EUA - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira (17) que o Irã será responsabilizado e enfrentará consequências por quaisquer ataques dos rebeldes houthis no Iêmen, alinhados a Teerã.
"Cada tiro disparado pelos houthis será considerado, a partir deste momento, um tiro disparado pelas armas e lideranças do Irã, e o Irã vai ser responsabilizado e vai sofrer as consequências, e essas consequências serão graves!", escreveu o republicano em sua rede social, a Truth Social.
A declaração ocorre após os EUA bombardearem as cidades de Sanaa, capital do Iêmen, Saada, no norte, e Rada'a, no centro do país do Oriente Médio. Segundo Anees Alsbahi, porta-voz do Ministério da Saúde administrado pelos Houthis, os ataques mataram 53 pessoas, incluindo cinco crianças e duas mulheres, e feriram outras 98.
No dia seguinte, o assessor de Segurança Nacional americano, Michael Waltz, afirmou, em entrevista ao canal americano ABC News, que os bombardeios -primeira grande ação militar americana desde a volta de Trump à Casa Branca, em janeiro- mataram vários líderes rebeldes na região.
Também no domingo (16), o secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse à CBS News que a ofensiva pode durar dias ou mesmo semanas -"até que os houthis não tenham mais capacidade de atacar o transporte marítimo global e a Marinha dos EUA", afirmou.
Hossein Salami, principal comandante da Guarda Revolucionária do Irã, disse que os houthis tomavam suas próprias decisões. "Avisamos nossos inimigos que o Irã responderá de forma decisiva e destrutiva se eles cumprirem suas ameaças", disse ele à mídia estatal neste domingo.
Em resposta às ofensivas do fim de semana, o grupo reivindicou no domingo uma operação militar com 18 mísseis e um drone contra um porta-aviões americano e navios de guerra que o acompanhavam no norte do mar Vermelho. Na manhã desta segunda, falaram em um segundo ataque contra o porta-aviões com drones e mísseis balísticos e de cruzeiro.
Os EUA não confirmaram as declarações, mas o Centcom (Comando Central Americano para o Oriente Médio) disse na madrugada desta segunda que suas forças "continuam com as operações" contra os houthis, sem dar mais detalhes.
A imprensa houthi, por sua vez, informou que os EUA fizeram novos ataques entre a noite de domingo e a madrugada de segunda contra uma fábrica de algodão na região de Al Hudaydah, a oeste do Iêmen, e contra a cabine do navio Galaxy Leader, capturado há mais de um ano pelos rebeldes.
Desde novembro de 2023, dois meses após os atentados do Hamas no sul de Israel desencadearem a guerra na Faixa de Gaza, os houthis atacam embarcações no mar Vermelho, uma zona vital para o comércio mundial, em solidariedade aos palestinos. Desde então, foram registrados 174 ataques contra navios militares americanos, e outros 145 contra embarcações comerciais, de acordo com o Pentágono.
O grupo interrompeu os ataques após o cessar-fogo em Gaza, no dia 19 de janeiro. No entanto, a decisão de Israel de bloquear a entrada de ajuda humanitária no território palestino, no começo deste mês, fez o movimento ameaçar retomar as ofensivas.
As ofensivas ocorrem no momento em que um possível acordo nuclear entre EUA e Irã está em um impasse. Na semana passada, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, rejeitou a ideia de negociar com Washington, como Trump havia sugerido em uma carta enviada ao aiatolá dias antes. No documento, o republicano alertou que a outra maneira de lidar com a questão seria pela via militar.
Na entrevista à ABC News no domingo, o assessor de Segurança Nacional afirmou que "todas as opções estão sobre a mesa". Segundo ele, se não interromper "os mísseis, os armamentos e o enriquecimento" de urânio, o Irã vai enfrentar "uma série de outras consequências".
No final do mês passado, a Agência Internacional de Energia Atômica afirmou que o estoque do Irã de urânio enriquecido com até 60% de pureza -próximo ao nível de cerca de 90% usado em armas- aumentou.
Também no domingo, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou na rede social X que "o governo dos EUA não tem autoridade, nem direito, de ditar a política externa iraniana". "Essa era terminou em 1979," escreveu, em referência ao ano da revolução islâmica.
A ONU pediu que o Exército americano e os houthis cessassem "qualquer atividade militar". A China, por sua vez, pediu diálogo, afirmando que a situação no mar Vermelho tem "causas complexas". Já o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha disse que qualquer resposta aos ataques do grupo deve ser "conforme o direito internacional".
Diferentemente de outros aliados do Irã, como o próprio Hamas em Gaza, o Hezbollah no Líbano, os houthis permaneceram resilientes. O grupo foi responsável por afundar dois navios, sequestrar outro e matar pelo menos quatro marinheiros em ataques que causaram grandes impactos no transporte marítimo global, forçando empresas a redirecionar rotas, o que encareceu o processo.
Milhares de pessoas saíram às ruas do Iêmen nesta segunda em protestos convocados pelos houthis para protestar contra os bombardeios americanos, segundo imagens da imprensa local. Em Sanaa, os manifestantes exibiram cartazes e fuzis de assalto aos gritos de "morte aos Estados Unidos, morte a Israel", segundo imagens transmitidas pela rede de televisão Al Masirah, apoiada pelo Irã. Também foram registrados protestos em cidades como Saada, Dhamar e Hodeiday Amran.
Internamente, o Iêmen também sofre com conflitos do qual o grupo participa. Desde 2014, a nação vive uma guerra civil entre os houthis e o governo apoiado pela Arábia Saudita, um dos principais aliados dos EUA no Oriente Médio. O conflito matou milhares de pessoas e afundou o país de 38 milhões de habitantes em uma das piores crises humanitárias da história, segundo a ONU.
POR FOLHAPRESS
EUA - LeBron James entrou para a história mais uma vez na madrugada desta quarta-feira, ao se tornar o primeiro jogador da NBA a alcançar a marca de 50 mil pontos. O astro atingiu o feito com uma cesta de três no início do primeiro quarto da vitória do Los Angeles Lakers sobre o New Orleans Pelicans por 136-115.
James chegou a 49.999 pontos no domingo, quando marcou 17 pontos na vitória dos Lakers sobre o Clippers por 108-102, a sexta consecutiva da equipe. Aos 40 anos, LeBron já é o maior pontuador da história da liga profissional dos Estados Unidos tanto na temporada regular quanto nos playoffs e agora lidera o ranking com 50.033 pontos.
Atualmente, o pivô está na 22ª temporada de sua carreira, o que o coloca empatado com o ala-armador do Toronto Raptors Vince Carter como o jogador que mais disputou edições na NBA. Kareem Abdul-Jabbar, que jogou 20 temporadas, ocupa o segundo lugar na lista de pontuação combinada, com 44.149 pontos.
Mesmo aos 40 anos, LeBron continua atuando em alto nível. Ele foi eleito o Jogador do Mês da Conferência Oeste na terça-feira, após ter médias de 29,3 pontos, 10,5 rebotes, 6,9 assistências e 1,2 roubos de bola em fevereiro, liderando os Lakers a uma campanha de 9-2 no período e ao segundo lugar no Oeste.
Neste período de pouco mais de duas décadas nas quadras, a lista de títulos é extensa. LeBron tem quatro conquistas da NBA (2012, 2013, 2016 e 2020), faturou quatro prêmios MVP da temporada regular (2009, 2010, 2012 e 2013) e ganhou quatro títulos de MVP das finais (2012, 2013, 2016 e 2020). Ele também foi indicado 21 vezes ao All-Star Game.
James começou a partida desta terça-feira como o terceiro jogador com mais jogos na temporada regular da história da NBA, com 1.547 partidas, atrás apenas de Robert Parish (1.611) e Abdul-Jabbar (1.560). Se continuar jogando na próxima temporada, ele pode se tornar o líder da lista.
Nos playoffs, LeBron já disputou 287 jogos, mais do que qualquer outro jogador na história da NBA. Ele se tornou o maior pontuador da história dos playoffs em 2017, quando superou Michael Jordan durante as finais da Conferência Leste com o Cleveland Cavaliers.
Já o recorde de pontuação na temporada regular foi quebrado em 2023, quando LeBron ultrapassou Abdul-Jabbar ao atingir 38.387 pontos em uma partida contra o Oklahoma City Thunder.
POR ESTADAO CONTEUDO
EUA - O regime da China e os governos do Canadá e do México reagiram à implantação de tributos de importação pelos Estados Unidos, agravando a guerra tarifária que se iniciou em fevereiro deste ano, quando o presidente Donald Trump implantou uma taxa de 10% sobre produtos chineses e anunciou novas barreiras sobre outros bens e países.
China e Canadá já impuseram novas tarifas sobre produtos americanos, enquanto o México prometeu anunciar retaliações no próximo domingo (9).
Os ministérios das Finanças e do Comércio da China anunciaram na tarde de terça-feira (4) em Pequim, madrugada no Brasil, a imposição de tarifas adicionais a produtos agrícolas e alimentos importados dos Estados Unidos, inclusive milho, algodão e soja. Nas três commodities, as vendas brasileiras para o país hoje superam as americanas.
Foi em resposta à decisão dos EUA de dobrar para 20% as tarifas sobre todos os produtos chineses, com a justificativa de que Pequim precisa atuar mais contra a venda de insumos usados na produção de fentanil, droga de alto consumo entre americanos.
A medida chinesa entra em vigor no próximo dia 10. Será imposta uma tarifa adicional de 15% sobre frango, trigo, milho e algodão e de 10% sobre sorgo, soja, carne suína, bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios. Paralelamente, foram listadas empresas americanas que passarão a ter restrições de exportação e investimento.
PRODUTOS AMERICANOS QUE SOFRERÃO TARIFA DA CHINA
O porta-voz do Ministério do Exterior da China, Lin Jian, afirmou durante coletiva diária poucas horas após o anúncio que Pequim vai jogar "até o fim", repetindo declaração do chanceler Wang Yi há duas semanas, se Washington avançar com a guerra comercial.
Por outro lado, também nesta terça, na abertura das chamadas Duas Sessões, evento anual com as lideranças chinesas que aponta a estratégia para o ano, inclusive em economia, o porta-voz da Assembleia Nacional Popular, Lou Qinjian, reiterou que China e EUA, "historicamente, ganham ao cooperar e perdem ao se confrontar".
"O importante é respeitar os interesses um do outro e encontrar uma solução apropriada", acrescentou. "Nós esperamos trabalhar com o lado americano através de diálogo e consulta."
Um porta-voz do Ministério do Comércio pediu aos EUA "que retirem imediatamente as tarifas unilaterais irracionais", argumentando: "Devemos retornar ao caminho em direção a negociações entre iguais, para resolver as diferenças".
Maior concorrente dos EUA na exportação de commodities agrícolas como soja, milho e algodão para a China, o Brasil pode ser beneficiado.
Desde a eleição de Trump, o agronegócio brasileiro se prepara para ganhar ou perder espaço na China, com as tarifas propostas pelo presidente americano desde a campanha e com a eventual negociação que faça com Pequim para retirá-las.
"Quanto mais [Trump] exagerar na dose, mais oportunidades eu vejo para o Brasil", disse o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. "Os EUA competem na área agrícola conosco, [Trump] pode fazer uma negociação e impor produtos agrícolas para a China", disse a senadora Tereza Cristina, ex-ministra da pasta.
Em janeiro, logo após sua posse e um telefonema com o líder chinês, Xi Jinping, o presidente americano chegou a responder, ao ser questionado pelo canal Fox News se faria um acordo comercial com a China: "Eu posso fazer isso".
Pequim também mostrou disposição para negociar o acordo, com o Ministério do Exterior dizendo que "os dois países têm enormes interesses comuns e espaço para cooperação" e com o vice-primeiro-ministro Ding Xuexiang acrescentando: "Nós não queremos superávit comercial. Nós queremos importar mais" dos EUA.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou que irá aplicar tarifas sobre produtos dos EUA a partir desta terça-feira (4) em resposta aos impostos anunciados pelo presidente Donald Trump, que entraram em vigor no mesmo dia.
Em comunicado já na segunda-feira (3), Trudeau afirmou que "nada justifica essas medidas (dos EUA)".
"Se as tarifas dos Estados Unidos entrarem em vigor, o Canadá responderá a partir da meia-noite aplicando taxas de 25% sobre 155 bilhões de dólares canadenses (US$ 107,59 bilhões) em produtos americanos", afirmou o premiê.
A tarifa sobre produtos que movimentam até 30 bilhões de dólares canadenses (US$ 20,82 bilhões) já passa a valer nesta terça, enquanto os impostos sobre 125 bilhões de dólares canadenses (US$ 86,77 bilhões) terão início em até 21 dias, caso os impostos dos EUA prossigam até lá.
Durante o mês passado, Trudeau afirmou que a medida teria como alvo a cerveja norte-americana, o vinho, o bourbon, os eletrodomésticos e o suco de laranja da Flórida. Porém, no mesmo mês, o governo do Canadá havia divulgado que a medida seria aplicada para vários produtos como carne, legumes, laticínios, utensílios domésticos, eletrônicos e até aviões.
Na ocasião, a medida foi suspensa, já que houve um acordo entre as partes. Clique aqui para ver a lista completa de produtos.
PRODUTOS DOS EUA QUE SOFRERÃO TARIFAS DO CANADÁ
Os únicos bens a serem isentos dos 25% que Trump cobrará do Canadá são o petróleo e produtos energéticos do país, que terão tarifa de 10%. O Canadá é o maior fornecedor estrangeiro de petróleo para os EUA, representando cerca de 60% de suas importações de petróleo bruto.
O ministro de energia e recursos naturais do Canadá, Jonathan Wilkinson, afirmou nesta segunda que os americanos vão experimentar alta no preço de energia e gasolina com as novas tarifas.
"Veremos preços mais altos de gasolina como uma função da energia, preços mais altos de eletricidade da hidreletricidade do Canadá, preços mais altos de aquecimento residencial associados ao gás natural que vem do Canadá e preços mais altos de automóveis", afirmou o ministro em entrevista à CNBC.
Nesta segunda, ao confirmar a imposição de tarifas, Trump disse que as taxas só seriam amenizadas caso os países transferissem duas fábricas e manufatura para dentro dos EUA.
"Então, o que eles têm que fazer é construir suas fábricas de automóveis, francamente, e outras coisas nos Estados Unidos, caso em que não terão tarifas", disse ele.
PRESIDENTE DO MÉXICO PROMETE ANÚNCIO EM PRAÇA PÚBLICA
Em sua entrevista à imprensa diária, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse que "não há motivo, razão ou justificativa" para as tarifas de 25% impostas pelo governo de Donald Trump sobre as importações de produtos mexicanos.
Sheinbaum afirmou que o governo está preparando medidas "tarifárias e não tarifárias" em retaliação à taxação de 25% impostas pelo governo de Donald Trump. A lista de produtos, segundo ela, será anunciada no domingo (9) em um evento público na praça central da Cidade do México.
A presidente mexicana também afirmou que o México é um país "soberano", mas que não quer iniciar um confronto comercial com os Estados Unidos.
O CALENDÁRIO DAS TARIFAS DE TRUMP
Já implantadas
4.fev - 10% sobre todas as importações da China
4.mar - 10% adicionais sobre todas as importações da China
4.mar - 25% sobre todas as importações do México
4.mar - 25% sobre a maioria das importações do Canadá, com redução para energia/combustíveis
Previstas
12.mar - 25% sobre importação de aço e alumínio
2.abr - alíquota não especificada sobre todos os produtos agrícolas
2.abr - alíquota não especificada sobre veículos estrangeiros
Pode haver novas tarifas sobre importações de cobre e madeira, ainda sem data especificada
FOLHAPRESS
EUA - Os Estados Unidos confirmaram nesta quarta-feira, por meio do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o primeiro caso grave de gripe aviária no país.
As autoridades de saúde informaram que o paciente, residente da Louisiana, teve contato com aves doentes e mortas.
Este vírus, D1.1, é do mesmo tipo detectado recentemente em humanos no Canadá e no estado de Washington, além de aves selvagens e de criação nos Estados Unidos. É diferente do B3.13, identificado em vacas leiteiras, aves de criação e humanos no país.
No entanto, o CDC afirmou que está conduzindo uma sequenciação genômica adicional com amostras do paciente e que a investigação sobre a exposição ao vírus ainda está em andamento.
A gripe aviária tem sido associada a doenças graves e até mortes de seres humanos em outros países, mas é a primeira vez que um caso grave é registrado nos Estados Unidos. Entretanto, não há evidências de transmissão de pessoa para pessoa em nenhuma parte do mundo.
"Este caso não altera a avaliação global do CDC sobre o risco imediato à saúde pública da gripe aviária H5N1, que continua sendo baixo", destacaram as autoridades de saúde dos Estados Unidos em um comunicado citado pela CNN Internacional.
NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL
EUA - Os pais de uma menina de 2 anos, que foi encontrada sem vida, foram detidos no Indiana, EUA.
Sintia Perez, 21 anos, e Jace Hirschy, de 23, foram acusados de deixar a filha dentro do armário, com um aquecedor que deixou o espaço aquecido a uma temperatura de 43ºC. O excesso de calor está na origem da morte da menina.
Os pais foram presos em 27 de novembro e acusados de negligência de um dependente que resultou em morte.
Quando as autoridades receberam um alerta para se deslocar à residência da família, o casal estava na companhia de outros dois filhos de 3 e 5 anos, numa casa repleta de lixo, onde foram encontradas baratas, bem com uma panela no fogão cheia de bolor.
Os pais afirmaram que tinham deitado a menina na cama na noite anterior, com o aquecedor no quarto ligado. Mas não souberam responder às autoridades quando eles os questionaram sobre o fato de não terem ido ver da menina, depois de tantas horas sem dar sinais de vida. Note-se que a menina foi encontrada morta às 15h do dia seguinte.
O casal está preso na Adams County Jail, estando o seu julgamento agendado para 7 de março de 2025.
NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL
EUA - O Ministério do Comércio da China criticou nesta terça-feira, 26, a inclusão de 29 empresas chinesas na lista de restrições dos EUA sobre entidades ligadas ao "Ato de Prevenção do Trabalho Forçado Uigur".
"É um ato típico de coerção econômica em nome dos 'direitos humanos'. A China condena e se opõe firmemente, e apresentou reclamações solenes aos EUA", disse o porta-voz do ministério.
O Ministério do Comércio chinês negou que exista trabalho forçado em Xinjiang, alegando que os EUA decidiram impor sanções sobre as empresas chinesas sem qualquer evidência sólida.
Segundo o porta-voz, as ações americanas violam direitos humanos da população de Xinjiang, prejudicam os interesses das empresas chinesas e ameaçam a estabilidade de cadeias globais de suprimento.
"Pedimos que os EUA parem imediatamente a manipulação política e os ataques, interrompendo a repressão irrazoável de empresas chinesas", afirmou o porta-voz. "A China tomará as medidas necessárias para proteger os interesses e direitos legítimos de empresas chinesas."
POR ESTADAO CONTEUDO
EUA - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor novas tarifas sobre importações do México, Canadá e China assim que assumir o cargo. A medida seria parte de seus esforços para conter a imigração ilegal e o tráfico de drogas.
Se aplicadas, as tarifas podem elevar significativamente os preços de produtos para os consumidores americanos, desde combustíveis até automóveis. Atualmente, os Estados Unidos são o maior importador de bens do mundo, com o México, China e Canadá como seus principais fornecedores.
Trump utilizou a rede social Truth Social para fazer as declarações, criticando o aumento da imigração ilegal, apesar de dados recentes apontarem que as travessias na fronteira sul registraram o menor número em quatro anos.
"No dia 20 de janeiro, como uma das minhas primeiras ordens executivas, assinarei todos os documentos necessários para impor ao México e ao Canadá uma tarifa de 25% sobre TODOS os produtos que entram nos Estados Unidos, devido às suas fronteiras abertas e ridículas", escreveu.
O republicano afirmou que essas tarifas continuarão em vigor "até que as drogas, especialmente o fentanil, e todos os imigrantes ilegais parem de invadir nosso país". Ele também acusou o México e o Canadá de permitirem a entrada de "crime e drogas em níveis nunca antes vistos", embora os índices de criminalidade violenta tenham caído desde os picos registrados durante a pandemia.
Trump ainda direcionou críticas à China, alegando ter realizado "muitas conversas" com o governo chinês sobre o envio de drogas como o fentanil para os Estados Unidos, mas "sem sucesso". Ele anunciou que planeja implementar uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses, além das tarifas já existentes.
Não está claro se Trump levará as ameaças adiante ou se as utiliza como estratégia de negociação antes de assumir o cargo. Especialistas afirmam que tarifas punitivas poderiam afetar significativamente as economias do Canadá e do México, além de colocar em xeque o acordo comercial de 2020, mediado por Trump e que deve ser revisado em 2026.
Scott Bessent, indicado por Trump para o cargo de secretário do Tesouro, defendeu as tarifas como "uma ferramenta importante para atingir os objetivos de política externa". Ele argumentou que tarifas podem ajudar a pressionar aliados a aumentarem seus gastos com defesa, abrir mercados estrangeiros para exportações americanas e combater a imigração ilegal e o tráfico de drogas.
Embora Trump insista que drogas e imigrantes ilegais estejam entrando em níveis alarmantes, dados oficiais mostram uma redução significativa nas travessias ilegais. Em outubro, foram registradas 56.530 detenções na fronteira sul, menos de um terço das ocorrências no mesmo mês do ano passado.
Além disso, apreensões de fentanil na fronteira aumentaram drasticamente durante o governo Biden. Em 2024, cerca de 12.247 quilos da droga foram interceptados, em comparação com 1.154 quilos apreendidos em 2019, durante o mandato de Trump.
Se implementadas, as tarifas prometidas por Trump poderiam representar um grande desafio econômico para os parceiros comerciais dos Estados Unidos e criar tensões no cenário internacional, colocando em xeque os esforços anteriores de cooperação econômica e diplomática.
NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL
EUA - A Enjou Chocolat, uma pequena empresa em Morristown, Nova Jersey, ainda está sentindo os efeitos da inflação ultimamente — desde o aumento dos preços do cacau até o aumento das despesas com mão de obra.
Como resultado, a loja de chocolates, que emprega pouco menos de duas dúzias de funcionários, aumentou recentemente os preços de muitas guloseimas pela terceira vez no ano passado. A medida foi recebida com fúria pelos clientes, disse Mark Chinsky, um sócio do negócio, à CNN.
Ele disse que um cliente, que vinha comprando sacos de meio quilo de chocolate laminado por anos a US$ 10,99, reagiu mal ao ser cobrado US$ 4 a mais dessa vez. “Eles disseram 'isso é apenas um roubo e você me perdeu como cliente', o que realmente doeu ouvir”, disse Chinsky. A inflação caiu consideravelmente em relação às máximas de 40 anos vistas em 2022, mas os americanos ainda têm um gosto amargo que desempenhou um papel em dar ao presidente eleito Donald Trump uma vitória decisiva sobre a vice-presidente Kamala Harris na eleição presidencial dos EUA deste ano. Assim como os consumidores comuns, as pequenas empresas também sentiram a ira da inflação ao longo dos anos — e continuam bravas com isso, de acordo com pesquisas mensais da National Federation of Independent Business. Isso ocorre porque as pequenas empresas geralmente têm margens de lucro mais estreitas em comparação com gigantes como Walmart e Amazon, então elas sentem a dor dos custos crescentes de forma mais aguda. Isso também significa que elas são frequentemente forçadas a repassar esses custos ao cliente. Ter que aumentar os preços não poderia vir em pior hora: a temporada de festas de fim de ano é um período crítico para muitas pequenas empresas dos Estados Unidos, mas está se aproximando em um momento em que os consumidores estão se sentindo mais encorajados do que nunca a resistir aos preços mais altos.
O Small Business Index mostra que 8 em cada 10 pequenas empresas de varejo dependem de vendas de fim de ano para atingir suas metas de lucro anual. De acordo com a última pesquisa da NFIB com cerca de 1.200 pequenas empresas, 26% delas, com ajuste sazonal, disseram em outubro que planejam aumentar os preços.
“Os clientes acham que estamos tentando aumentar os preços deles quando não estamos, e a questão é: haverá pessoas suficientes continuando a comprar pelos preços mais altos para compensar as poucas que agora se recusam a fazê-lo?”, disse Chinsky.
https://youtu.be/E4THeFreHjs?si=KsaWGvr_IBjmUSiQ A América está farta da inflação Não demorou muito para que a inflação atingisse o pico em quatro décadas, em junho de 2022, para que os americanos começassem a reagir ao aumento dos preços. O relatório Beige Book do Federal Reserve, uma coleção periódica de respostas de pesquisas de empresas de todo o país, detalhava rotineiramente clientes questionando aumentos de preços já naquele ano. O último Beige Book continuou a contar histórias de revolta do consumidor.
“Frutados pelos altos preços, eles estão trocando carne bovina por frango, de restaurantes com mesas para fast casual, de marcas famosas para marcas próprias”, disse o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, em um discurso na terça-feira (12).
“Os formadores de preços estão aprendendo que sua capacidade de aumentar os preços agora é limitada pelas respostas dos consumidores.” Grandes lojas como Walmart e Target anunciaram grandes cortes de preços neste ano para atrair de volta os consumidores preocupados com a inflação. A Target disse no mês passado que reduziria os preços de mais de 2.000 itens para a temporada de festas de fim de ano. Se ao menos fosse tão simples para pequenas empresas. John Waldmann, presidente-executivo da Homebase, fornecedora de software de folha de pagamento para mais de 100.000 pequenas empresas, disse que o dilema da Enjou Chocolat é algo que ele ouve o tempo todo. “Pequenas empresas são realmente reticentes em aumentar os preços, então, quando o fazem, é porque precisam”, disse Waldmann.
“Elas ainda estão tendo inflação de todos os lados.” Desde que a inflação disparou em 2021, ela tem sido consistentemente apontada como a principal preocupação entre as pequenas empresas na pesquisa de sentimento mensal do NFIB. “(23%) dos proprietários relataram que a inflação era seu problema mais importante na operação de seus negócios (maiores custos de insumos e mão de obra), inalterado desde setembro e continuando sendo o principal problema”, disse a NFIB em seu último comunicado.
Sinais de esperança para a Main Street Embora os clientes tenham se tornado mais intolerantes aos preços mais altos, há otimismo de que eles ainda poderão abrir suas carteiras nesta temporada de festas.
O Conference Board disse em um relatório anual sobre gastos de fim de ano divulgado na terça-feira que o consumidor médio dos EUA planeja gastar US$ 1.063 em compras relacionadas ao feriado este ano, um aumento de 7,9% em relação a 2023 (embora, após o ajuste pela inflação, esse último valor tenha ficado abaixo dos níveis pré-pandemia). Consumidores mais velhos e de baixa renda indicaram que cortariam gastos com o feriado este ano, de acordo com a pesquisa. Mas será que os consumidores americanos irão migrar para lojas familiares que normalmente não podem arcar com grandes cortes de preços, diferentemente dos grandes varejistas? “Embora os consumidores estejam preocupados com algumas das pressões inflacionárias e seus orçamentos de fim de ano, ainda há um compromisso real de apoiar empresas locais”, disse Sarah Jordan, diretora de marketing da Constant Contact, que divulgou uma pesquisa recente mostrando que 78% dos mais de 3.000 consumidores entrevistados disseram que “planejam fazer compras de fim de ano em uma pequena empresa da qual nunca compraram antes”.
Também não há sinais de que o consumidor americano esteja cortando gastos: novos números do governo divulgados na sexta-feira (15) mostraram que os gastos no varejo avançaram 0,4% em outubro, um pouco acima do esperado, enquanto o número de setembro foi revisado acentuadamente para um aumento robusto de 0,8% em relação aos 0,4% relatados inicialmente.
“As pressões inflacionárias contínuas continuam a desafiar nossas ruas principais, mas os proprietários permanecem esperançosos à medida que se aproximam da temporada de férias”, disse Bill Dunkelberg, economista-chefe do NFIB, em um comunicado.
Bryan Mena / CNN
EUA - A Nasa divulgou, nesta terça-feira (29), uma comparação impressionante entre duas imagens do mesmo grupo de estrelas: o aglomerado estelar NGC 602. A primeira foto, tirada pelo Telescópio Espacial James Webb, revela detalhes inéditos do aglomerado em várias frequências de luz infravermelha, enquanto a segunda, feita anteriormente pelo Telescópio Espacial Hubble, mostra a mesma região sob luz visível.
No comunicado, a Nasa explica que a imagem capturada pelo Webb permite observar uma diversidade de galáxias ao fundo, especialmente nas bordas, localizadas a centenas de milhões de anos-luz de distância. Essa nova perspectiva de NGC 602, um aglomerado situado próximo à borda da Pequena Nuvem de Magalhães (uma galáxia satélite da Via Láctea), abrange uma área de aproximadamente 200 anos-luz.
O Telescópio James Webb, o mais avançado da atualidade, utiliza tecnologia infravermelha para registrar imagens detalhadas do espaço profundo e explorar os primórdios do cosmos. Como sucessor do Hubble, o Webb foi projetado para investigar as diversas etapas da evolução do universo, desde as primeiras luzes após o Big Bang até a formação de sistemas solares com potencial para sustentar vida.
POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL
EUA - Uma pesquisa publicada na terça-feira (29) apresentou a atual vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, com 48% das intenções de voto. O ex-presidente e candidato republicano, Donald Trump, aparece com 47%.
A uma semana da eleição, marcada para 5 de novembro, o empate técnico se mantém dentro da margem de erro, de 2,7 pontos percentuais, na pesquisa realizada pela TIPP -empresa com os levantamentos mais precisos do ciclo eleitoral de 2020, segundo o jornal Washington Post.
Os números do âmbito nacional, no entanto, podem não refletir o resultado final do pleito, já que o processo americano é baseado no sistema de Colégio Eleitoral.
Os números mostram uma corrida mais acirrada do que nos últimos pleitos. Neste momento, a 7 dias da data oficial, Kamala aparece com uma ligeira vantagem de 0,9 ponto percentual na média de pesquisas eleitorais do agregador RealClearPolitics. Em 2020, Joe Biden tinha 8 pontos de vantagem no mesmo período, e, em 2016, Hillary Clinton tinha 5,9 pontos percentuais de dianteira.
Em ambos os casos, tanto com a vitória de Biden, em 2020, quanto com a derrota de Hillary, em 2016, a campanha democrata observava uma vantagem considerável. A situação de Kamala, agora, é mais apertada.
Nos sete estados-pêndulo -aqueles que costumam alternar entre democratas ou republicanos nas votações-, o cenário é diferente. A média de pesquisas do mesmo agregador mostra Trump com 1,1 ponto de vantagem. Em 2020, Biden aparecia com 4 pontos à frente; em 2016, Hillary liderava com 5 pontos.
Com esse panorama indefinido, as campanhas buscam angariar eleitores ainda indecisos quanto à participação e à escolha de candidato. O levantamento da TIPP demonstrou os grupos em que Kamala e Trump têm ganhado mais apoio.
As maiores conquistas republicanas neste último ciclo pesquisado estão nos eleitores com ensino médio, na população negra e na parcela de cidadãos com mais de 65 anos. Por outro lado, a campanha democrata angariou mais apoio entre os possíveis eleitores que declaram ter algum nível de escolaridade e os que dizem não ser democratas ou republicanos -afirmam ser, nesse caso, independentes ou "outros".
A pesquisa reafirma que os números não indicam nenhum resultado claro. Mesmo com a ligeira vantagem de Kamala, a vitória depende do número de delegados do Colégio Eleitoral. Em 2016, por exemplo, Hillary Clinton perdeu para Trump mesmo tendo obtido cerca de 3 milhões de votos a mais.
No sistema americano, cada estado tem um número de delegados definidos de acordo com o tamanho da população e a representação no Congresso. Na maioria dos casos, o candidato que obtiver a maioria do voto popular em determinado estado leva todos seus delegados, independente da diferença percentual. Nos estados-pêndulo, essa diferença deve ser decisiva para Kamala e Trump.
A pesquisa diária da TIPP ouviu 1.291 pessoas de 26 a 28 de outubro.
POR FOLHAPRESS
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