BRASÍLIA/DF - Os planos de saúde individuais e familiares terão reajuste anual máximo de 6,91%, valendo para o período entre maio de 2024 e abril de 2025. O valor limite da correção foi anunciado na terça-feira (4) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Na modalidade individual, os contratos são celebrados diretamente com as operadoras para a própria pessoa e dependentes. O país tem quase 8 milhões de beneficiários desses tipos de plano, contratados após 1º de janeiro de 1999, e que representam 15,6% dos 51 milhões consumidores de planos de saúde.
Os demais 84,4% são pertencentes a planos coletivos – empresariais ou por adesão a associações corporativas, que têm reajustes não determinados pela ANS.
O índice de 6,91% foi apreciado pelo Ministério da Fazenda e aprovado em reunião de diretoria colegiada da ANS. A agência explica que o percentual é um teto, ou seja, operadoras podem aplicar valores menores, mas, de forma alguma, ultrapassar o percentual calculado.
Cálculo
Para chegar à variação máxima permitida, a ANS aplica, desde 2019, uma metodologia que leva em conta duas variáveis: o Índice de Valor das Despesas Assistenciais (IVDA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, já descontado o subitem plano de saúde. Segundo a ANS, o cálculo é uma forma de manter o equilíbrio econômico do contrato.
Isso significa que o custo dos planos leva em consideração o aumento ou queda da frequência de uso do plano de saúde e os custos dos serviços médicos e dos insumos, como produtos e equipamentos médicos. A inclusão de novos procedimentos no rol de coberturas obrigatórias também influencia o resultado.
O Índice de Valor das Despesas Assistenciais é influenciado também pela faixa etária dos beneficiários (quanto mais alta, mais custosa, pois esse usuário tende a fazer mais consultas, exames e cirurgias) e ganhos de eficiência (corte de gastos) conseguidos pelas operadoras.
O IVDA responde por 80% do cálculo; e o IPCA, 20%. De acordo com a ANS, as contas dos planos de saúde são enviadas pelas operadoras à agência e tornam-se públicas para consultas.
O índice de 6,91% fica abaixo do determinado em 2023 e 2022: 9,63% e 15,5%, respectivamente. Em 2021, pela primeira vez desde o ano 2000, houve redução (-8,19%). Isso se explica por ter sido um ano de pandemia, em que os custos de operadoras com alguns procedimentos e cirurgias eletivas, por exemplo, foram reduzidos.
Cobrança
O reajuste poderá ser aplicado pela operadora no mês de aniversário do contrato, ou seja, no mês da data de contratação do plano. Para os contratos que aniversariam em maio e junho, a cobrança deverá ser iniciada em julho ou, no máximo, em agosto, com cobrança retroativa.
Para os demais, as operadoras deverão iniciar a cobrança em até, no máximo, dois meses após o aniversário do contrato, retroagindo até o mês de aniversário.
O consumidor deve ficar atento ao boleto de cobrança para checar se o percentual de reajuste e o número máximo de cobranças retroativas (duas) estão sendo obedecidos.
Operadoras
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa as operadoras, avalia que o índice autorizado pela ANS reflete esforços de gestão das empresas do setor, no entanto, “está, em muitos casos, aquém da variação real das despesas assistenciais de parte das operadoras”.
Em nota, a FenaSaúde lembra que, nos últimos 12 meses, as gestoras de planos reforçaram as iniciativas de controle de custos, negociação de preços, aperfeiçoamento de contratos, redução de desperdícios e combate a fraudes. “Com isso, atenuaram em alguma medida o desequilíbrio financeiro do setor, mas sem conseguir eliminá-lo, por conta de condições que fogem ao controle das operadoras.”
Segundo a FenaSaúde, dados da ANS mostram que as operadoras fecharam 2023 com prejuízo operacional de R$ 5,9 bilhões.
Entre os fatores que influenciaram o percentual de reajuste, a FenaSaúde cita a inflação específica do setor – historicamente maior do que a registrada no conjunto das atividades econômica; obrigatoriedade de oferta de tratamentos cada vez mais caros, “com doses de medicamentos que, em alguns casos, chegam a cifras milionárias”; ocorrência cada vez mais frequente de fraudes; e “judicialização predatória”.
A cada ano, aponta a federação, os planos cobrem mais de 1,8 bilhão de procedimentos – entre consultas, exames, internações, terapias e cirurgias. Em 2023, responderam por 81% das receitas dos principais hospitais privados do país e mais de 88% das receitas dos laboratórios de medicina diagnóstica.
Planos coletivos
O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) reforçou o pedido para que seja discutida a regulação dos planos coletivos, contratados por mais de 80% dos beneficiários.
“Os beneficiários ficam desprotegidos e devem se virar para suportar os reajustes de dois dígitos, com aumentos abusivos chegando na casa dos 20% ou mais”, adverte o coordenador do programa de Saúde do Idec, Lucas Andrietta.
Este ano, por exemplo, os planos coletivos com até 29 vidas têm reajuste médio de 17,85%. No ano 2021, enquanto os contratos individuais tiveram redução de preço (-8,19%), a média dos coletivos foi aumento de 6,49%, um patamar 14,64 pontos percentuais mais alto.
O instituto destaca também que o índice de reajuste supera a inflação do país. Em 2023, o IPCA ficou em 4,62%. A ANS defende que não é correto fazer comparação simples entre inflação e reajuste dos planos.
“O percentual calculado pela ANS considera aspectos como as mudanças nos preços dos produtos e serviços em saúde, bem como as mudanças na frequência de utilização dos serviços de saúde”, afirma.
Em maio, o Idec enviou à ANS um ofício que pede a abertura urgente de audiência pública para debater a regulação dos planos de saúde coletivos no Brasil. De acordo com o Idec, outro problema é que essa modalidade permite cancelamento unilateral do contrato por iniciativa da operadora.
“Os reajustes também são formas veladas de expulsar pessoas consideradas ‘indesejáveis’ de seus planos de saúde, assim como o cancelamento unilateral. É preciso encontrar uma solução para os altos reajustes e cancelamentos unilaterais dos planos coletivos”, afirma Andrietta.
A questão foi parar também no Congresso Nacional. Na terça-feira passada (28), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou acordo com operadoras para interromper o cancelamento de contratos de beneficiários com “algumas doenças e transtornos”.
A suspensão não tem prazo definido e deve ser mantida enquanto acontecem negociações sobre o tema. Um projeto que prevê alterações na Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656, de 1998) tramita na Câmara há quase 20 anos.
Por Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil
Valores dos pedágios serão atualizados a partir desta terça-feira (4) com base no índice IPCA dos últimos 12 meses
ITIRAPINA/SP - Os valores das tarifas de pedágio em todas as praças da Eixo SP Concessionária de Rodovias serão atualizados a partir da 0h desta terça-feira (4). O reajuste será de 3,69%, que foi o índice medido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) nos últimos 12 meses. O reajuste anual está previsto no contrato de concessão.
A atualização dos valores foi homologada pela Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo) e publicada na edição do Diário Oficial do dia 27 de maio.
Confira no link abaixo os valores atualizados que entrarão em vigor a partir desta terça-feira.
https://drive.google.com/file/
Desconto progressivo
Os motoristas de veículos de passeio (categoria 1) que utilizam o sistema de cobrança automática e viajam pelas 12 rodovias sob gestão da Eixo SP têm descontos progressivos nas tarifas de acordo com a quantidade de vezes que passam pelas praças de pedágio. O DUF (Desconto de Usuário Frequente) está integrado às operadoras do sistema eletrônico de pagamento de pedágio. O desconto para veículos de passeio começa a contar a partir da segunda passagem realizada na mesma praça de pedágio, no mesmo sentido de fluxo e dentro de um mesmo mês calendário. Quanto maior o número de vezes que o usuário passa pela praça de pedágio dentro do mesmo mês, maior é o desconto. A redução no valor da tarifa pode chegar a até 90%.
Benefício nas pistas automáticas
Há desconto também aos usuários de qualquer categoria de veículo que utilizam as pistas de cobranças automáticas. Neste caso, a redução é de 5% no valor da tarifa para todos os tipos de veículos que utilizam tags. Para os veículos de passeio com tag, o benefício de 5% é válido na primeira passagem no mês calendário. A partir da segunda passagem, ocorre a inclusão automática no sistema DUF.
As tarifas de pedágio dos trechos sob concessão da Arteris Via-Paulista, nas Rodovias Anhanguera (SP-330), Antônio Machado Sant’Anna (SP-255) e Engenheiro Thales de Lorena Peixoto Júnior (SP-318) sofrerão reajuste a partir desta quinta-feira (23).
Na região os aumentos atingem as praças de pedágio de Boa Esperança do Sul, São Carlos e Santa Rita do Passa Quatro. Veja abaixo as tarifas.
Há ainda reajustes nas praças de Jaú, Botucatu, Itaí, Coronel Macedo, Guatapará, Restinga, São Simão e Batatais.
Segundo a concessionária, o reajuste é uma previsão contratual e acontece uma vez ao ano, na data de aniversário do contrato e representa uma correção em relação às perdas inflacionárias.
A decisão foi publicada no Diário Oficial de 17 de novembro e autoriza a revisão dos valores com base na evolução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período entre setembro de 2022 e setembro de 2023. O reajuste será de 5,18% mais acréscimo de R$ 0,20.
Valores do pedágio na praça de Boa Esperança do Sul
Categoria | Valor até 22/11 | Valor a partir de 23/11 |
Carro de passeio | R$ 10,10 | R$ 10,80 |
Caminhão (2 eixos) | R$ 20,20 | R$ 21,70 |
Moto | R$ 5,00 | R$ 5,40 |
Fonte: Arterias Via Paulista
Novas tarifas de pedágio na praça de São Carlos
Categoria | Valor até 22/11 | Valor a partir de 23/11 |
Carro de passeio | R$ 8,90 | R$ 9,50 |
Caminhão (2 eixos) | R$ 17,70 | R$ 19,10 |
Moto | R$ 4,40 | R$ 4,80 |
Fonte: Arteris Via Paulista
Novas tarifas de pedágio na praça de Santa Rita do Passa Quatro
Categoria | Valor até 22/11 | Valor a partir de 23/11 |
Carro de passeio | R$ 7,20 | R$ 7,70 |
Caminhão (2 eixos) | R$ 14,30 | R$ 15,50 |
Moto | R$ 3,60 | R$ 3,90 |
Fonte: Arterias Via Paulista
As tarifas têm desconto de 5% para os usuários que utilizam o pagamento eletrônico, nas cabines de cobrança automática, que utilizam leitura de tag.
O índice oferecido pelo município é um dos maiores da região
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas, apresentou nesta quinta-feira (17/03) ao Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais de São Carlos (SINDSPAM) proposta de reajuste salarial para os servidores da administração direta e indireta.
A Prefeitura propôs reajuste de 16,28%, sendo 10,54% referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) e 5,74% de aumento real, além do aumento do ticket refeição de R$ 578,60 para R$ 650,00 com os mesmos percentuais de desconto por faixa salarial.
O reajuste proposto pela Prefeitura de São Carlos é um dos maiores se comparado com os concedidos por municípios da região. “Estabelecemos um aumento real de R$ 5,74%, sendo que muitos municípios não estão repondo nem o índice do IPCA”, ressaltou a secretária de Gestão de Pessoas, Helena Antunes.
Já o secretário de Planejamento e Gestão, Luís Antonio Panone, disse que aumento superior a 16,28% afetaria a capacidade de investimento. “A capacidade de investimento dos municípios hoje é mínima e o custeio dos serviços oferecidos cada vez maior, porém mesmo assim estamos oferecendo o IPCA e mais 5,74% de aumento real”, ressaltou Panone.
De acordo com o prefeito Airton Garcia o município concedeu o maior índice possível. “Agradeço a compreensão de todos os trabalhadores e como sempre a Prefeitura vai continuar pagando os salários em dia e antecipando o 13º salário. Muitas prefeituras não pagaram nem o 13º salário de 2021, aqui antecipamos a primeira parcela e não atrasamos os pagamentos, o que continuaremos fazendo”, garantiu o prefeito.
BRASÍLIA/DF - A Petrobras anunciou hoje (10), no Rio de Janeiro, reajustes de preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras a partir de amanhã (11) após 57 dias sem aumento. O preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro.
“Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro”, informou o comunicado da empresa.
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras subirá de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro”, diz a nota.
Para o GLP [gás liquefeito de petróleo], de acordo com a empresa, o último ajuste de preços vigorou a partir de 9 de outubro do ano passado. A partir de amanhã, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras, subirá de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.
“Esse movimento da Petrobras vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda”, afirmou a companhia.
Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras informou que decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, fazendo monitoramento diário dos preços de petróleo.
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, disse o comunicado.
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (8) que não há decisão tomada sobre reajuste de servidores públicos. Ele destacou que não existe reajuste garantido para nenhuma categoria.
“Primeiramente, não está garantido o reajuste pra ninguém. Tem uma reserva de R$ 2 bilhões, que você pode usar. Poderia ser usado para PF [Polícia Federal], PRF [Polícia Rodoviária Federal] e também o pessoal do sistema prisional, mas não está nada garantido”, disse a jornalistas após participar de um almoço de aniversário do advogado-geral da União, Bruno Bianco. A comemoração ocorreu em uma casa no Lago Sul, bairro nobre de Brasília.
No final do ano passado, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento de 2022 com reserva de R$ 1,7 bilhão para reajuste das forças federais de segurança e cerca de R$ 800 milhões para agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias. No entanto, o aumento reservado apenas para servidores da área de segurança pública desagradou outras categorias do Executivo federal, que ameaçam deflagrar uma greve nacional no serviço público.
Bolsonaro lembrou que os servidores estão sem reajuste há três anos e que reconhece que eles “perderam bastante poder aquisitivo”. No entanto, segundo ele, encontrar espaço fiscal para aumento de salário é muito difícil.
“Não tem espaço no orçamento no momento. Você vê a dificuldade que foi de negociar a questão dos precatórios para poder dar o auxílio emergencial de R$ 400 para quem ganhava, em média, R$ 190”, disse.
Na conversa com jornalistas, Bolsonaro também confirmou uma grande reforma ministerial para o fim de março, quando 12 ministros deverão deixar seus postos para concorrerem a cargos nas eleições deste ano. A lei eleitoral exige que integrantes do Poder Executivo deixem seus cargos pelo menos seis meses antes do pleito eleitoral. Se isso se confirmar, quase metade do primeiro escalão do governo federal, atualmente com 23 ministros, será substituído de uma só vez.
“Já começamos a pensar em nomes pra gente substituir”, disse o presidente, sem citar possíveis substitutos. Os ministros que devem deixar os cargos para concorrer nas eleições são: Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Tereza Cristina (Agricultura), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), João Roma (Cidadania), Fábio Faria (Comunicações), Marcelo Queiroga (Saúde), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Gilson Machado (Turismo), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).
No início da entrevista, Bolsonaro foi perguntado sobre o desabamento de uma rocha do cânion de Capitólio, em Minias Gerais, que deixou, pelo menos, cinco mortos e várias pessoas feridas.
O presidente ainda não havia visto as imagens do acidente e um dos seus assessores mostrou o vídeo. Em seguida, Bolsonaro classificou o incidente como uma tragédia e disse que mobilizaria a Marinha para prestar auxílio no caso. Em nota, a Marinha do Brasil informou que abriu investigação sobre o acidente.
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
SÃO PAULO/SP - A bandeira tarifária vermelha patamar 2, a ser aplicada nas contas de luz já no mês de julho, terá um custo adicional 52% superior ao cobrado nas tarifas de junho.
A pedido do R7 Economize, a Procel, da Eletrobras, fez uma simulação do impacto do reajuste da conta de luz em nove produtos que utilizamos no dia a dia e consomem energia elétrica.
A maior elevação foi sentida no consumo do chuveiro elétrico. Ao ligar um aparelho (4500 W) durante 30 dias, com a média de 32 minutos/dia (72 kWh/mês), o consumidor pagará, a partir de agora, R$ 60,49. Antes do reajuste o valor era de R$ 57,64.
Outro exemplo é a geladeira, eletrodoméstico muito usado nos lares brasileiros. Ao manter o aparelho ligado durante 24 horas em 30 dias (consumo médio de 48,24 kWh/mês), o consumidor pagará R$ 40,53. Antes o custo era de R$ 38,62.
Confira a tabela completa abaixo:
Para chegar no cálculo foi aplicada uma média de todas as tarifas das distribuidoras do Brasil para o consumidor residencial, no valor de 0,594 R$/kWh e uma alíquota de 18% de ICMS, o recente aumento da bandeira vermelha corresponderia a um aumento médio de 4,95% na fatura global de energia elétrica para o consumidor final.
Novos valores começarão a ser sentidos em agosto
A bandeira tarifária vermelha patamar 2 começou a ser cobrada nesta quinta-feira (1º) e terá um custo adicional 52% superior ao cobrado nas tarifas de junho. O peso no bolso das famílias será sentido pelas coletas realizadas neste mês e sinalizadas nos boletos que vencem em agosto.
Conforme decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a cobrança extra para as contas neste mês será de R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora consumidos, ante R$ 6,243 cobrados até o mês passado.
Para o presidente da Aneel, André Pepitone, o aumento no valor da bandeira tarifária corresponde a um “sinal claro de que consumir energia até a chegada do próximo período úmido está mais caro” devido à pior crise hídrica dos últimos 91 anos.
Agora, a Aneel já abriu consulta pública e prepara um novo reajuste para ser julgado no mês de agosto, quando a bandeira vermelha nível 2 pode subir para até R$ 12 a cada 100 kWh consumidos, valor quase 92% superior ao cobrado no mês passado.
A incidência dos adicionais de bandeiras tarifárias na conta de luz dos consumidores que possuem direito à Tarifa Social de Energia Elétrica segue com os mesmos percentuais de descontos, entre 10% e 65%, dependendo da faixa de consumo das famílias.
O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, visa alertar a população sobre o custo da energia produzida no Brasil e trazer um consumo mais consciente para a população em períodos com maior uso das usinas térmicas, que produzem uma energia mais cara.
Com as atualizações, a bandeira verde continua sem cobrança adicional. Na bandeira amarela, a taxa extra passa a ser de R$ 1,874 a cada 100 kWh consumidos, alta de 39,5%. Já a bandeira vermelha 1 teve redução de 4,75% e passou a custar R$ 3,971 a cada 100 kWh consumidos.
No entanto, a Aneel aposta na manutenção da bandeira vermelha patamar 2 até novembro.
*Do R7
SÃO PAULO/SP - Após adiamento de quase seis meses, a partir da meia-noite de terça-feira, dia 1/12, entra em vigor o reajuste contratual anual das tarifas de pedágio das rodovias concedidas estaduais paulistas. Os valores estão publicados no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (20). A atualização da tarifa segue os critérios contratuais, com a correção de inflação pelo indicador econômico IPCA acumulado entre julho/2019 e junho/2020. O reajuste deveria ter entrado em vigor em 1º de julho, conforme estabelecido em contrato de concessão válido para as rodovias das três primeiras etapas do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, mas foi postergado em razão da pandemia da Covid-19. O adiamento também contemplou as praças de pedágio da concessionária Entrevias, que teria atualização em 06 de julho, mas passa a valer também em 1º de dezembro.
Já o reajuste de tarifa das praças de pedágio da concessionária ViaPaulista, que administra 720 quilômetros das Rodovias dos Calçados, ligando as regiões nordeste e sudoeste do Estado de São Paulo, entra em vigor à meia-noite desta segunda-feira, 23 de novembro, conforme estabelecido em contrato de concessão. As tarifas serão reajustadas em 3,17%, com base na evolução do IPCA, entre setembro/2019 e setembro/2020.
Em razão dos arredondamentos, dezenove praças de diferentes rodovias não terão reajuste na tarifa paga pelos usuários (tabela abaixo). As tarifas contratuais das concessionárias que integram as primeiras e segunda fases do programa de concessões, bem como as do Rodoanel nos trechos Leste, Sul e Oeste e as da concessionária Entrevias, serão reajustadas em 1,88% – índice relativo ao IPCA acumulado entre junho do ano passado e junho deste ano. As concessionárias da primeira fase são: CCR Autoban, AB Colinas, Ecovias, Intervias, Renovias, CCR SPVias, Tebe, Triângulo do Sol e CCR ViaOeste. Pertencem ao segundo lote as concessionárias CART, Ecopistas, RodoAnel, Rodovias do Tietê, Rota das Bandeiras, SPMar e Via Rondon.
As tarifas da Rodovia dos Tamoios terão reajuste de 2,13%, de acordo com as previsões contratuais.
As cinco praças do sistema remanescente da concessionária Centrovias e, atualmente, administradas pela concessionária Eixo-SP, não terão alteração, pois já tiveram suas tarifas calculadas em outro processo, cujos valores estão em vigor desde 15 de maio deste ano, no início da nova concessão.
Acesse a tabela de tarifas completa
Durante o período de isolamento social, as concessionárias de rodovias paulistas, por estarem classificadas como serviço essencial, mantiveram as atividades operacionais nas rodovias, como obras, serviços de manutenção, atendimento ao usuário e prestação de socorro, bem como estabeleceram um protocolo de apoio aos motoristas, especialmente os caminhoneiros com diversas iniciativas, como campanha de vacinação, distribuição de Kits de higiene e alimentação. Esse trabalho foi importante para apoiar o abastecimento das cidades no período da quarentena.
Investimentos
Desde o início das concessões paulistas, a receita dos pedágios viabilizou mais de R$ 6,6 bilhões em investimentos em obras, manutenção e operação dos 11,2 mil quilômetros de rodovias paulistas sob concessão. Entre os serviços prestados pelas concessionárias, já foram realizados mais 809,5 mil de atendimentos aos usuários entre socorro médico e mecânico nas rodovias paulistas. Além disso, R$ 5,8 bilhões de repasse de ISSQN, imposto que incide sobre a tarifa de pedágio, foram repassados para prefeituras paulistas. Essa verba pode ser utilizada pelas administrações municipais para investimentos nas cidades. O Programa de Concessão também garante mais de 25 mil empregos por ano.
Sem reajuste
Dezenove praças de pedágios de diferentes rodovias que levam ao interior e às praias do Litoral Paulista e Litoral Norte não terão reajuste em suas tarifas.
Confira na tabela abaixo:
Praças de Pedágios sem reajuste de tarifa em 2020 |
||||
Concessionária | Rodovia |
SP |
Município |
KM |
Intervias | Rodovia Wilson Finardi |
SP-191 |
RIO CLARO |
059+000 |
CCR ViaOeste | Rodovia José Ermírio de Moraes |
SP-075 |
SOROCABA |
012+500 |
CCR ViaOeste | Rodovia Raposo Tavares |
SP-270 |
ARAÇOIABA |
111+400 |
Colinas | Rodovia Engº. Ermênio de Oliveira Penteado |
SP-075 |
Pórtico Aeroporto (PaP) |
66+700 |
Colinas | Rodovia Engº. Ermênio de Oliveira Penteado |
SP-075 |
Pórtico Campinas (PaP) |
70+650 |
Colinas | Rodovia Engº. Ermênio de Oliveira Penteado |
SP-075 |
Pórtico Itu 2 (PaP) |
32+100 |
Colinas | Rodovia Engº. Ermênio de Oliveira Penteado |
SP-075 |
Pórtico Salto 1 (PaP) |
33+150 |
Ecovias | Rodovia Padre Manoel da Nóbrega |
SP-055 |
SÃO VICENTE |
279+950 |
Ecovias | Rodovia dos Imigrantes |
SP-160 |
DIADEMA (BLOQUEIO) |
015+917 |
Ecovias | Rodovia dos Imigrantes |
SP-160 |
ELDORADO (BLOQUEIO) |
020+100 |
Rota das Bandeiras | Rodovia Romildo Prado |
SP-063 |
LOUVEIRA |
010+370 |
Rota das Bandeiras | Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra |
SP-360 |
JUNDIAÍ |
077+100 |
Rota das Bandeiras | Rodovia Professor Zeferino Vaz |
SP-332 |
Paulínia Jd. Betel (PaP) |
119+100 |
Rota das Bandeiras | Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra |
SP-360 |
Pórtico km 74 (PaP) |
74+000 |
Rota das Bandeiras | Rodovia Professor Zeferino Vaz |
SP-332 |
Pórtico Cosmópolis (PaP) |
146+500 |
Rota das Bandeiras | Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra |
SP-360 |
Pórtico Jundiaí (PaP) |
77+100 |
Ecopistas | Rodovia Ayrton Senna da Silva |
SP-070 |
ITAQUAQUECETUBA |
032+900 |
Ecopistas | Rodovia Governador Carvalho Pinto |
SP-070 |
CAÇAPAVA |
114+000 |
Rodovias dos Tamoios |
P1 – Jambeiro |
16+100 |
|
*Governo de SP
BRASÍLIA/DF - A Petrobras anunciou, nesta última terça-feira (7), mais um reajuste no preço da gasolina. O aumento é de 5% no valor praticado pelas refinarias e passa a vigorar HOJE (8). Desta vez, o valor do diesel não sofreu correção. É a segunda elevação em julho e a nona este ano, no litro da gasolina, que passará a custar R$ 1,659 nas refinarias.
Na semana passada, a estatal divulgou aumento de 6% (ou R$ 0,10 por litro) no diesel, que passou a custar em 2/7, para as distribuidoras, R$ 1,72 por litro. No acumulado do ano, a redução do preço do óleo é de 26%.
Também na semana passada, a gasolina teve aumento de 3% (ou R$ 0,05 por litro), passando a custar nas refinarias R$ 1,58 por litro. No acumulado do ano, a redução do preço é de 13,7%, como aumento de R$ 0,08 anunciado terça-feira (ontem).
Segundo a estatal, este ano, foram 21 reajustes no litro da gasolina e 15, no do diesel, sendo nove aumentos e 12 reduções para o primeiro e quatro aumentos e 11 reduções no litro do segundo. Desde 7 de maio, é a oitava elevação da gasolina, praticamente uma por semana.
*Por: Simone Kafruni / CORREIO BRAZILIENSE
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