Jornalista/Radialista
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, por meio do Departamento de Políticas de Emprego para Juventude, em parceria com o Sindicato Rural Patronal e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), está com inscrições abertas para um curso gratuito de informática básica.
Com o objetivo de ampliar as oportunidades de inserção no mercado de trabalho e proporcionar uma base sólida para o desenvolvimento de habilidades tecnológicas, a capacitação será oferecida no Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), localizado na Rua Nove de Julho, nº 1.194, no Centro da cidade.
O curso terá início no dia 11 de agosto e seguirá até 9 de outubro, com aulas às segundas e quintas-feiras, das 18h30 às 21h. A carga horária total é de 48 horas e estão disponíveis 15 vagas.
As inscrições devem ser feitas presencialmente na Casa do Trabalhador "Antônio Cabeça Filho", situada na Avenida São Carlos, nº 1.839, no Centro, até o dia 8 de agosto, das 8h30 às 16h30.
Para participar, é necessário ter no mínimo 16 anos, ensino fundamental completo e apresentar os documentos originais de RG, CPF e comprovante de residência atualizado.
A iniciativa reforça o compromisso da administração municipal com a qualificação profissional e o fortalecimento da empregabilidade no município.
Projeto será submetido ao Comitê Paralímpico Brasileiro e prevê formação de atletas com deficiência e fortalecimento da inclusão pelo esporte
SÃO CARLOS/SP - São Carlos caminha para se consolidar como referência nacional no paradesporto. Em reunião realizada na manhã da última segunda-feira, 28 de julho, na Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Paradesporto, foi formalizada a parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Prefeitura Municipal para a criação do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro (CRPB) no município.
Participaram do encontro o secretário de Esportes, Fernando Carvalho; o secretário da Pessoa com Deficiência e Paradesporto, Rafael Almeida; o diretor de Paradesporto do Município, Antonio Carlos Rodrigues da Costa; e a professora doutora Mey de Abreu Van Munster, da UFSCar. Na ocasião, foram definidas as diretrizes do Plano de Trabalho que será apresentado ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), etapa essencial para oficializar o Termo de Cooperação entre as instituições.
O Centro unirá ensino, pesquisa e prática esportiva – O CRPB-UFSCar-São Carlos será sediado nas instalações da universidade, que já dispõe de estrutura completa com ginásios acessíveis, pista de atletismo, piscina, laboratórios especializados, hospital universitário e um corpo docente qualificado. A proposta envolve uma abordagem multidisciplinar com foco na formação e no desenvolvimento de atletas com deficiência física, visual e intelectual, desde a iniciação até o alto rendimento.
Além da universidade, o projeto contará com apoio da Prefeitura, que disponibilizará espaços esportivos municipais como os ginásios Milton Olaio Filho, Santa Felícia, Redenção, José Favoretto, o Parque do Bicão e o Centro Olímpico Bichara Damha.
Segundo a professora Mey Van Munster, o novo centro será uma continuidade do trabalho iniciado há quase duas décadas com o PROAFA (Projeto de Atividade Física Adaptada), desenvolvido pelo Departamento de Educação Física e Motricidade Humana da UFSCar. “A chancela do Comitê Paralímpico Brasileiro será essencial para ampliar o alcance e qualificar ainda mais o trabalho que já realizamos”, destacou.
Após visita técnica ao município, o projeto foi pré-aprovado pelo CPB, que deverá contribuir com recursos humanos, materiais esportivos, identidade visual e apoio técnico. O atendimento será voltado para crianças e jovens de 8 a 17 anos, além de atletas de alto rendimento, nas seguintes modalidades: atletismo, natação, basquete em cadeira de rodas, parabadminton, paratênis de mesa, paraescalada, para ski cross country e para biatlo de inverno.
Cada instituição envolvida terá funções bem definidas. A UFSCar será responsável por oferecer a infraestrutura, equipe técnica, cursos e eventos científicos ligados ao paradesporto. O CPB responderá pela coordenação técnica, fornecimento de equipamentos e contratação de profissionais. Já a Prefeitura, por meio das secretarias envolvidas, cederá espaços esportivos e dois profissionais de educação física com carga horária de até 20 horas semanais.
Para o secretário da Pessoa com Deficiência e Paradesporto, Rafael Almeida, o CRPB representa um marco para a cidade. “Mais que uma conquista esportiva, é um avanço social e humano que reafirma São Carlos como um polo de inclusão e cidadania”, afirmou.
O secretário de Esportes, Fernando Carvalho, também destacou o impacto positivo do projeto. “A integração entre universidade, poder público e Comitê Paralímpico é um modelo de gestão que reforça o compromisso com o acesso ao esporte para todos. Com apoio do prefeito Netto Donato, estamos somando esforços para qualificar ainda mais o trabalho das equipes e ampliar as oportunidades no paradesporto”, concluiu.
Com o plano de trabalho em fase final de elaboração, a expectativa é que a formalização do acordo ocorra nos próximos meses, após os trâmites junto ao CPB. A criação do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro em São Carlos reforça o compromisso da cidade com a promoção de políticas públicas inclusivas e com o desenvolvimento do esporte como instrumento de transformação social.
SÃO PAULO/SP - O cantor Zé Felipe entrou com uma ação judicial contra sua ex-esposa, a influenciadora digital Virginia Fonseca, na 6ª Vara da Família de Goiânia (GO), no último dia 24 de julho. No processo, ele solicita a divisão dos bens acumulados durante o casamento e requer uma investigação detalhada do patrimônio registrado em nome da ex-companheira.
A informação foi divulgada pela jornalista Fabíola Reipert e aponta que o cantor está pedindo, inclusive, a análise dos extratos bancários de Virginia. A ação tem como valor de causa aproximadamente R$ 200 milhões. Zé Felipe também solicita o bloqueio de metade desse montante.
A surpresa, que chamou atenção nas redes sociais, foi compartilhada por Virginia em seu perfil, com a legenda trazendo um trecho da música Eu Vou na Sua Casa, de Felipe Amorim em parceria com Vitão e BIN: "Eu te trouxe rosas, todas perfumadas e você é a mais cheirosa", diz a canção.
Guilherme Bernardo | 07:02 - 31/07/2025
De acordo com os autos, o artista alega que, ao longo dos cinco anos em que esteve casado com a influenciadora, não participou diretamente da administração de parte dos bens adquiridos por ela. Por isso, pede que a Justiça apure com rigor quais são os patrimônios atuais da ex-esposa e se houve omissão de ativos.
Entre os bens listados em nome de Virginia estão imóveis residenciais e comerciais, terrenos, uma aeronave e outros ativos financeiros. A influenciadora também é sócia de empresas e figura como uma das principais personalidades da internet no país, com forte atuação nas redes sociais e no setor de cosméticos.
Zé Felipe, por sua vez, também possui bens registrados em seu nome. Entre eles, estão uma chácara localizada em Goiânia, veículos e participações em negócios, incluindo cotas na empresa WePink, marca de cosméticos fundada por Virginia.
O pedido judicial ressalta que parte considerável do patrimônio do casal foi construído durante o período em que estiveram juntos, e por isso o cantor defende que tem direito à metade dos valores. Ainda segundo o processo, o cantor argumenta que a falta de transparência na administração dos bens por parte da influenciadora justifica a solicitação de auditoria financeira.
O casal, que se separou recentemente, viveu uma relação marcada por grande exposição pública, com frequentes aparições nas redes sociais e em campanhas de marketing conjuntas. A separação chamou atenção dos fãs e da imprensa, especialmente pela rápida ascensão profissional e financeira de ambos nos últimos anos.
Até o momento, Virginia Fonseca não se manifestou publicamente sobre o processo movido por Zé Felipe. Também não houve, por parte da influenciadora, resposta oficial por meio de sua assessoria de imprensa.
A Justiça ainda não tomou uma decisão sobre os pedidos feitos por Zé Felipe, como o bloqueio de parte dos bens. O caso segue em trâmite sob sigilo, e novas informações devem surgir conforme o andamento do processo.
por Guilherme Bernardo
BRASÍLIA/DF - A taxa de desemprego do Brasil recuou a 5,8% no trimestre encerrado em junho, após marcar 7% nos três meses até março, que servem de base de comparação, segundo dados divulgados nesta quinta (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O novo indicador é o menor da série histórica iniciada em 2012. Também é a primeira vez que a taxa fica abaixo de 6%. Até então, o menor nível havia sido de 6,1% até novembro de 2024.
Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), cuja série histórica passou por atualização nesta quinta.
O IBGE fez a revisão para incorporar as projeções populacionais mais recentes, publicadas pelo órgão em 2024. Essas estimativas levam em consideração o Censo Demográfico 2022 e outras fontes.
A atualização, porém, não provocou mudanças significativas nos resultados da Pnad, segundo o instituto. A taxa de desemprego pouco variou da série antiga para a nova.
Houve diferenças mais nítidas em números absolutos, já que o Censo 2022 contabilizou menos habitantes do que o sinalizado nas estimativas anteriores, que eram usadas na pesquisa do mercado de trabalho.
Isso, contudo, não alterou a "dinâmica" do emprego e da renda que já era observada na Pnad, conforme Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.
"As piores coisas continuaram na pandemia, e a recuperação veio posteriormente", disse. "Foi uma atualização de população", completou.
A Pnad é uma pesquisa que trabalha com uma amostra que deve ser representativa dos domicílios brasileiros.
Por isso, a atualização com base em projeções populacionais mais recentes é recomendada por especialistas.
POPULAÇÃO COM TRABALHO CHEGA A 102,3 MILHÕES
A taxa de 5,8% veio levemente abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 6% até junho, conforme a agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 5,8% a 6,2%.
Beringuy afirmou que o mercado de trabalho segue mostrando resiliência no Brasil, embora alguns indicadores macroeconômicos não estejam dentro do que alguns analisas consideram mais adequado.
"O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação", disse a técnica do IBGE.
A população ocupada com algum tipo de trabalho foi estimada em 102,3 milhões de pessoas até junho. É o maior patamar da série.
Houve crescimento de 1,8% (mais 1,8 milhão) ante o período encerrado em março, quando o contingente estava em 100,5 milhões, de acordo com a pesquisa atualizada.
Na série antiga, antes da revisão, número de ocupados até março era estimado em 102,5 milhões.
O aumento da população com trabalho foi puxado pelo grupamento que inclui atividades do setor público, com ênfase na área de educação. A alta do número de ocupados foi de 4,5% nesse conjunto (mais 807 mil).
DESEMPREGADOS RECUAM A 6,3 MILHÕES
Já a população desempregada, que está à procura de trabalho, foi estimada em 6,3 milhões até junho.
Houve recuo de 17,4% (menos 1,3 milhão) frente aos três meses anteriores, quando o contingente estava em 7,6 milhões, segundo os dados atualizados. Na série antiga, o número de desocupados era de 7,7 milhões até março.
O desemprego costuma subir no início de ano com o fechamento de vagas temporárias e tende a cair nos meses seguintes, o que ocorreu no período até junho.
O IBGE disse que o número de empregados no setor privado com carteira assinada renovou a máxima da Pnad: 39 milhões.
Outro grupo que voltou a bater recorde foi o dos trabalhadores por conta própria, chegando a 25,8 milhões.
A maior parte dos autônomos é formada por aqueles sem CNPJ, que atuam na informalidade. Eles são 18,9 milhões, o equivalente a 73,1% do total.
Os trabalhadores por conta própria com CNPJ representam a minoria (26,9%), mas vêm em crescimento. Alcançaram o patamar de 6,9 milhões até junho, recorde da pesquisa.
O avanço dos MEIs (microempreendedores individuais) pode explicar parte da corrida pela formalização, de acordo com o IBGE.
RENDA RENOVA MÁXIMA
O rendimento médio do trabalho da população ocupada também renovou a máxima da pesquisa.
A renda foi estimada em R$ 3.477 por mês no trimestre até junho. O indicador teve crescimento de 1,1% em relação ao período finalizado em março (R$ 3.440).
Com o avanço do emprego formal, a taxa de informalidade recuou a 37,8% até junho.
O indicador estava em 38% no trimestre encerrado em março. Essa taxa mede a proporção de informais no total da população ocupada.
QUAL É O CENÁRIO PARA O RESTANTE DO ANO?
Segundo o IBGE, o mercado de trabalho passa por recuperação nos últimos anos, após a pandemia.
Economistas afirmam que esse movimento refletiu o desempenho aquecido da atividade econômica em meio a medidas de estímulo do governo federal.
A geração de emprego e renda serve de incentivo para o consumo. A demanda constantemente aquecida, por outro lado, tende a gerar uma pressão sobre a inflação.
Para conter o aumento dos preços, o BC (Banco Central) promoveu um choque na taxa básica de juros, a Selic. O ciclo de aumento da taxa foi interrompido na quarta (30), em 15% ao ano.
A elevação da Selic encarece o crédito, o que desafia a expansão da economia e do mercado de trabalho.
"A gente tem políticas fiscais e monetárias desarmoniosas no Brasil. Então, não adianta o Banco Central colocar a taxa de juros em 15% se o governo continuar a liberar verbas", diz o economista Bruno Imaizumi, da consultoria 4intelligence.
"Vai continuar a estimular a economia artificialmente. Isso é positivo no curto prazo para o mercado de trabalho, mas é muito negativo no médio ou longo prazo", completa.
Com a força da atividade econômica, Imaizumi prevê desemprego de 5,4% no trimestre até dezembro.
Segundo ele, o envelhecimento da população também ajuda a frear a desocupação, devido à saída de idosos da força de trabalho. "Vai ser normal termos taxas menores de desemprego", afirma.
Se outro indicador pesquisado pelo IBGE, a taxa de participação, repetisse a média de 2019 (pré-pandemia), a desocupação estaria próxima de 7%, e não em 5,8%, acrescenta Imaizumi.
A taxa de participação mede o percentual da população de 14 anos ou mais que está inserido na força de trabalho. Esse grupo inclui as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que estão à procura de vagas (desempregadas).
No trimestre até junho, a taxa de participação subiu a 62,4%. O indicador, contudo, segue abaixo do pré-pandemia. Era de 63,6% em igual trimestre de 2019.
Para Imaizumi, o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, traz risco a empregos no Brasil, mas de modo setorial. Ou seja, a ameaça seria mais restrita a setores diretamente afetados pela sobretaxa nas exportações ao mercado americano.
"Acreditamos que o mercado de trabalho continuará forte ao longo de 2025", diz o economista Heliezer Jacob, do C6 Bank.
"Nossa projeção é de que a taxa de desemprego encerre o ano próxima a 5,5%, patamar bastante baixo para os padrões históricos do país", completa.
FOLHAPRESS
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.