Jornalista/Radialista
RIO DE JANEIRO/RJ - O BioParque do Rio (foto) confirmou na terça-feira (22) que, após análise laboratorial, foi detectada infecção por influenza aviária (gripe aviária) a morte de nove aves da espécie galinha-d’angola, no Zoológico da Quinta da Boa Vista na quinta-feira passada (17).
No comunicado, o BioParque informou que as amostras foram encaminhadas ao laboratório de referência do Ministério da Agricultura e Pecuária, em Campinas (SP) e o diagnóstico foi validado por autoridades sanitárias.
Segundo a informação, “todas as aves infectadas estavam na área da Savana Africana, que permanecerá interditada por 14 dias como medida preventiva, conforme protocolos de biossegurança”.
Com a adoção de medidas necessárias e autorização dos órgãos fiscalizadores, as demais áreas do parque serão reabertas ao público a partir desta quinta-feira (24).
A nota diz ainda que “o BioParque do Rio segue comprometido com o bem-estar dos animais e visitantes. Novas atualizações serão divulgadas em nossos canais oficiais”.
AGÊNCIA BRASIL
SÃO PAULO/SP - As inscrições para o Prêmio Jovem Cientista podem ser feitas até as 18h do dia 31 de julho. A 31ª edição do prêmio tem como tema "Resposta às Mudanças Climáticas: Ciência, Tecnologia e Inovação como Aliadas”.
Podem submeter seus projetos de pesquisa alunos do ensino médio, do ensino superior, e pessoas que estejam cursando ou já tenham concluído mestrado ou doutorado. Entre as premiações previstas estão laptops, bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e valores em dinheiro que vão de R$ 12 mil a R$ 40 mil. As inscrições podem ser feitas no site do prêmio.
De acordo com as regras do concurso, estudantes de graduação ou pós-graduação podem apresentar projetos em 11 linhas de pesquisa. Já os alunos do ensino médio devem propor trabalhos científicos dentro de um dos seis eixos previstos no edital. Mais informações estão disponíveis neste link.
O Jovem Cientista ainda reconhece um pesquisador de destaque na área temática da edição (categoria Mérito Científico) e também instituições de ensino e pesquisa cujos alunos matriculados e egressos se destacaram na premiação (categoria Mérito Institucional).
O prêmio é iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do CNPq, em parceria com a Fundação Roberto Marinho e copatrocínio da Shell Brasil Petróleo Ltda.
AGÊNCIA BRASIL
QUITO - O Brasil chegou à terceira vitória pela Copa América Feminina, disputada no Equador, ao derrotar o Paraguai por 4 a 1 na última segunda-feira (22), no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, em Quito.
Com o resultado, a seleção verde e amarela garantiu vaga às semifinais da competição. As brasileiras lideram o Grupo B com nove pontos.
A uma rodada do fim da primeira fase, elas não podem mais serem ultrapassadas por Venezuela (quatro), Paraguai (três) e Bolívia (zero) - os dois primeiros da chave se classificam. A única equipe que pode superar o time comandado por Arthur Elias na tabela é a Colômbia, que foi a sete pontos ao golear as bolivianas por 8 a 0, também na segunda.
As colombianas, aliás, são as próximas adversárias do Brasil. O duelo será na sexta-feira (25), às 21h (horário de Brasília), no Estádio Banco Guayaquil, em Quito, novamente com transmissão ao vivo da TV Brasil. O empate basta para as brasileiras confirmarem o primeiro lugar. As rivais têm que ganhar para encerrar na liderança, mas a igualdade já bastaria para a classificação.
Em caso de triunfo verde e amarelo, a Colômbia terá que torcer contra a Venezuela, que enfrenta o Paraguai no mesmo horário, no Gonzalo Pozo Ripalda. Se vencerem, as venezuelanas também vão a sete pontos e a decisão da vaga às semifinais pode ficar para o saldo de gols.
O compromisso de sexta é considerado o mais difícil do Brasil nesta Copa América. A Colômbia foi vice-campeã de três das últimas quatro edições e fez a melhor campanha sul-americana da Copa do Mundo passada, em 2022, na Austrália e na Nova Zelândia, parando nas quartas de final.
O elenco conta com jogadoras em evidência na Europa, como a jovem Linda Caicedo, 20 anos, que atua no Real Madrid, da Espanha; a goleadora Mayra Ramírez, do Chelsea, da Inglaterra; e a veterana Catalina Usme, do Galatasaray, da Turquia. Há, ainda, três atletas no Campeonato Brasileiro Feminino, transmitido ao vivo pela TV Brasil: Kate Tapia (Palmeiras), Lorena Bedoya (Cruzeiro) e a capitã Daniela Montoya (Grêmio).
"Temos um grande adversário para a gente realmente ser testado", projetou Duda Sampaio, eleita a melhor em campo na goleada sobre o Paraguai, em depoimento ao site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
"A Colômbia é uma seleção com um trabalho bastante sólido. Uma equipe muito bem organizada taticamente. Tem suas jogadoras do meio para frente em destaque no nível internacional. Vejo que fisicamente, assim com a gente no começo [da Copa América], sofreu um pouco com a adaptação, mas estarão melhores. Vai ser um grande jogo, como sempre têm sido os confrontos entre Brasil e Colômbia. Esperamos classificar em primeiro e merecer vencer essa seleção qualificada", disse Arthur Elias, em entrevista coletiva.
O Brasil foi letal nas bolas paradas diante do Paraguai e abriu 2 a 0 em lances quase idênticos, aos 27 e aos 39 minutos do primeiro tempo. Em ambos, Yasmin cobrou falta pela direita, a bola cruzou toda a área, em direção à meta, e surpreendeu a goleira Soledad Belotto.
Na etapa final, aos 10, Camila Arrieta foi expulsa após falta em cima de Marta, deixando a missão paraguaia ainda mais difícil. Quatro minutos depois, Amanda Gutierrez recebeu de Angelina pela direita, dentro da área, e bateu cruzado para marcar o terceiro.
Aos 16 minutos, Cláudia Martínez aproveitou bobeada defensiva, ganhou de Isa Haas na velocidade e finalizou na saída de Lorena, vazando o Brasil pela primeira vez nessa Copa América. A atacante paraguaia, de 17 anos, artilheira da competição com cinco gols, deu trabalho à zaga verde e amarela, mas o restante da equipe não acompanhou e as brasileiras aproveitaram para liquidar o confronto aos 29, em um golaço de Duda Sampaio, da entrada da área.
AGÊNCIA BRASIL
SÃO PAULO/SP - Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que associações entre as condições do bebê e fatores de acompanhamento como pré-natal insuficiente, idade materna, raça, cor e baixa escolaridade, além de fatores socioeconômicos e biológicos associados às anomalias congênitas no Brasil, aponta que uma parte dessas anomalias poderia ser evitada com o aprimoramento de políticas públicas.
A pesquisa identificou que mulheres que não realizaram consulta pré-natal durante o início da gravidez tiveram 47% mais chances de ter um bebê com anomalias do que mulheres que iniciaram o acompanhamento no primeiro trimestre.
A investigação foi realizada a partir de bases de dados interligadas do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), da Fiocruz.
Para a pesquisa foram utilizados dados de nascidos no Brasil entre 2012 e 2020, totalizando cerca de 26 milhões de bebês nascidos vivos, sendo cerca de 144 mil com algum tipo de anomalia congênita.
Das anomalias registradas, foram priorizados defeitos de membros, cardíacos, tubo neural, fenda oral, genitais, parede abdominal, microcefalia e síndrome de Down, selecionados por serem identificadas como anomalias prioritárias para vigilância no Brasil.
O artigo - de autoria da pesquisadora associada do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia, Qeren Hapuk - foi publicado no periódico BMC Pregnancy and Childbirth. O trabalho procurou compreender como esses fatores impactam no desenvolvimento dos bebês, buscando embasar estratégias preventivas direcionadas para crianças com anomalias congênitas.
Anomalias congênitas são alterações estruturais e/ou funcionais que contribuem significativamente para o aumento do risco de morbidade e mortalidade observado em crianças em todo o mundo. Esses distúrbios são complexos e sua ocorrência é influenciada por uma variedade de fatores, incluindo condições socioeconômicas que desempenham um papel significativo.
A investigação aponta ainda que mães que se autodeclararam pretas tiveram 16% mais chance de ter filhos com anomalias congênitas em comparação com mães brancas.
Outro fator de risco identificado foi a idade. Enquanto mulheres com mais de 40 anos possuíam quase 2,5 vezes mais chances de ter um bebê com anomalias congênitas, mulheres com menos de 20 anos também tiveram um risco maior (13%) do que mães com idade entre 20 e 34 anos.
A escolaridade também se apresentou como um fator que influenciou na chance de mulheres terem filhos com alguma anomalia: possuir baixa escolaridade (0 a 3 anos) significou 8% mais de chances do que com 12 ou mais anos de escolaridade.
Algumas anomalias tiveram maior associação a determinados fatores de riscos. Os casos de nascidos com defeitos do tubo neural (estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal) foram fortemente ligados à baixa escolaridade, ausência de pré-natal e gestação múltipla.
Defeitos cardíacos foram associados à idade avançada, perda fetal e pré-natal inadequado, enquanto casos com Síndrome de Down foram fortemente associados à idade materna superior a 40 anos.
Além disso, houve variações significativas nas chances de crianças nascerem com anomalias entre as regiões do país e os grupos de anomalias. A principal causa dessa variação é a subnotificação. O Sudeste é a região que melhor notifica nascimentos com anomalias congênitas em comparação com as demais regiões.
A Região Nordeste concentra quase metade da população brasileira vivendo em situação de pobreza, o que pode ajudar a explicar a maior probabilidade de mães residentes terem nascimentos com defeitos do tubo neural, uma vez que essa condição está altamente associada à baixa renda, baixa escolaridade e má alimentação (suplementação insuficiente).
A epidemia do vírus Zika no Brasil - entre 2015 e 2016 - resultou em um aumento na notificação de nascidos vivos com microcefalia e outras anomalias congênitas do sistema nervoso, especialmente no Nordeste, o que pode ter contribuído para os resultados observados.
“Esses dados mostram que a desigualdade socioeconômica em conjunto com fatores biológicos impacta diretamente na saúde e desenvolvimento do bebê”, disse a pesquisadora Qeren Hapuk.
Para ela, os achados indicam que tais fatores de agravamento são evitáveis ou modificáveis. Intervenções em educação materna, planejamento reprodutivo, nutrição e, principalmente, acesso ao pré-natal são fundamentais para a prevenção de anomalias congênitas.
AGÊNCIA BRASIL
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.