Jornalista/Radialista
ISRAEL - A intervenção arqueológica da Autoridade de Antiguidades de Israel nas cavernas na região de Qumran, na Cisjordânia, revelou um espólio de artefatos raros. O cesto encontrado na gruta Muraba`at foi considerado o mais antigo do mundo, com 10.500 anos, depois de datado pelo método de Carbono 14.
Essas grutas guardam vivências de múltiplas cronologias. Foi também encontrado um esqueleto de criança datado de 6 mil anos. Diversas moedas do período da Revolta de Bar Kochaba, entre 132 e 136 d.C., terão sido escondidas por judeus durante uma fuga dos romanos e nunca foram resgatadas.
Pontas de seta, tecidos, sandálias e um pente documentam alguns dos objetos do cotidiano de cerca de 2 mil anos. Entre os pergaminhos recuperados, a Autoridade de Antiguidades de Israel revela a decodificação do grego antigo. Apenas o nome de Deus está em hebraico.
"As montanhas estremecem por causa dele, e as colinas derretem. A terra eleva-se diante d`Ele, o mundo e todos os que nele habitam. Quem pode resistir à sua ira? Quem pode resistir à sua fúria? Sua raiva derrama como fogo, e as pedras são quebradas por causa dele". São esses os novos versículos que se juntam aos fragmentos encontrados em 1953.
As cavernas são ladeadas por desfiladeiros e, para chegar à entrada, é preciso descer em rapel.
A operação arqueológica destinava-se a evitar o saque por ladrões de antiguidades no deserto da Judeia. Depois da descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, há 70 anos, no deserto da Judeia, esses lugares tornaram-se muito procurados para contrabandistas de tesouros arqueológicos.
*Por RTP
SÃO PAULO/SP - Em nota divulgada no fim da tarde desta terça-feira (16), a Federação Paulista de Futebol (FPF) e os clubes da Série A1 (primeira divisão) do Campeonato Paulista não descartam ir à Justiça para garantir a continuidade do torneio durante a Fase Emergencial do Plano São Paulo, que impede a realização de eventos esportivos no estado por 15 dias, desde a última segunda-feira (15). Segundo o comunicado, a decisão foi tomada “a partir da falta de argumentos científicos e médicos que sustentem a paralisação das referidas rodadas [quinta a sétima] neste momento”.
A manutenção do calendário de jogos “conforme previsto”, de acordo com a nota, foi “unânime”, com apoio dos sindicatos paulistas de Atletas, Árbitros e Treinadores. O posicionamento afirma, porém, que ainda é trabalhada a possibilidade de os jogos serem realizados fora de São Paulo e que a FPF está em contato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e outras entidades e autoridades locais. Nesta terça, o duelo entre São Bento e Palmeiras, que seria realizado nesta quarta-feira (17), às 19h (horário de Brasília), transferido de Sorocaba (SP) para o Independência, em Belo Horizonte, foi suspenso. Mais cedo, o Governo de Minas Gerais proibiu a disputa de partidas de outros estados em território mineiro.
Também conforme a nota, federação, clubes e sindicatos defendem novamente que o protocolo do futebol “é extremamente seguro” e que a proposta apresentada na segunda-feira (15) ao Governo paulista e ao Ministério Público Estadual, de onde partiu a recomendação da paralisação dos eventos esportivos, “garante um controle ainda maior na organização” do torneio. A proposta, que foi rejeitada, previa a realização de 56% menos partidas (com a suspensão temporária da Série A3, a terceira divisão, e parcial da A2, a segunda divisão) e 70% menos pessoas envolvidas, testes antes e depois dos jogos e “bolha de segurança” para atletas e comissões.
“Assim como os demais segmentos econômicos que permanecem em atividade com restrições, o futebol deve seguir as mesmas condições, com funcionamento sem público e com este protocolo inédito entre todos os setores da sociedade”, afirma a nota, assinada em conjunto pela FPF e dirigentes sindicais e dos clubes.
Nesta terça-feira, São Paulo registrou 679 novos óbitos por covid-19, um recorde em 24 horas, e chegou à marca de 90% de ocupação nos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). Em 69 cidades do Estado, a taxa é de 100% de utilização. Ao todo, quase 65 mil pessoas faleceram em território paulista em razão do vírus.
*Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional
BRASÍLIA/DF - A Câmara dos Deputados aprovou, no começo da madrugada desta quarta-feira (17), o Projeto de Lei 4.476 de 2020, que trata do novo marco regulatório do setor de gás. Durante a votação, os deputados rejeitaram todas as emendas do Senado. O projeto segue agora para sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro.
O texto aprovado prevê, entre outras medidas, a desconcentração do mercado, não permitindo que uma mesma empresa possa atuar em todas as fases, da produção/extração até a distribuição; e o uso de autorização em vez da concessão para a exploração do transporte de gás natural pela iniciativa privada.
O novo marco regulatório do gás diz ainda que as autorizações não terão tempo definido de vigência e podem ser revogadas somente a pedido da empresa; se ela falir ou descumprir obrigações de forma grave; se o gasoduto for desativado ou se a empresa interferir ou sofrer interferência de outros agentes da indústria do gás.
De acordo com as novas regras, caso haja mais de um interessado para a construção de um gasoduto, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deverá realizar processo seletivo público.
Segundo o projeto, a ANP deverá acompanhar o mercado de gás natural para estimular a competitividade e reduzir a concentração, usando mecanismos como a cessão compulsória de capacidade de transporte, escoamento da produção e processamento; obrigação de venda, em leilão, de parte dos volumes de comercialização detidos por empresas com elevada participação no mercado; e restrição à venda de gás natural entre produtores nas áreas de produção.
*Com informações da Agência Câmara
Por Agência Brasil*
BRASÍLIA/DF - O mercado financeiro aposta em alta de 0,5 ponto percentual da taxa básica Selic nesta 4ª feira (17.mar.2021). O Copom (Comitê de Política Monetária) reúne-se desde a 3ª feira (16) para definir o novo patamar dos juros. É certo para os operadores que juros vão voltar a subir depois de quase 6 anos.
A última alta da Selic foi em julho de 2015, quando o percentual subiu de 13,75% para 14,25% ao ano. Desde estão, todas as decisões do Copom foram pela manutenção ou queda dos juros. O colegiado se encontra a cada 45 dias.
Depois de julho de 2015, a Selic ficou 1 ano e 1 mês em 14,25% ao ano. Só começou a cair depois que a inflação começou a se estabilizar no país e as expectativas foram ancoradas. De março de 2018 a junho de 2019, ficou estável em 6,5% ao ano. Passou por 9 cortes consecutivos até chegar a 2% ao ano, patamar atual –e o menor da história.
Os juros baixos estimulam a economia. Mas, mesmo com a pandemia de covid-19 agravando a situação financeira das famílias, o objetivo principal do BC (Banco Central) é controlar a inflação. Em fevereiro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) chegou aos 5,20% no acumulado de 12 meses. O percentual está próximo do teto da meta de 3,75%, que tem um intervalo de 1,5 ponto percentual para mais e para menos (de 2,25% a 5,25%).
Pressionaram a alta da inflação nos últimos tempos o dólar alto, o custo dos combustíveis, a valorização das commodities e dos alimentos. Além disso, a situação fiscal deteriorada do Brasil exige mais cautela no controle da inflação, dada a trajetória de alta da dívida pública. O governo federal está com as contas públicas no vermelho desde 2014. Em 2020, precisou ampliar gastos para socorrer os Estados, as empresas e a população mais vulnerável aos efeitos do confinamento.
No acumulado de 12 meses, as despesas do governo federal superaram as receitas em R$ 776,4 bilhões, o que equivale a 10% do PIB (Produto Interno Bruto). A dívida bruta do país alcançou 89,7% do PIB (Produto Interno Bruto), o que equivale a R$ 6,67 trilhões.
Diante do aumento do número de contágios da covid-19 em 2021, o Congresso e o governo federal articulam para a criação de uma nova rodada de auxílio emergencial, que vai durar 4 meses. O pagamento vai ampliar ainda mais o endividamento, que deve superar 90% do PIB nos próximos meses.
No último comunicado, divulgado ao final da reunião do dia 20 de janeiro de 2021, o Copom disse que “um prolongamento das políticas fiscais de resposta à pandemia que piore a trajetória fiscal do país, ou frustrações em relação à continuidade das reformas, podem elevar os prêmios de risco [para o cenário de inflação]”.
“O Copom avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, declarou o colegiado.
*Por: HAMILTON FERRARI / PODER360
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