Jornalista/Radialista
IBATÉ/SP - A criançada vai se divertir com a Matinê de Carnaval que está sendo preparada pela Prefeitura de Ibaté. O evento, que se tornou uma tradição na cidade, está marcado para acontecer neste domingo, dia 11 de fevereiro, das 15h às 18h, na Pirâmide da Mata do Alemão.
Será uma matinê de muita diversão, com ambiente totalmente decorado, músicas, marchinhas de carnaval e apresentação do cantor Junior Karrerah.
Além de tudo isso, também será oferecido para a criançada cachorro-quente, suco e água. “Todos sabem da qualidade das festas que são realizadas pela Prefeitura de Ibaté, por isso, sempre buscamos aperfeiçoar para poder oferecer o melhor”, aponta Joziel Gama, gestor cultural.
O prefeito José Luiz Parella destaca que adultos só entram acompanhados de crianças. “A festa é para as crianças. Para que elas se divirtam e aproveitem melhor, a entrada de adultos só será permitida se estiverem acompanhados de crianças, caso contrário, não poderão entrar na Pirâmide”, explica.
Zé Parrella convida a garotada para participar da Matinê de Carnaval 2023. “Convido todas as crianças de Ibaté para irem à Pirâmide da Mata do Alemão, neste domingo, das 15h às 18h, com entrada franca”, finalizou.
A Pirâmide da Mata do Alemão é um local seguro, amplo e com capacidade para acolher confortavelmente os pequeninos foliões ibateenses e de toda a região.
EUA - Em 2022, os críticos da Sight and Sound, uma conceituada revista britânica de cinema, fizeram uma votação para eleger os melhores filmes da história da sétima arte. Nela, entre obras como Amor à Flor da Pele, Beau Travail, Era uma Vez em Tóquio e mais, o icônico primeiro lugar ficou com Jeanne Dielman, um longa-metragem belga que nem todos conhecem.
Dirigido por Chantal Akerman e lançado em 1976, na trama, acompanhamos três dias na vida de Jeanne Dielman, uma mulher ainda jovem, porém viúva, que mora com o filho adolescente.
A rotina enfadonha e a clareza de pequenos gestos dessa figura que cuida da casa enquanto o filho está na escola torna-se o alvo da narrativa, principalmente pelo fato de a personagem ocasionalmente se prostituir. Desta forma, a junção do sufocamento do cotidiano com o atendimento aos clientes - feito na própria residência - podem conduzir Jeanne a uma tragédia.
UMA VERDADEIRA SURPRESA
O fato de Jeanne Dielman 23, Quai Du Commerce, 1080 Bruxelles (título original do filme) aparecer em primeiro lugar configurou uma grande surpresa para quem costuma acompanhar a votação. Feito de tempos em tempos, o ranking da Sight and Sound costuma colocar títulos clássicos como Cidadão Kane (1941) na ponta - que desta vez, ficou em terceiro lugar.
Com roteiro assinado por Akerman, no elenco, nomes conhecidos do cinema europeu da época marcaram presença, como Delphine Seyrig, Jacques Doniol-Valcroze e Jan Decorte.
Com mais de 3 horas de duração, Jeanne Dielman também ganhou a aprovação de 95% dos críticos do Rotten Tomatoes, através de um consenso de que a película oferece "uma visão persistente, simples e, em última análise, hipnotizante da existência de uma mulher".
Vale ainda ressaltar que, na eleição, Um Corpo que Cai (1958), 2001 - Uma Odisséia no Espaço (1968), Cidade dos Sonhos (2001), O Poderoso Chefão e mais também estiveram presentes - filmes cultuados que você sempre encontra em listas do tipo.
por Rafael Felizardo / ADOROCINEMA
SÃO PAULO/SP - A Globo vive um misto de sensações com a cobertura dos desfiles das escolas de samba do Carnaval 2024. O evento terá mais arrecadação que nos dois anos anteriores, mas ainda não é um êxito completo no mercado publicitário.
A emissora confirmou ao site F5 que a transmissão terá patrocínio master da marca de cerveja Brahma, tanto na exibição dos desfiles do grupo especial do Rio e de São Paulo na TV aberta quanto na transmissão dos desfiles das campeãs no canal pago Multishow. Além disso, ela também colocou dinheiro no Glô na Rua, programa comandado por Rita Batista que mostra os blocos de rua pelo Brasil.
Pelo espaço, a Brahma pagou cerca de R$ 35 milhões, segundo pacote comercial obtido pela reportagem. A casa de apostas Pixbet patrocina apenas a transmissão dos desfiles e desembolsou 23,8 milhões, enquanto o Guaraná Antártica, que estará apenas no Glô na Rua, pagou R$ 11,2 milhões.
A Globo também celebra o êxito comercial das coberturas locais. Mais de 16 marcas confirmaram patrocínios nas folias regionais em parceria com a rede de afiliadas da emissora. Entre os anunciantes, estão o banco Bradesco.
Mesmo assim, existe uma certa decepção nos bastidores. Os desfiles das escolas de samba só venderam dois dos quatro espaços disponíveis para patrocinadores. É uma elevação com relação aos últimos anos, quando apenas a Brahma apostava nas escolas de samba, mas esperava-se que tudo tivesse sido negociado com o mercado.
A venda de publicidade é importante para as agremiações de São Paulo e do Rio, porque a Globo paga um valor de bônus pelo que consegue vender no mercado publicitário. Quanto mais arrecada, mais dinheiro vai para as escolas, que tem nos direitos de transmissão sua principal fonte de renda.
A Globo transmite os desfiles das escolas de samba de São Paulo nos dias 9 e 10 de fevereiro. Nos dias 11 e 12, é a vez das escolas do Rio.
Neste ano, uma mudança: jornalistas deixam de participar da transmissão, que será tocada numa parceria entre os departamentos de esporte e entretenimento. Alex Escobar, Karine Alves e Milton Cunha serão os nomes à frente das transmissões.
POR FOLHAPRESS
EUA - Em apenas oito anos, os Estados Unidos deixaram de vender quase nada de gás natural no exterior para se tornarem o fornecedor número 1 do mundo, uma mudança notável que beneficiou as empresas de petróleo e gás e fortaleceu a influência americana no exterior. Mas os ativistas do clima temem que o aumento das exportações de gás natural liquefeito piore o aquecimento global.
No mês passado, o governo Biden disse que iria pausar o processo de licenciamento para novas instalações que exportam gás natural liquefeito a fim de estudar seu impacto sobre as mudanças climáticas, a economia e a segurança nacional. Mesmo com a pausa, os Estados Unidos continuam no caminho certo para quase dobrar sua capacidade de exportação até 2027 devido aos projetos já autorizados e em construção. Mas quaisquer expansões além dessa data estão agora em dúvida.
No centro do debate sobre a permissão de mais exportações está uma questão espinhosa: com os governos de todo o mundo se comprometendo a fazer a transição para longe dos combustíveis fósseis, de quanto mais gás natural o mundo precisa?
O boom de exportação de gás dos Estados Unidos inicialmente pegou muitos formuladores de políticas de surpresa. No início dos anos 2000, o gás natural era relativamente escasso no país, e as empresas estavam gastando bilhões de dólares para construir terminais para importar gás de lugares como Catar e Austrália.
O fracking (técnica de perfuração do solo) mudou tudo isso. Em meados dos anos 2000, os perfuradores dos EUA aperfeiçoaram os métodos para liberar vastas reservas de gás natural barato das rochas de xisto. Ao mesmo tempo, os preços do gás natural começaram a subir em outras partes do mundo, especialmente depois que o Japão fechou suas usinas nucleares após o derretimento do reator de Fukushima em 2011 e começou a exigir mais combustível.
Isso levou a uma reversão surpreendente. As empresas americanas, lideradas pela Cheniere Energy, começaram a gastar bilhões a mais para converter terminais de importação em terminais de exportação, e as remessas de gás dos EUA para outros países começaram a aumentar.
‘Grande crescimento da demanda’
O gás natural é mais facilmente transportado por gasoduto. Para atravessar os oceanos, o gás precisa ser resfriado a 126?°C abaixo de zero, transformando-se em um líquido. O processo de fabricação e transporte do gás natural liquefeito aumenta a complexidade e o custo, mas se a diferença entre os preços do gás natural nos EUA e os preços no exterior for grande o suficiente, ele será lucrativo.
“Tudo se resume à economia”, disse Kenneth Medlock, diretor sênior do Center for Energy Studies da Rice University. “A produção continua crescendo nos Estados Unidos, o que mantém os preços baixos. E então continuamos a ver um grande crescimento da demanda no resto do mundo.”
O boom das exportações transformou o papel dos Estados Unidos na geopolítica energética.
A Europa se tornou o maior importador de gás americano nos últimos anos, permitindo que o continente reduzisse em mais da metade sua dependência do gás russo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
No futuro, espera-se que a Europa reduza seu apetite por gás adicionando mais fontes de energia renovável, como energia eólica e solar. Espera-se que os principais mercados em crescimento para o gás natural sejam os países asiáticos em rápido crescimento, como China, Índia, Paquistão, Bangladesh e Vietnã, que desejam usar o combustível para eletricidade, aquecimento ou fins industriais.
Porém, à medida que as exportações dos EUA continuam a disparar, os críticos levantam preocupações sobre o impacto da mudança climática decorrente do transporte e da venda de mais gás em todo o mundo.
Uma questão climática complexa
A última vez que o Departamento de Energia estudou essa questão, em 2019, concluiu que o gás natural liquefeito dos EUA geralmente produzia menos emissões de gases de efeito estufa do que outros tipos de carvão ou gás usados em todo o mundo.
Isso significa que mais exportações poderiam, na verdade, ser benéficas para a mudança climática se o gás dos EUA substituísse esses outros combustíveis fósseis. (Quando o gás é escasso, alguns países, como o Paquistão e Bangladesh, optaram recentemente por queimar mais carvão).
No entanto, alguns ambientalistas contestaram essas conclusões, argumentando que a análise não levou totalmente em conta todos os vazamentos de metano que podem acompanhar a produção de gás natural e que não estudou se um excesso de gás poderia deslocar a energia renovável mais limpa em vez do carvão. Espera-se que o Departamento de Energia estude essas questões enquanto suspende as autorizações para novos projetos.
Enquanto isso, o boom do gás nos EUA está longe de terminar, mesmo com a pausa na concessão de licenças.
Desde 2016, as empresas de energia dos EUA construíram sete grandes instalações no Texas, Louisiana, Maryland e Geórgia que podem exportar cerca de 322,8 milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito por dia, segundo a Administração de Informações sobre Energia.
Outros cinco projetos ao longo da Costa do Golfo já estão autorizados e em construção e poderão exportar mais 274 milhões de metros cúbicos por dia até 2027 — quase dobrando a capacidade de exportação dos Estados Unidos. Outras três instalações estão sendo construídas atualmente no México, que receberão o gás dos EUA por gasoduto e depois o enviarão para o exterior.
A pausa, no entanto, poderá afetar quase uma dúzia de projetos propostos nos Estados Unidos e no México que, se construídos, poderão aumentar a capacidade de exportação em mais 283 milhões de metros cúbicos por dia, de acordo com pesquisa da Clearview Energy Partners, uma empresa de consultoria. Ainda não se sabe se esses projetos serão levados adiante.
Com tantos projetos em andamento, os especialistas dizem que será crucial garantir que os vazamentos de metano da produção de gás sejam mantidos o mais baixo possível. (O governo Biden apresentou várias novas regulamentações sobre o metano).
“Essa é uma área em que podemos realmente obter uma vitória em termos de emissões, talvez mais do que atrasar ou até mesmo acabar com um projeto de fornecimento futuro”, disse Ben Cahill, membro sênior do Center for Strategic and International Studies. “Porque é o que fazemos com as emissões dos projetos que sabemos que estão conosco hoje.”
por Nadja Popovich e Brad Plumer / ESTADÃO
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