Jornalista/Radialista
IBATÉ/SP - O Dia Mundial da Água é comemorado em 22 de março. Para celebrar a data, a Prefeitura de Ibaté, por meio da Secretaria de Educação promove ao longo desta semana nas escolas da rede municipal de ensino, atividades diversificadas enaltecendo a importância da água e a conservação desse recurso natural.
Entre os assuntos abordados estão a importância da preservação dos recursos hídricos, ações que devem ser realizadas no cotidiano, não jogar lixo nos rios, lagos e mar, economia de água nas atividades diárias como banhos, escovação de dentes e lavagem de louças.
Em sala de aula, os professores exploraram conteúdos curriculares relacionados ao tema. Para enriquecer as aulas, os alunos passaram por mini oficinas, confecções de cartazes, brincadeira com bolinhas de sabão, jogo da memória, pintura e leitura.
De acordo com a secretária de Educação e Cultura, Danielle Garcia Chaves, o Dia Mundial da Água precisa ser mais lembrado e celebrado. “É muito importante ensinar as crianças a preservar e não poluir nossos rios e mares. O lixo acumulado nos mares prejudica os animais marinhos e corais. Muitas vezes, demora milhares de anos para se decompor. Acreditamos que com esse trabalho nossos alunos serão multiplicadores. Plantamos nossa sementinha para que mais tarde ela venha dar bons frutos”, alega.
“O mundo tem sede de iniciativas, por isso não poderíamos deixar de levar para nossas crianças a importância e a conscientização sobre a água”, pontuou a secretária.
UCRÂNIA - Cinco pessoas morreram em um bombardeio russo na cidade de Kostiantynivka, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, anunciou o serviço de emergência do estado nesta sexta-feira, 24.
“Três mulheres e dois homens morreram” no ataque com mísseis russos contra um prédio de um andar onde funcionava um centro de acolhimento humanitário, nesta localidade situada a cerca de vinte quilômetros a oeste de Bakhmut, epicentro dos combates com o exército russo, informaram estes serviços no Telegram.
Por outro lado, nesta sexta-feira uma mulher morreu e outros quatro civis ficaram feridos por disparos de artilharia na cidade de Bilozerka, na região de Kherson (sul), informou a promotoria.
Várias casas, linhas de energia e gasodutos foram danificados no bombardeio, informou a promotoria.
PARIS – A polícia disparou gás lacrimogêneo e lutou contra violentos manifestantes anarquistas vestidos de preto em Paris e em toda a França nesta quinta-feira, enquanto centenas de milhares de pessoas marcharam contra o plano do presidente Emmanuel Macron de aumentar a idade de aposentadoria.
O nono dia de protestos em todo o país, em sua maioria pacíficos, interrompeu viagens de trem e avião. Os professores estavam entre as muitas profissões que abandonaram o trabalho, dias depois de o governo aprovar um projeto de lei para aumentar a idade de aposentadoria em dois anos, para 64 anos.
As manifestações na região central de Paris foram de maneira geral pacíficas, mas grupos de anarquistas “Black Bloc” quebraram vitrines, destruíram móveis urbanos e saquearam um restaurante McDonald’s. Os confrontos ocorreram quando a tropa de choque repeliu os manifestantes com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral.
O ministro do Interior do país, Gerald Darmanin, disse que 149 policiais ficaram feridos e 172 pessoas foram presas em todo o país. Dezenas de manifestantes também ficaram feridos, incluindo uma mulher que perdeu um polegar na cidade de Rouen, na região da Normandia.
“Há bandidos, muitas vezes da extrema esquerda, que querem derrubar o Estado e matar policiais”, disse Darmanin depois de visitar a sede da polícia de Paris na noite de quinta-feira.
Pequenos grupos continuaram a enfrentar a polícia em Paris até tarde da noite, acendendo fogueiras em todo o centro da cidade e brincando de gato e rato com as forças de segurança.
A polícia também disparou gás lacrimogêneo contra alguns manifestantes em várias outras cidades, incluindo Nantes e Lorient, no oeste, e Lille, no norte, e usou canhões de água contra outros em Rennes, no noroeste.
Os sindicatos temem que os protestos possam se tornar mais violentos se o governo não der atenção à crescente raiva popular em relação às mudanças no setor previdenciário.
“Esta é uma resposta às falsidades expressas pelo presidente e sua teimosia incompreensível”, disse Marylise Leon, vice-secretária-geral da central sindical CFDT. “A responsabilidade desta situação explosiva não é dos sindicatos, mas do governo.”
Os sindicatos pediram uma ação regional no fim de semana e novas greves e protestos em todo o país em 28 de março, dia em que o rei Charles, do Reino Unido, deve viajar de trem de Paris para Bordeaux.
A entrada principal da prefeitura de Bordeaux foi incendiada na quinta-feira, dias antes da visita do monarca à cidade no sudoeste francês.
Na quarta-feira, Macron quebrou semanas de silêncio sobre a nova política, insistindo que a lei entraria em vigor no final do ano. Ele comparou os protestos com a invasão do Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021.
Slogans e faixas foram dirigidas ao presidente, que evitou os repórteres ao chegar a Bruxelas para uma cúpula de líderes da União Europeia.
As pesquisas de opinião há muito mostram que a maioria dos eleitores se opõe à nova legislação previdenciária. A raiva aumentou na semana passada, quando o governo forçou as mudanças pela câmara baixa do parlamento, sem votação.
Reportagem de Dominique Vidalon, Forrest Crellin, John Irish, Sudip Kar-Gupta, Lucien Libert, Stephane Mahe, Eric Gaillard, Bertrand Boucey, Marc Leras e Benoit van Overstraeten / REUTERS
ARGENTINA - O trabalhador de um vinhedo em Mendoza, pertencente à vinícola Monteviejo, exibe dois cachos de uva cabernet franc: um vistoso, outro com poucos bagos e frutos atrofiados. "Foi atingido pela geada", diz. O clima inclemente explica a pior colheita de uvas em 30 anos na Argentina.
Geadas tardias e, em menor medida, granizo e seca, têm castigado os vinhedos de Mendoza, 1.000 km a oeste de Buenos Aires, província que concentra 70% da produção de uvas e 78% da de vinhos na Argentina. As outras regiões produtoras tampouco vivem uma situação melhor.
"Estamos apressando a colheita, porque tememos uma próxima geada", disse à AFP Marcelo Pelleriti, assessor enológico da Vinícola Monteviejo, localizada no Vale de Uco, aos pés da Cordilheira dos Andes, uma das regiões vinícolas mais célebres de Mendoza.
Este é "um dos piores anos na História, com baixa produção, houve granizo, geadas tardias, geadas precoces", enumerou.
Em Monteviejo estima-se que a perda de colheita será de 50%. O vinhedo está, em parte, protegido por telas anti-geadas. Mas, em outras vinícolas de Mendonza, as perdas chegaram a 100%.
A redução da colheita obriga os produtores a redobrarem os esforços. "Na vinícola, temos que fazer uma boa seleção dos cachos, de bagos e temos que colher em todas as parcelas. É mais trabalho, menos uvas, o que implica mais pessoal", lamentou José Mounier, enólogo da Monteviejo.
- Panorama complicado -
"Podemos falar em pior colheita em mais de 20 anos, talvez 60", advertiu em declarações à AFP Mario González, presidente da Corporação Vinícola Argentina (Coviar) e membro de uma cooperativa de produtores de uvas em La Rioja (noroeste).
Os números definitivos da colheita de 2023 serão divulgados no fim de maio, mas as estimativas são de que eles estarão abaixo de 1,54 milhão de toneladas de uva, a menor colheita em 27 anos, segundo registros do Instituto Nacional de Vitivinicultura (INV), que remontam a 1996.
"O panorama é muito complicado e caminha de mãos dadas com as quedas nos mercados interno e externo. A conta vai se estreitando por todos os lados. Estamos falando em uma redução de quase 40% em relação a uma colheita normal. O clima não dá trégua e continua castigando", acrescentou González.
No entanto, a redução da produção seria compensada com uma queda da demanda. Pelo menos, não haveria escassez, avaliam especialistas do setor.
A Argentina, que oscila entre o quinto e o sétimo lugares na produção mundial de vinho, muito atrás do trio líder (Itália, França e Espanha), teve dois bons anos comerciais entre 2020 e 2021, ligados à pandemia de covid-19.
No mercado doméstico argentino (destino de mais de 70% da produção), o setor se beneficiou do longo confinamento, que levou os argentinos a aumentarem seu consumo. Depois, diminuiu para 18 litros per capita ao ano em 2022, contra 20 ou 21 litros por pessoa nos dois anos anteriores, segundo González.
Além da volta à normalidade, as vendas sofrem com os embates da inflação no país (94,8% em 2022), que atinge em cheio o bolso dos argentinos, que têm diminuído, ano após ano, o consumo de vinho em relação ao pico de 88 litros anuais por pessoa, registrado em 1977, segundo dados do INV.
- Dólar 'malbec' -
Encurralado pelas dificuldades e pela perda dos mercados internacionais, onde a Argentina é o décimo entre os exportadores, o setor vitivinícola recebeu recentemente um empurrão do governo, necessitado de divisas em um país com controle cambial.
Como fez em 2022 com a soja, principal produto de exportação do país, o governo anunciou a adoção próxima de uma taxa de câmbio diferenciada para o setor, mais favorável do que a oficial, de cerca de 210 pesos (R$ 5,40) por dólar.
É um "dólar Malbec", como foi nomeado pela mídia argentina, para estimular as exportações, que caíram entre 10% e 40%, segundo os produtores.
No futuro, os produtores deverão decidir se voltarão a plantar, segundo sua rentabilidade, em queda nos últimos cinco anos, indicou González.
Marcelo Pelleriti se diz preocupado com a perspectiva de futuros eventos climáticos. "Antes, as sequências de geadas eram muito mais espaçadas, a cada cinco ou dez anos, e não todos os anos, como agora", lamentou.
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