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Redação

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4ª Corrida Micológica reuniu participantes no entorno do Campus Lagoa do Sino para observar cogumelos e macrofungos e refletir sobre sua importância nos ecossistemas

 

SÃO CARLOS/SP - No dia 5 de abril, o Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizou a quarta edição da Corrida Micológica, atividade de extensão voltada à popularização da micologia - ramo da biologia que estuda os fungos - e à valorização da biodiversidade local.

O evento ocorreu na mata ciliar do Rio Guareí, no bairro rural Guareí Velho, em Angatuba (SP), área do entorno do Campus. Apesar do nome, a Corrida Micológica não é uma competição de velocidade: a proposta é que os participantes caminhem por áreas naturais e busquem macrofungos - como cogumelos - que se destaquem por suas características. Os achados mais interessantes recebem premiações simbólicas.

Durante aproximadamente quatro horas, cerca de 35 pessoas participaram da caminhada, percorrendo áreas de pastagem e fragmentos de mata bem preservada, em floresta estacional semidecidual. Foram identificadas mais de 50 espécies de cogumelos e outros macrofungos. Participaram estudantes, docentes e técnico-administrativos do Campus Lagoa do Sino, integrantes da ONG Grupo EcoRoad e moradores de cidades do entorno, como Campina do Monte Alegre, Angatuba e Itapetininga, incluindo crianças.

A ação foi organizada por Larissa Trierveiler Pereira e Juliano Marcon Baltazar, docentes do Centro de Ciências da Natureza (CCN) e pesquisadores do Laboratório de Estudos Micológicos (LEMic) da UFSCar, em parceria com a ONG Grupo EcoRoad e com o apoio do CCN.

Aula a céu aberto
Segundo Pereira, a Corrida Micológica busca aproximar as pessoas dos ecossistemas onde os fungos estão presentes. "É um evento lúdico, em que não há corrida de fato, mas os achados são premiados. Eu costumo dizer que é um dia de enamoramento, para despertar o olhar para esses organismos que muitas vezes passam despercebidos", afirma.

A docente destaca que os fungos são fundamentais para o equilíbrio ambiental, embora a maior parte da população não esteja familiarizada com suas funções. "No Brasil, cerca de 10 mil espécies de fungos já foram identificadas, mas a estimativa é que existam pelo menos 30 vezes mais esse número de espécies", explica.

Esses organismos atuam como decompositores primários, responsáveis por reciclar a matéria orgânica e devolver nutrientes ao solo, tornando-os disponíveis para as plantas. Além disso, são aliados na produção de alimentos, bebidas fermentadas e medicamentos - como os antibióticos -, desempenhando um papel essencial tanto nos ecossistemas quanto na vida humana. "O país, por ser megadiverso, abriga uma imensa funga, termo equivalente a fauna e flora para este grupo de organismos".

Pereira também ressalta o papel do evento na articulação entre universidade e sociedade. "A iniciativa integra estudantes e público externo de todas as idades. É uma forma de promover o conhecimento científico e, ao mesmo tempo, sensibilizar para a conservação da natureza", avalia.

Mudança de percepção
Participante da atividade, a estudante de Ciências Biológicas do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, Miriã Gonçalves de Moraes, relatou o impacto da experiência em sua formação. "Nunca tinha parado para observar os fungos. Perceber suas cores, formas e características me despertou muita curiosidade. Um deles me chamou a atenção por parecer que estava 'sangrando'. Também foi muito enriquecedor ter professores por perto, sempre disponíveis para compartilhar seus conhecimentos ao esclarecer dúvidas. Foi como ter um glossário sobre os fungos ao lado", contou.

O "fungo que sangra", mencionado por Moraes, é o Hydnellum peckii. Ele solta um líquido vermelho espesso, parecido com sangue, o que chama bastante atenção visualmente. Apesar da aparência inusitada, é inofensivo e tem sido estudado por possíveis aplicações medicinais.

A aluna também destaca que o contato com a micologia trouxe uma mudança de percepção sobre a área. "Aprender sobre os fungos realmente abriu minha mente. Comecei a ter mais curiosidade sobre suas funções ecológicas e sobre a diversidade que existe ao meu redor. O que antes era invisível começou a saltar aos olhos, e isso mudou o meu cotidiano como estudante", relata.

A Corrida Micológica teve sua primeira edição em 2019 e a expectativa é que a próxima ocorra no início de 2026.

Mais informações sobre o evento e sobre outras ações do LEMic estão disponíveis em www.lemic.ufscar.br.

SÃO CARLOS/SP - O que deveria ser a realização de um sonho está se transformando em um verdadeiro pesadelo para dezenas de famílias no bairro Dream Santo Antônio, em São Carlos. A empresa Direcional está prestes a entregar um empreendimento habitacional em condições consideradas inaceitáveis, desrespeitando os moradores que confiaram, investiram e sonharam com um lar digno.

Durante uma diligência realizada no local, o vereador Elton Carvalho (Republicanos) constatou de perto diversas irregularidades na obra. Segundo ele, o cenário é lamentável e inadmissível para um projeto desse porte. "Famílias batalharam para conquistar sua casa própria e agora estão diante de problemas estruturais, acabamento precário e riscos que comprometem a qualidade de vida. É uma afronta à dignidade dessas pessoas", afirmou o parlamentar.

O vereador cobra providências imediatas por parte dos órgãos competentes e da própria empresa, exigindo que a entrega só ocorra com as devidas correções e garantias de qualidade. "A população merece respeito, merece respostas e, principalmente, merece justiça. Não podemos aceitar que uma obra pública ou privada seja concluída sem cumprir o que foi prometido. A Direcional precisa ser responsabilizada", completou.

A situação está sendo acompanhada de perto e deve gerar novos desdobramentos nas próximas semanas. Para os moradores, resta a esperança de que a pressão popular e política resulte na correção das falhas e na entrega de moradias que realmente atendam aos padrões mínimos de segurança e conforto.

SÃO CARLOS/SP - A corrida “Corre Embaré” agora faz parte oficialmente do Calendário de Eventos do município de São Carlos. A medida foi aprovada por unanimidade na Câmara Municipal, por meio de projeto de lei de autoria do vereador Bruno Zancheta (REPUBLICANOS).


A proposta reconhece a importância do evento esportivo, que reúne corredores de todas as idades e promove saúde, bem-estar e integração comunitária. A inclusão no calendário oficial garante maior visibilidade à iniciativa e possibilita parcerias e apoio institucional por parte do poder público municipal.


O vereador Bruno Zancheta celebrou a aprovação da lei, destacando o valor simbólico e prático da conquista. “É uma vitória de todos que fazem parte do grupo Corre Embaré. Essa corrida já é um marco na cidade, e agora passa a ter o reconhecimento que merece. Orgulhoso em ser autor dessa medida que valoriza o esporte e incentiva hábitos saudáveis em nossa população. Quero agradecer aos Vereadores pela aprovação”, afirmou o parlamentar.


Com a aprovação legislativa, o próximo passo é a sanção da lei pelo prefeito Netto Donato e sua publicação no Diário Oficial do Município. O reconhecimento oficial fortalece ainda mais o “Corre Embaré” como um dos grandes eventos do calendário esportivo são-carlense.

Pesquisadores destacam o potencial das nanovacinas como aliadas poderosas na luta contra o câncer, combinando precisão molecular, personalização e inovação científica.

 

SÃO CARLOS/SP - Em um artigo publicado na revista científica “ACS Nano”, com destaque na capa inteira, pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP) traçaram um panorama abrangente sobre os mecanismos de ação, os princípios de design e os desafios clínicos das chamadas “nanovacinas oncológicas”. A proposta tem o intuito de transformar pequenas partículas artificiais (medindo bilionésimos de metro) em “mensageiras” que instruem o sistema imunológico a identificar e eliminar células tumorais.

Este estudo vem ao encontro do fato de a medicina oncológica viver atualmente um momento de transformação, onde a tradicional combinação de tratamentos e outros protocolos — cirurgia, quimioterapia e radioterapia — começa a dividir espaço com abordagens inovadoras que buscam explorar e potencializar as defesas naturais do corpo humano. Entre essas estratégias, as nanovacinas contra o câncer vêm ganhando um destaque importante por apresentarem uma capacidade de unir imunoterapia e nanotecnologia em uma só fórmula.

O que são nanovacinas

As vacinas convencionais funcionam ao introduzirem no sistema imunológico fragmentos de vírus ou bactérias, preparando o corpo para combatê-los em futuras infecções. No caso do câncer, o desafio é diferente, já que o foco é “ensinar” o organismo a reconhecer as células tumorais como uma ameaça, células essas que se encontram no próprio corpo humano, mas que sofreram mutações.

Através da nanotecnologia, as nanovacinas são formulações que utilizam nanopartículas — feitas de materiais como lipídios, polímeros, proteínas ou até metais — para transportar antígenos tumorais e adjuvantes imunológicos diretamente nas células de defesa do corpo. Graças ao seu tamanho minúsculo, essas partículas conseguem penetrar barreiras biológicas com mais eficiência e alcançar tecidos como os linfonodos, onde ocorre a ativação do sistema imune.

Segundo o estudo publicado, onde o primeiro autor é o doutorando Gabriel de Camargo Zaccariotto, o grande trunfo das nanovacinas está na sua versatilidade, já que as nanopartículas podem ser projetadas para proteger os componentes vacinais, liberar os ingredientes de forma controlada e modular a resposta imunológica desejada. Isso quer dizer que uma nanovacina pode ser adaptada para diferentes tipos de câncer, estágios da doença e até mesmo para o perfil genético do tumor de cada paciente, algo que é considerado um passo importante rumo à medicina personalizada.

Além disso, a combinação de antígenos tumorais específicos com adjuvantes poderosos permite induzir uma resposta imune robusta e duradoura. O objetivo final é estimular a produção de células T citotóxicas — verdadeiros “soldados” do sistema imunológico — para que sejam capazes de identificar e destruir células cancerígenas, inclusive aquelas que escapam aos tratamentos tradicionais.

Os desafios

Apesar de ser inovadora e revolucionária, a aplicação das nanovacinas ainda enfrenta barreiras importantes. Poucos produtos chegaram à fase de testes clínicos avançados e nenhum foi aprovado até o momento para uso comercial em pacientes com câncer. Os obstáculos vão desde a complexidade da fabricação em larga escala até questões regulatórias e tecnológicas.

O estudo destaca que ainda é necessário entender melhor como diferentes tipos de nanopartículas interagem com o organismo, como são processadas e quais estratégias adotar para alcançar uma resposta imunológica mais eficaz contra as células tumorais, além de existirem questões éticas e econômicas, como o custo de desenvolvimento e a necessidade de harmonização regulatória entre as agências do mundo. Contudo, esta é uma porta que se abre para um futuro promissor, conforme salienta Gabriel de Camargo Zaccariotto: “A aplicação da nanotecnologia em vacinas já é uma realidade, e os principais centros de pesquisa, assim como empresas dos setores biotecnológico e farmacêutico, têm investido cada vez mais nessa abordagem para o combate ao câncer. Muitos dos desafios enfrentados pelas nanovacinas são compartilhados com outros nanomedicamentos; no entanto, há também barreiras específicas, como a necessidade de aprimoramento dos modelos de aprendizado de máquina utilizados na personalização das vacinas e de uma compreensão mais aprofundada da variabilidade de resposta, influenciada pelo perfil prévio de saúde e pela genética de cada paciente. Ainda assim, os avanços nessa área são notáveis e reforçam o potencial dessa tecnologia para transformar a vida de inúmeros pacientes”.

O futuro

Apesar das incertezas sublinhadas acima, os avanços conquistados até o momento são animadores, já que testes clínicos têm demonstrado que as nanovacinas podem aumentar significativamente a eficácia de outros tratamentos, como inibidores de checkpoint imunológico, tendo-se observado redução nos riscos de metástase, recorrência e morte entre pacientes.

A convergência entre nanotecnologia, biotecnologia e imunologia tem gerado um campo fértil para inovações, sendo que as nanovacinas representam uma ponte entre as descobertas da ciência básica e as necessidades urgentes da medicina clínica oncológica.

Para o Coordenador da pesquisa e do grupo de Nanomedicina (GNano/IFSC/USP), Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, que é um dos coautores do artigo “A combinação da Nanotecnologia com a Biotecnologia é uma área estratégica e relativamente nova, que já demonstrou sua capacidade de gerar benefícios para a humanidade, como no caso das vacinas de RNA contra a COVID-19. Pesquisadores que atuam nessa área buscam agora utilizar a Nanobiotecnologia para explorar outras fronteiras científico/tecnológicas em setores importantes como a medicina e o agronegócio”.

Se os próximos passos forem bem-sucedidos, estaremos diante de uma nova era no combate ao câncer, com vacinas que não só irão prevenir doenças, como também combatê-las e curá-las.

Assinam este artigo científico os seguintes pesquisadores: Gabriel de Camargo Zaccariotto, Maria Julia Bistaffa, Angelica Maria Mazuera Zapata, Camila Rodero, Fernanda Coelho, João Victor Brandão Quitiba, Lorena Lima, Raquel Sterman, Valéria Maria de Oliveira Cardoso, e Valtencir Zucolotto.

 

Confira no link a seguir o estudo publicado na revista “ACS Nano” –

 https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/05/zaccariotto-et-al-2025-cancer-nanovaccines-mechanisms-design-principles-and-clinical-translation.pdf

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