Jornalista/Radialista
SÃO CARLOS/SP - Na Tribuna Livre da sessão plenária de terça-feira (25), a Câmara recebeu o escritor Antonio Fais, presidente da Academia Literária de São Carlos (ALSCar), que oficializou convite a população para comparecer à solenidade de instalação da ALSCar agendada para o próximo dia 10 de julho no Teatro Municipal Dr. Alderico Vieira Perdigão.
Fais informou que a entidade sem fins lucrativos foi fundada em dezembro de 2022, de início 26 com membros fundadores que atuam em favor da cultura e da literatura, tendo lançado diversos livros e participado de projetos culturais na cidade.
Segundo ele, o modelo para a criação da Academia Literária difere daquele composto por intelectuais distantes do povo, pois contempla o trabalho de cada escritor como uma empresa nascente, uma start up e busca atuar como acelerador desse processo.
“Esse trabalho conta muito com apoio da política, pois a literatura traz divisas para a cidade e queremos desenvolver projetos, não simplesmente a literatura contemplativa, queremos atuar fortemente na formação de estudantes, professores e por isso é importante todo este movimento literário”, declarou.
Ainda em sua fala, o escritor destacou a importância de São Carlos possuir o título de “Capital do Conhecimento” e defendeu que possa ser criada uma Secretaria Municipal de Cultura.
Durante a solenidade de instalação da ALSCar será lançada a coletânea “Academia Literária de São Carlos em prosa e verso”.
O stand-up comedy será realizado neste sábado, às 20h, no Teatro Municipal. Os ingressos estão à venda na bilheteria e no site https://ingressodigital.com. A produção é da Teatro GT.
SÃO CARLOS/SP - O Teatro Municipal de São Carlos (Av. Sete de Setembro, nº 1.735), recebe o humorista Rodrigo Sant'anna com o show " Atazanado", neste sábado, dia 29 de junho, às 20h. Os ingressos custam de R$ 50,00 a R$ 100,00 e estão à venda na bilheteria do Teatro no site https://ingressodigital.com. A classificação etária é 16 anos.
Neste novo show, Rodrigo usa as suas habilidades para interpretar personagens, como um tomate cereja, uma mãe rica, a mulher do site de busca e um peru de Natal. Ele se utiliza de hábitos do mundo moderno para provocar reflexões
Colaboração entre cientistas de universidades federais visa desenvolver novos processos e produtos de baixo impacto para o meio ambiente e para a saúde humana
SÃO CARLOS/SP - Plantas daninhas constituem um desafio na agricultura brasileira, acarretando perdas importantes na produção agrícola. Ao nascerem em locais indesejados, as daninhas competem com as culturas por água, gases, nutrientes, luz e espaço e podem atuar como hospedeiras para pragas e doenças. Também liberam substâncias tóxicas no solo, inibindo o crescimento saudável das outras plantas. Muitas espécies desenvolvem resistência aos herbicidas comerciais, tornando o controle ainda mais difícil.
Com o objetivo de contribuir no combate às daninhas de forma eficiente e sustentável, cientistas de cinco universidades federais - de São Carlos (UFSCar), Santa Catarina (UFSC), Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Goiás (UFG) - atuam em projeto em rede, que prevê o desenvolvimento de novos produtos e processos para o controle fitossanitário, com ênfase em biodefensivos. Os biodefensivos são produtos naturais - ou derivados de fontes naturais, como plantas, microrganismos (fungos, bactérias), minerais e animais. Além de controlarem pragas e doenças, oferecem uma abordagem mais ecológica e menos prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente, se comparados com os defensivos convencionais, que podem ser altamente tóxicos.
A iniciativa é coordenada por Márcio Weber Paixão, docente no Departamento de Química (DQ) da UFSCar, instituição-sede do projeto. O pesquisador conta que, atualmente, há, no País, cerca de 800 herbicidas registrados, mas as plantas daninhas desenvolveram resistência a pelo menos 50 deles. "Além disso, muitos desses herbicidas causam impactos ambientais negativos, como contaminação de rios, solo e ar, além de riscos à saúde humana e impactos sobre animais e vegetação. Também trazem outros problemas, como elevado custo e baixa estabilidade. O projeto em rede visa, portanto, superar esses desafios", situa Paixão.
Para isso, os pesquisadores realizarão a síntese e a avaliação da atividade herbicida de compostos inibidores da enzima 4-hidroxifenilpiruvato dioxigenase (HPPD). Esses compostos são considerados promissores no combate às daninhas, pois interrompem a produção de pigmentos necessários para a fotossíntese, o que leva à morte dessas plantas. Além disso, possuem alta seletividade, ou seja, são capazes de eliminar ou inibir o crescimento das plantas daninhas sem causar danos significativos às culturas agrícolas desejadas.
O processo de obtenção desses compostos deverá ser feito a partir de fontes renováveis, como resíduos de madeira e cana-de-açúcar. "A ideia é ter, como matéria-prima, moléculas derivadas da biomassa lignocelulósica, que apresenta baixa toxicidade para as demais culturas", explica Paixão. A biomassa lignocelulósica é composta principalmente por polímeros como lignina e celulose e pode ser obtida a partir de resíduos agrícolas (como palha de cana-de-açúcar, restos de milho e cascas de arroz), resíduos florestais (como serragem e resíduos de madeira) e plantas. É uma fonte sustentável frequentemente usada nas áreas de energia, química e farmacêutica, e substitui fontes não renováveis, como o petróleo, além de aproveitar resíduos que de outra forma seriam descartados.
Após a etapa de síntese dos compostos, o estudo contempla testes de germinação para verificar sua eficácia e, posteriormente, chegada ao mercado. Estes testes analisarão a seletividade dos compostos em relação às culturas de soja, milho, cana-de-açúcar, arroz e feijão.
"Ao identificarmos os compostos mais eficazes, teremos um material que combaterá as plantas daninhas sem prejudicar as culturas, garantindo, assim, novos mecanismos de ação, com foco na sustentabilidade", registra Maria Isabel Ribeiro Alves, docente na UFG e integrante do projeto.
Com isso, o estudo está alinhado à concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Agenda 2030, em especial o ODS2 - Fome Zero e Agricultura Sustentável. Além disso, a colaboração entre cientistas de diferentes universidades federais permite uma abordagem interdisciplinar e contribui para o intercâmbio de experiências entre as áreas do conhecimento. "Isso fortalece ainda mais a pesquisa, possibilitando soluções mais inovadoras para o controle de plantas daninhas na agricultura brasileira", ressalta Alves.
O projeto conta com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), através da Chamada Pública MCTI/CNPq/CT-AGRO Nº 32/2022, e tem duração prevista de três anos.
SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) - um CEPID da FAPESP alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) -, em parceria com o Departamento de Morfologia e Patologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e com o Núcleo Integrado de Laser em Odontologia (NILO), de Ribeirão Preto (SP), concluíram recentemente uma pesquisa que tem o objetivo de combater a acne - tipos 1 e 2, menos severas - substituindo os tratamentos convencionais pela introdução de terapia fotodinâmica.
Esta nova abordagem inclui a utilização de curcumina como elemento fotosensibilizador e a aplicação de laser com luz azul, um método que foi desenvolvido no programa de mestrado em biotecnologia na UFSCar, em colaboração com o IFSC/USP. A pesquisadora Gabriely Simão, primeira autora do estudo que foi publicado na revista “Aesthetic Orofacial Science”, é formada em odontologia pela UNICEP, com orientação do Prof. Clóvis Wesley Oliveira de Souza, docente do Departamento de Morfologia e Patologia da UFSCar e orientador no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, e pesquisador colaborador no CEPOF, e da Profª Rosane de Fátima Zanirato Lizarelli (NILO).
Muito comum, a acne é o nome dado a espinhas e cravos que surgem devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos, sendo muito frequente na fase da adolescência, sem deixar de ser comum também em adultos, principalmente em mulheres. Além do incômodo das lesões, como na adolescência a aparência é um fator importante, o comprometimento estético determinado por alterações da pele pode atingir o lado psicológico e tornar o adolescente - ou o adulto - inseguro, tímido, deprimido, infeliz, com rebaixamento da autoestima e com consequências sérias que podem persistir pelo resto da vida.
Os tratamentos convencionais de combate à acne incluem aplicações de cremes antibióticos na pele, principalmente o Roacutan, ou ainda a ingestão de medicamentos orais que têm a tendência de provocar efeitos colaterais. “A aplicação da terapia fotodinâmica com a utilização de curcumina e de laser luz azul comprovou nos estudos laboratoriais realizados por Gabriely a eficácia no combate à acne tipos 1 e 2, ou seja, no início da doença, e a possibilidade dessa técnica substituir os tratamentos convencionais com maior segurança e bem-estar para os pacientes, além de ser um procedimento menos invasivo e de baixo custo”, relata a pesquisadora.
Esta pesquisa, traduzida em um caso clínico, incluiu a colaboração de várias dezenas de pessoas com acne (tipos 1 e 2), sendo que os resultados alcançados deram origem agora a uma chamada de pacientes com essa doença para avançar com o novo tratamento. Esta chamada é dedicada apenas a pessoas com idades compreendidas entre os 25 e 35 anos, de ambos os sexos. “Para pacientes mulheres, há algumas restrições para participarem nesta chamada, como, por exemplo, não estarem grávidas, amamentando, fazendo uso de contraceptivos, de hormônios, enfim, de medicamentos tópicos e sistêmicos. Quanto à participação de homens, eles também não poderão estar tomando hormônios”, adverte a pesquisadora. Este tratamento irá ocorrer na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) e compreenderá a realização de 16 sessões em cada paciente, ao longo de 60 dias.
Para o Prof. Clóvis Wesley Oliveira de Souza “A curcumina é um fotosensibilizador. Então, quando existe uma interação entre a luz azul e a curcumina, na presença do oxigênio, essa interação vai produzir espécies reativas de oxigênio, como oxigênio cingleto e os íons hidróxido, e aí ocorre um efeito nas bactérias, que acabam por morrer. Também existe um procedimento que utiliza a luz azul diretamente no tratamento da acne, sem o fotosensibilizador, porque ele também tem uma alta energia e pode igualmente ativar alguns componentes das células bacterianas, causando-lhes igualmente a morte. Só que nesta pesquisa, o grande efeito foi combinar tudo, ou seja, utilizar a terapia fotodinâmica, atendendo a que a curcumina é um antioxidante, anti-inflamatório de baixo custo, e a luz azul é antibacteriana”, explica o docente.
Focada em introduzir seus conhecimentos em clínicas de estética, atendendo a que esta pesquisa foi já aprovada pelo Comitê de Ética, a pesquisadora Gabriely Simão acredita que, se tudo correr bem, em cerca de seis meses este protocolo poderá estar disponível, até porque o equipamento dedicado à emissão de luz azul também já está disponível no mercado.
Além de Gabriely Simão e do Prof. Clóvis Wesley Oliveira de Souza, assinam esta pesquisa a Profª Rosane de Fátima Zanirato Lizarelli e a Drª Fernanda Mansano Carbinatto.
Os interessados em fazer parte desta pesquisa deverão contatar a UTF da SCMSC através do telefone (16) 3509-1351.
Para acessar o artigo científico relativo a esta pesquisa, acesse o link - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2024/06/PAPER-ACNE.pdf .
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