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Redação

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 Jornalista/Radialista

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SÃO CARLOS/SP - Ontem, 20, o Padre Carlos Alberto Giacone, da Paróquia-Santuário São Pio X, foi internado na UTI de um hospital particular de São Carlos. Padre Carlos Alberto, contraiu o novo coronavírus e estava de quarentena em casa. Segue a nota da Diocese de São Carlos.

NOTA A IMPRENSA:

A Assessoria de Comunicação e Imprensa da Diocese de São Carlos-SP comunica que o Revmo. Padre Carlos Alberto Giacone, Pároco da Paróquia-Santuário São Pio X, está hospitalizado na UTI da Unimed, em virtude de inflamação nos pulmões em decorrência da COVID-19.

Padre Carlos cumpriu o período da quarentena em sua residência, fazendo uso de oxigênio. Na tarde desta terça-feira, 20, o religioso foi hospitalizado, ficará em observação e realizará exames médicos. Seu quadro de saúde é considerado estável, porém, inspira cuidados respiratórios.

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Dom Eduardo Malaspina, Administrador Diocesano, pede que os fiéis se unam em oração pelo pleno restabelecimento da saúde do Padre Carlos Alberto.

Estudo explora o mito da Medusa e reforça que aspectos arcaicos relacionados à situação da mulher na sociedade estão presentes até hoje

 

SÃO CARLOS/SP - Ao longo da história, a natureza da mulher foi comumente caracterizada como impura, inferior e associada ao mal, sendo até mesmo considerada um ser em condição não humana.

Luiza Helena Hilgert, pesquisadora de pós-doutorado vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFil) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), constatou e refletiu sobre esses estereótipos ao analisar o papel dos mitos - e, mais especificamente, das descrições literárias e pictográficas (em imagens) - da Medusa na construção da subjetividade e do lugar da mulher, à luz da filosofia existencialista de Simone de Beauvoir.

A pesquisadora pontua que não foram somente os mitos que contribuíram para a disseminação da ideia de inferioridade feminina, mas também a própria Filosofia.

"A essência feminina foi vista, por diferentes filósofos, como outro tipo de natureza, diferente da dos homens. A própria Filosofia de Platão, por exemplo, explica uma dupla natureza humana, em que os homens são tidos como fortes, superiores, e as mulheres como seres gerados a partir dos homens, sendo consideradas figuras animalescas, de constituições inferiores. Ele considerava a mulher como um ser secundário, que não poderia melhorar, aprender ou mesmo alcançar algum tipo de evolução", recorda.

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O mito da Medusa

Contada por diversos autores com detalhes distintos, a história resumidamente se refere à Medusa como um monstro no corpo de uma mulher que, ao ser violentada por Poseidon, deus dos oceanos, é punida por Atena (deusa da sabedoria) e transformada em Górgona. Seu cabelo se transforma em um emaranhado de cobras e ela passa a ter escamas. Atena também lhe roga a maldição de transformar quem a olha em pedra.

Medusa, grávida de Crisaor e do cavalo alado Pégasus (frutos do estupro de Poseidon), acaba sendo assassinada por Perseu, que leva a sua cabeça como "brinde" ao seu reino. Na história, Medusa é punida por ser considerada atraente e por ter sido estuprada, enquanto as figuras masculinas mantêm imagens heroicas.

É em contraponto à maioria das leituras já feitas de Medusa, que trazem visões baseadas justamente em tradições eurocêntricas e masculinas, que a pesquisadora desenvolve o papel do mito na construção do lugar da mulher. Para isso, recorre à ótica feminista de Beauvoir, à ideia de que os homens estabelecem o lugar da mulher na sociedade, já que as histórias são criadas e escritas por eles. "Por meio dos mitos, os homens transformaram a mulher na responsável pela existência do fracasso próprio da condição humana", analisa.

Na mitologia grega, a ascendência das mulheres também é a razão da existência da fome, da miséria, da cólera, pestes e de toda a variedade de infortúnios que assola o mundo. "É como se fôssemos mensageiras do mal e portadoras dos encantos capazes de arruinar a Humanidade", registra Hilgert.

Sua análise da história da Medusa a caracteriza como um ser objetificado de dois tipos, associados ao mito da monstruosidade e ao mito da beleza.

No mito da monstruosidade, presente no período arcaico, Medusa tem feições mais animalescas e menos humanizadas, como se fosse um monstro terrível, com representações artísticas semelhantes às descrições literárias grotescas e assustadoras.

"Minha hipótese é que esse modelo se relaciona à subjugação da mulher pela definição da sua essência, a partir de uma concepção imutável e inferiorizada da sua natureza - a natureza da Medusa é a do monstro, num primeiro momento, em oposição à natureza humana. Ela não é humana e faz parte do reino das criaturas grotescas e repugnantes", detalha.

Já o mito da beleza, idealizado no período clássico, traz Medusa com feições menos bestializadas, com cabelos de serpentes e traços mais afinados, elegantes e próximos da figura humana e feminina. No entanto, este mito também atribui uma essência inferior à mulher: "Sua aparência física tem apelo sexual. Ou seja, a mulher atraente, independentemente de seus pensamentos, é incriminada por inspirar sentimentos nos homens", destaca. Esta versão de Medusa, segundo Hilgert, é utilizada até os dias de hoje pela cultura pop, por marcas e em campanhas publicitárias, trazendo a ideia de femme fatale.

Ou seja, progressivamente, a figura mitológica deixa de ser retratada como horrenda e passa a ser representada como bela, mas isso não significa que a mulher deixa de ser vista como inferior. "O mito da monstruosidade e o da beleza se somam, de forma a se fundirem numa dupla subjugação da mulher. Além disso, as características da personagem que a vinculam ao poder, ao medo, ao terror, e à maldade permanecem até os dias de hoje", reflete a pesquisadora.

Com isso, a autora reforça como um fato (a cultura grega) colaborou para a criação de um mito (o de que a mulher é um "segundo sexo", inferior ao homem), partindo de uma narrativa que reforça a visão dominante do mundo, dos sexos e dos gêneros.

O arcaico do contemporâneo

Até hoje, o mito é utilizado para retratar figuras femininas. É o caso de Hilary Clinton, candidata à presidência dos Estados Unidos em 2016, que na ocasião foi colocada em uma figura como sendo a Medusa, e Donald Trump (presidente eleito) como o herói grego Perseu, que "corta a sua cabeça". Alusão semelhante foi feita a Angela Merkel e a Dilma Rousseff, ao estarem em cargos de liderança.

"Independentemente de seus posicionamentos políticos, o que essas mulheres, estereotipadas como Medusa, têm em comum? A hipótese é a de que são mulheres que ocuparam lugares que, aos olhos de uma sociedade machista, não eram os delas", analisa Hilgert. "Isso demonstra como a sociedade vê mulheres poderosas como perigosas e monstruosas, além de manifestar o desejo masculino de que suas cabeças sejam cortadas de forma metafórica, para que sejam silenciadas", reforça. Em suas análises, a pesquisadora também faz uma comparação entre fragmentos do mito da Medusa e acontecimentos ainda vivenciados pelas mulheres: cultura e gravidez do estupro, rivalidade feminina e isolamento e silenciamento das vítimas de violência.

"A Medusa é penalizada pelo simples fato de ser uma mulher, ou pelo comportamento de terceiros em relação a ela. Quando é violentada, recebe punição de Atena (fomento à rivalidade feminina), se isola e silencia. Esse imaginário cultural se faz presente desde a Antiguidade até hoje, em esferas artísticas, acadêmicas e sociais", descreve Hilgert.

A pesquisadora situa como as mulheres comumente seguem sendo culpadas por estupros, muitas vezes se calando sobre o fato, e são habituadas a competir com outras mulheres. Segundo ela, conceitos como empatia, solidariedade e sororidade não foram histórica e culturalmente construídos, sendo comum o isolamento das vítimas de estupro, juntamente com os sentimentos de culpa e vergonha.

É o que a autora chama, ao final, do arcaico do contemporâneo. "Parece não haver maneira de escapar dos resultados injustos e cruéis da opressão e da objetificação. E de fato não haverá enquanto permanecermos sob o jugo dos sistemas alienantes que excluem metade da população", reflete.

Para Hilgert, vários mitos já foram superados e a condição da mulher hoje é melhor em diversos aspectos, se comparada a décadas passadas. "Alguns caminhos foram abertos, mas há muito mais a fazer do que a comemorar", enfatiza. Uma mudança neste cenário exige um olhar descolonizado e desmasculinizado sobre as mulheres, sobretudo em mitos, na ficção e na Filosofia. "Libertar a mulher dos mitos não é negar as relações que ela estabelece com os outros sujeitos, mas permitir que ela exista também como sujeito e senhora de si", reforça.

O caminho, portanto, passa necessariamente em trazer homem e mulher como seres iguais, no sentido de não haver superioridade de um sobre o outro. É, também, dar a oportunidade de haver histórias narradas pelas próprias mulheres, assim como estudiosas no campo, para que recuperem suas vozes tão caladas por séculos. "Só assim as relações intersubjetivas acontecerão de maneira livre, respeitosa e autêntica", finaliza.

Os estudos de Hilgert deram origem ao artigo intitulado "O arcaico do contemporâneo: Medusa e o mito da mulher", publicado na Lampião - Revista de Filosofia, disponível na íntegra em https://bit.ly/2UJc66H. Os resultados também foram abordados no programa "Mora na Filosofia", projeto de extensão da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que pode ser conferido em https://bit.ly/3k9Nsa4.

Um homem foi preso na ação; drogas estavam sendo transportadas do Paraná com destino a Paraguaçu Paulista (SP)

 

IEPÊ/SP - A Polícia Militar prendeu um homem, de 26 anos, que transportava cerca de mais tonelada de maconha em um carro. O flagrante ocorreu na segunda-feira (19), em Iepê, no interior de São Paulo.

Uma equipe do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR), do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), participava da operação “Paz e Proteção”, pela rodovia Prefeito Jorge Bassil Dower (SP-421), quando deu sinal de parada para um carro, modelo Ford/Focus, e o condutor desobedeceu, empreendendo fuga.

Imediatamente os militares passaram a acompanhar o suspeito, que perdeu o controle do veículo próximo ao km 106 da mesma via e colidiu contra um barranco. Com isso, o homem desembarcou do automóvel e continuou a fuga a pé, em meio a um canavial.

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Dentro do veículo foram encontrados 576 tijolos de maconha, que somaram 496,6 quilos, e o suspeito foi preso posteriormente, após buscas. Questionado, o homem confessou que tinha sido contratado para transportar os entorpecentes do Paraná até a cidade de Paraguaçu Paulista. Em busca pessoal, com ele foi localizada uma porção de cocaína, o qual alegou ser para consumo próprio.

Toda a droga foi apreendida para perícia, assim como o celular do criminoso.

O homem foi levado à Delegacia do Município, onde foi indiciado por tráfico de drogas e depois encaminhado à Cadeia Pública, permanecendo à disposição da Justiça.

ALEMANHA - Cientistas afirmam que a mudança climática desempenhou um papel nas chuvas torrenciais e enchentes que devastaram partes do oeste alemão e de países vizinhos. Eventos do tipo devem se tornar mais frequentes, alertam.

Mais de 160 mortes foram confirmadas na Alemanha e outras mais de 30 na vizinha Bélgica após inundações devastadoras na semana passada. Holanda e Suíça também foram atingidas. Chuvas torrenciais fizeram com que rios e represas transbordassem, e enchentes causaram fortes correntezas, arrastando carros e destruindo casas.

Nas últimas semanas, a Alemanha registrou grandes variações no clima, com temperaturas elevadas e seca seguidas de chuvas intensas. Até que as enchentes catastróficas assolaram o oeste alemão e países vizinhos.

Especialistas afirmam que eventos climáticos extremos como esse, que costumavam acontecer uma vez a cada geração, podem ocorrer com mais frequência no futuro e com mais intensidade – um sinal dos impactos da mudança climática.

"Normalmente, só vemos um clima como este no inverno", afirmou Bernd Mehlig, autoridade ambiental do estado da Renânia do Norte-Vestfália, um dos mais atingidos pela recente catástrofe na Alemanha, ao lado da Renânia-Palatinado. "Algo assim, com essa intensidade, é completamente incomum no verão", disse à emissora WDR.

"Esse é o novo normal", afirmou Johannes Quaas, meteorologista da Universidade de Leipzig. "A mudança climática também está mudando a definição de clima normal. Estamos lentamente nos aproximando de um novo normal que inclui padrões diferentes de precipitações."

 

Eventos climáticos mais intensos

Temperaturas mais altas fazem com que eventos climáticos extremos sejam mais intensos. Quando o ar esquenta, ele contém mais umidade, um fenômeno que cientistas descobriram já no século 19. Uma alta de 1 grau Celsius na temperatura aumenta a capacidade do ar de reter umidade em 7%. Temperaturas em ascensão em nível global também estão levando a uma evaporação mais rápida em terra e no mar – causando mais eventos de precipitação extrema e tempestades mais fortes.

"As chuvas que vimos na Europa nos últimos dias são condições climáticas extremas, cuja intensidade está sendo reforçada pela mudança climática – e vai continuar ganhando força com mais aquecimento", afirmou Friederike Otto, do Instituto de Mudança Ambiental da Universidade de Oxford.

O Serviço Meteorológico Alemão (DWD) afirmou que eventos de fortes precipitações se tornaram mais intensos com a alta das temperaturas. O DWD observou, no entanto, que foi registrado um maior aumento das temperaturas no inverno e que o quadro ainda não está claro para os meses de verão, quando fortes tempestades costumam ocorrer.

Um estudo sobre precipitações extremas durante o verão de 2013, que levaram a graves enchentes dos rios Danúbio e Elba, não identificou uma influência da mudança climática. O DWD afirmou que não pode dizer se o aquecimento global fez com que as inundações recentes fossem mais intensas até que um estudo do tipo seja feito.

 

Tempestades mais lentas

Duas semanas antes das inundações, uma pesquisa feita por um grupo de cientistas no Reino Unido apontou que o aquecimento global vai aumentar a probabilidade de chuvas intensas na Europa. O estudo sugere que, devido a uma redução na diferença de temperaturas entre os polos e os trópicos, tempestades se movem de maneira mais lenta do que costumavam fazer em verões passados. Isso poderia levar a fortes precipitações numa área específica e elevar o risco de enchentes.

De acordo com o estudo, tempestades que se movem lentamente – antes um evento incomum na Europa – podem ocorrer 14 vezes mais frequentemente em todo o continente até o fim deste século.

"Como um país industrializado, a Alemanha está se aquecendo duas vezes mais rápido do que a taxa de aquecimento global", afirma Quaas. "Isso significa que as chances de chuvas fortes são 20% maiores em comparação com o século 19 – e 10% maiores do que quando eu nasci, há cerca de quatro décadas."

Quando o solo e sistemas de drenagem não conseguem absorver a água rapidamente ou fatores como o desenvolvimento urbano impendem que a chuva se dissipe, pode haver inundações torrenciais e danos significativos.

Prever condições climáticas extremas não é difícil, mas ainda é quase impossível prever com precisão onde exatamente uma tempestade vai despejar grandes quantidades de chuva e que áreas serão mais afetadas, afirma Quaas. Isso faz com que seja difícil comunidades se prepararem para desastres e mitigarem as perdas, aponta.

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Além disso, com a destruição de vegetação e de outras barreiras terrestres como resultado da mudança nos padrões de temperatura e clima, muitas zonas naturais de inundação desapareceram.

"Enquanto continuarmos emitindo CO2, provavelmente continuaremos vendo chuvas fortes como as recentes", conclui o meteorologista.

 

 

 

Autor: Monir Ghaedi / DW

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