA, os investidores estrangeiros já haviam retirado mais de R$ 20 bilhões da bolsa brasileira no primeiro trimestre, segundo dados da B3. Considerando abril, já há saldo negativo acumulado de US$ 29 bilhões neste ano, conforme levantamento de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria.
Em reportagem no fim de março, analistas ouvidos pelo g1 atribuíram a situação majoritariamente a fatores externos, mas também às intervenções do governo federal em empresas de peso no índice de ações trouxeram prejuízo extra ao país. RELEMBRE AQUI.
A situação já havia levado muitos dólares para os Estados Unidos, mas a cotação da moeda norte-americana explodiu quando o governo brasileiro anunciou uma mudança das metas fiscais para os próximos anos.
No dia 15 de abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou uma redução de meta para um déficit zero em 2025. A previsão do ano passado, usada pelos investidores para a análise, era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
A alteração da meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. Na prática, o mercado financeiro não vê com bons olhos o afrouxamento do novo arcabouço fiscal e acaba tirando investimentos do país.
Países emergentes
Além do ranking geral, a pesquisa da consultoria Kearney também traz uma avaliação de confiança para investimento estrangeiro nos países emergentes. Nesse grupo, o Brasil ocupou a quinta posição, atrás da China, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Índia.
Veja abaixo:
Por André Catto, g1
BRASÍLIA/DF - Muitos compradores fazem a transferência do veículo para seus nomes sem saber que há multas e outras pendências, como IPVA e licenciamento atrasados.
Um projeto de lei busca resolver a questão, obrigando o vendedor a arcar com dívidas de multas, tributos e encargos mesmo após a venda e a transferência. A medida visa proteger não apenas as pessoas físicas, como também revendedoras de usados.
O Projeto de Lei 1503/22 propõe que os débitos dos veículos que não estão constantes no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores) sejam desvinculados do modelo assim que a transferência seja realizada, deixando a cargo do proprietário anterior a responsabilidade de pagar a dívida. Atualmente, os débitos estão atrelados somente aos veículos, cabendo ao comprador arcar com eventuais problemas da "gestão" anterior.
Aprovado pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, o projeto do deputado Darci de Matos (PSD-SC) seguiu para a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado Federal, onde será analisado, em caráter conclusivo, informa a Agência Câmara Notícias.
Nesse tipo de rito, o projeto é analisado e aprovado pelas comissões, não necessitando de deliberação do plenário.
Autor justifica projeto
O texto da proposta afirma que, "após a transferência do veículo nos termos do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), em que ocorre a comprovação de quitação de débitos, as pendências pretéritas à transferência serão de responsabilidade do antigo proprietário, não sendo possível criar quaisquer impedimentos ou dificuldades ao novo proprietário".
Na proposta também há uma crítica à lentidão do sistema.
"A morosidade e a ineficiência da administração pública não podem prejudicar o cidadão que, de boa-fé, adquire veículo automotor sob a anuência das autoridades de trânsito em que atesta a comprovação de quitação de débitos por meio de nada consta, mas que futuramente insere no Renavam o registro de multas ocorridas antes da transferência”.
A falta de informações em tempo real é um ponto falho que coloca em risco a segurança jurídica na hora da transação, segundo o deputado Darci de Matos.
"O correto é que fosse em tempo real, que na hora da transferência apareçam as multas de quem está vendendo. Mas acontece que essas multas demoram a aparecer. O Denatran não resolve porque é um sistema público demorado, porque é o Brasil", afirma o autor do projeto.
Julio Cabral / para o UOL
BRUXELAS - Na Europa, aparelhos como geladeiras e smartphones geralmente não são consertados quando estragam, pois costuma ser mais barato jogar o produto fora e comprar um novo. Uma nova lei da União Europeia (UE), aprovada na terça-feira (23/04) no Parlamento Europeu, quer mudar isso e introduzir o chamado direito de reparo para os consumidores.
O direito de reparo quer impulsionar a economia circular na UE e reduzir as montanhas de lixo de produtos eletroeletrônicos. De acordo com os cálculos da Comissão Europeia, cerca de 35 milhões de toneladas de lixo são produzidas todos os anos porque produtos são jogados fora muito cedo em vez de serem consertados. Para os consumidores, o prejuízo anual estimado é de 12 bilhões de euros.
No Parlamento Europeu, 584 deputados votaram a favor do direito ao reparo, com três votos contra e 14 abstenções. O Conselho dos 27 estados-membros ainda precisa aprovar formalmente a lei. Por fim, os estados-membros têm dois anos para transpor o direito de reparo às suas leis nacionais.
O que se quer com o direito de reparo?
Com a lei, a UE está introduzindo um direito a consertos para os consumidores: qualquer pessoa que queira consertar um produto elétrico deverá ter a opção de fazê-lo, desde que o produto ainda possa ser consertado e mesmo se a garantia já estiver vencida. Isso significa que os fabricantes devem oferecer consertos e ter instruções e peças de reposição suficientes disponíveis.
Mesmo após o término da garantia, os consumidores devem poder realizar um reparo simples e econômico sempre que possível.
A lei também tem como objetivo reduzir o lixo eletroeletrônico e reduzir as emissões de CO2.
A quais aparelhos a lei se aplica?
Eletrodomésticos em geral, como geladeiras, freezers, máquinas de lavar, secadoras, lava-louças, aspiradores de pó e televisores, por exemplo. Os smartphones e as bicicletas elétricas também são abrangidos pelas novas regulamentações. A Comissão Europeia ainda se reserva o direito de futuramente ampliar a lista.
E o que fazer quando o aparelho estragar?
Os consumidores poderão entrar em contato diretamente com o fabricante para fazer consertos, mesmo que tenham comprado o aparelho defeituoso de um varejista. Se essa não for uma opção, por exemplo, porque a empresa fabricante não existe mais, a responsabilidade poderá recair sobre o varejista.
Por quanto tempo a garantia legal é válida?
Isso varia de país para país. Na Alemanha, em geral, é de dois anos. Na Holanda está vinculada à vida útil esperada do produto.
Haverá garantia também para produtos consertados?
Sim, deve ser introduzida uma garantia válida por um ano após o reparo. O objetivo é dar aos consumidores a certeza de que o conserto vale a pena.
Onde os consumidores podem encontrar a oficina certa para o conserto?
A UE deverá criar um portal online onde os consumidores poderão procurar oficinas, lojas de aparelhos antigos consertados ou interessados em comprar aparelhos com defeito. Os preços dos consertos devem ser transparentes.
Como as oficinas independentes podem ser fortalecidas?
Muitos fabricantes dificultam o conserto de seus aparelhos por oficinas independentes ou mesmo por amadores, como o próprio comprador. Por exemplo exigindo uma ferramenta especial para os reparos ou por meio de configurações de software. Muitas empresas também não vendem suas peças de reposição para oficinas independentes. A nova lei da UE proíbe medidas desse tipo.
As novas regras também facilitam o reparo de um produto por parte de amadores. Isso começa já na fase de desenvolvimento do produto. Os fabricantes serão obrigados a garantir que os produtos sejam fáceis de consertar, ou seja, que não haja obstáculos embutidos no software ou no hardware que dificultem a abertura com ferramentas comuns. Além disso, os serviços de reparo independentes não serão mais impedidos de instalar peças de reposição usadas ou impressas em 3D.
A ideia é que telefones celulares, laptops e máquinas de lavar possam ser consertados com mais facilidade, rapidez e economia.
A lei tornará os reparos mais baratos?
É o que se espera. A Comissão Europeia espera que a lei crie concorrência entre as oficinas, fazendo com que os preços caiam. Atualmente, as peças de reposição são o maior fator de custo dos consertos. Nesse caso, a lei também pode fazer com que os preços caiam porque os fabricantes terão que manter mais peças de reposição em estoque.
De que outra forma os reparos serão incentivados?
A diretiva propõe várias outras medidas, das quais os estados-membros só precisam implementar uma. Essas medidas incluem a emissão de vales para reparos, nos quais o Estado assume parte dos custos de um conserto, e a criação de campanhas informativas, a oferta de cursos de conserto ou incentivos fiscais. Na Alemanha, alguns estados já oferecem esses incentivos, como o bônus de reparo na Turíngia.
Que impacto o projeto terá sobre o meio ambiente?
As novas regras terão um impacto positivo no meio ambiente, pois a tendência é de que menos produtos sejam descartados devido a pequenos defeitos. Quando a Comissão Europeia apresentou a proposta, ela estimou que 18,5 milhões de toneladas de emissões de gases do efeito estufa e 1,8 milhão de toneladas de recursos seriam economizados e que 3 milhões de toneladas a menos de lixo seriam produzidas em 15 anos.
Autor: Alexandre Schossler (com AFP e DPA)
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.