Jornalista/Radialista
ALEMANHA - A Alemanha entrou em recessão no ano passado. O produto interno bruto (PIB) da maior economia da Europa sofreu uma contração de 0,3% em 2023, depois de um aumento de 1,8% em 2022, segundo dados corrigidos de variáveis de preços divulgados na segunda-feira (15) pelo Gabinete Nacional de Estatísticas Destatis. O aumento dos custos da energia, as taxas de juro elevadas e a desaceleração da balança comercial enfraqueceram a indústria e as exportações alemãs.
Estes resultados são um pouco melhores do que as previsões do governo e do FMI, que previam respetivamente uma contração da economia alemã de 0,4% e 0,5% em 2023. Mas o país teve um desempenho significativamente pior do que a média da UE, que deverá atingir um crescimento de 0,6% em 2023, de acordo com as últimas previsões da Comissão Europeia, com aumentos significativos para França, Espanha e Itália.
A terceira maior economia do mundo também ficou atrás de outros grandes países industrializados, como os Estados Unidos ou o Reino Unido. O final do ano foi ainda pior do que os trimestres anteriores, com um PIB estimado em recuo de 0,3% entre setembro e dezembro, de acordo com uma estimativa preliminar da Destatis.
Má notícia para Scholz
Apesar de previsível, esta recessão não deixa de ser uma má notícia para o governo de Olaf Scholz, que já enfrenta uma impopularidade recorde e o aumento de exigências sociais. “O ano de 2023 foi turbulento, com a economia em crise permanente”, comenta Carsten Brzeski, analista do banco ING.
A economia alemã é pressionada pela crise em seu poderoso setor industrial, que representa cerca de 20% da riqueza produzida no país. A produção permanece mais de 9% abaixo do nível anterior à pandemia de Covid-19. Entre os fatores que levam à desaceleração estão a fraca procura interna, devido à inflação – que atingiu 5,9% em 2023 – e os aumentos das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE).
Segundo o Destatis, o consumo privado caiu 0,8% num ano. A construção foi particularmente prejudicada, com uma queda de 2,1% nos investimentos. A indústria também foi penalizada por exportações menos dinâmicas, num contexto de tensões geopolíticas e de menor procura de produtos alemães na China e nos Estados Unidos.
Acima de tudo, os preços da energia permanecem elevados para a indústria alemã em comparação com seus concorrentes internacionais. A química, particularmente afetada, produziu 8% menos em 2023, o que se traduziu numa queda de 12% nas receitas, segundo dados da indústria.
Melhoras em 2024
Mas a economia alemã deve começar a se recuperar já este ano, segundo as previsões. O governo espera um crescimento de 1,3% em 2024, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê 0,9%. “Com a queda da inflação, o aumento dos salários reais e uma recuperação gradual da economia global, os fatores que pesam sobre a economia deverão se atenuar e uma recuperação deve começar”, afirmou esta segunda-feira o Ministério das Finanças.
As exportações já registraram uma melhora no final do ano, com um aumento de 3,7% em novembro, após quatro meses de queda. Mas alguns especialistas duvidam de uma recuperação rápida, já que uma queda significativa das taxas de juro não está prevista este ano, nem dos preços da energia.
"Para 2024, não haverá melhoras. A Alemanha caiu na estagnação", segundo Jens Oliver Niklasch, analista do banco LBBW. "É possível que continuemos em recessão este ano. Os desafios são imensos", comentou esta segunda-feira a Câmara de Indústria e Comércio (DIHK).
O país também enfrenta desafios estruturais, como a falta de mão-de-obra, o envelhecimento da população e a falta de investimento, que poderão continuar a emperrar o crescimento.
Para piorar a situação, o Tribunal Constitucional cancelou em novembro € 60 bilhões de créditos de investimento em nome de regras orçamentárias constitucionais. A decisão obrigou o governo de Olaf Scholz a reduzir algumas despesas. Segundo o instituto econômico IFO, estes cortes deverão custar à Alemanha 0,2 pontos de crescimento nos próximos meses.
Outra crise para Scholz
As restrições orçamentárias levaram o governo a restringir subsídios para agricultores, gerando revolta entre agricultores. Nesta segunda-feira, milhares de agricultores alemães bloquearam o centro de Berlim com tratores. A mobilização é contra os planos de remoção dos benefícios fiscais para a profissão. Eles pedem a demissão do governo de Olaf Scholz.
A manifestação no coração da capital alemã culmina uma semana de protestos nacionais no setor agrícola, que o governo teme que se espalhem pelo resto da sociedade. Em frente ao Portão de Brandemburgo, milhares de agricultores vaiaram o ministro das Finanças, Christian Lindner, chamando-o de “mentiroso” e ordenando que “saísse” enquanto discursava em uma tribuna.
Iniciada há uma semana, a grande mobilização dos agricultores teve origem com o anúncio, em dezembro passado, da redução dos subsídios ao setor, devido às rigorosas regras orçamentais da Alemanha. Confrontada com os protestos do setor, a coligação governamental composta por social-democratas, verdes e liberais recuou um pouco no início do ano.
(Com AFP)
por RFI
EUA - O WhatsApp lançou um editor de figurinhas para dispositivos iOS, que permite aos usuários da app no iPhone criarem, editarem e compartilharem suas próprias figurinhas. A opção também já está presente na versão web do serviço de mensagens.
Até então, os fãs de figurinhas do WhatsApp tinham de recorrer a aplicativos de outras empresas. Com essa novidade do WhatsApp, os usuários poderão criar figurinhas sem sair da app, contando com ferramentas como texto, desenhos e a capacidade de sobrepor figurinhas. Assim que forem criadas, as figurinhas são salvas na área dedicada do WhatsApp.
É importante notar que a capacidade de criar figurinhas no WhatsApp só está presente a partir da versão iOS 17 do sistema operacional do iPhone, com as versões mais antigas dando apenas a capacidade de editar figurinhas já existentes.
Uma mulher, de 41 anos, viu a sua vida mudar após ser submetida a uma cirurgia para remover pedras nos rins. Cindy Mullins sofreu um choque séptico e foi obrigada amputar as duas pernas e vai ainda amputar as duas mãos.
Cindy Mullins foi internada no dia 1 de dezembro para ser submetida a uma cirurgia. A mulher teve alta logo após a operação, mas pouco tempo depois começou a se sentir mal e voltou a ser internada - após o marido a ter encontrado desmaiada no banheiro de casa.
A mulher, que é enfermeira, percebeu de imediato que algo não estava bem quando no hospital lhe verificaram a pressão arterial. “Eles começaram a aplicar medicamentos intravenosos em ambos os braços e não me lembro de mais nada”, disse a mulher ao Good Morning America.
Mullins foi submetida depois a vários exames, que comprovaram uma infecção nos rins. A mulher estava em choque séptico e os órgãos estavam a começar a parar. A enfermeira foi depois estabilizada e ventilada.
Dias depois, os órgãos de Cindy começaram a melhorar. No entanto, a mulher foi informada de que as suas pernas e mãos tinham se deteriorado e teriam que ser amputadas. “Quando me disseram que eu perderia as mãos e os pés, não fiquei com raiva. Senti a presença de Deus e que tudo ia ficar bem”, disse Mullins.
No dia seguinte, a mulher amputou as duas pernas acima do joelho. Nas próximas semanas, Cindy vai ser novamente operada para amputar ambas as mãos. Apesar de tudo, a mulher diz que do ponto de vista médico se encontra bem e que esta será uma nova realidade para ela.
A mulher passou as últimas num centro de reabilitação, para aprender a ser o mais independente possível. “Os médicos me disseram que não podem calcular o quão perto eu estive de morrer", disse.
ISRAEL - Uma pessoa morreu e ao menos 17 ficaram feridas na segunda-feira (15) em ataques na região central de Israel. As autoridades afirmaram que os dois suspeitos, palestinos e moradores da Cisjordânia ocupada, entraram em território israelense de maneira ilegal.
O ataque ocorreu na cidade de Ra'anana, localizada a 20 km de Tel Aviv, por volta das 13h30 no horário local (9h30 em Brasília). Segundo a polícia, os criminosos roubaram um carro e atropelaram pedestres em três locais. Eles ainda esfaquearam civis. Os suspeitos moram na região de Hebron, na Cisjordânia, e foram detidos pela polícia após o atentado.
O hospital Meir, em Kfar Saba, informou que uma mulher de aproximadamente 70 anos chegou à unidade em estado grave e morreu apesar dos esforços de ressuscitação. Em relatório inicial, os serviços de resgate disseram que ao menos outras 13 pessoas tinham sido atropeladas e que duas delas estavam em estado grave. Mais tarde, o número de feridos aumentou para 17.
Pelo menos sete crianças e adolescentes foram atingidos, de acordo com o jornal The Times of Israel. Um adolescente de 16 anos passava por cirurgia, sedado e entubado, devido a um traumatismo craniano.
Avi Bitton, comandante da polícia, descreveu o caso como um "atentado terrorista muito grave" e disse que a inteligência não descarta a participação de mais pessoas. Dezenas de policiais patrulhavam e faziam buscas na região de Ra'anana após os crimes.
Os suspeitos foram identificados como Mahmoud Zidat, 44, e seu sobrinho Ahmed Zidat, 25. Segundo investigação preliminar da polícia, mencionada pelo jornal israelense Haaretz, o suspeito esfaqueou uma mulher e assumiu o controle do carro dela. O suspeito perdeu o controle do veículo após atropelar as primeiras vítimas, mas ainda conseguiu roubar outro carro, com o qual continuou a atropelar pedestres.
As tensões em Israel e nos territórios palestinos aumentaram desde o ataque do Hamas no dia 7 de outubro, no qual terroristas mataram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram mais de 200, a maioria civis, em território israelense, de acordo com balanço de Tel Aviv.
Em resposta, Israel declarou guerra e faz bombardeios diários que devastam grande parte da Faixa de Gaza, matando mais de 24 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde local, e expulsando quase toda a população de 2,3 milhões de palestinos de suas casas. Um "bloqueio total" imposto por Tel Aviv restringiu o fornecimento de alimentos, combustível e medicamentos ao território.
POR FOLHAPRESS
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