Jornalista/Radialista
SÃO PAULO/SP - Conhecida por sua participação no “Big Brother Brasil” em 2014, Clara Aguilar atualmente trabalha como youtuber, DJ e camgirl. A ex-BBB falou dessa última função, que exerce há 14 anos. Para quem não sabe camgirl é o termo dado a mulheres que trabalham em sites de bate-papo se exibindo para a câmera.
Em entrevista ao UOL, Clara contou que exerce essa função por conta do dinheiro e chegou a ganhar US$ 20 mil, R$ 116 mil na cotação atual, quando trabalhava para um site de fora do Brasil. Ela explicou que, por conta de suas outras atividades, diminuiu o tempo online nessas salas de bate-papo.
“Dá para viver só como camgirl. Em um mês bom, algumas meninas faturam até R$ 12 mil. Dá para ganhar no mínimo R$ 3 mil, R$ 4 mil. Tem menina que ganha R$ 25 mil por mês. Eu não fico online todos os dias, entro de vez em quando de acordo com o tempo disponível. Quando eu fazia o site gringo cheguei a ganhar US$ 20 mil por mês”, revelou.
Mesmo não ficando mais tanto tempo online, a ex-BBB afirmou que sentiu um aumento na procura pelo serviço nesse tempo de isolamento social por conta do novo coronavírus. “Acho que as pessoas estão numa carência, né? Principalmente as que moram sozinhas. Tenho muitas clientes mulheres também, não são só homens, tenho feito muito mais dinheiro”, afirmou.
Segundo Clara, muitas vezes, os homens não procuram o serviço apenas ver a mulher ficar nua. Ela contou que não é raro ver clientes que querem apenas conversar sobre assuntos mais sensíveis.
“Geralmente as camgirls que ganham mais dinheiro trabalham observando quem está do outro lado e não tirando a roupa. A gente age praticamente como psicóloga. Muitos clientes entram para contar como foi o dia, dos dramas da vida. A gente conversa e aconselha. A camgirl que sabe conversar sobre tudo e criar um laço com o cliente é a que vai ganhar mais dinheiro”, argumentou.
*Por: Rodrigo Costábile / FAMOSIDADES
BRASÍLIA/DF - Foi animada a manhã da última quinta-feira, 14, do presidente Jair Bolsonaro. Em uma videoconferência — ou live, para ficar no termo da moda — com empresários paulistas organizada pelo presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, a Fiesp, Paulo Skaf, o presidente voltou à cantilena contra as medidas de isolamento engendradas por prefeitos e governadores para frear o avanço do coronavírus. “O Governo Federal, se depender de nós, estava tudo aberto em isolamento vertical”, defendeu ele. Ele voltou a reiterar que o descumprimento do decreto que estabelece atividades como academias de ginástica, barbeiros e salões de beleza como atividades essenciais por parte dos governadores configura “desobediência civil” e que “tem governador dizendo que não vai cumprir. Então eles estão partindo para a desobediência civil”. “Se alguém não concorda com um decreto meu tem dois caminhos”, ressaltou ele, afirmando que as alternativas seriam entrar com ações no Supremo Tribunal Federal ou no Congresso Nacional.
O presidente, porém, parece ter esquecido de que a Suprema Corte já decidiu, no mês passado, que a determinação do que é considerado atividade essencial não passa pelo Governo Federal. Ele cobrou que os empresários pressionem os governadores pela reabertura do comércio e a retomada dos serviços. “Os senhores, com todo o respeito, têm que chamar o governador e jogar pesado”, afirmou o presidente. “É guerra. É o Brasil que está em jogo”, vaticinou. “Os governadores, cada um assumiu sua responsabilidade e uma concorrência entre muitos para ver quem fechava mais, quem defendia mais a vida do seu eleitor, do seu cidadão, do seu estado em relação aos outros”, continuou ele. Em seguida, Bolsonaro elogiou as políticas de combate à Covid-19 adotadas pela Suécia, que não havia decretado isolamento obrigatório, tampouco proibido os negócios de funcionar. Pois bem: a Suécia tem 28.582 casos confirmados e 3.592 mortes, muito acima dos vizinhos Finlândia e Noruega, que já começam a reabrir os negócios nesta semana.
O presidente deu continuidade ao coro, afirmando que o país corre o risco de assistir a cenas de desobediência civil e saques: “Nós temos que mostrar a cara, botar a cara para apanhar. Porque nós devemos mostrar a consequência lá na frente. Lá na frente, eu tenho falado com o ministro Fernando [Azevedo], da Defesa, os problemas vão começar a acontecer. De caos, saque a supermercados, desobediência civil”, defendeu ele. “Um homem está decidindo o futuro de São Paulo, decidindo o futuro da economia do Brasil”, referiu-se ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
No meio da retórica exaustivamente repetida pelo presidente, uma cena, no mínimo, inusitada: um “peladão” apareceu no meio da conversa virtual. “Ô, Paulo, dá uma parada aí. Paulo, tem um colega do último quadrinho ali. Saiu fora, saiu fora, tá ok?”, referia-se, rindo, a um homem que teria aparecido nu no vídeo a Skaf. “Tem um cara tomando banho aí peladão, tem um peladão aí fazendo isolamento. Peladão em casa e tal, beleza”, deu coro o ministro da Economia, Paulo Guedes, aos risos, ao lado do presidente Bolsonaro. “Me perdoe aí, viu?”, continuou uma voz intimidada. “O cara foi ficando com calor com a conversa e foi tomar um banho frio”, brincou Guedes.
Conto famoso do dinamarquês Hans Christian Andersen, A Roupa Nova do Rei fazia troça sobre vestes de um mandatário que recebera de tecelões um traje que poderia ser visto apenas por pessoas intelectualmente superiores. Só que tais vestimentas, simplesmente, não existiam e, para não parecer ignorante, a majestade rodou pelo reino completamente despido. “O rei está nu”, gritou uma criança, para a soberba crescente do monarca, para que todos entendessem que o rei estava despido. Apesar de fechada, a reunião vazou para alguns veículos de imprensa. Se queria dar continuidade a seu discurso negacionista nas sombras, é o presidente Jair Bolsonaro que, definitivamente, ficou nu.
*Por: Victor Irajá / VEJA.com
MUNDO - Portugal, país que se destacou pela disciplina na quarentena, agora terá de lidar com o processo de "desconfinamento". O desafio é reativar a economia e a rotina dos portugueses sem provocar uma nova onda de transmissão do novo coronavírus.
Por isso, o país aposta novamente na cautela. O Estado de Emergência não vigora desde o dia 2 de maio, mas deu lugar ao Estado de Calamidade, para que o governo possa "puxar o freio", caso a situação volte a piorar. No mais recente levantamento divulgado pelo ministério da Saúde, o país registrou um total de 1.163 mortes e 27.913 casos de covid-19. O aumento diário no número de casos mantém-se a valores baixos. Entre segunda (11) e terça-feira (12) foi de 0,8%.
Um plano de suspensão de medidas restritivas está em vigor. Ao mesmo tempo em que permite maior liberdade, impõe regras para evitar a disseminação da doença. As máscaras, por exemplo, tornaram-se obrigatórias nos transportes públicos e ambientes fechados. Se não forem usadas em metrôs e ônibus, por exemplo, a multa é de até 350 euros (R$ 2,2 mil).
Os cidadãos podem circular normalmente pelas ruas, desde que respeitem o "dever de recolhimento domiciliário" e não façam reuniões ou aglomerações com mais de 10 pessoas. Já os doentes de covid-19 e pessoas monitoradas são obrigados a permanecer em confinamento.
Na primeira fase do plano, compreendida entre 4 e 17 de maio, está autorizada a abertura do comércio local. São lojas com até 200 metros quadrados, livrarias, barbearias, cabeleireiros e outros estabelecimentos de pequeno porte.
Um alívio para esses comerciantes, que estavam desde o dia 19 de março com as portas fechadas e agora podem começar a recuperar o prejuízo.
É o caso de Mahmud Muhammad, sócio proprietário de uma rede de barbearias no norte do país. A paralisação total da empresa provocou "um prejuízo imensurável e irreparável", nas palavras do empresário.
Junto com o alívio da reabertura, veio também um conjunto de obrigações. Os profissionais devem trabalhar equipados com luvas, máscaras e, dependendo do procedimento, viseiras. Os serviços só podem ser realizados mediante agendamento e os clientes que esperam pela vez não podem ficar dentro das lojas. Também devem ser disponibilizados álcool gel e máscaras aos fregueses.
Com a equipe toda equipada para o trabalho, Muhammad se mostra dividido entre a esperança destes novos dias e a preocupação com as finanças, já que o movimento nas barbearias é 40% menor do que antes da pandemia. "Eu tenho muita fé, sei que isso vai passar, mas no âmbito comercial, estou muito preocupado pelo cenário", diz o empresário que é nascido na Jordânia, mas naturalizado brasileiro.
Este misto de otimismo com preocupação também é evidente nas palavras de Mafalda Neves, que trabalha como vendedora em uma loja de calçados na Rua Santa Catarina, uma das mais importantes para o comércio da Cidade do Porto. Mafalda admite que não é fácil se acostumar com as novas regras, principalmente quando há clientes que insistem em desrespeitá-las. "Há clientes que não entendem. Muitos não querem usar máscara, por isso tem que explicar que é obrigatório e pronto", diz a vendedora.
A volta ao trabalho foi fundamental para Mafalda sair do aperto. A loja chegou a receber benefícios do Governo para conseguir manter os empregos. Por isso, durante a quarentena ela teve que se virar com o salário mínimo de 635 euros (R$ 4 mil). Um ordenado menor do que costuma ganhar e que ainda tem 11% de desconto para a segurança social. "Para pagar escola, rendas (aluguel), água, luz e se alimentar, não dá. Graças ao meu patrão agora pudemos abrir as lojas e receber mais um bocadinho", explica Mafalda que tem uma filha de sete anos.
Antes da entrevista para esta reportagem, Mafalda acabara de transmitir sua insatisfação com o benefício do governo, diretamente ao primeiro-ministro Antônio Costa. Isso porque a loja em que ela trabalha foi um dos estabelecimentos visitados pelo chefe de Estado, na última sexta-feira (08).
Costa foi até região central da Cidade do Porto com o objetivo de transmitir confiança e ânimo à população. Andou de metrô, percorreu as ruas, conversou com comerciantes e pessoas que o abordavam pelo caminho. "Podem viajar em segurança nos transportes públicos e podem ir com segurança ao comércio local. É importante que todos vamos vencendo o receio legítimo que temos relativamente à situação do vírus", disse durante entrevista coletiva.
Ao final da coletiva, o primeiro-ministro reiterou que não haverá medidas de austeridade para contornar a crise econômica gerada pela pandemia.
"Seguramente o que esta crise precisa não é de austeridade... O desafio que nós temos é dar confiança às pessoas", declarou Costa.
De acordo com a Comissão Europeia, a queda no PIB de Portugal neste ano deve ser de 6,8%. Já a taxa de desemprego deve saltar dos 6,5% em 2019 para 9,7% em 2020. Previsões que são ainda mais otimistas que as do FMI, que estima recessão de 8% e desemprego a 13,9% este ano.
*Por: BBC NEWS
BRASÍLIA/DF - A Câmara dos Deputados aprovou nesta 5ª feira (14.mai.2020) projeto que cria 1 regime jurídico especial durante a pandemia de covid-19 simbolicamente, quando não há contagem de votos. Entre as medidas adotadas está a restrição ao despejo de imóvel durante o período. O texto volta ao Senado.
A matéria é de autoria do Senador Anastasia (PSD-MG) e foi aprovada pelos seus colegas em 3 de abril. Para que o projeto não quebrasse o consenso criado no Senado, o relator na Câmara, Enrico Misasi (PV-SP), evitou fazer grandes modificações à proposta.
A única realizada foi o corte do trecho que reduzia a taxa repassada pelos motoristas de aplicativos às empresas. A medida afetaria diretamente as empresas do setor. Eis a íntegra do substitutivo (206 KB). A supressão fez com que o projeto precisasse ser analisado novamente pelos senadores.
O texto aprovado traz uma restrição às desocupações de imóveis baseadas em decisões provisórias da Justiça, conhecidas no jargão como “liminares”.
As determinações do projeto valem até 30 de outubro deste ano. Foi apresentado como uma medida para combater os efeitos da pandemia de coronavírus na economia e na sociedade. A relatora foi Simone Tebet (MDB-MS).
Só ações iniciadas antes de 20 de março poderão prosperar. O locatário, porém, poderá ser cobrado e negativado em caso de não pagamento do aluguel.
A proposta também suspende a contagem de prazos para usucapião –quando uma pessoa ganha a posse de 1 imóvel depois de ocupá-lo por determinado período de tempo sem objeção do proprietário– até o fim de outubro.
Ela aumenta os poderes dos síndicos de condomínios. Caso passe a vigorar, essas pessoas poderão restringir o uso das áreas comuns dos condomínios, até outubro. Os mandatos vencidos de 20 de março também serão prorrogados até 30 de outubro, nos casos em que não for possível realizar assembleia.
A proposta determina, ainda, que a prisão por dívida de pensão alimentícia deverá ser cumprida domiciliarmente durante a vigência da lei.
*Por: Mateus Maia / PODER 360
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