Jornalista/Radialista
WASHINGTON - Os Estados Unidos não seguirão o caminho do Reino Unido e do Japão, que entraram em recessão, por ter uma recuperação fundamentalmente mais forte que tem permitido gastos saudáveis dos consumidores norte-americanos, com os gastos do governo Biden em infraestrutura e energia limpa fomentando o investimento empresarial, disse a assessora econômica da Casa Branca, Lael Brainard, neste final de semana.
Brainard disse a repórteres em uma conferência de economia que o crescimento contínuo dos EUA ajudaria a apoiar a economia global, inclusive para os países em desenvolvimento.
"Como a inflação caiu tão rapidamente, prevemos que o ambiente será bastante benigno" para os EUA, disse Brainard, diretora do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca.
Novos dados na terça-feira mostraram que tanto o Reino Unido quanto o Japão entraram inesperadamente em recessão, com o Produto Interno Bruto em queda no quarto trimestre após baixas no terceiro trimestre. Os gastos dos consumidores em ambos os países continuaram fracos.
Brainard atribuiu a posição mais forte dos EUA à aprovação do pacote inicial de resgate da Covid-19 do governo Biden, que permitiu que os norte-americanos voltassem a trabalhar mais cedo e ajudou as pequenas empresas.
A criação recorde de empresas, com 16 milhões de solicitações nos últimos três anos, e os investimentos do governo Biden em infraestrutura, fabricação de semicondutores e energia limpa "continuarão a proporcionar um ambiente de investimento forte e positivo para o investimento empresarial", disse ela.
Juntamente com um engajamento da força de trabalho e melhorias na produtividade, esses fatores podem ajudar a preparar o caminho para um crescimento duradouro de longo prazo, disse Brainard.
Brainard, ex-vice-chair do Federal Reserve, deu seguimento a esforços do governo Biden para promover suas políticas de investimento, argumentando que elas permitiram que a economia dos EUA desafiasse as previsões de recessão do ano passado.
No entanto, os repetidos esforços do governo para mostrar seus sucessos econômicos até agora não conseguiram persuadir um público norte-americano ainda abalado pela alta inflação pós-pandemia, levantando preocupações para os democratas, conforme o presidente dos EUA, Joe Biden, busca um segundo mandato na Casa Branca na eleição de 5 de novembro.
PREÇOS AINDA MUITO ALTOS
Brainard reconheceu que os norte-americanos estão "fartos" dos preços altos de produtos cotidianos, como alimentícios e moradias, e disse que o governo Biden tentaria reduzi-los, reprimindo práticas enganosas de preços, como a redução do tamanho das embalagens e as "taxas de lixo" cobradas por alguns prestadores de serviços.
Brainard se recusou a comentar diretamente dados de vendas no varejo dos EUA divulgados nesta quinta-feira que mostraram uma queda maior do que a esperada em janeiro. No entanto, ela disse que os consumidores estão se tornando mais criteriosos em relação às suas compras, o que pode levar alguns varejistas a reduzir os preços.
A economia dos EUA está mais saudável do que o previsto há um ano, mais forte do que no mesmo estágio de recuperações anteriores e melhor em termos de crescimento e inflação do que em outras economias avançadas, com a inflação cheia e seu núcleo perto de 2% nos últimos seis meses, disse Brainard.
As pressões de preços diminuíram mesmo com o crescimento em torno de 3% em 2023 e o desemprego permaneceu abaixo de 4% por dois anos, o período mais longo desde a década de 1960.
"Olhando para a história, nunca tivemos um ano em que a inflação tenha diminuído tão rapidamente, ao lado de um crescimento robusto e uma taxa de desemprego baixa e estável", disse Brainard.
Reportagem de Andrea Shalal / REUTERS
SÃO CARLOS/SP - A Comitiva Sancanejo continua com ações sociais, e neste ano dão início à campanha “PÁSCOA SOLIDÁRIA”, onde todos podem participar e fazer uma criança feliz.
“Sabemos da dificuldade de todos, e por isso pensamos num jeito que todos possam se envolver na campanha, pois a doação é para comprar chocolates que serão doados para as crianças que mais precisam. O valor inicial é a partir de R$ 2,00, isso mesmo, a partir de R$ 2,00, ou seja, não tem como ficar de fora” afirmou a diretoria da Comitiva.
Para participar é muito fácil, basta fazer um PIX no fone da Comitiva (16) 99607-4695 e pronto!
Caso você tenha condições de doar mais, fique à vontade, ou queira doar uma caixa de Bis, ou bombons, entre em contato no WhatsApp (16) 99607-4695.
Siga o trabalho da galera no Instagram @comitivasancanejo.
“De mãos dadas podemos transformar chocolate em felicidade”.
A entrega para as crianças será no domingo de Páscoa.
Proposta busca promover construção participativa em extensão rural e desenvolvimento sustentável
SÃO CARLOS/SP - Uma proposta, que será desenvolvida a partir de 2024 e que busca promover a construção participativa de ações e diretrizes inovadoras de políticas públicas de extensão rural e desenvolvimento sustentável, com foco na articulação de experiências e saberes agroecológicos, bem como na formação técnica de agricultores familiares assentados e comunidades quilombolas do estado de São Paulo. Esse é o projeto "Construção participativa de ações e diretrizes de políticas públicas de extensão rural em agroecologia e desenvolvimento sustentável", uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), articulada através da cooperação entre o Núcleo de Pesquisa e Extensão Rural (NuPER) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
No dia 29 de janeiro, a UFSCar foi sede da primeira reunião geral de desenvolvimento do projeto. O encontro contou com a participação de toda a equipe, composta por docentes, pesquisadores, técnicos e articuladores locais. Também participou do encontro a Superintendente do Incra no estado de São Paulo, Sabrina Diniz. O indicativo é de que nas próximas semanas a Universidade formalize o Termo de Cooperação com o órgão, consolidando a parceria.
Durante a atividade, Diniz destacou que a iniciativa está inserida em um contexto de reconstrução da agenda de implementação e acompanhamento de políticas públicas para a reforma agrária no Brasil, desarticulada desde o fim do governo de Dilma Rousseff.
"A gente passou por um período de seis anos de retrocesso da reforma agrária, seja pela não criação de novos assentamentos, seja pela ausência do Incra dentro de áreas de assentamentos, trabalhando para o desenvolvimento desses territórios. Então, a gente constrói esse projeto agora para poder atuar numa reconstrução do desenvolvimento dos assentamentos, fundada basicamente em bases agroecológicas", afirma a Superintendente.
Joelson Gonçalves de Carvalho, docente do Departamento de Ciências Sociais (DCSo) e Coordenador do NuPER, destaca a importância deste tipo de articulação para "atuar, através da universidade pública, para transformar o horizonte da extensão rural, inserindo quilombos, comunidades tradicionais, acampamentos e assentamentos de reforma agrária no orçamento federal".
Comunidades quilombolas no Programa Nacional de Reforma Agrária
O projeto dialoga com uma das atuais demandas do Incra, que é a retomada da inserção de famílias quilombolas no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (Sipra). Esse cadastramento é fundamental para realizar o processo de titulação e regularização fundiária, conferindo segurança jurídica ao direito dessas comunidades sobre seu território. Além disso, estar cadastrado nesse sistema é um dos requisitos para inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), um instrumento que serve para identificar quem é beneficiário do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA).
É através desse cadastro que agricultores e agricultoras quilombolas poderão acessar os programas de crédito e fomento oferecidos pelo Incra, além de serem habilitados a comercializar sua produção em programas de compras públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Rodrigo Marinho Rodrigues da Silva, liderança do quilombo Ivaporunduva, localizado na região do Vale do Ribeira, é um dos 22 técnicos e articuladores que compõem a equipe do projeto. Para ele, "essa nova iniciativa, de podermos aproximar essas políticas públicas que estão ligadas ao contexto da reforma agrária das comunidades quilombolas, é um passo que estamos dando rumo ao acesso aos direitos dessas comunidades".
Agroecologia e desenvolvimento sustentável
A questão ambiental está entre os princípios estruturantes do projeto, desenvolvido em cooperação com a UFSCar. A meta principal da proposta é articular regionalmente instituições e movimentos sociais de forma permanente, estimulando e fortalecendo práticas agroecológicas como política de Estado.
"Não há mais como discutir reforma agrária e desenvolvimento rural sem abordar a questão ambiental. O país inteiro, seja urbano, seja rural, tem sofrido com as mudanças climáticas, e a produção agropecuária desse país tem contribuído significativamente para essas mudanças climáticas", destaca a superintendente do Incra, Sabrina Diniz.
Nesse cenário, a agricultura familiar, além de ser a principal fonte de produção de alimentos do país, pode contrapor-se ao modelo de produção do agronegócio, promovendo o desenvolvimento de práticas ecologicamente sustentáveis e socialmente justas.
Para a equipe do projeto, quilombos e assentamentos de reforma agrária têm protagonizado experiências bem-sucedidas, orientadas ao desenvolvimento de uma agricultura ecologicamente sustentável, que busca promover o exercício soberano das políticas nacionais de abastecimento e, simultaneamente, combater a pobreza e a insegurança alimentar no meio rural brasileiro. Espera-se que a parceria com a Universidade permita levantar e sistematizar essas práticas, subsidiando o apoio técnico para a transição agroecológica dos territórios atendidos pelo projeto, que ainda não se enquadram nesse modelo produtivo.
Na prática, essas ações irão auxiliar, por exemplo, na estruturação e consolidação de associações e cooperativas que produzem alimentos em bases agroecológicas, bem como na sua inserção em programas de compras públicas, como o PAA e o PNAE.
Mais informações estão disponíveis na página do projeto [https://nuperufscar.com.br/
Evento, com tema sobre ativismo ambiental, recebe submissão de trabalhos
SÃO CARLOS/SP - De 15 a 17 de outubro, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sediará o III Encontro Internacional, em uma parceria entre o Instituto Jurídico (IJ) da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e o Centro de Estudos em Democracia Ambiental (CEDA), vinculado ao Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) e ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) da própria UFSCar. As duas edições anteriores do evento ocorreram em Coimbra, em Portugal, e São Luís (MA), em abril e novembro de 2023, respectivamente.
O tema central do evento "Ambiente de todos, ambiente para todos: ativismo ambiental como parte da solução" reflete o que tem sido pesquisado pelos membros do CEDA/UFSCar, sendo um momento de apresentar os resultados de suas pesquisas, debater com outros pesquisadores (brasileiros e estrangeiros) e avançar para a idealização de novas pesquisas nessa temática da Democracia Ambiental. Na ocasião, serão discutidos temas relacionados ao ativismo climático; ativismo e água; diversidade e meio ambiente; ativismo e saneamento básico; ativismo judicial e meio ambiente; ativismo e o planejamento urbano; populações tradicionais; ambiente e ativismo; e ativismo normativo.
O público-alvo é formado por juristas, sociólogos, antropólogos, cientistas políticos, cientistas ambientais, engenheiros, arquitetos e urbanistas, técnicos e demais profissionais especializados; pesquisadores, professores universitários, alunos de pós-graduação dos cursos afins ao evento; membros do Ministério Público Estadual e Federal e do Poder Judiciário Estadual e Federal, e demais pessoas interessadas no tema.
Inscrições
Serão aceitas inscrições de trabalhos completos para apresentação oral. Os trabalhos apresentados no evento serão publicados em forma de capítulo de livro (e-book) de cada GT (Grupo de Trabalho) e disponibilizados no site www.ceda.ufscar.br. Entre os trabalhos apresentados serão selecionados os mais bem avaliados, conforme critérios do edital, para serem publicados na Revista Cedoua (Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente) da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra; ou na Revista Culturas Jurídicas da Universidade Federal Fluminense (Qualis Capes A2); ou, ainda, na Revista Fórum Ambiental da Alta Paulista (Qualis Capes A2).
Os trabalhos serão recebidos até 29 de julho de 2024. Até o dia 15 de maio as taxas de inscrição têm valor reduzido. Todas as informações, incluindo submissão de trabalhos e inscrições, devem ser conferidas no edital, disponível no site www.ceda.ufscar.br. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo Instagram @cedaufscar e também pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
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