Jornalista/Radialista
SÃO CARLOS/SP - Um equipamento capaz de avaliar o impacto da intensidade da escuridão das lentes de óculos de sol na direção de um veículo, desenvolvido no Laboratório de Instrumentação Oftálmica do Departamento de Engenharia Elétrica (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, recebeu aprovação de patente de invenção do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
O reconhecimento foi o ponto de chegada de um projeto que teve início em 2018, com foco nesse tipo de acessório e a proteção dos usuários.
Na patente aprovada, o aparelho, um protótipo semafórico, ficou intitulado Método e Sistema de Medição de Características de Transmitância de Objetos Translúcidos. Na prática, trata-se de um pequeno equipamento, que pesa aproximadamente 1,5 kg e é composto por uma tela sensível ao toque, no qual o usuário pode interagir e avaliar se a quantidade de luz visível que penetra pelas lentes dos óculos de sol chega na intensidade satisfatória para total identificação das cores do semáforo.
A aferição é realizada em poucos segundos. A luz composta por LEDs de diferentes comprimentos de onda, específicos com as cores do semáforo instalados dentro do equipamento são direcionados para iluminar as lentes dos óculos. A luz que atravessa os óculos atinge sensores específicos para essas cores e são analisados por uma placa eletrônica faz diferentes medições. Um software embarcado disponibiliza para o usuário o quanto de luz foi transmitida pela lente e informa ao usuário, em uma tela, se seus óculos de sol estão próprios para uso em direção de veículos.
Para a avaliação, basta abrir a tampa superior do aparelho e posicionar as lentes dos óculos de sol a ser avaliado entre a placa e o LED. Para ser própria para direção, as lentes devem deixar passar mais do que 8% de luz. Mais do que isso, o aparelho desenvolvido pela EESC também permite calcula quanto as luzes vermelha, amarela e verde, cores que compõem um semáforo, estão sendo reduzidas pelas lentes do acessório. Para tal, é utilizado um quociente de atenuação visual de luz de trânsito (Q), que não deve ser menor que 0,8 para a luz de sinalização vermelha e menor que 0,6 para luzes de sinalização verde e amarela.
“Nosso laboratório já se dedicava às pesquisas sobre óculos de sol e proteção dos usuários, além de estarmos envolvidos com as normas para esse acessório junto à ABNT. Um dos requisitos das normas é, justamente, verificar se eles são apropriados para a direção de veículos, de modo que seus filtros que escurecem as lentes não interfiram na visualização dos semáforos, ponto em que focamos esse estudo específico”, diz Liliane Ventura, professora do SEL da EESC e coordenadora da pesquisa.
De acordo com Liliane, hoje existem óculos que são tão escuros que fazem com que não se perceba rapidamente a troca de cores do semáforo. “Essa avaliação é feita por equipamentos de espectroscopia, utilizados por profissionais qualificados e específicos. Mas, queríamos abrir a opção de verificação para um público mais amplo e a partir daí desenvolvemos um protótipo com interface amigável, em que o público pudesse testar seus próprios óculos e verificar se estão ou não apropriados para a direção.”
O projeto foi desenvolvido por Artur Duarte Loureiro, então aluno de mestrado e depois de doutorado no departamento, que transformou o protótipo em um sistema embarcado para que o público pudesse testar seus óculos. A pesquisa contou com financiamentos da Fapesp (2018/16275-2), da Capes e do CNPq, com bolsas de estudo para aluno e pesquisadora DT.
Da academia para a sociedade
Animada com a aprovação da patente, que tem duração de 20 anos, Liliane destaca o suporte e o incentivo da universidade para que as pesquisas e inovações ali desenvolvidas extrapolem os muros da academia.
“Os laboratórios, ou seja, a estrutura dada, além de todo o apoio em projetos de extensão da nossa universidade facilitam esse processo de transformação da produção científica em inovações para a indústria e para a sociedade. Agora que conseguimos a patente, nosso próximo passo será melhorar o protótipo com verbas de extensão e poder disponibilizá-lo, por exemplo, em museus de tecnologia, no Centro de Divulgação Científica e Cultural, entre outros locais para apreciação e maior acesso da aferição do equipamento pelo público”, conclui a professora da EESC.
EESC/USP
BRASÍLIA/DF - O Ministério da Saúde irá substituir as duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), popularmente conhecida como gotinha, por uma dose da vacina inativada (VIP), que é injetável. O objetivo é alinhar o esquema vacinal às práticas já adotadas por países como os Estados Unidos e nações europeias.
Segundo o Ministério, a mudança vai garantir maior eficácia do esquema vacinal, que será exclusivo com a vacina injetável.
O novo esquema inclui três doses da vacina injetável administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de uma dose de reforço aos 15 meses. O Ministério da Saúde já enviou orientações aos estados para que preparem os municípios para a implementação das novas diretrizes.
As doses da vacina oral poliomielite bivalente que estejam lacradas em estoque nos municípios serão recolhidas pelo Ministério da Saúde até o dia 31 de novembro. A partir de hoje, apenas as doses da vacina injetável deverão estar disponíveis nas salas de vacinação.
Zé Gotinha
Apesar da substituição da vacina oral, o Ministério da Saúde garante que o personagem Zé Gotinha, criado nos anos 1980 para incentivar a adesão das famílias, continuará sendo um símbolo da imunização no país.
“O Zé Gotinha é um símbolo universal na missão de salvar vidas e um aliado importante na educação e no combate às notícias falsas. Ele seguirá firme nas ações de conscientização”, explica o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti.
AGÊNCIA BRASIL
DESCALVADO/SP - A atleta Joana Motta, da Asa/ADN, voltou a brilhar. Na manhã deste domingo, 3, ela sagrou-se campeã geral da Corrida da Jundu 5k Run, realizada no interior da Mineração Jundu, em Descalvado/SP.
A prova, realizada em terreno acidentado, teve a distância de 5 km e Joana, fez uma corrida inteligente, cruzando a linha de chegada na primeira colocação geral.
De acordo com o técnico e coordenador do time são-carlense, Altair Maradona Pereira, Joana colocou em prática o que foi treinado ao longo das últimas semanas. “Foi mais uma corrida e mais um pódio. Dessa vez campeã geral. Parabéns a nossa atleta e rumo ao Jogos Abertos para representar nossa querida São Carlos”, disse Maradona.
Joana, após a prova, comemorou a conquista e disse que correu “em casa” e o resultado é reflexo do trabalho que realiza durante os dias. “Diferente das corridas que estou habituada, essa Cross Country foi bem desafiadora e estava ciente que o percurso era 100% em terra, dentro de uma mineração. Porém a chuva iniciou um dia antes e não cessou, o que fez com que o percurso se tornasse ainda mais difícil e perigoso. Enfrentamos muita lama, poças, em alguns pontos estava bem escorregadio e alagado, porém o cenário valeu muito a pena, nunca corri em um lugar com uma paisagem tão deslumbrante”, disse a corredora de São Carlos.
“Como eu já venho me preparando para as "surpresas" desafiadoras dos percursos, treinando em terrenos desafiadores, como no morro do Zorro em São Carlos, consegui me manter tranquila e aumentar o ritmo gradativamente na medida em que o barro amenizava. Só assustei porque os 5 km completou no meio de um morro e nada de avistar a linha de chegada”, finalizou.
SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de São Carlos realizou, no domingo (3), a captação de fígado, rins e córneas de um homem de 44 anos. Pelo menos cinco pessoas devem ser beneficiadas com os órgãos. Em 2024, já foram realizadas nove captações no hospital.
Após a morte encefálica do paciente ser constatada no sábado (2), a família autorizou o procedimento. A captação do fígado foi realizada por uma equipe especializada de Sorocaba; a dos rins pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto; e a das córneas pela Santa Casa de São Carlos.
O coordenador e membro da CIHDOTT, Tiago Clezer, explicou a importância de as pessoas conversarem e manifestarem para suas famílias o desejo de serem doadoras, pois muitas outras vidas podem ser salvas. “A decisão de doar é da família, por isso é essencial que eles saibam da sua vontade. Esse simples gesto pode ajudar a salvar vidas, trazendo esperança e saúde a quem mais precisa. Converse com sua família e compartilhe esse desejo”, disse.
FILA PARA TRANSPLANTE NO BRASIL
De acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, divulgados nesta segunda-feira (4), 75.110 pessoas aguardam por transplante no Brasil.
Em 2024, já foram realizados 21.853 transplantes no país. Doe órgãos! Salve vidas!
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