fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 
Redação

Redação

 Jornalista/Radialista

URL do site: https://www.radiosanca.com.br/equipe/ivan-lucas E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

RÚSSIA - A guerra na Ucrânia se tornou um conflito de resistência, uma lenta queda de braço entre os dois lados. Pouco mais de um ano depois do início da invasão russa, Moscou parece ter encontrado sua estratégia: vencer pelo cansaço dia após dia as forças de Kiev, menos numerosas e pouco equipadas. Frustrados, os artilheiros ucranianos enfrentam um persistente inimigo.

Em um bosque da região de Velyka Novosilka, no Donbass, o soldado ucraniano Ivan, ex-bibliotecário, conta que foi convocado em maio de 2022. Desde o final do ano passado, ele brinca de gato e rato com a artilharia russa.

"Temos certeza de que eles sabem que estamos aqui. Mas eles não conhecem nossa posição exata", diz Ivan.

A reportagem da RFI se aproxima da artilharia ucraniana quando um militar chega em uma caminhonete para avisar que um drone russo está rastreando o local. O aviso deixa as unidades em alerta e todos correm para um abrigo próximo.

"Neste bosque estamos a seis ou sete quilômetros da linha do fronte. É muito simples para um drone ir e vir e para nós é difícil vê-los com sistemas antiaéreos convencionais", explica Ivan. "Se tiver radar tudo bem, mas a olho nu... É bem problemático", reitera.

O soldado conta à RFI que há cerca de 15 dias um bombardeio russo foi realizado na área. "Eles registraram a posição de nossos vizinhos, uma outra brigada que não está longe daqui. Eles foram vistos por um drone e, graças a ele, os russos encontraram as boas coordenadas", diz. "A guerra na Ucrânia é uma guerra de drones e artilharia. O objetivo é um encontrar o outro para atacar", ressalta.

 

Dias à espera para o ataque

O grupo do qual faz parte Ivan construiu um abrigo subterrâneo, que pode ser acessado por alguns degraus de escada. No local, há algumas cadeiras e um fogão a lenha. Não há grande coisa a ser feita dentro deste cômodo, mas muitas vezes os combatentes passam o dia inteiro esperando.

Com o distanciamento do drone, a brigada autoriza a equipe da RFI a sair do abrigo. O trajeto é retomado até uma clareira, onde Ivan mostra com orgulho seu instrumento de trabalho: um velho lançador soviético de obus, modelo 2S3 Akatsya.

Longe é possível ouvir foguetes atirados pelas tropas russas. Mas quando será a vez de Ivan atirar? "Impossível dizer. Esperamos e nos contentamos em executar ordens", responde.

O soldado descreve à RFI um cenário de incertezas. "Não temos nenhuma ideia de nosso alvo e da distância dele. Apenas os superiores ou os operadores de drones podem saber o que estamos visando", explica.

Apesar de frustrado, o ex-bibliotecário diz compreender que essa é a sua missão. "Não sabemos jamais quando a infantaria vai precisar da gente. Parece que a brigada vizinha começou a trabalhar, pode ser que seja uma resposta após o bombardeio russo. Eles têm mais munições e podem atirar mais longe que a gente", conclui.

 

Batalha em torno de Bakhmut

Se em algumas localidades do leste o ritmo da guerra ocorre a conta-gotas, a Rússia não esconde que, nesse momento, seu objetivo principal é a cidade de Bakhmut, cenário de meses de combates violentos. As duas partes admitiram grandes perdas humanas, mas não divulgam números.

De seu lado, a Ucrânia promete continuar defendendo a cidade, embora muitos considerem que a queda da localidade é inevitável. Algumas unidades já começaram inclusive a se retirar.

"Esta cidade é um importante centro de defesa para as tropas ucranianas no Donbass. Capturá-la permitirá novas operações ofensivas, invadindo as linhas de defesa das forças armadas ucranianas", disse o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, nesta terça-feira (7), durante uma reunião com comandantes militares.

Nas últimas semanas, os russos, liderados pelo grupo paramilitar Wagner, avançaram pouco a pouco e parecem já controlar os acessos norte, leste e sul da cidade. Mas, noite de segunda-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que pediu ao Estado-Maior para "encontrar as forças adequadas" para continuar defendendo Bakhmut.

O conselheiro da presidência, Mikhailo Podoliak, também afirmou que no exército ucraniano existe um "consenso" sobre "a necessidade de continuar defendendo a cidade e esgotar as forças inimigas". Mas fora de Bakhmut, alguns soldados ucranianos acreditam que nada mais pode ser feito para não deixar a cidade cair nas mãos da Rússia.

 

 

por RFI

CARACAS – O partido de oposição venezuelano Vontade Popular disse nesta terça-feira que Juan Guaidó, que já foi a face global mais visível da oposição do país, será seu candidato em outubro nas primárias da eleição presidencial.

Guaidó, um engenheiro industrial de 39 anos, liderou um governo interino a partir de janeiro de 2019, antes de ser substituído como chefe da Legislatura da oposição no final de 2022.

Embora Guaidó tenha sido reconhecido como o líder legítimo da Venezuela por muitos países ocidentais, que consideraram fraudulenta a reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2018, Maduro permanece no cargo e está aproveitando o afrouxamento das sanções dos EUA e as relações renovadas com alguns vizinhos.

A equipe nacional de ativistas do Vontade Popular decidiu “que Juan Guaidó será o candidato”, disse o coordenador nacional do partido, Freddy Superlano, na sede do grupo em Caracas.

Pelo menos uma dúzia de candidatos disseram que participarão das primárias, que irão ocorrer em meio à apatia generalizada dos eleitores e à incerteza sobre se os milhões de venezuelanos que migraram para o exterior poderão votar.

Guaidó e alguns outros candidatos, incluindo o oposicionista Henrique Capriles, que já tentou a Presidência, estão impedidos por decisões judiciais e administrativas de ocupar cargos públicos.

O governo tem dito que aqueles que estão impedidos não podem concorrer até que suas proibições expirem, mas a oposição afirma que as decisões fazem parte de uma estratégia do governo para reprimir a dissidência.

 

 

Reportagem de Vivian Sequera / REUTERS

BRASÍLIA/DF - Nos últimos 10 anos, o professor, advogado, filósofo, mestre e doutor em Direito Silvio Almeida se tornou um dos intelectuais mais conhecidos do Brasil. Sua escolha como ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, portanto, não chegou a surpreender quem acompanhava as discussões sobre o tema mais recentemente. Pouco mais de dois meses depois de sair da condição de "pedra" para a de "vidraça", o agora ministro ainda mantém a fala pausada e didática e a paciência para explicar seus posicionamentos por mais que possam parecer controversos. Foi assim que ele recebeu a reportagem da BBC News Brasil na segunda-feira (7/03) na sede da pasta, em Brasília.

Ao longo de quase 50 minutos de entrevista, Almeida defendeu a criação de uma comissão para avaliar se o Estado brasileiro seguiu as recomendações da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que apurou violações de direitos humanos durante a ditadura militar. A comissão já é vista como uma espécie de "vespeiro" político com potencial para desagradar integrantes das Forças Armadas.

Almeida também defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue uma ação que está parada desde 2015 que analisa a descriminalização das drogas. À BBC News Brasil, Almeida disse ser favorável à descriminalização das drogas e afirmou acreditar que ela poderia diminuir a pressão sobre o sistema carcerário brasileiro.

Dados de junho de 2022 (os mais recentes) mostram que a população carcerária do Brasil é de aproximadamente 837 mil pessoas, segundo o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), feito pelo Ministério da Justiça.

"Temos que tratar isso como uma questão de saúde pública, como uma questão que não se resolve por meio do encarceramento, com prisão e com punição", disse.

Isso aconteceria porque estudos indicam que a atual lei de drogas gerou uma "explosão" no número de pessoas presas por crimes relacionados ao tráfico de drogas.

Apesar de se mostrar favorável à descriminalização das drogas, Almeida afirmou que o governo não estaria se movimentando para que o Supremo julgue o caso.

O ministro também afirmou que o governo trabalha para criar um estatuto para vítimas de violência que incluiria policiais, numa resposta à crítica de que a chamada "turma dos direitos humanos" defenderia apenas criminosos.

O ministro também negou que o atual governo esteja politizando a crise humanitária que afeta o povo indígena Yanomami ao atribuir a responsabilidade pela situação à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um dos pontos controversos da entrevista foi a defesa que o ministro fez da posição do governo brasileiro de se abster e não assinar uma declaração de mais de 50 países condenado violações de direitos humanos ocorridas na Nicarágua, país comandado por Daniel Ortega. Segundo Almeida, ao não assinar a declaração, o Brasil não estaria se omitindo ou sendo leniente com o regime nicaraguense, mas mantendo canais de diálogo abertos para tentar encontrar alternativas.

"O Brasil nunca teve e não tem leniência em relação a isso", disse o ministro.

Ao final da entrevista, Almeida deu a entender que é favorável à descriminalização do aborto, outro tema pendente de julgamento no STF.

"Chega de homens dando opinião sobre a vida, sobre o corpo e sobre a saúde das mulheres [...] sou a favor de que elas (mulheres) decidam", disse.

 

 

ENTREVISTA COMPLETA BBC NEWS 

 

EUA - A escolha do 8 de março como Dia Internacional da Mulher é associada com frequência à morte de operárias no início do século 20, mas sua origem está mais conectada com o poder de organização de movimentos feministas do que a tragédias.

Antes mesmo do incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York, em 1911 -citado com frequência para explicar a data oficial-, já eram organizadas grandes passeatas em defesa de direitos das mulheres e procurava-se uma data para celebrar essa luta.

Entre o fim do século 19 e o início do século 20, crescia principalmente na Europa e nos Estados Unidos a atividade de movimentos feministas que reivindicavam o direito a voto e melhores condições de trabalho.

As cidades da época viviam uma transformação intensa: para muitas famílias nesses países, era a primeira vez que mulheres brancas saíam da condição de donas de casa para trabalharem como operárias e se submeteram a jornadas extensas em locais de trabalho insalubres e com altos índices de acidentes.

Uma das primeiras grandes manifestações pelos direitos das mulheres ocorreu em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York. Cerca de 15 mil mulheres fizeram uma passeara pelas ruas da cidade reivindicando condições melhores de trabalho. Nessa época, elas ficavam até 16 horas por dia no trabalho, seis dias por semana. Esse teria sido o primeiro Dia Nacional da Mulher nos Estados Unidos.

Em agosto do ano seguinte, a alemã Clara Zetkin propôs na reunião da 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a criação de uma jornada anual de protestos por igualdade de direitos. Ainda não havia a reivindicação de uma data internacional para concentrar essas reivindicações. O primeiro dia oficial da mulher chegou a ser celebrado em 19 de março de 1911.

O incêndio na Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, ocorreu no dia 25 de março de 1911. Um total de 146 trabalhadores morreram: 125 mulheres, que eram maioria na fábrica, e 21 homens. O desastre escancarou as péssimas condições às quais as mulheres estavam submetidas, o que contribuiu para a criação de normas de segurança mais rígidas. Anos antes as trabalhadoras da mesma fábrica da Triangle já haviam feito greves para reivindicar melhores condições de salário, o que foi recusado pela empresa.

O 8 de março só se tornaria uma referência de data para a luta feminista em 1917, quando operárias foram às ruas para protestar contra a fome e a Primeira Guerra Mundial. O protesto já foi reconhecido como um marco para o início da Revolução Russa, que culminaria regime socialista soviético.

A data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1975 como Dia Internacional da Mulher para celebrar suas conquistas sociais e políticas, mas já era comemorada ao longo das décadas anteriores.

 

 

FOLHA de S.PAULO

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Setembro 2025 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30          
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.