Jornalista/Radialista
Segundo Ana Petkovic, acompanhamento traz maior eficiência com relação a bater metas e previne lesões
SÃO PAULO/SP - Com o isolamento social, subiu o número de pessoas que passaram a treinar em casa ou em espaços públicos por conta própria. Apesar da premissa da vida saudável, a prática vulnerabiliza os praticantes quando não há acompanhamento de um profissional adequado.
Praticante de assídua de atividades físicas, a cantora Ana Petkovic não abre mão das instruções de um personal mesmo que a distância.
“As hipóteses de executar um movimento errado ou acabar se lesionando por um cálculo errado de cargas são grandes. A orientação do personal irá não só minimizar esses riscos como ajudar na manutenção da minha saúde física e mental e acelerar meu metabolismo”, aponta.
A prática esportiva em casa, porém, não entrou na vida da cantora devido ao contexto pandêmico, ela apenas foi reforçada. “Antes mesmo de tudo isso acontecer, a academia não era uma realidade para mim, já que esse modelo não se encaixa para mim. Outro fator é que eu não tenho muito tempo, mas também gosto de fazer os exercícios sem a pressão de ter que ceder logo o aparelho para outra pessoa”, comenta.
A modalidade preferida de Petkovic é a que envolve apenas o peso do próprio corpo — no Brasil conhecida como calistenia. O fato de ser filha do ex-futebolista Dejan Petkovic também sempre foi incentivo à manutenção de exercícios físicos na rotina. “O fato de meu pai ser muito ligado à vida esportiva também nos faz dar mais importância aos benefícios de introduzir a prática de exercícios e esportes na rotina, tanto para o corpo quanto para a mente”, garante.
Petkovic é acompanhada por Tauan Gomes, que é especializado em assistência desportiva à distância. “Ana mora na Sérvia, enquanto realizo meu trabalho diretamente de Portugal, o que me permite orientar não apenas ela, mas pessoas em qualquer lugar no mundo. A vantagem é que meus alunos conseguem levar a rotina de exercícios para qualquer lugar”, garante.
Para montar a proposta de atividade de Ana Petkovic, o personal apostou em treinos metabólicos. “A ideia foi usar apenas o peso do próprio corpo e assim trabalhá-lo com a maior eficiência em toda a sua extensão. Para isso, exercícios que aperfeiçoam flexibilidade e potência foram a aposta”, explica Tauan.
Além do treino, o personal também garante o traçar de metas a curto, médio e longo prazo, o que mantém o praticante focado e faz com que ele veja os resultados de maneira mais clara. “Esse objetivo é definido com um prazo limite, fazendo com que ela saia da zona de conforto para bater a meta. Traz motivação”, garante.
Lançamento está disponível nos canais da Galinha Pintadinha
SÃO PAULO/SP - O mês de janeiro marcou um lançamento muito especial para a Galinha Pintadinha e seus fãs: no último dia 15 aconteceu o lançamento do videoclipe da música ‘A Casa’, a regravação de um dos clássicos de Vinicius de Moraes nos canais da Popó.
“Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada” são versos que atravessam gerações e fizeram parte da infância de milhares de brasileiros. Por isso, o convite de parceria da VM Cultural, que cuida dos direitos das obras do poeta, foi uma grande alegria para a Bromelia Produções, empresa que administra a marca da Galinha Pintadinha.
"Ficamos muito felizes com essa parceria entre a VM Cultural e a Galinha Pintadinha. Há muito tempo os fãs pedem a música "A Casa" em nosso repertório. Então, para nós, regravar e produzir esse novo videoclipe de um clássico da música brasileira, é muito especial", comenta Marcos Luporini, um dos criadores da personagem e sócio da Bromelia.
Um fato curioso sobre a residência da "Rua dos Bobos, número zero" é que ela foi inspirada numa casa que de fato existe e fica no Uruguai. Mais precisamente em Punta Ballena, no litoral do país, e tem até nome: Casapueblo. Ela é realmente peculiar, com formas de picos assimétricos, uma verdadeira obra de arte projetada pelo artista plástico e arquiteto Carlos Páez Vilaró, amigo de Vinicius de Moraes. Já o poema ‘A Casa’ foi originalmente publicado no livro A Arca de Noé, nos anos 70, depois musicado e lançado em discos de vinil nos anos 80.
Trata-se de uma obra atemporal e um favorito da infância, por isso, com certeza enriquecerá muito o repertório de músicas da Popó, que já conta com sucessos como Dona Aranha e Upa Cavalinho, ambos com mais de 1 bilhão de visualizações, além do recente sucesso de parceria com a música O Meu Sangue Ferve Por Você, de Sidney Magal.
Sobre a Galinha Pintadinha
Fenômeno da internet brasileira, a Galinha Pintadinha é hoje uma das marcas infantis mais queridas do mundo. Presente na vida dos pequenos desde cedo, ela é considerada o “primeiro personagem do bebê”, sendo uma das franquias mais fortes junto ao público pré-escolar de até cinco anos, com 100% de aprovação de pais, mães e das próprias crianças. Surgido de um vídeo no YouTube, em 2006, esse projeto musical viralizou na rede. Depois disso, toda a trajetória da Galinha está registrada em recordes de visualizações e parcerias de sucesso: cerca de 3 milhões de DVDs vendidos, centenas de produtos oficiais licenciados e mais de 24 bilhões de views dos canais em português e internacionais. Disponível nos principais serviços de streaming, como a Netflix, a personagem também está na televisão, na TV Cultura, no SBT e no canal Nat Geo Kids, com episódios especiais da série “Galinha Pintadinha Mini”, que traz novas historinhas, atividades educativas e conteúdos inéditos. Para mais informações, acesse http://www.
Com o aumento da cobertura vacinal anti-HPV, realização anual de exames preventivos e acesso ao diagnóstico e tratamento da doença em estágios iniciais, é possível diminuir os impactos da doença
São Paulo/SP – Janeiro é o mês de conscientização para o câncer de colo do útero, terceiro tipo de tumor mais incidente no Brasil, somando anualmente cerca de 16 mil casos e mais de 5 mil óbitos, números que o classificam como grave problema de saúde pública no país. Causada pelo Papilomavírus Humano (HPV) em mais de 90% dos casos, trata-se de uma doença passível de prevenção e curável quando diagnosticada em estágios iniciais.
Diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e Coordenadora do Comitê de Tumores Ginecológicos, Dra. Angélica Nogueira explica que a vacinação anti-HPV é essencial para enfrentar a doença. “Embora a vacina esteja amplamente disponível na rede pública, há a necessidade de buscar melhor aderência da população-alvo, que são meninas dos 9 aos 15 anos e meninos dos 11 aos 15 anos. Nos últimos anos, com a retirada da vacinação contra o HPV nas escolas públicas, tivemos uma queda significativa dos índices de cobertura vacinal, partindo de 90% em 2014, para 52% em meninas e 22% em meninos em 2019”, comenta.
Outro modo de mitigar os impactos da doença é o diagnóstico precoce por meio dos exames ginecológicos, principalmente o Papanicolau, também disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). No entanto, ainda se nota insuficiente conscientização para mulheres quanto à necessidade de realizarem esses exames e grandes barreiras de acesso a eles ou a técnicas mais modernas e eficazes de rastreamento, bem como ao tratamento de lesões precursoras curáveis. Segundo Dra. Angélica, o Brasil está abaixo da média mundial. “Infelizmente, estimativas do Ministério da Saúde indicam que apenas 16% das mulheres de 25 a 65 anos realizam exames ginecológicos no país, número que representa aproximadamente metade do mínimo indicado pela OMS”, alerta.
No fim do ano passado, a SBOC apresentou metas e estratégias para erradicar até 2030 o câncer de colo do útero no Brasil, alinhadas à campanha global lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adaptadas à realidade do país. São elas:
Atualmente, o Brasil atinge 70% de cobertura vacinal na primeira dose e menos de 50% na segunda; apenas 25% de rastreamento da doença; e 50% das mulheres têm dificuldade no acesso ao tratamento.
A SBOC alerta que ainda há um longo caminho a ser percorrido rumo à eliminação do câncer de colo do útero, mas com a união de forças das sociedades de saúde na conscientização da população, na divulgação de programas de vacinação, no aprimoramento e atualização dos exames de rotina e no aumento do acesso a melhores tratamentos em todas as regiões do país, o país pode alcançar essas metas dentro do prazo estabelecido. “Nós defendemos a vacinação contra o HPV nas escolas, a aprovação da lei que exige o cartão de vacina para matrícula escolar e a criação de campanhas periódicas de “volta às aulas” para que a aderência à vacinação também melhore. O Brasil tem recursos e capacidade para melhorar esses indicativos. Não podemos retroceder, ainda mais diante de um câncer que pode ser eliminado”, completa Dra. Angélica.
SOBRE A SBOC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é a entidade nacional que representa mais de 2,2 mil especialistas em oncologia clínica distribuídos pelos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Fundada em 1981, a SBOC tem como objetivo fortalecer a prática médica da Oncologia Clínica no Brasil, de modo a contribuir afirmativamente para a saúde da população brasileira. É presidida pela médica oncologista Dra. Clarissa Mathias, eleita para a gestão do biênio 2019/2021.
Crise limita transferência à capital de pacientes de municípios sem estrutura para casos graves
MANAUS/AM - O sistema de saúde de Manaus entrou em colapso pela segunda vez. Apesar de os hospitais da capital do Amazonas estarem tentando ampliar a disponibilidade de leitos para pacientes da COVID-19, o número de doentes cresce a uma velocidade mais rápida, levando à sobrecarga e saturação de todo o sistema de saúde. Mais grave é o fato de que a capacidade de Manaus produzir oxigênio cobre apenas um terço da demanda atual, deixando hospitais sem meios de fornecer o insumo a seus pacientes, com um grande número de relatos de pessoas morrendo por asfixia. O efeito cascata em algumas cidades do interior do estado está começando a aparecer, e as consequências podem ser igualmente devastadoras.
Equipes da organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão presentes nas cidades de São Gabriel da Cachoeira e Tefé, ambas a alguns dias de barco da capital. Com os hospitais de Manaus lotados, não há atualmente nenhum lugar para onde transferir os pacientes em estado mais grave. MSF está tentando correr contra o tempo, ampliando suas equipes e avaliando maneiras de contribuir com a resposta em Manaus, enquanto o número de mortos cresce.
Na primeira semana de janeiro, um terço dos pacientes de COVID-19 em Tefé, onde MSF dá suporte ao hospital regional, necessitavam de tratamento com oxigênio, mas na semana passada essa proporção elevou-se para dois terços.
Não apenas o número de pacientes admitidos está crescendo, mas seu estado de saúde quando são admitidos está mais grave, indicando que a situação pode estar prestes a se tornar desastrosa.
“Como sabemos um pouco mais sobre a doença, deveríamos estar em uma posição que permitisse salvar mais vidas, mas isso só é possível se dispomos de oxigênio e de possibilidades de transferir pacientes em estado grave ou crítico para hospitais mais bem aparelhados”, disse Pierre Van Heddegem, coordenador-geral dos projetos de MSF no Brasil. “Na semana passada, não foi possível transportar de avião nenhum paciente de Tefé a Manaus. Perdemos três pacientes que teriam tido chance de sobreviver se tivessem recebido atendimento em um hospital de uma cidade grande, mas a transferência foi inviável”, lamentou Van Heddegem.
Como não existem unidades geradoras de oxigênio próximas a Tefé, os cilindros têm de ser enviados a Manaus para recarga. MSF doou 50 novos cilindros ao hospital regional de Tefé no final de 2020, mas, sem a possibilidade de recarregá-los em Manaus, a região do interior também corre o risco de que seu estoque termine. “Temos apenas uns poucos dias de estoque de oxigênio em Tefé caso o ingresso de novos pacientes continue no ritmo atual”, acrescenta Van Heddegem.
MSF está buscando desesperadamente soluções alternativas para que os pacientes de Tefé que estão em estado grave possam receber assistência, apesar da saturação total dos hospitais de Manaus. Ao mesmo tempo, a organização está trabalhando para dar sua contribuição também em Manaus. Os primeiros integrantes de uma equipe de MSF chegaram ontem à capital do estado do Amazonas.
Em São Gabriel da Cachoeira, o outro município do Amazonas onde MSF atua, o ano de 2021 chegou com um forte aumento de casos. Na primeira semana de janeiro, o número de novos infectados pela COVID-19 aumentou em cinco vezes na comparação com os dados da última semana de 2020.
Uma enfermaria com seis leitos para pacientes da COVID-19 foi montada pelo Ministério da Saúde e está sendo apoiada por uma equipe de MSF. No município há um pequeno hospital com capacidade própria de geração de oxigênio, mas se o número de casos se elevar de maneira descontrolada as perspectivas podem se tornar tão difíceis quanto as vividas em Tefé.
MSF tem trabalhado na melhoria da capacidade de testagem local, utilizando especificamente o teste de antígeno, que detecta se o paciente está com o vírus ativo. Este tipo de teste é melhor para ter uma avaliação em tempo real da situação epidemiológica, em contraste com os testes de anticorpos, bastante usados no Brasil. Os testes de anticorpos mostram se a pessoa teve ou não a doença, mas não se ela se encontra doente no momento da coleta. No teste de anticorpos, um resultado positivo pode indicar que a pessoa teve a doença há semanas ou meses, mas pode não existir mais o risco de transmitir a doença. Detectar se o vírus encontra-se ativo ou não, como é possível fazer com o teste de antígeno, evita internações desnecessárias e sobrecarga adicional ao sistema de saúde.
MSF também doou cartuchos de exames a um laboratório já existente em São Gabriel da Cachoeira, permitindo a entrada em operação de uma máquina de exames GenExpert que pode ser utilizada para a realização de testes PCR em pacientes com suspeita de COVID-19. “Os resultados ficam prontos em cerca de uma hora e são realizados na própria cidade, sem a necessidade de levar as amostras até Manaus, como era feito até então”, explica Irene Huertas Martín, coordenadora do projeto de MSF na cidade. Antes, os resultados demoravam pelo menos uma semana.
Equipes de promoção de saúde de MSF também estão fornecendo informações sobre a doença nas duas cidades e o trabalho pode ser expandido a Manaus. Garantir que as pessoas saibam como se proteger e àqueles com quem convivem continua sendo uma das maneiras mais importantes de evitar a expansão da doença em uma região onde o acesso a cuidados de saúde adequados pode estar distante muitas horas ou mesmo dias em viagens de barco pelos rios da região.
MSF voltou a trabalhar no estado do Amazonas no final do ano passado, após um primeiro período de atuação na região entre abril a agosto, quando trabalhou em Manaus, Tefé e São Gabriel da Cachoeira. MSF continuou monitorando a situação da pandemia na região e, com o aumento de casos identificado em outubro, viu a necessidade de voltar às cidades do interior para oferecer novamente apoio aos profissionais de saúde locais na resposta à COVID-19.
No Brasil, além dos projetos em Tefé e em São Gabriel da Cachoeira, MSF trabalha em São Paulo, onde oferece cuidados paliativos para pacientes que não respondem a tratamentos, no hospital Tide Setúbal. MSF encerrou recentemente as atividades que mantinha no estado do Mato Grosso do Sul, na região das cidades de Amambaí, Corumbá e Aquidauana. A resposta de MSF à COVID-19 no Brasil começou em abril e, além dos estados já mencionados, foram realizadas atividades em Rio de Janeiro, Roraima, Mato Grosso e Goiás.
Sobre Médicos Sem Fronteiras
Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos. Para saber mais acesse o site de MSF-Brasil.
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