Jornalista/Radialista
Redução ocorreu nos cinco primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período do ano passado; houve queda também em acidentes e feridos
RIO CLARO/SP - De janeiro a maio deste ano, o número de vítimas fatais em acidentes nas rodovias administradas pela Eixo SP caiu 33% em comparação ao mesmo período do ano passado. Se a comparação for com os cinco primeiros meses de 2021, a redução é ainda maior, de 37%. Nesse mesmo período, houve queda também na quantidade de acidentes e de feridos.
Nos cinco primeiros meses de 2021, foram registradas 54 mortes no trecho de 1.221 quilômetros administrado pela Concessionária. Esse número caiu para 51 de janeiro a maio do ano passado e reduziu para 34 este ano. A queda de feridos nesse período foi de 22%. Foram 788 registros em 2021 e 614 em 2023. Já a redução de acidentes ficou em 18%. Caiu de 1.090 nos quatro primeiros meses de 2021 para 898 este ano.
Os resultados positivos são atribuídos pela Concessionária a uma combinação de vários fatores. Entre eles, a melhora da infraestrutura viária e o constante trabalho de conscientização dos usuários por meio de campanhas educativas. “Investimentos em melhorias na sinalização, nas condições do pavimento, implementação de faixas de acostamento, obras de duplicação, instalação de dispositivos e de defensas metálicas para coibir acessos às rodovias que representam risco de acidentes. Enfim, nesses últimos anos, a Eixo SP realizou uma série de mudanças que trouxeram avanços na segurança viária e refletem diretamente nesses dados”, diz a coordenadora de Segurança Viária da Eixo SP, Viviane Riveli de Carvalho.
De acordo com ela, outros fatores também podem ter contribuído como, por exemplo, a implementação de novos equipamentos de radares. Segundo Viviane, muitos ainda nem estão em funcionamento, aguardam homologação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), mas a presença da estrutura do radar já produz a sensação de fiscalização. “Isso faz com que os usuários passem a respeitar a velocidade máxima regulamentada para a via. O excesso de velocidade é um fator que pode provocar ou agravar um acidente de trânsito”, afirma Viviane.
Segundo ela, analisando atentamente os dados foi possível verificar que o número de acidentes teve uma redução, mas que a queda que houve no índice de acidentes fatais foi maior. “Isso permite a leitura de que a gravidade dos acidentes diminuiu”, observa.
Outro fator apontado como possível responsável pelas reduções verificadas são as campanhas de conscientização realizadas pela Concessionária. Atividades educativas com pedestres, ciclistas, motociclistas e caminhoneiros desenvolvidas em diversas cidades ao longo do trecho da Eixo SP procuram chamar a atenção para a importância do respeito às leis de trânsito e de atitudes preventivas. Essas iniciativas, segundo Viviane, podem ter contribuído para uma mudança de comportamento dos condutores.
“Não devemos deixar para falar no assunto segurança viária apenas quando acontece o acidente. O ideal é educar e desenvolver ações com a sociedade o tempo todo, de forma a prevenir e evitar perdas”, afirma ela.
SOROCABA/SP - Em uma definição tradicional, a agroecologia é um modelo de agricultura alternativa baseada na integração e aplicação de conceitos ecológicos e sustentáveis na produção de alimentos. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), "a agroecologia ajuda a apoiar a produção de alimentos e a segurança alimentar e nutricional enquanto restaura os serviços ecossistêmicos e a biodiversidade que são essenciais para a agricultura sustentável". Mas o professor Fernando Silveira Franco, do Departamento de Ciências Ambientais (DCA-So), e coordenador do Núcleo de Agroecologia Apete Caapuã (NAAC) do Campus Sorocaba da UFSCar, vai além: "a agroecologia é uma nova forma de ser e estar no mundo, já que, além de uma produção sustentável, visa relações econômicas, sociais e culturais mais justas".
Corroborando a visão do professor da UFSCar, a própria FAO já identificou os 10 princípios da agroecologia que destacam as propriedades importantes na implementação de um sistema agroecológico: Diversidade; Cocriação e compartilhamento de conhecimento; Sinergias; Eficiência; Reciclagem; Resiliência; Valores humanos e sociais; Cultura e tradições alimentares; Governança responsável; Economia circular e solidária. "Princípios, portanto, que vislumbram uma transformação social ampla", destaca o docente.
Além de considerar o manejo responsável dos recursos naturais e a justiça social - "afinal, não há agroecologia sem movimentos sociais" -, o modelo da agroecologia constitui um campo de conhecimento científico, que integra os saberes históricos dos agricultores com o avanço da ciência, para alcançar seus objetivos. "Na agroecologia, o conhecimento tradicional se une à ciência; a ancestralidade é respeitada e soma forças aos saberes acadêmicos e científicos na busca por soluções", afirma Franco.
Tais soluções objetivam, sobretudo, atender à demanda de alimentos da população, respeitando o meio-ambiente, o ser humano e as relações entre eles. Os que defendem o uso da agricultura em larga escala e o agronegócio argumentam que eles são importantes para dar conta do volume da produção de alimentos. No entanto, os que defendem a agricultura familiar afirmam que ela já é responsável pela produção de aproximadamente 70% dos produtos consumidos no País. Diante dessas posições, o pesquisador da UFSCar é enfático: "tenho certeza que temos conhecimento, força de trabalho e capacidade produtiva para atender toda a demanda por alimentos no Brasil; faltam uma utilização mais racional do campo, a partir da reforma agrária, e políticas públicas consistentes de apoio à produção agroecológica".
Além de garantir que é possível substituir o atual modelo agrícola do agronegócio por um modelo agroecológico, Franco mostra a relação entre a agroecologia e a saúde: "A agroecologia tem uma relação direta com a alimentação saudável: sistemas alimentares mais saudáveis, pessoas mais saudáveis".
Sobre o NAAC
O Núcleo de Agroecologia Apete Caapuã (NAAC) foi criado no Campus Sorocaba da UFSCar em 2009, a partir do anseio do professor e de estudantes em compartilhar a extensão rural e a pesquisa em agroecologia. Atualmente, o NAAC conta com 12 bolsistas e cinco voluntários que são alunos de graduação dos cursos de Geografia, Biologia Bacharelado, Biologia Licenciatura, Pedagogia e Engenharia Florestal; dois professores colaboradores e três voluntários formados.
Dentro das premissas da agroecologia enquanto ciência e movimento, o NAAC busca levar a extensão universitária ao campo, prestando assistência técnica e troca de saberes com agricultores familiares em assentamentos da reforma agrária, propriedades rurais, quilombos, entre outras comunidades tradicionais da região sorocabana. Além disso, o NAAC atua de forma política junto a instituições públicas e privadas em fóruns, associações e eventos que promovam o diálogo acerca da soberania alimentar e da agricultura familiar, agroecologia, produção sustentável e justiça social.
"As atividades realizadas pelo NAAC são livres e abertas, podendo qualquer um conhecer e participar, pois a missão da equipe é disseminar e adquirir conhecimento pela troca de experiências e, neste aspecto, entende-se que todos temos algo a dar e a receber", conclui o coordenador.
Saiba mais sobre agroecologia e o trabalho do NAAC nesta edição de "Na Pauta - Entrevista".
IBATÉ/SP - A Prefeitura de Ibaté em conjunto com a Secretaria Municipal de Promoção e Bem Estar Social estão realizando uma série de pré-conferências para a 14ª Conferência Municipal de Assistência Social. O evento tem como objetivo discutir políticas públicas de assistência social e eleger prioridades políticas para os níveis de governo e organizações da sociedade civil que representam usuários, trabalhadores e entidades de assistência social.
Segundo a Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Juliana Nasser, a participação dos usuários é de suma importância para o sucesso da Conferência. "A presença dos usuários é fundamental para que os objetivos sejam alcançados, já que a finalidade principal é avaliar o que está sendo realizado e propor medidas para que a política de assistência social possa avançar para atender às necessidades e direitos dos seus usuários", afirmou.
As Pré-conferências ocorreram no Centro de Convivência da Melhor Idade, no Centro Cultural com os pais do Programa Criança Feliz. “A próxima acontece nesta quarta-feira, 21, às 9h na APAE. Estes momentos são de elevada importância para realizarmos avaliações e buscas de melhorias para a população, ressalta a coordenadora, que contou que tanto na pré-conferência, como na conferência Municipal serão abordados 5 eixos, definidos na Resolução nº 90 do Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS, de 21/12/2022”, explicou Amanda Affonso, coordenadora da Assistência Social.
A Conferência Municipal de Assistência Social é uma preparação para a 13ª Conferência Nacional de Assistência Social, que será realizada em 2023. O evento tem como objetivo avaliar a Política Nacional de Assistência Social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Com o tema “O SUAS que temos e o SUAS que queremos”, a conferência nacional abordará cinco eixos: financiamento, controle social, articulação entre os segmentos, serviços, programas e projetos, e benefício e transferência de renda.
BRASÍLIA/DF - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que a Casa só deve votar a partir de 4 de julho o novo arcabouço fiscal alterado pelo Senado, bem como o projeto que reformula o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). Apesar da concentração de votações, ele manteve a promessa de votar a reforma tributária na primeira semana do próximo mês.
O presidente da Câmara deu a declaração nesta terça-feira (20) após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na sede do ministério. Também participaram do encontro o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).
Segundo Lira, a ideia é fazer um esforço concentrado na primeira semana de julho para votar os três temas. “Queremos fazer uma semana intensiva. Discutiremos Carf, arcabouço e reforma tributária”, declarou.
Os três trataram com o ministro sobre as alterações no projeto novo arcabouço fiscal, cujo relatório foi apresentado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, com alterações em relação ao texto aprovado pelos deputados. O Senado pretende votar a proposta ainda nesta semana e remetê-la de volta à Câmara.
Além de mudanças negociadas anteriormente, como a retirada de gastos do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o senador Omar Aziz (PSD-AM) excluiu do arcabouço os gastos com ciência e tecnologia.
O presidente da Câmara evitou comentar sobre o arcabouço fiscal, mas admitiu que o texto foi mais alterado em relação ao inicialmente informado. “Na conversa que tive com o senador Omar Aziz, ele falou de uma ou duas. Hoje já se fala em mais. Então, a gente tem de esperar. Vamos esperar a votação [do arcabouço] no Senado com naturalidade”, declarou.
Em relação à reforma tributária, Lira disse que o relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) está pronto e deve ser apresentado nesta quinta-feira (22), após a reunião com governadores. “Como convidamos governadores, seria deselegância liberar o texto hoje. A apresentação do relatório fatalmente não passará de quinta-feira”, justificou.
Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
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