SÃO PAULO/SP - O Polo Industrial de Manaus (PIM) produziu, em outubro, 137.346 motocicletas, aponta levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), divulgado ontem (10). A produção é 26,6% maior do que a registrada no mesmo mês do ano passado, quando foram fabricadas 108,4 mil unidades. Na comparação com setembro, houve um recuo de 1,6%, tendo em vista que no mês anterior a produção ultrapassou 139 mil motocicletas.
A associação destaca que é o terceiro melhor resultado do ano. A produção caiu após os dois meses com maior produção de 2022: agosto (145,8 mil), que é o melhor número, e setembro (139,6 mil).
O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, disse em nota que “a indústria segue em expansão e mantém o ritmo de crescimento para atender aos consumidores”. Ele apontou ainda que a alta no preço dos combustíveis pode levar mais pessoas a optarem “pelo guidão” por serem mais econômicos.
De janeiro a outubro, foram produzidas 1.198.889 motocicletas no polo de Manaus, uma alta de 19,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2021, saíram 1.005.014 unidades das linhas de montagem.
A Abraciclo disse que esse é o melhor resultado para os dez primeiros meses do ano desde 2014. Naquele ano, foram fabricadas mais de 1,3 milhão de unidades. A entidade projeta a produção de 1,420 milhão de motocicletas este ano, o que representa um acréscimo de 18,8% nos números de 2021.
No varejo, foram negociadas 120.273 motocicletas em outubro, uma alta de 24% em relação a outubro do ano passado, quando 97 mil unidades foram licenciadas. Na comparação com setembro, o volume é 2,7% menor, pois foram vendidos mais de 123 mil motocicletas. Outubro também foi o terceiro melhor mês nos emplacamentos. O melhor número foi registrado em maio com 133.344 licenciamentos, seguido por setembro, com 123.641.
A média diária de vendas, no mês, que teve 20 dias úteis, foi de 6.014 unidades. Em outubro de 2021, que teve um dia útil a menos, a média ficou em 5.105 emplacamentos por dia. Já em relação a setembro, que teve um dia útil a mais, com média de 5.888, houve alta de 2,1%.
As associadas da Abraciclo venderam 4.047 motocicletas para o estrangeiro em outubro, o que representa 3,2% a menos do que em outubro de 2021, quando foram embarcadas 4.182 unidades. Na comparação com setembro, a retração chega a 30,1%, com a exportação de 5.786 unidades. A associação utiliza os dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat para indicar que a Argentina foi o principal destino do mês de outubro, com 29% do total.
No acumulado do ano, as exportações somam 47.717 motocicletas, um volume 1,6% maior na comparação com o período de janeiro a outubro do ano passado. Os dados do Comex Stat apontam que a Colômbia é o principal mercado, representando 28,1% das exportações, seguida pela Argentina, com 24,3% do total exportado.
Em outubro, a Região Norte teve alta de 33,9% no volume de licenciamentos, com 15.370 motocicletas vendidas. É o maior crescimento percentual no volume de emplacamentos em um ano. Em números absolutos, a liderança em vendas é do Sudeste, com 38,1% de participação do mercado e mais de 45,8 mil unidades licenciadas. O Nordeste aparece em seguida, com 30,1% do mercado e 36,1 mil unidades.
Por Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil
ALEMANHA - A Europa já anunciou que proibirá a comercialização de veículos tradicionais equipados com motores de combustão interna a partir de 2035, passando a priorizar unicamente modelos elétricos. No entanto, poderá continuar produzindo carros convencionais com propulsores a gasolina e diesel. O objetivo não será vendê-los internamente, mas sim exportá-los para outras regiões, especialmente onde o processo de eletrificação ainda é tímido.
A informação partiu do comissário de mercado interno da União Europeia, Thierry Breton, que pediu às principais montadoras europeias que continuem fabricando veículos tradicionais. "Embora a Europa proíba a venda de veículos de combustão, outros países continuarão a usá-los", disse durante viagem à Lombardia, onde se reuniu com representantes da indústria automotiva, incluindo o presidente da Stellantis, John Elkann.
Breton enfatizou que a participação de mercado de veículos elétricos será limitada a 12% das vendas de carros novos em mercados da África até 2030 e cerca de 40% nos Estados Unidos ou na Índia. "Encorajo toda indústria automotiva a garantir a transição elétrica a ser preparada para 2035 na UE, mas também a continuar exportando veículos térmicos ou híbridos para países que ainda precisarão deles por muitos anos ou décadas", afirmou.
O comissário lembrou ainda que os fabricantes "não se esqueçam de que sua vocação é servir o mercado mundial e cuidar de todo o sistema industrial". Além disso, acrescentou que queria que "os grandes grupos entendessem suas responsabilidades e continuassem fabricando motores de combustão interna na Europa para o resto do mundo, em vez de realocá-los".
Falta de IFAs expõe a dependência do Brasil em insumos e tecnologia importados
SÃO PAULO/SP - Hoje, o Brasil fabrica apenas 5% de todos os insumos necessários para a produção de seus medicamentos, importando a maior parte da China e da Índia, responsáveis pela fabricação de 40% dos insumos utilizados no mundo inteiro.
“É importante salientar que nas últimas três décadas, não somente o Brasil como também países desenvolvidos transferiram suas produções de insumos para países asiáticos, de modo a reduzirem seus custos. Isso fez com que China e Índia investissem massivamente em tecnologia, subsídios para exportação e produção, entre outros, o que as tornou hegemonias e potências mundiais na produção de insumos farmacêuticos.” – explica Norberto Prestes, presidente da Abiquifi – Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos.
Atingindo seu ápice na década de 80, com um crescimento de 8% ao ano, a indústria farmacêutica brasileira deixou seu posto de autossuficiência, quando fabricava 55% de seus insumos, e passou por um processo de “especialização regressiva” na década seguinte. Com a abertura comercial dos anos 90, tornou-se mais barato importar medicamentos e insumos do que os fabricar, o que desestimulou a produção local de farmoquímicos, fazendo a indústria farmacêutica nacional chegar à impressionante porcentagem de 90% de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) importados. “Se por um lado reforçaram a capacitação técnica e financeira das empresas produtoras de medicamentos, pouco ou nada fizeram para a redução da dependência dos insumos. Isso rapidamente transformou a cadeia farmacêutica em um grande importador, tanto de IFA’s quanto de medicamentos prontos.” - declara Prestes.
Embora essa quase total dependência de insumos venha de longa data, foi a pandemia que chamou a atenção para esse problema, alertando sobre os perigos da ruptura de fornecimento para a saúde pública. Segundo Norberto, a Covid-19 abriu os olhos do mundo para a saúde como ativo estratégico.
“Somos uma das dez maiores indústrias farmacêuticas do mundo e, mesmo assim, totalmente dependentes das importações dos insumos. Claro que não deixaremos de importar, todos os países o fazem devido ao baixíssimo custo, o que não podemos aceitar mais é sermos um país sem capacidade tecnológica para reagir a um problema como esse e não entrar em colapso. É preciso estruturar a cadeia de produtores e prestadores de serviços para insumos em parceria com a indústria farmacêutica afim de alcançarmos melhores resultados.”, afirma o executivo.
Ainda de acordo com o presidente da associação, o Brasil tem capacidade tanto tecnológica quanto científica para desenvolver vacinas.
“Talvez o que faltou para o Brasil foi a permanência ou medidas perenes e contínuas para que o incentivo à pesquisa, o desenvolvimento de vacinas, ou de medicamentos e insumos, nunca fossem interrompidos.”
Dos vários entraves gerados durante esses últimos trinta anos, a falta de investimentos em inovação e tecnologia, ausência de isonomia regulatória, tributária entre outros impediram que o Brasil passasse a fabricar parte dos seus insumos e, com isso, diminuir os constantes riscos de colapso da saúde pública. “Assistimos nesta pandemia os Governos das grandes democracias da Europa e os Estados Unidos destinarem dezenas de bilhões de dólares e se associarem com as empresas que estão pesquisando tanto vacinas como medicamentos, testes de diagnósticos, insumos e tudo o mais que seja relevante para o combate à pandemia. Esta postura é fundamental ser tomada e o Brasil reagir rapidamente.” – observa.
Norberto ainda ressalta que será necessário um grande esforço do Governo, juntamente com a iniciativa privada, para que o Brasil seja colocado no mapa como uma alternativa mundial para compra de insumos farmacêuticos, tamanha a necessidade de grandes investimentos nas áreas de inovação tecnológica e desenvolvimento, assim como mecanismos que possibilitem competitividade nesse mercado.
Sobre a Abiquif
A Abiquifi – Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos foi fundada em 1983. A associação congrega empresas dos setores farmoquímico e de insumos farmacêuticos, produtoras de matérias-primas para medicamentos e seu objetivo maior é o estímulo à produção de farmoquímicos e insumos farmacêuticos no país, visando o atendimento da indústria farmacêutica brasileira e participando do esforço exportador nacional. Para mais informações, acesse: www.abiquifi.org.br.
TÓQUIO - A japonesa Toyota ultrapassou a alemã Volkswagen em vendas de veículos no ano passado, recuperando a pole position como a montadora mais vendida do mundo pela primeira vez em cinco anos.
A Toyota disse nesta quinta-feira, 28, que suas vendas globais em todo o grupo caíram 11,3% para 9,528 milhões de veículos em 2020. Isso em comparação com uma queda de 15,2% na Volkswagen para 9,305 milhões de veículos.
Os fabricantes de automóveis sofreram com os bloqueios por coronavírus que impediram as pessoas de visitar os showrooms de automóveis e forçaram as fábricas a reduzir ou interromper a produção.
A Toyota, no entanto, resistiu melhor à pandemia em parte porque seu mercado doméstico, o Japão, e a região asiática em geral, foram menos afetados pelo surto do que a Europa e os Estados Unidos. “Nosso foco não está em qual pode ser nossa classificação, mas em servir nossos clientes ”, disse uma porta-voz da Toyota à AFP.
À medida que a demanda por carros se recupera, especialmente na China, Toyota, Volkswagen e outros fabricantes estão lutando para atender à crescente demanda por carros elétricos.
A Toyota disse que a proporção de veículos elétricos vendidos no ano passado cresceu para 23% das vendas totais de 20% em 2019.
*Por: ESTADÃO
AFP
SÃO PAULO/SP - A poeira ainda não baixou sobre a retirada da Ford como produtor de veículos no Brasil. Além das implicações econômicas e políticas, é natural que surjam notícias de todos os lados.
O fervor dos acontecimentos chegou ao ponto de sugerir que os empregados da fábrica de Taubaté, SP pudessem formar uma espécie de cooperativa para administrar as instalações. Obviamente, isso não acontecerá, pois sem mercado não há para quem vender a produção.
O governo da Bahia correu para bater às portas da embaixada chinesa, em Brasília, na esperança de que algum fabricante do país asiático pudesse assumir ou comprar a fábrica de Camaçari.
O presidente da CAOA, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, também disse que “com alguma ajuda” teria interesse na fábrica baiana. Esta tem capacidade até 300.000 veículos por ano, incluindo a unidade de motores 1-litro local.
A Ford tem ativos fabris no Brasil difíceis de vender. No entanto, a possibilidade de a marca encolher e apenas importar produtos da Argentina, Uruguai, China, EUA e Canadá não deve ser o cenário definitivo.
Depois de reservar US$ 4,5 bilhões (R$ 23 bilhões) para enfrentar todas as indenizações e despesas, daqui a quatro ou cinco anos poderá voltar a produzir no Brasil. Mas não com fábrica própria. Nada de produto com baixo valor agregado, alto índice de localização das peças ou sem rentabilidade.
Hoje VW e Ford já têm acerto de colaboração envolvendo picapes médias, furgões e novas tecnologias. Na Europa, a Ford lançará um modelo elétrico a partir da arquitetura modular MEB da VW que deu origem ao ID.3, ID.4 e outros ainda virão. Na África do Sul, a Ford produzirá as novas Ranger e Amarok.
Portanto, embora a Autolatina no Brasil e na Argentina, entre 1987 e 1996, não terminasse em troca de flores, as duas marcas voltarão a colaborar, industrialmente apenas, aqui.
Em meia década, porém, o País deve encontrar um rumo para melhorar o ambiente de negócios e fechar o tal manicômio tributário. Os incentivos, baseados em renúncias fiscais, prosperaram porque os impostos sobre automóveis são os mais altos do mundo. Governos nos três níveis querem tirar a sua parte e até aumentá-la, como aconteceu agora com o ICMS em São Paulo.
*Por: Fernando Calmon / icarros
MUNDO - A pandemia da covid-19 evidencia a forte dependência dos países ocidentais em relação aos equipamentos e insumos médicos produzidos na China, afirma Antoine Bondaz, pesquisador da Fundação francesa para a Pesquisa Estratégica e professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris.
Segundo ele, a crise sanitária levará a reflexões sobre o aspecto estratégico da saúde e a necessidade de produzir localmente para reduzir o risco de falta de produtos, como ocorre atualmente no mundo todo.
A China concentra mais da metade da produção mundial de máscaras e cerca de um quinto no caso dos respiradores. Apesar de ter aumentado significativamente sua capacidade produtiva desde o início da pandemia, o país não é capaz de suprir a explosão da demanda internacional, ressalta o especialista em Ásia e geoestratégia.
Por isso, as tensões internacionais provocadas pela falta de máscaras e outros equipamentos essenciais para lutar contra a doença irão continuar, diz Bondaz. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou recentemente que a pandemia de cCovid-19 está longe de ter terminado.
Alguns países, como a França ou a República Tcheca, confiscaram máscaras destinadas a Itália e outros mercados. Os Estados Unidos, atual epicentro do novo coronavírus, sofreram várias acusações de desviar equipamentos no enfrentamento da pandemia - uma delas feita pelo governo da Bahia, que havia comprado centenas de respiradores chineses. O governo americano negou ter adquirido ou bloqueado o material médico brasileiro.
Antes do surgimento da covid-19, a China produzia 20 milhões de máscaras cirúrgicas por dia. Esse número diário passou para mais de 120 milhões em março. Apenas a França comprou dois bilhões de máscaras da China, que vêm sendo entregues progressivamente.
A produção chinesa do disputado modelo de máscaras com filtro, as FFP-2 (ou N95 nos Estados Unidos), utilizadas em hospitais, é mais escassa ainda, de apenas cerca de 1,6 milhão por dia atualmente.
"A forte dependência do Ocidente em relação à China nos setores ligados à saúde deve levar governos a redefinirem o que é estratégico", afirma Bondaz.
Diante da disputa internacional por equipamentos de proteção, aparelhos, agentes reativos para testes e remédios (nesse caso também produzidos em larga na Índia), países veem a necessidade de reduzir sua exposição ao risco da falta de produtos, se tornando menos dependentes da Ásia.
É a linha adotada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que vem reiterando a importância de produzir máscaras e outros equipamentos internamente.
Em vários países, a escassez de equipamentos de proteção e outros insumos levou muitas empresas de setores variados a se voltarem para a produção desses itens. O grupo automotivo francês PSA, por exemplo, está fabricando respiradores em parceria com a Air Liquide, de gases industriais.
"Um consenso está surgindo com essa crise: o reforço da autonomia estratégica da Europa, a nossa capacidade de reduzir nossa dependência do resto do mundo e reforçar nossa capacidade de produzir, no plano sanitário, materiais de proteção e o que precisamos", afirmou Macron, sem mencionar especificamente a China.
A declaração foi feita logo após uma reunião recente do Conselho Europeu, o encontro de chefes de Estado e de governo do continente. Para Macron, a Europa precisa ir além das iniciativas atuais de produção no setor da saúde. A reorganização das cadeias produtivas do continente "para reduzir a dependência do resto do mundo" vai ser analisada pela Comissão Europeia, segundo o líder francês.
‘Países Ricos Falharam’
Segundo Bondaz, os países ricos "falharam, e feio", em não antecipar corretamente as consequências de uma eventual pandemia com propagação extremamente rápida, como a do novo coronavírus, e não se se prepararam para isso.
Por questões financeiras, diz ele, os países ricos consideraram que a produção chinesa de equipamentos médico-hospitalares, mais barata, seria suficiente para atender a demanda em caso de crise.
O pesquisador afirma que os países desenvolvidos subestimaram os riscos.
"Uma pandemia mundial respiratória necessita de equipamentos de proteção em quantidades consideráveis. Eles não souberam prever esse cenário e agora pagam as consequências", afirma.
Para Bondaz, os países ricos "não têm desculpas" para não ter estoques, já que dispõem mais recursos para se preparar a eventuais crises sanitárias. Na França, como faltavam máscaras para os profissionais de saúde, o governo até recentemente recomendava que a população não as utilizasse, apenas as pessoas infectadas. Agora, passou a incentivar o uso geral. A mudança de discurso causou polêmica no país.
Em 2009, o Estado francês dispunha, para enfrentar uma eventual pandemia, de uma "reserva estratégica" de um bilhão de máscaras cirúrgicas e mais de 700 milhões da FFP-2. Para cortar gastos, essa reserva foi amplamente reduzida. Em março deste ano, quando a situação começou a se agravar, o estoque francês era, respectivamente, de 150 milhões de máscaras cirúrgicas e zero de FFP-2, segundo o Ministério da Saúde.
"O maior problema é que as economias ricas, que enfrentam uma grave crise sanitária, dispõem de meios limitados e não têm capacidade para ajudar os demais países", diz Bondaz. O governo norte-americano, por exemplo, afirmou que só ajudará o Brasil com insumos médicos quando a situação melhorar nos Estados Unidos.
"Em vez de ajudar, os países ricos estão acirrando a competição pelos equipamentos, tornando a situação mais difícil para os demais", afirma o pesquisador. Além disso, a forte demanda provocou a explosão dos preços.
Países da América Latina e África, diz ele, onde a pandemia chegou posteriormente, têm de concorrer com economias ricas que podem pagar mais pelos produtos, rapidamente e fazem encomendas gigantes - como os dois bilhões de máscaras comprados pela França.
Isolamento do Brasil
Uma saída apontada pelo pesquisador seria que o Brasil fizesse compras de máscaras e outros equipamentos em conjunto com países da América Latina para ter mais peso na disputa com economias ricas pelos produtos.
Quando a situação sanitária melhorar nas economias ricas, elas devem começar a ajudar os países em desenvolvimento. A União Europeia tende a se voltar para a África, como já faz tradicionalmente, diz Bondaz.
No caso do Brasil, o isolamento diplomático do país na atual gestão deve complicar a possibilidade de ajuda internacional (exceto, possivelmente, a americana) para combater a pandemia, afirma o pesquisador.
Na semana passada, a OMS apresentou uma aliança global de colaboração científica para acelerar a pesquisa de tratamentos, testes e vacinas para a covid-19. A iniciativa foi impulsionada por Macron e conta com a adesão de líderes de vários países.
O Brasil, apesar de ter tido papel de destaque em ações para facilitar o acesso global a medicamentos, não foi convidado para o evento que lançou a aliança. Foi o caso também dos Estados Unidos.
*Por: BBCNEWS
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