Jornalista/Radialista
Durante o Move, realizado pela Trimble Transportation, empresários do segmento tiveram oportunidade de compartilhar experiências, boas práticas e debater tendências do setor.
RIBEIRÃO PRETO/SP – Um encontro promovido pela Trimble Transportation Latam, área da companhia global de tecnologia que cria soluções para transporte e logística, promoveu a troca de experiências e o debate sobre tendências no transporte de cargas do setor sucroenergético na quinta-feira (2), em Ribeirão Preto.
Evento voltado a debater características de segmentos específicos na logística, o Move contou com mesas redondas e palestras de importantes players do segmento em sua programação. A reunião teve como foco a análise estratégica das melhores práticas usadas por empresas do mesmo setor e divulgação de cases.
Entre as principais pautas do encontro, estiveram: redução de acidentes e tombamentos, tendências para a área e o uso de dados para embalar decisões na gestão de frotas.
A palestra de abertura ficou a cargo de Elias Nascimento, gerente de operações agrícolas na Budel Transportes, que apresentou um exemplo prático de como o uso da tecnologia Trimble ajudou a diminuir o registro de acidentes na frota. A adoção da tecnologia foi complementada por um trabalho detalhista de análise, que envolveu também a contratação de uma psicóloga.
“Chegamos a fazer visita na casa de motorista, para ver quais condições ele tinha para dormir, se o ambiente era ventilado, se tinha barulho, se a esposa desenvolve alguma atividade em casa que interfere na qualidade do sono. Com isso, verificamos que a troca de turno era uma solução prática que fez os índices de fadiga do motorista mudarem. Assim protegemos nosso patrimônio, o humano”, conta.
Uma mesa redonda debateu os impactos de um acidente na operação canavieira com participação de Fernando Correia da Andrade Logística e Marcelo Pelegrineli da LOTS Group.
“A gente previne acidentes com tecnologia, que vai nos dar um panorama muito detalhado do que aconteceu em cada caso, mas também com processos e pessoas”, conta Fernando Correia da Andrade Logística, que saiu de um quadro 25 infrações para 1.7 por cada mil quilômetros rodados após a adoção da tecnologia da Trimble Transportation.
“O impacto é imensurável. Além de lidar com vidas, existem outros desdobramentos de um acidente. A imagem da companhia e a responsabilidade social dela passam pelo trabalho de evitar estes casos”, disse Marcelo Pelegrineli da LOTS Group.
Na sequência Sergio Martins, da Cocal Energia Responsável, fez uma palestra sobre o uso de Inteligência Artificial nas operações. “A evolução é muito grande. Passamos de 10 tombamentos para quatro e depois para um ao ano. A tecnologia é ferramenta primordial para avaliação de uma ocorrência. Além de tratarmos o caso junto ao nosso RH, a ferramenta ajuda a termos o histórico pela telemetria”, disse Martins.
Já Paulo Nazareth, da Tereos, um dos principais fabricantes de açúcar em escala global, abordou as perspectivas para a operação sucroenergética em 2023. O principal ponto explorado durante sua fala no evento foi sobre como o uso de dados impacta na produtividade.
“Quando você tem tecnologia, ela gera dados para você. Com ela você não precisa contar em ter um tempo a mais para fazer um retrabalho. Toda a análise da operação, saber quais motoristas têm melhor desempenho, os custos, tudo está em uma central”, disse.
Cassio Gomes da IB Logística exibiu uma análise em BI que abordou boas práticas e gestão sustentável no setor. “Todo o trabalho para redução de acidentes passou por mudar a mentalidade da gestão até chegar na ponta, com a redução no quadro de índice de fadiga”, disse ele, que mostrou a redução destas ocorrências na empresa, a partir do uso da tecnologia.
IA e decisão baseada em dados
O uso da Inteligência Artificial nos equipamentos embarcados nos veículos foi um dos pontos discutidos no evento. Com o uso do recurso, o gestor de frotas consegue ter um retorno em tempo real da operação e depois categorizar os dados gerados de acordo com os seus objetivos em diferentes filtros, para um retrato detalhado das ocorrências.
Outro ponto explorado pelos palestrantes foi sobre como o uso de dados impacta na produtividade.
Rogério Perugini, gerente de vendas na Trimble Transportation, ressaltou que a adoção da tecnologia para produzir dados que embasam a tomada de decisões é uma tendência para empresas que querem se projetar entre as mais competitivas no mercado.
Entre os exemplos citados pelo executivo estão clientes da Trimble que tiveram como resultado: aumento de 30% vida útil do pneu e lona de freio; 86% de redução de acidentes na safra 20/21; 50% redução de acidentes com afastamento; e 25% de aumento do quilômetro rodado, com otimização do uso de veículos.
“O uso de dados para basear decisões não é algo do futuro. É algo do agora, que as principais empresas já aprenderam que é um investimento necessário. Reduzir acidentes e ocorrências é uma combinação de tecnologia, processo e cultura da empresa”, disse Perugini.
Ao longo de 2023 a Trimble Transportation Latam vai realizar outras edições do Move voltadas a outros setores do transporte e logística.
IBATÉ/SP - O Centro Comunitário “João Baptista Lopes” abriu suas portas no dia 22 de fevereiro para acolher os 120 alunos dos cursos gratuitos profissionalizantes.
Entre os cursos oferecidos estão Escola de Moda, Crochê e Barbante, Manicure, Cabeleireiro, Barbeiro e Sobrancelhas.
Dirce Lopes Peruchi, coordenadora do local, destaca que o número de interessados nas vagas para os cursos foi grande. “Desde o dia 10 fevereiro, recebemos mais de 200 inscrições, diante da quantidade de pessoas que nos procuraram, foi necessário abrir uma lista de espera. Caso haja desistência, essas pessoas serão imediatamente chamadas”, contou.
Os cursos são oferecidos pela Prefeitura Municipal de Ibaté, através da Secretaria de Promoção e Bem-Estar Social. “Os cursos são ao nível profissionalizante e todos possuem certificados de conclusão, válido em todo o território nacional. Muitas pessoas que se formam, conseguem montar seu próprio negócio e ajudam a complementar a renda familiar”, explicou Dirce.
O prefeito José Luiz Parella fala sobre a importância dos cursos. “Nosso objetivo é que as essas pessoas aprendam a fazer algo e ter uma geração de renda para ajudarem nos seus lares. Os alunos também passam a economizar, porque não precisam pagar quem faça o que antes eles não sabiam fazer”, conta.
A coordenadora revela que o Centro Comunitário é, além de um local de aprendizado, um recanto para aqueles que buscam novas amizades ou a até mesmo ajuda na cura de doenças como a depressão. “Temos alunos que nos procuraram com recomendações médicas. Todos saem das aulas se sentindo mil vezes melhores, pois se entusiasmam com o que aprendem e com as amizades que fazem”, finaliza.
RIO DE JANEIRO/RJ - Nesta última segunda-feira (06/03), Susana Vieira, 80 anos, concedeu uma entrevista a Patrícia Kogut, do jornal “O Globo”, e refletiu sobre a nova política de contratos da Globo. Nos últimos meses, a emissora optou por não renovar o contrato de artistas consagrados como Marieta Severo, Osmar Prado, Marjorie Estiano, Isis Valverde, Antonio Fagundes, Stenio Garcia, entre outros. É que a empresa dos Marinho tem preferido fazer acordos por obra, com o objetivo de cortar gastos e evitar que atores recebam salários sem estar trabalhando.
Susana Vieira fala sobre medo de ser demitida da Globo: “Deve ter algum lugar que me queira”
A última vez que Susana Vieira esteve no ar, foi quando fez a novela “Éramos Seis”, em 2019, mas a veterana garante que não tem medo de ser mais uma dispensada pelo canal: “Não tenho medo disso, não. Tenho 80 anos de idade, 50 de Globo. Se eu começar a ter medo agora, vou ficar triste e deprimida, não vou querer fazer nada. E eu ainda tenho muita coisa pra fazer. Então, se alguém aqui não me quiser, deve ter algum lugar que queira (…).“, disse a atriz logo a princípio.
A paixão por fazer novelas
Em seguida, Susana disse que mesmo após tanto tempo de trabalho, ela ainda sente a mesma paixão por atuar, como sentia no início de sua carreira: “Desde que entrei na Globo, em 1970, sempre declarei que adoro novela, adoro fazer e ver. Leva um país inteiro a esperar o dia seguinte para saber um grande segredo. Faz parte do divertimento do povo brasileiro. Se sinto a mesma empolgação? É óbvio. Para mim, aquilo é vida: estar em cena fazendo um papel que não sou eu, contracenando com os melhores amigos que tenho. E, mesmo que sejam inimigos, são ótimos atores.“, afirmou.
A famosa também não hesitou em comparar o modo de fazer novela atualmente com o de outros tempos: “Há uma diferença grande entre os textos, que eram muito mais trabalhados e elaborados. As cenas era mais longas e os atores, mais compenetrados. Você se interessava pela história. Hoje em dia é uma correria em cada capítulo (…). Tem muito movimento nas novelas hoje em dia, sem necessidade. Mas, se os tempos mandam e demandam isso, vamos fazer o quê? (…) Tem muito movimento, muito cenário, muito elenco, muita piscina, muito barco. Tem que ter tudo. Quando termina o capítulo, você está exausto.“, disse.
De volta as telinhas
Felizmente, a veterana foi escalada para a próxima novela das nove, “Terra e Paixão”, no lugar de Fernanda Montenegro. Na trama, ela viverá a dona de um bar e esconderá um segredo de Irene (Gloria Pires).
Lívia Coutinho / PaiPee
UCRÂNIA - Amostras de solo mostram altas concentrações de metais pesados cancerígenos e fundo do Mar Negro está repleto de explosivos. Acredita-se que essas substanciâncias nocivas podem chegar ao homem por alimentos e pela água. A dada altura, espera-se que a guerra na Ucrânia termine e, com ela, as explosões mortíferas de mísseis e bombas. No entanto, mesmo depois do término, as armas de guerra não terão esgotado o seu potencial destrutivo.
Isso porque os cartuchos, as minas e outros projéteis explosivos destroem edifícios e libertam amianto. Atingem refinarias e, assim, petróleo e produtos químicos infiltram-se no solo e em corpos de água. Mas não apenas isso: as próprias munições estão cheias de produtos químicos tóxicos. E elas vão permanecer por muito tempo no ambiente.
De acordo com a agência de notícias Reuters, pelo menos 10,5 milhões de hectares de terras agrícolas na Ucrânia estão contaminados com produtos químicos. Uma vez na água ou no solo, mais cedo ou mais tarde, esses produtos nocivos chegam ao homem através de plantas, animais ou da água potável. É o que afirmam os toxicólogos.
Munições contêm metais pesados
Em muitos lugares, ainda existem poucos dados sobre como as substâncias se comportam no solo e qual a sua influência na saúde humana.
"Só agora estamos começando a olhar para as munições no mar", explica o professor Edmund Maser, diretor do Instituto de Toxicologia do Hospital Universitário de Kiel, no norte da Alemanha.
Apesar de ainda existirem muitas perguntas sem resposta, estas investigações já permitem concluir que esses produtos químicos prejudicam os seres vivos.
Só nas partes alemãs do fundo do mar, mais precisamente dos mares do Norte e Báltico, 1,6 milhões de toneladas de munições de guerra estão enferrujando, diz Maser. A decomposição liberta um coquetel tóxico na água que põe em perigo o ecossistema marinho e acaba indo para os pratos daqueles que comem peixe e frutos do mar.
As substâncias mais perigosas nas munições são principalmente os explosivos e metais pesados. Entre os explosivos está o TNT (Trinitrotolueno), que pertence ao grupo dos nitroaromáticos. "Sabemos através de estudos de alimentação com ratos e ratazanas que o TNT é muito tóxico", explica Maser.
"O TNT afeta a reprodução, o crescimento e o desenvolvimento dos animais marinhos", destaca. "Também sabemos por estudos com animais que o TNT e outros explosivos são cancerígenos".
Problemas de desenvolvimento e aborto
Isto também se aplica a alguns metais pesados, como arsênico e cádmio, que também são cancerígenos. "Metais pesados como o mercúrio são encontrados principalmente em detonadores, na forma de fulminato de mercúrio, para fazer um explosivo como o TNT explodir mais rapidamente", explica Maser.
O mercúrio é do grupo dos metais pesados e causa danos às células nervosas. "Ele também pode causar deformidades em crianças por nascer", ressalta Maser, acrescentando que o chumbo pode ter um efeito semelhante e levar a desordens de desenvolvimento e abortos.
Kateryna Smirnova, do Instituto Sokolovskyi de Ciência do Solo e Agroquímica da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia, uma das principais instituições científicas dessa área no país, diz que amostras de solo da região de Kharkiv já mostraram concentrações elevadas de metais pesados cancerígenos, como chumbo e cádmio.
A colega de Smirnova, Oksana Naidyonova, microbiologista do Instituto Sokolovskyi, explica que os metais pesados afetam negativamente a atividade das bactérias no solo. "Eles inibem o desenvolvimento das plantas e o fornecimento de micronutrientes, o que contribui para distúrbios fisiológicos e reduz sua resistência às doenças".
Entretanto, os produtos químicos não permanecem necessariamente somente no solo. O TNT, por exemplo, pode ser levado pelo vento e se espalhar, explica Maser.
Já as substâncias mais profundas no solo podem ser levadas pelas chuvas e ir parar as águas superficiais, acabando por contaminar riachos, rios e lagos, destaca o toxicologista.
Através de suas pesquisas nos mares do Norte e Báltico, Maser suspeita que as substâncias químicas se acumulam ao longo da cadeia alimentar. "Estamos preocupados que os seres humanos estejam em risco como consumidores finais se comerem tais peixes contaminados".
Ou a chuva pode escoar e se infiltrar em lençóis freáticos, colocando também agua potável em risco. Além disso, a água com mercúrio e similares infiltrada pode se espalhar pelo solo ser absorvida pelas plantas. Desta forma, poderia acabar no corpo humano através do consumo de plantas e cereais.
Terra contaminada para sempre?
Maser calcula que, após a guerra na Ucrânia, o Mar Negro provavelmente estará em um estado semelhante ao Mar do Norte e Báltico: cheio de munições tóxicas que são facilmente esquecidas.
O toxicologista e sua equipe estão procurando soluções para remover o TNT do mar. "Temos esperança de que as bactérias possam fazer isso". Entretanto, os pesquisadores ainda não encontraram uma que possa ser usada sistematicamente.
Maser explica que seria possível tentar remover as camadas superiores do solo para extrair os metais pesados e o TNT usando vários métodos para tornar o solo um pouco mais utilizável. Entretanto, tais medidas são caras e demoradas.
De acordo com estimativas do Instituto Sokolovskyi, os danos e perdas ao fundo agrário e aos solos da Ucrânia totalizam mais de 15 bilhões de dólares. Mas podem ser maiores.
No caso de metais pesados, "eliminação" significa apenas armazenar as substâncias perigosas em um local considerado mais seguro. Porque, como diz o toxicologista Maser, o metal pesado continua sendo um metal pesado. "Você não pode se livrar dele".
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