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Material ajuda o candidato a entender as regras e a participar da seleção

 

SÃO CARLOS/SP - Para facilitar a sua vida das pessoas interessadas em estudar na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Instituição lançou um Guia simplificado (bit.ly/guiafacil_sisu2025) com as principais informações referentes ao ingresso na graduação via SiSU em 2025.

Os editais de ingresso geralmente são bem extensos e muitas vezes são difíceis de entender. Pois esse Guia tem a missão de ajudar os candidatos a entender as regras do edital de um jeito fácil e rápido. O material apresenta: o cronograma completo da seleção com as principais etapas e datas; as modalidades de reserva de vagas e como participar de cada uma delas; os documentos necessários para inscrição; e um passo a passo completo do processo seletivo em 2025.

O Guia foi produzido pela Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) em parceria com a Coordenadoria de Ingresso (CIG) e está disponível na íntegra aqui (bit.ly/guiafacil_sisu2025).

Além do Guia, este ano a UFSCar lançou uma Central de Atendimento específica para tirar dúvidas sobre o ingresso na graduação via SiSU. O endereço da Central de Atendimento é https://www.ingresso.ufscar.br/atendimento.

Espaço promove cuidado humanizado e integral às pessoas internadas

 

SÃO CARLOS/SP - Com a missão de oferecer atendimento de excelência, o Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar) promove cuidado humanizado, de forma acolhedora e integral, proporcionando oportunidades que impactam na experiência e recuperação do paciente.

Dentre as intervenções planejadas e realizadas em equipe, existe a possibilidade de atendimentos externos no Solário, um espaço da estrutura física local, onde é possível perceber o sol, o vento e sons externos ao ambiente hospitalar, considerado mais um ambiente terapêutico cuidadosamente pensado para proporcionar bem-estar físico e mental aos pacientes, especialmente àqueles internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A proposta visa permitir que pacientes em internação prolongada, principalmente idosos, que vivenciam condições como restrição ao leito, comprometimento do desempenho, exposição a estímulos estressores (luz, ruídos, temperatura) e privação de estímulos naturais, tenham oportunidade de minimizar tais danos, com acompanhamento multiprofissional que promove impulsos sensoriais, cognitivos e motores, e ainda possibilita que o paciente tenha um momento de interação com sua família fora do ambiente da UTI.

O aposentado Antônio Galvão, de 90 anos, esteve hospitalizado por mais de trintas dias na UTI do HU-UFSCar e participou dessa intervenção terapêutica no início do mês de agosto de 2024. O atendimento em equipe trouxe resultados notáveis e perceptíveis também pela família que o acompanhou. "Percebemos que ele melhorou bastante, evoluindo constantemente. Os profissionais do hospital nos ofereceram todo o suporte de informações e percebemos o quanto ele foi bem tratado aqui", destaca Ida Galvão, filha do paciente.

Com uma localização privilegiada, o Solário do HU-UFSCar considera a existência de literatura demonstrando que práticas como essa podem contribuir com a recuperação, reduzir o estresse e melhorar o humor dos pacientes, indo além dos aspectos físicos, tratando também a saúde emocional e mental das pessoas internadas.

"Dentre infinitas possibilidades, neste caso, o que esperamos é diminuir o delirium (distúrbio neuropsiquiátrico comum em idosos hospitalizados), melhorar a capacidade cognitiva e funcional, com ganho de autonomia, de senso de eficácia, de satisfação, melhora do humor e de bem-estar, maior aproximação da família e isso tudo impactando positivamente no processo de tratamento e hospitalização", destaca Mariana Fogar, terapeuta ocupacional do HU-UFSCar.

Como acontece

A retirada do paciente da UTI para atendimento no Solário só acontece após rigorosa avaliação e elaboração de plano terapêutico individualizado. Nem todos os pacientes têm condições clínicas que possibilitam a saída da UTI, mas aqueles cuja condição permite têm muito a se beneficiar, como explica o médico da Unidade do Paciente Crítico do HU-UFSCar, Gerhard  Lauterbach. "Quem já está há mais de quinze dias sem ver a luz do sol, porque está dentro do ambiente de UTI, acaba sofrendo, entristecendo, e quando é idoso, episódios de confusão mental são recorrentes. Então, quando esses pacientes têm acesso a luz do dia é possível proporcionar um benefício psíquico e físico para eles e ajudar a melhorar o ritmo circadiano (noção de dia e noite)", salienta o médico.

Para retirar o paciente é necessário que ele esteja estável hemodinamicamente. "A gente prepara bem o paciente antes e, durante o deslocamento e a intervenção, contamos com a presença de uma equipe médica, de enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional além da companhia da família", pontua Fabiano Matos de Souza, fisioterapeuta do HU-UFSCar. "O que temos de resultado é o paciente mais consciente, ativo e orientado, com melhor interação com o ambiente, familiares e equipe, além da melhora da condição que envolve aspectos biopsicossocial e espiritual", garante Fogar

O uso do Solário como parte do tratamento teve início desde a abertura da UTI adulto do Hospital, e é um exemplo de como o HU-UFSCar, vinculado à Rede Ebserh, valoriza a humanização do cuidado. Ao integrar esse espaço terapêutico a possibilidades de atendimento, o Hospital reafirma seu compromisso em oferecer um tratamento humanizado e de excelência, onde cada aspecto da experiência do paciente é considerado.

Curso, promovido por alunos do curso de Ciência da Computação, é gratuito e online

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Educação Tutorial do Bacharelado em Ciência da Computação (PET-BCC) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) convida estudantes de escolas públicas para um curso de férias sobre Python, online e gratuito. 

No curso, os participantes serão introduzidos ao mundo da computação através da linguagem Python, uma das mais utilizadas da atualidade. As aulas online acontecem nos dias 29/1, 30/1, 5/2 e 6/2. As aulas presenciais (opcionais) serão no Departamento de Computação (DC), na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar, para resolução de exercícios e esclarecimento de dúvidas, nos dias 1 e 8/2.

As inscrições estão abertas neste link (https://forms.gle/m9EDJp9ztNEg3MnUA). Os interessados também podem entrar em contato pelo Instagram (@petbcc) ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Curso visa capacitar profissionais para aplicarem tecnologias avançadas em ambientes industriais e organizacionais

 

SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Engenharia Mecânica (DEMec) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas para o curso de aperfeiçoamento em Indústria 4.0 - Implementação de mudanças na manufatura para ganhos de competitividade das operações, que visa capacitar profissionais para aplicarem tecnologias avançadas em ambientes industriais e organizacionais.

Com foco em manufatura avançada, automação, robótica, ciência de dados e inteligência artificial, o curso promove uma formação abrangente que integra teoria e prática. Ao longo de 18 meses, os participantes desenvolvem habilidades para transformar processos produtivos, otimizar operações e implementar soluções tecnológicas que promovam eficiência e sustentabilidade.

O curso é especialmente projetado para engenheiros, técnicos e gestores que desejam liderar projetos de modernização industrial e aplicar práticas sustentáveis que aumentem a competitividade. A metodologia  combina conhecimentos teóricos com atividades práticas, preparando os profissionais para enfrentar os desafios da Indústria 4.0 de forma assertiva e estratégica. Além disso, as aulas são ministradas online e ao vivo, garantindo flexibilidade e suporte contínuo para os participantes.

São três módulos que abordam temas como manufatura avançada, automação, robótica, ciência de dados, inteligência artificial e soluções sustentáveis. As inscrições têm descontos para grupos e há duas vagas gratuitas para servidores da UFSCar. Mais informações e as inscrições estão disponíveis no site do curso (https://industria40.ufscar.br).

Estão abertos os prazos para inscrições e submissão de trabalhos

 

SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 22 a 25 de abril, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza o evento integrado I Simpósio de Ciências Ambientais (SiCAm) e VIII Jornada de Gestão e Análise Ambiental (JoGAAm), que terá como tema central a "Gestão de desastres e sistemas complexos no contexto de mudanças climáticas".

O evento integrado é organizado por docentes e discentes do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) e do curso de bacharelado em Gestão e Análise Ambiental da UFSCar. O objetivo é integrar a comunidade acadêmica das áreas de Ciências Ambientais e Gestão e Análise Ambiental aos gestores de desastres e profissionais de outras áreas que desenvolvam tecnologias para a superação de desafios práticos relacionados ao tema.

A programação, que inclui atividades como palestras, mesas-redondas, oficinas online e presenciais, pode ser conferida no Instagram (@viiijornadagaameisicam). O evento também está recebendo, até o dia 5 de fevereiro, trabalhos em 15 eixos temáticos, no formato de resumo expandido. Mais detalhes estão no site  https://sicamjogaam2025.faiufscar.com. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

SÃO CARLOS/SP - Com o tema "Desafios Socioambientais", será realizado o Encontro Agroecológico de Meliponicultura e Economia Solidária. O evento acontece presencialmente no dia 31 de janeiro, das 9 às 17 horas, no Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP), localizado na área Sul do campus sede da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). As inscrições estão encerradas.

O evento é organizado pelo Núcleo Multidisciplinar e Integrado de Estudos, Formação e Intervenção em Economia Solidária (NuMI-EcoSol) e pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão Rural (NuPER), ambos da UFSCar, em parceria com a CooperAbelhas, Cooperativa de Produtores e Produtoras Rurais e Criadores de Abelhas de São Carlos e Região, grupo constituído por camponesas e camponeses do Assentamento Comunidade Agrária Nova São Carlos.

Com objetivo de contribuir para a difusão de conhecimentos em meliponicultura, economia solidária e agroecologia, o evento será um espaço de intercâmbio entre universidades, agricultura familiar, assentamentos de reforma agrária, estudantes e pesquisadores. Acolhendo o debate científico/acadêmico e as diversas experiências de educação popular, a proposta é colocar em discussão uma agenda acadêmica que vise ao desenvolvimento rural baseado na agroecologia e na agricultura camponesa familiar, para fortalecer a produção, beneficiamento e comercialização de alimentos saudáveis.

Programação
Na parte da manhã, a programação conta com mesa de abertura, apresentando as ações desenvolvidas pelo NuMI-EcoSol e pela Cooperabelhas, e uma mesa temática discutindo o papel das abelhas na garantia da biodiversidade. 

Na parte da tarde, o debate será organizado por meio de Grupos de Trabalho, com os seguintes temas: 1. Saúde integral e a meliponicultura: uso do mel e seus derivados; 2. Economia solidária e meliponicultura: ensino, pesquisa e extensão; 3. Agroecologia, manejo e processamento do mel; e 4. Agroecologia e a mulher: experiências exitosas. O encerramento do evento contará com plenária final, para sistematização dos encaminhamentos propostos por cada grupo. 

Para mais informações, acompanhe o perfil do NuPER no Instagram (www.instagram.com/nuper_ufscar) ou o site nuperufscar.com.br.

Artigo apresenta iniciativas que promovem oportunidades de aprendizado e inclusão social para este público

 

SÃO CARLOS/SP - Como a educação pode impactar positivamente o processo de envelhecimento? Será que aprender ao longo da vida é um privilégio ou uma necessidade para garantir saúde, inclusão e realização pessoal?

Essas questões foram abordadas no artigo mensal da coluna EnvelheCiência, de autoria de Keika Inouye, docente no Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A iniciativa, idealizada por Marcia Regina Cominetti, também docente no DGero, é uma parceria com o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Instituição.

O intuito é divulgar informações - baseadas em evidências científicas - sobre o processo de envelhecimento, tornando assim o conhecimento e as descobertas importantes da área disponíveis para um público mais amplo.

Na publicação de janeiro - "Qual a importância da educação para as pessoas idosas?" -, Inouye discute como as educações formal, não formal e informal podem contribuir para um envelhecimento ativo e saudável. O texto explora, ainda, iniciativas como a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e as Universidades Abertas, que ampliam as oportunidades de aprendizado e inclusão social para pessoas idosas.

O artigo está disponível para leitura no site do ICC, em https://bit.ly/envelheciencia-educacao.
Mais informações sobre o projeto EnvelheCiência estão disponíveis em https://www.icc.ufscar.br/pt-br/projetos/sementes-da-cultura-cientifica/coluna-envelheciencia.

Estudo busca voluntários para testes e acompanhamento gratuitos

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de pós-doutorado, desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem como objetivo validar um instrumento de qualidade de vida, avaliar a capacidade funcional e a participação de atividades diárias de pessoas que têm doença intersticial pulmonar (fibrose pulmonar). O estudo convida voluntários com a doença para participarem de testes e acompanhamento gratuitos.

A pesquisa é conduzida pela pós-doutoranda Vanessa Pereira de Lima, sob coordenação de Valéria Amorim Pires di Lorenzo, professora do Departamento de Fisioterapia da UFSCar. O projeto tem a participação de outro pesquisadores da pós-graduação em Fisioterapia da Instituição, da Unidade Saúde Escola (USE) da UFSCar, além da parceria com a Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), de Diamantina (MG).

Vanessa Lima explica que fibrose pulmonar é uma doença caracterizada pelo enrijecimento do tecido pulmonar, que leva a sintomas como falta de ar, tosse seca, diminuição da capacidade de executar atividades do dia a dia, dentre outros. "Pode não ter causa definida, mas pode ser associada à síndrome pós Covid-19, doenças reumatológicas, além de também estar relacionada a pessoas que trabalham em fábricas de cerâmicas, carvoarias, mineração, devido à inalação de fumaças tóxicas", complementa.

Os objetivos da pesquisa consistem em validar um instrumento de qualidade de vida na população portadora da doença; avaliar a capacidade funcional das pessoas - força muscular, capacidade de exercício e função pulmonar -; e avaliar a participação do indivíduo em suas atividades diárias. "Além disso, os participantes responderão um questionário e passarão pelas mesmas avaliações após seis meses, para acompanharmos a evolução da doença", detalha Lima.
De acordo com a pesquisadora, a relevância do estudo está na validação do questionário como instrumento de avaliação e no acompanhamento da evolução do paciente.

"Nossa expectativa é que o questionário seja válido nesta população e que o seguimento destes indivíduos possa nos auxiliar no manejo destes pacientes na reabilitação pulmonar, conhecendo sua evolução ao longo do tempo e as suas limitações", destaca a pós-doutoranda.

Para desenvolver a pesquisa, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, a partir de 18 anos, com diagnóstico de fibrose pulmonar. Os participantes serão avaliados presencialmente na UFSCar e, ao final, receberão um relatório das avaliações e o resultado da espirometria (exame que analisa o fluxo de ar na inspiração e na expiração). As pessoas interessadas em participar da pesquisa devem entrar em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo Whatsapp (16) 99993-5859. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 82419524.2.1001.5108).

Iniciativa integra ações de divulgação científica de rede de pesquisa para combate às plantas daninhas, composta por cinco universidades federais

 

SÃO CARLOS/SP - Com o objetivo de incentivar a curiosidade e o pensamento crítico nas crianças, o projeto de extensão "Pequenos Cientistas", do Colégio de Aplicação (CAU) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), promove atividades práticas e lúdicas com foco na educação científica.

Uma das ações realizadas com turmas do Ensino Fundamental foi a compostagem, um processo natural de decomposição de resíduos orgânicos - como restos de comida e folhas -, que se transformam em um material rico em nutrientes, utilizado como fertilizante. A prática foi desenvolvida nos espaços da Universidade e permitiu às crianças explorarem o ciclo de decomposição e os benefícios ambientais do reaproveitamento desses resíduos.

"Nosso objetivo é mostrar aos pequenos e às pequenas que a Ciência está presente em tudo ao seu redor. Atividades como a compostagem são formas de despertar a consciência ambiental e estimular o interesse por práticas sustentáveis desde cedo", explica Elisângela Ferreira Sentanin, docente do Ensino Básico, Técnico, Tecnológico (EBTT) do CAU.

A iniciativa vai além do aprendizado em sala de aula, pois também busca envolver as famílias e demonstrar como a Ciência pode transformar a realidade das pessoas. A prática educativa reforça o compromisso da Universidade em promover o diálogo entre o meio acadêmico e a comunidade.

A compostagem integra as ações de divulgação científica de um projeto conectado a uma rede nacional de pesquisa sobre plantas daninhas, coordenada por Márcio Weber Paixão, docente no Departamento de Química (DQ) da UFSCar. Essa rede reúne cinco universidades federais - além da UFSCar, as universidades federais de Santa Catarina (UFSC), Federal Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Goiás (UFG) - para o desenvolvimento de novos produtos e processos de controle fitossanitário, com foco em biodefensivos.

Os biodefensivos são alternativas sustentáveis aos herbicidas comerciais, que, muitas vezes, apresentam alto impacto ambiental e na saúde humana. "A ideia é desenvolver compostos inovadores que utilizam resíduos renováveis, como biomassa de madeira e cana-de-açúcar, para combater plantas daninhas de maneira eficiente e ecológica. O objetivo é criar produtos seletivos, que protejam as culturas agrícolas sem prejudicar o meio ambiente", destaca Paixão.

Ao contribuir para práticas agrícolas mais sustentáveis, o projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente ao ODS 2, que busca a erradicação da fome e o avanço de uma agricultura sustentável.

Mais informações sobre o projeto em rede estão disponíveis no Portal da UFSCar, em bit.ly/ufscar-daninhas.

Confira a reportagem em vídeo sobre o "Pequenos Cientistas" no canal do YouTube da UFSCar (youtube.com/watch?v=m8niCj1ekOs).

Estudo inédito utiliza moléculas orgânicas derivadas de açúcares como ingredientes ativos para defensivos agrícolas mais sustentáveis

 

SÃO CARLOS/SP - Está sendo desenvolvido pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em conjunto com outras instituições, um trabalho voltado para a busca por novos insumos de combate ao cancro cítrico. A doença, que atinge as lavouras de citros - como limão e laranja - é combatida há décadas pela pulverização de cobre, metal tóxico e deletério para o meio ambiente. 

A pesquisa foi iniciada por volta de 2009, sob coordenação da professora Maria Teresa Marques Novo Mansur, do Departamento de Genética e Evolução (DGE) da UFSCar, pela busca, por meio de análise proteômica [de proteínas] combinada à análise genética, de proteínas-alvo na bactéria que estivessem envolvidas com sua capacidade de causar a doença. Um dos alvos encontrados na superfície celular foi a proteína denominada XanB. O grupo demonstrou mais recentemente que moléculas orgânicas derivadas de carboidratos, inibidoras da proteína-alvo XanB, eram eficientes no controle da doença e poderiam ser ingredientes ativos para novos defensivos agrícolas.

O trabalho de Novo-Mansur - que é líder do grupo de pesquisa do Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular Aplicada (LBBMA) da UFSCar (www.lbbma.ufscar.br/pt-br) - é desenvolvido com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e colaboração do grupo do professor Carlos Henrique Tomich de Paula da Silva, da Universidade de São Paulo (USP), que realizou o planejamento das moléculas inibidoras por abordagem computacional, e do grupo do pesquisador Franklin Behlau, do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) de Araraquara, que colaborou nos testes in vivo

O que é o cancro cítrico
O cancro cítrico é uma doença causada pela bactéria Xanthomonas citri subsp. citri, que afeta diversas espécies de citros; é caracterizada pelo aparecimento de lesões corticosas, que são erupções de aspecto áspero e elevado nas folhas, frutos e ramos das plantas. Essas lesões podem ser circundadas por halos amarelos, resultantes do decréscimo de clorofilas nas áreas infectadas, e os tecidos afetados podem expelir bactérias que se espalham facilmente pelo vento e pela chuva. As plantas contaminadas podem sofrer queda prematura de folhas e frutos, o que reduz a qualidade dos frutos e a produtividade, afetando o potencial econômico da citricultura.

De acordo com a pesquisadora da UFSCar, o prejuízo causado pelo cancro cítrico para a agricultura é amenizado por medidas de manejo e, principalmente, por meio da pulverização de soluções de cobre nos pomares infectados. "No entanto, esse controle gera custo superior a R$ 200 milhões por safra, além de causar impacto ambiental devido à toxicidade do metal. Além disso, já foram identificadas linhagens bacterianas resistentes ao cobre, o que diminui a eficiência desse controle", explica o André Vessoni Alexandrino, doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) da UFSCar que foi orientado da professora Novo-Mansur na UFSCar nesse projeto.  

Outras medidas de controle, segundo a pesquisadora, incluem a erradicação de plantas contaminadas e o uso de quebra-ventos para reduzir a disseminação da doença. Dada a ineficácia dessas medidas para a cura definitiva e os impactos ambientais, pesquisadores e agricultores buscam novas alternativas, como o desenvolvimento de cultivares mais resistentes, agentes que possam agir como controle biológico e compostos que possam controlar a doença de forma mais sustentável​. 

Avanços das pesquisas
"O principal diferencial da nossa pesquisa é que utilizamos uma abordagem inédita para a busca de uma alternativa de controle do cancro cítrico, a qual nos possibilitou chegar a moléculas que interferem de modo bastante específico na interação do patógeno com a planta e são de baixa ou nenhuma toxicidade ao ser humano, em contraposição ao cobre utilizado atualmente nas lavouras", destaca a professora da UFSCar. "Temos a expectativa de que essas moléculas, que são derivadas de carboidratos, possam se constituir em uma alternativa ecologicamente atrativa, sendo biodegradáveis e não interferindo com a microbiota do solo, causando assim menor impacto ambiental, e sejam também economicamente viáveis para utilização comercial no campo. A abordagem multidisciplinar utilizada, com metodologias complementares advindas de colaboradores de diferentes áreas do conhecimento, voltada para um objetivo comum, nos possibilitou não estacionar na ciência básica, que por si só já tem seu valor, mas ir além, gerar inovação tecnológica por meio de produtos de interesse para o agronegócio", avalia.

Os novos compostos estão sendo testados em maior escala no campo por parte de uma empresa start-up, que licenciou a patente do trabalho, depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O trabalho contou, na USP, com a contribuição de Mariana Pegrucci Barcelos, doutoranda orientada pelo professor Tomich, que realizou também com ele mestrado pelo projeto. Na UFSCar, além de André Alexandrino, houve também a participação de Beatriz Brambila, que recentemente defendeu o mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Genética Evolutiva e Biologia Molecular (PPGGEv-UFSCar), sob orientação da professora Novo-Mansur. Inibidores planejados pelo grupo do professor Tomich contra outra proteína-alvo da bactéria, também descoberta no grupo da UFSCar, estão sendo testados pela doutoranda Ana Carolina Franco Severo Martelli, sob orientação da professora Novo-Mansur pelo PPGGEv-UFSCar, e também estão apresentando resultados promissores, de acordo com a docente da Universidade.

Mais informações
O estudo da professora Maria Teresa M. Novo Mansur contou com o apoio da Fapesp, no período de 2009 a 2016, por meio de Projeto Jovem Pesquisador (processo 07/50910-2), e atualmente conta com o apoio de Projeto de Auxílio à Pesquisa, também da Fapesp (processo 2020/05529-3), ambos sob sua coordenação. O professor Carlos H. Tomich da Silva também conta com o apoio de Projeto de Auxílio à Pesquisa da Fapesp (processo 2023/01921-4), do qual é coordenador. O artigo que descreve a nova alternativa foi publicado na Revista Microbiology Spectrum, em https://journals.asm.org/doi/10.1128/spectrum.03673-23. O assunto também foi tema da Revista Pesquisa Fapesp em outubro de 2024 (https://revistapesquisa.fapesp.br/novos-compostos-serao-testados-contra-cancro-citrico/). Mais esclarecimentos sobre o estudo podem ser solicitados diretamente com a professora Maria Teresa M. Novo Mansur através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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