Jornalista/Radialista
Além do prêmio de Melhor Cervejaria do Brasil, a Ashby ainda conquistou duas medalhas de ouro com dois rótulos que fazem parte do portfólio da empresa na oitava edição da Copa Cervecera Mitad del Mundo 2024
AMPARO/SP - Recentemente foi divulgada a lista dos vencedores da oitava edição da Copa Cervecera Mitad del Mundo 2024, maior concurso de cervejas artesanais do Equador. A premiação acontece anualmente durante o verão. Centenas de cervejarias latino-americanas foram avaliadas por um júri formado por profissionais renomados do setor, incluindo juízes internacionais. Esse ano, a cervejaria Ashby recebeu o prêmio de Melhor Cervejaria do Brasil.
A Ashby foi criada em 1993 pelo americano Scott Ashby, que queria trazer para o Brasil o conceito de cervejas especiais dos EUA. Ela está localizada na região de Amparo, interior de São Paulo. Graças ao pioneirismo e as receitas elaboradas, a cervejaria conquistou consumidores em todo o país, além de prêmios nacionais e internacionais.
Além do prêmio de Melhor Cervejaria do Brasil, a Ashby ainda conquistou duas medalhas de ouro com dois rótulos que fazem parte do portfólio da empresa. A primeira é a Ashby Weiss, uma cerveja feita com maltes de trigo. Além disso, como é comum no estilo, ela não é filtrada, o que a deixa naturalmente turva e acumula leveduras no fundo da garrafa.
A Ashby Weiss possui mais de 10 medalhas conquistadas em diversos concursos cervejeiros renomados, incluindo mais de três medalhas de ouro. Já a outra cerveja
premiada no Campeonato COPA Cervecera Mitad del Mundo 2024 foi a Ashby Pilsen Puro Malte.
Ela foi lançada com o objetivo de comemorar os 25 anos da cervejaria, e é uma cerveja leve, dourada e refrescante. A Pilsen Puro Malte também coleciona medalhas em premiações nacionais e internacionais, tendo mais de cinco prêmios em seu currículo.
“A América Latina tem ganhado cada vez mais protagonismo no meio cervejeiro, já que é uma região que possui cervejarias renomadas que oferecem bebidas de qualidade, então é muito importante para o setor ter eventos como a Copa Cervecera Mitad del Mundo. Só de termos conquistado duas medalhas de ouro já é uma grande vitória, mas sermos eleito a Melhor do Brasil, faz com que essa conquista seja um marco na nossa história”, afirma Scott Ashby, fundador da Ashby.
Sobre a Ashby
Foi no ano de 1993 que Scott Ashby, americano que chegou ao Brasil em 1992, decidiu montar, na cidade de Amparo, SP, a primeira Micro Cervejaria do Brasil, a fim de trazer ao país o conceito de cervejas especiais dos EUA. Scott, formado em Física, apaixonado por cervejas, ingressou no curso de Mestre Cervejeiro na Universidade da Califórnia no ano de 1990 e, logo em seguida começou a trabalhar na cervejaria americana Wasatch, onde permaneceu por dois anos. Antes disso, Scott já era homebrewer e produzia cervejas para seus amigos, que rapidamente consumiam toda a produção caseira.
E a diferenciação da empresa já começou quando pensou em montar uma fábrica na cidade de Amparo, SP, circuito das Águas Paulistas. Como essas bebidas são compostas por 90% de água, a qualidade desta na fabricação é extremamente relevante. Por isso a Ashby escolheu estrategicamente o melhor lugar para suas instalações. As águas de Amparo, além de conservar a pureza que brota da terra, têm um equilíbrio excelente entre sais e minerais tornando-a perfeita para a fabricação de chopes e cervejas de qualidade ímpar.
Foi graças à Ashby que o cenário do mercado nacional começou a experimentar um novo conceito de cervejas diferenciadas, o que antes era privilégio para poucos.
Trabalho recebeu duas honrarias: melhor tese e menção honrosa no Prêmio José Leite Lopes
SÃO CARLOS/SP - Uma tese desenvolvida no âmbito o Programa de Pós-Graduação em Física (PPGF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) recebeu dupla premiação pela Sociedade Brasileira de Física (SBF). Intitulado "Magnetic Fields as a Tool to Control Superconducting Devices", o trabalho foi realizado por Davi Araújo Dalbuquerque Chaves, orientado pelo professor Maycon Motta e coorientado pelo docente Wilson Aires Ortiz, ambos do Departamento de Física (DF) da UFSCar.
A tese recebeu duas honrarias: foi escolhida como a melhor tese da área de Física da Matéria Condensada (FMC) eleita pela comissão dessa área na SBF; dessa forma, essa escolha habilitou o trabalho a concorrer ao prêmio de melhor tese geral da área de Física, denominado Prêmio José Leite Lopes 2024, recebendo menção honrosa.
O Prêmio de Melhor Tese abrange 12 categorias, que correspondem às 12 Comissões de Área da Sociedade Brasileira de Física. Entretanto, foram escolhidas vencedoras do Prêmio SBF de Teses de Doutorado 2024 as teses das seguintes áreas: Física da Matéria Condensada, Ótica e Fotônica, Partículas e Campos e Física Médica.
A seleção começa com a inscrição da tese pelo orientador, submetendo uma carta de encaminhamento, um resumo estendido, a própria tese e os artigos científicos publicados do trabalho. Em seguida, uma comissão nomeada pela SBF da área de Física da Matéria Condensada faz a seleção. Outra comissão avalia as teses vencedoras das diferentes áreas e escolhe o ganhador e aqueles que terão menção honrosa.
"Ter meu trabalho de doutorado reconhecido pela comunidade, representada pela Sociedade Brasileira de Física, foi realmente especial. Os anos de estudo e pesquisa que estão atrás de toda tese de doutorado sempre têm seus momentos desafiadores e ter concluído esta etapa da carreira com sucesso, recebendo o aval da comunidade, confirma sentimentos positivos sobre escolhas que fizemos ao longo desses quatro anos. Certamente, a premiação serve como motivação para permanecer buscando fazer ciência com impacto tangível e positivo", afirmou Chaves.
"É de fato uma honra receber o reconhecimento dos nossos colegas, representados pela figura da SBF. O prêmio reconhece o esforço realizado durante quatro anos para a conclusão bem-sucedida do doutorado e confirma que fizemos não apenas um bom trabalho, mas também boas escolhas, que posicionam a pesquisa realizada no Grupo de Supercondutividade e Magnetismo da UFSCar em uma posição de destaque no cenário brasileiro", concluiu Motta.
A pesquisa
A pesquisa de doutorado do Davi tratou de materiais conhecidos como supercondutores, classe de materiais que possui características específicas, como o fato de ter condutividade elétrica perfeita. Essas características fazem desses materiais um dos principais motores no desenvolvimento do que chamamos de tecnologias quânticas na atualidade.
Em particular, supercondutores são empregados com sucesso no rápido desenvolvimento de "computadores quânticos", que prometem revolucionar nossa capacidade de computação e ampliar as fronteiras do conhecimento. Para aprimorar o funcionamento desses computadores, é desejável desenvolver uma eletrônica compatível às suas condições de funcionamento, ou seja, uma eletrônica também supercondutora.
Foi neste contexto que se inseriu a pesquisa de doutorado desenvolvida na UFSCar, que buscou entender diferentes formas de utilizar campos magnéticos para controlar as propriedades de materiais supercondutores visando desenvolver dispositivos eletrônicos compatíveis com novas tecnologias quânticas.
"Ao estudar como a distribuição espacial do campo magnético afeta supercondutores, demonstramos novos efeitos que permitem criar dispositivos supercondutores pensados para integração com tecnologias quânticas. Uma grande vantagem destes dispositivos é o fato de seu funcionamento estar relacionado com entidades de fluxo magnético de dimensões nanométricas, conhecidas como ‘vórtices’, o que permite a miniaturização dos dispositivos e facilita sua implementação conjunta com outros elementos em chips supercondutores contendo múltiplas funcionalidades, como os microchips utilizados na tecnologia com a qual convivemos diariamente", explicou o orientador.
Estudo na área da Ciência da Informação busca voluntários para responderem questionário online
SÃO CARLOS/SP - Um estudo na área de Ciência da Informação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está investigando como as pessoas, em seus respectivos contextos, compartilham informações relacionadas ao climatério e à menopausa. Para isso, está convidando voluntários para responderem um questionário online.
"As práticas informacionais são o resultado de um comportamento dentro de um contexto social a partir de uma informação. Ou seja, é a somatória de como as pessoas, em seus respectivos contextos sociais, desejam, precisam, buscam, usam e compartilham informação", explica Juliana Buzinaro Andrikonis, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI) e responsável pelo estudo, que tem orientação da professora Ariadne Chloe Furnival, do Departamento de Ciência da Informação (DCI) da UFSCar.
"O tema surgiu após uma conversa de corredor com minha atual orientadora. Percebemos, a partir de incômodos e relatos pessoais, que falar sobre saúde e sistemas reprodutivos femininos ainda é um tabu, e esses temas podem ser ainda mais invisibilizados quando somados a preconceitos como etarismo, machismo e LGBTQIAPN+fobia", explica a mestranda. "Essa situação impacta nossa saúde, autonomia e qualidade de vida durante ciclos menstruais, desempenho da sexualidade, gestação e nas fases do climatério. Esta última, em especial, pode causar sintomas físicos e psicológicos que se manifestam em períodos delicados da vida de mulheres cis e homens trans, afetando negativamente suas vidas. Isso torna necessário verificar se o acesso à informação em saúde está democratizado", completa. "Considerando que esse acesso é um direito garantido por lei e essencial para a tomada de decisões conscientes, a pesquisa busca identificar como ocorrem as práticas informacionais das pessoas em situação de climatério, menopausa e pós-menopausa, para trazer visibilidade a informações de saúde baseadas em evidências nos mais diversos contextos socioculturais e econômicos".
Como participar
O questionário pode ser respondido por pessoas de todo o território nacional que afirmam ter experiência empírica quanto ao climatério e à menopausa. Esses períodos são inerentes à trajetória de vida das pessoas designadas ao gênero feminino ao nascer, caracterizados por reduções nos níveis de estrogênio e progesterona, que ocorrem predominantemente entre os 45 e 55 anos de idade.
O anonimato dos participantes será garantido. O tempo estimado para responder o questionário, composto por 17 (dezessete) questões estruturadas e uma opcional aberta, é de aproximadamente 10 minutos. Para participar, basta acessar o formulário disponível em https://bit.ly/
O trabalho, intitulado "Práticas informacionais acerca da menopausa e do climatério: uma análise a partir dos sujeitos afetados", tem apoio financeiro da Capes. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 69958623.6.0000.5504).
Promessa de forrageiras com alta produtividade e alto teor de proteína bruta para qualquer tipo de solo, pode ser indicação de armadilha. Portanto, é fundamental estar atento a possíveis contradições para evitar ser enganado
SÃO PAULO/SP - Estima-se que cerca de 90% da carne bovina do Brasil é produzida em regime de pastagens. De acordo com a Embrapa, são aproximadamente 177 milhões de hectares de pasto no país, para um rebanho de 234,4 milhões de animais. Na busca por uma pastagem que ofereça alimento de qualidade ao rebanho, é preciso atenção para não cair em armadilhas ou falsas promessas de um capim "que só tenha vantagens".
"Embora pareça promissor, não há um capim que trará 'soluções milagrosas'. Qualquer capim precisará absorver uma grande quantidade de nutrientes do solo para atingir alta produtividade e qualidade. O termo 'capim milagroso' é frequentemente utilizado para descrever variedades que prometem alta produção e qualidade, mesmo em solos pobres, alagados ou baixa disponibilidade hídrica, por exemplo, mas essa conta não fecha. Se o solo e as condições forem ruins, o capim irá refletir isso, e a consequência será sentida pelos animais.", explica o zootecnista Wayron Castro, assistente técnico de sementes na Sementes Oeste Paulista (Soesp).
Segundo o especialista, é natural que cada forrageira possua exigências e adaptações diferentes. Cada capim apresenta suas vantagens e desvantagens. "Desconfie quando um produto for apresentado como tendo apenas vantagens, mesmo em diversas condições de clima e manejo. No Brasil, com nossa vasta extensão territorial e seis biomas distintos, é difícil acreditar que um único capim possa ter excelentes resultados em tantos ambientes diferentes", detalha.
Testes, validações e a escolha certa
O lançamento de uma nova cultivar é algo que requer muitos anos de pesquisas e validações. A Embrapa, por exemplo, pode levar até 15 anos para desenvolver um novo capim. São realizados inúmeros testes para verificar todo o seu potencial, inclusive em vários biomas. Entre eles é testado a viabilidade, produção de semente e sua validação no campo em pelo menos cinco regiões diferentes do Brasil.
Outro cuidado fundamental que o produtor precisa ter, é em relação à qualidade das sementes – estas precisam ter tratamento especial antes de chegar ao campo para garantir aos pecuaristas o recebimento desse importante insumo livre de doenças e pragas, como por exemplo, nematoides.
As sementes blindadas com tecnologia Advanced da Soesp, por exemplo, recebem na fábrica o tratamento para garantir sua qualidade. A empresa possui laboratório especializado em sementes forrageiras acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro e aplica dois fungicidas e um inseticida à superfície das sementes. Todo o processo tecnológico proporciona alta pureza e alta viabilidade para as Brachiarias e Panicuns.
As sementes blindadas com a tecnologia Advanced têm ainda como importante característica a uniformidade e resistência, assim não entopem os maquinários de plantio e o tratamento não se rompe, chegando intacto ao solo. Além disso, são produtos com inteligência na absorção de água e ideais para Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), com menor custo por hectare. "É fundamental que o produtor busque sementes de empresas idôneas como a Soesp, que sejam associadas da Unipasto e/ou parceiras da Embrapa", pontua Castro.
Simples e eficiente
Conforme destacado, não existe capim milagroso que possa ter alta produção em solos com baixa fertilidade. Não é só uma boa cultivar que vai gerar resultados ao pecuarista, é preciso um conjunto de fatores, e isso passa obrigatoriamente por cuidados e preparo de solo. "Não há mágica, o produtor tem que fazer o básico bem feito, ou seja, adubar, aplicar calcário e buscar a melhoria contínua da fertilidade", destaca o especialista.
Outra dica importante é que o produtor procure sempre um agrônomo, zootecnista ou um técnico de sua confiança, que conheça bem a sua região e as condições de solo, para poder indicar as variedades que melhor se adaptam a cada realidade. "É válido reforçar que nunca é indicado fazer compra de insumos pela empolgação, é preciso ser criterioso, pesquisar sobre a origem dos produtos e o histórico da empresa. Somado a isso, é preciso que o produtor enxergue o pasto como uma cultura, pois todo investimento ajudará em um bom desempenho dos animais, bem como na garantia de oferta de alimentos com valor mais competitivo", finaliza Castro.
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.