ALEMANHA - O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha caiu 0,1% no segundo trimestre, na comparação trimestral, segundo dados finais divulgados nesta terça-feira, 27, pela Destatis, a agência de estatísticas do país. Não houve alteração em relação ao número preliminar, e o resultado veio em linha com a expectativa de analistas consultados pela FactSet.
No primeiro trimestre, houve alta de 0,2%, na mesma base de comparação. Ante o segundo trimestre do ano passado, o PIB alemão ficou estável. Neste caso, a projeção da FactSet era de recuo de 0,2%. *Com informações de Dow Jones Newswires.
ALEMANHA - A Alemanha entrou em recessão no ano passado. O produto interno bruto (PIB) da maior economia da Europa sofreu uma contração de 0,3% em 2023, depois de um aumento de 1,8% em 2022, segundo dados corrigidos de variáveis de preços divulgados na segunda-feira (15) pelo Gabinete Nacional de Estatísticas Destatis. O aumento dos custos da energia, as taxas de juro elevadas e a desaceleração da balança comercial enfraqueceram a indústria e as exportações alemãs.
Estes resultados são um pouco melhores do que as previsões do governo e do FMI, que previam respetivamente uma contração da economia alemã de 0,4% e 0,5% em 2023. Mas o país teve um desempenho significativamente pior do que a média da UE, que deverá atingir um crescimento de 0,6% em 2023, de acordo com as últimas previsões da Comissão Europeia, com aumentos significativos para França, Espanha e Itália.
A terceira maior economia do mundo também ficou atrás de outros grandes países industrializados, como os Estados Unidos ou o Reino Unido. O final do ano foi ainda pior do que os trimestres anteriores, com um PIB estimado em recuo de 0,3% entre setembro e dezembro, de acordo com uma estimativa preliminar da Destatis.
Má notícia para Scholz
Apesar de previsível, esta recessão não deixa de ser uma má notícia para o governo de Olaf Scholz, que já enfrenta uma impopularidade recorde e o aumento de exigências sociais. “O ano de 2023 foi turbulento, com a economia em crise permanente”, comenta Carsten Brzeski, analista do banco ING.
A economia alemã é pressionada pela crise em seu poderoso setor industrial, que representa cerca de 20% da riqueza produzida no país. A produção permanece mais de 9% abaixo do nível anterior à pandemia de Covid-19. Entre os fatores que levam à desaceleração estão a fraca procura interna, devido à inflação – que atingiu 5,9% em 2023 – e os aumentos das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE).
Segundo o Destatis, o consumo privado caiu 0,8% num ano. A construção foi particularmente prejudicada, com uma queda de 2,1% nos investimentos. A indústria também foi penalizada por exportações menos dinâmicas, num contexto de tensões geopolíticas e de menor procura de produtos alemães na China e nos Estados Unidos.
Acima de tudo, os preços da energia permanecem elevados para a indústria alemã em comparação com seus concorrentes internacionais. A química, particularmente afetada, produziu 8% menos em 2023, o que se traduziu numa queda de 12% nas receitas, segundo dados da indústria.
Melhoras em 2024
Mas a economia alemã deve começar a se recuperar já este ano, segundo as previsões. O governo espera um crescimento de 1,3% em 2024, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê 0,9%. “Com a queda da inflação, o aumento dos salários reais e uma recuperação gradual da economia global, os fatores que pesam sobre a economia deverão se atenuar e uma recuperação deve começar”, afirmou esta segunda-feira o Ministério das Finanças.
As exportações já registraram uma melhora no final do ano, com um aumento de 3,7% em novembro, após quatro meses de queda. Mas alguns especialistas duvidam de uma recuperação rápida, já que uma queda significativa das taxas de juro não está prevista este ano, nem dos preços da energia.
"Para 2024, não haverá melhoras. A Alemanha caiu na estagnação", segundo Jens Oliver Niklasch, analista do banco LBBW. "É possível que continuemos em recessão este ano. Os desafios são imensos", comentou esta segunda-feira a Câmara de Indústria e Comércio (DIHK).
O país também enfrenta desafios estruturais, como a falta de mão-de-obra, o envelhecimento da população e a falta de investimento, que poderão continuar a emperrar o crescimento.
Para piorar a situação, o Tribunal Constitucional cancelou em novembro € 60 bilhões de créditos de investimento em nome de regras orçamentárias constitucionais. A decisão obrigou o governo de Olaf Scholz a reduzir algumas despesas. Segundo o instituto econômico IFO, estes cortes deverão custar à Alemanha 0,2 pontos de crescimento nos próximos meses.
Outra crise para Scholz
As restrições orçamentárias levaram o governo a restringir subsídios para agricultores, gerando revolta entre agricultores. Nesta segunda-feira, milhares de agricultores alemães bloquearam o centro de Berlim com tratores. A mobilização é contra os planos de remoção dos benefícios fiscais para a profissão. Eles pedem a demissão do governo de Olaf Scholz.
A manifestação no coração da capital alemã culmina uma semana de protestos nacionais no setor agrícola, que o governo teme que se espalhem pelo resto da sociedade. Em frente ao Portão de Brandemburgo, milhares de agricultores vaiaram o ministro das Finanças, Christian Lindner, chamando-o de “mentiroso” e ordenando que “saísse” enquanto discursava em uma tribuna.
Iniciada há uma semana, a grande mobilização dos agricultores teve origem com o anúncio, em dezembro passado, da redução dos subsídios ao setor, devido às rigorosas regras orçamentais da Alemanha. Confrontada com os protestos do setor, a coligação governamental composta por social-democratas, verdes e liberais recuou um pouco no início do ano.
(Com AFP)
por RFI
JAPÃO - A taxa anualizada do PIB caiu 2,9% no terceiro trimestre, e não subiu, como constava na nota publicada anteriormente. Segue versão corrigida.
O Produto Interno Bruto (PIB) real do Japão caiu 0,7% no terceiro trimestre de 2023 ante o anterior, segundo dado revisado divulgado há pouco pelo escritório de estatísticas do país. O resultado ficou abaixo do que indicava o dado preliminar e do que os analistas da FactSet esperavam, que era queda 0,5% na comparação trimestral. A leitura representa uma desaceleração em relação ao crescimento de 1,2% visto no segundo trimestre do ano.
Já na leitura anualizada, a economia recuou 2,9% no terceiro trimestre, quando a leitura preliminar e o consenso dos especialistas era de -2,1%. A taxa anualizada do PIB desacelerou do nível de 4,8%, registrado no segundo trimestre.
MÉXICO - O Produto Interno Bruto (PIB) do México cresceu 1,1% no terceiro trimestre de 2023 ante os três meses anteriores, informou na sexta-feira, 24, o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi).
O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, de alta de 0,9%. Já na comparação anual, a economia do país avançou 3,3%, em linha com a projeção da FactSet.
TÓQUIO - A economia do Japão cresceu menos do que o inicialmente estimado no segundo trimestre e os salários caíram em julho, lançando dúvidas sobre as projeções do banco central de que a demanda interna sólida irá manter o país no rumo da recuperação.
As despesas de capital e o consumo privado caíram no período de abril a junho, de acordo com dados revisados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta sexta-feira, ressaltando a situação frágil da economia japonesa, que já está enfrentando o enfraquecimento do crescimento da China e dos Estados Unidos.
Os salários reais ajustados pela inflação caíram em julho pelo 16º mês consecutivo, em um sinal de que as famílias continuaram a sentir o impacto do aumento dos preços, segundo dados separados, o que é um mau presságio para o consumo.
"As exportações fracas para a China podem estar deixando os fabricantes japoneses cautelosos em relação aos investimentos. A esperança é de que as empresas do setor de serviços possam compensar essa falta, embora o consumo lento possa desencorajá-las a gastar dinheiro também", disse Takeshi Minami, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Norinchukin.
A economia do Japão cresceu 4,8% em termos anualizados entre abril e junho, segundo os dados revisados, abaixo da estimativa preliminar de crescimento de 6,0% e das previsões do mercado para uma expansão de 5,5%.
O principal fator por trás da redução foi uma queda de 1,0% nos gastos de capital, em comparação com uma leitura preliminar estável, lançando dúvidas sobre a visão do Banco do Japão de que gastos corporativos robustos sustentarão a economia pós-pandemia do Japão. O declínio revisado foi maior do que a previsão do mercado de uma queda de 0,7%.
O consumo privado, que representa mais da metade da economia, caiu 0,6% em relação ao trimestre anterior no período de abril a junho, em comparação com uma queda preliminar de 0,5%.
As exportações permaneceram sólidas no segundo trimestre, com a demanda externa líquida contribuindo com 1,8 ponto para o crescimento do PIB, sem alterações em relação à leitura preliminar.
Mas os embarques para a China caíram 13,4% em julho, marcando o oitavo mês consecutivo de quedas. As exportações totais caíram 5,0% em relação ao ano anterior na primeira metade de agosto, após um declínio de 0,3% em julho, sugerindo que a desaceleração global está afetando a economia.
Como a demanda doméstica fraca levou a quedas nas importações, o superávit em conta corrente do Japão registrou um valor recorde para o mês de julho, segundo dados separados divulgados nesta sexta-feira.
"Não ficarei surpreso se o Japão sofrer dois trimestres consecutivos de contração durante o restante deste ano", disse Minami, da Norinchukin. "A chance de um fim antecipado da política monetária ultrafrouxa está diminuindo."
A economia do Japão teve uma recuperação tardia da pandemia de Covid-19 este ano, já que o aumento dos custos de vida e a da demanda global fraca obscurecem as perspectivas.
Diante de tais incertezas, as autoridades do Banco do Japão enfatizaram sua determinação de manter a política monetária ultrafrouxa até que a recente inflação impulsionada pelos custos se transforme em aumentos de preços impulsionados pela demanda doméstica e por um maior crescimento dos salários.
Por Leika Kihara e Yoshifumi Takemoto / REUTERS
ESPANHA - O Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha cresceu 0,6% no primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre do ano passado, segundo dados finais divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Na comparação anual do primeiro trimestre, o PIB espanhol teve expansão de 4,2%. Ambas as variações foram revisadas para cima. Originalmente, o INE havia estimado avanço trimestral de 0,5% e ganho anual de 3,8% do PIB.
INGLATERRA - Com o crescimento da economia atualmente próximo de zero e inflação superior a 10%, o país assistiu recentemente à maior onda de greves dos últimos anos — trabalhadores de setores como transporte e saúde reivindicam aumentos salariais diante da perda do poder de compra dos salários.
Organizações como o Escritório de Responsabilidade Orçamentária britânico (Office for Budget Responsibility) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) preveem queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2023.
Se as previsões se concretizarem, o Reino Unido poderá ser a única grande economia a entrar em recessão neste ano. Mesmo a Rússia, apesar de todos os problemas financeiros relacionados à guerra na Ucrânia, pode escapar da retração econômica.
Há pelo menos quatro fatores que refletem a situação atual no país e o impacto da crise no bolso dos britânicos:
1. Falta de alimentos frescos nas prateleiras dos supermercados
Primeiro foi o racionamento de ovos. Agora, tomate, alface e uma série de outros vegetais têm sido cada vez mais difíceis de encontrar.
O jornal britânico Financial Times destaca que o país é a sexta maior economia do mundo e, no entanto, não consegue fornecer os ingredientes de uma salada à população.
A dificuldade de obtenção de alguns produtos tem levado os consumidores a fazerem uma peregrinação nos supermercados para encher as sacolas de compras.
Diante da falta de itens como alface, tomate, pimentão, pepino, brócolis, couve-flor e framboesa, os supermercados do Reino Unido racionam a venda de vegetais e frutas.
Uma mistura de fatores causou essa "tempestade perfeita".
O aumento do custo dos fertilizantes, a menor produção de frutas e legumes na Espanha e no Marrocos, juntamente com problemas de transporte e escassez de trabalhadores agrícolas temporários colocaram a cadeia de abastecimento sob pressão.
O programa de visto para trabalhadores temporários permite que eles permaneçam no país por seis meses.
Antes da saída do Reino Unido da União Europeia, conhecida como Brexit, os trabalhadores de outros países da região podiam ir e vir sem restrições, por conta das regras de livre circulação de pessoas do bloco.
Agora, eles vêm de países tão distantes quanto o Nepal.
Sarah Schiffling, especialista em cadeia de suprimentos da Hanken School em Helsinque, na Finlândia, disse à equipe da BBC Reality Check que o período de cultivo de tomates nas estufas do Reino Unido dura cerca de nove meses.
Assim, um visto de trabalho temporário de seis meses significa recrutar e treinar dois grupos de trabalhadores, o que aumenta a burocracia e os custos.
Outro fator que tem pesado nos custos do setor é o preço da energia, que disparou desde o início da guerra na Ucrânia, um ano atrás.
Muitos produtores britânicos decidiram parar de produzir em estufas para reduzir as despesas com gás e eletricidade.
2. Comprar a casa própria é cada vez mais difícil e alugar, cada vez mais caro
"Os imóveis no Reino Unido hoje são menos acessíveis do que em qualquer momento dos últimos 147 anos", ressaltou em relatório a gestora de investimentos Schroders, referindo-se à situação dos preços atualmente, os mais altos desde 1876.
Em diversos países, os bancos centrais têm elevado as taxas básicas de juros para tentar conter a inflação, que cresceu no ritmo do aumento global dos custos de energia. No Reino Unido, contudo, a autoridade monetária foi mais agressiva do que a média e elevou as taxas dez vezes seguidas.
A última foi em fevereiro, quando o percentual foi elevado em 0,5 ponto percentual, chegando a 4% ao ano.
Esse movimento não apenas encarece os preços de imóveis, mas também tem impacto sobre o mercado de aluguéis.
Como cada vez menos gente consegue comprar, muitos recorrem a alugar. Com a demanda aquecida, os preços sobem.
"A propriedade constitui uma parte significativa do patrimônio de muitas pessoas", afirma Gillian Hepburn, diretora de UK Intermediary Solutions da Schroders, à BBC News Mundo, serviço da BBC em espanhol.
"A geração mais jovem que tem hipotecas tem o desafio de entender como arcar com custos fixos mensais mais altos com a mesma renda e o que isso significará para outras despesas."
O problema é agravado por uma expectativa de redução na oferta de imóveis.
A Federation of Home Builders, associação que representa empresas do setor de construção na Inglaterra e no País de Gales, estima que o volume de lançamentos pode cair em breve para um nível não visto desde a Segunda Guerra Mundial.
3. Desempenho da economia será pior que da Rússia, segundo o FMI
Embora o país tenha até agora conseguido evitar a recessão técnica, "as perspectivas de crescimento permanecem um pouco mais sombrias que para o restante das principais economias", diz Stephanie Kennedy, economista do banco Julius Baer.
Essa visão é compartilhada por Steven Bell, economista-chefe da Columbia Threadneedle Investments: "A economia do Reino Unido parece vulnerável".
"Os preços de energia podem começar a diminuir em breve no Reino Unido, mas as taxas de juros mais altas reduziram os gastos dos consumidores à medida que aumentaram as parcelas das hipotecas."
De acordo com o relatório World Economic Outlook Update, publicado pelo FMI em 31 de janeiro, a economia britânica deve contrair 0,6% em 2023. O único caso de retração do PIB entre as grandes economias.
Até a Rússia, com todas as sanções internacionais impostas em decorrência da guerra na Ucrânia, tem melhores perspectivas, com PIB estimado em alta de 0,3%.
A recessão no Reino Unido prevista pelo FMI está em linha com o consenso entre os economistas de consultorias e instituições financeiras, embora os órgãos oficiais do país tenham divergências sobre a duração e profundidade do ciclo de contração.
4. A espiral inflacionária parece não ter fim
A inflação britânica permanece acima de 10%, um dos níveis mais altos do mundo.
Além disso, conforme noticiado pela agência Reuters, a inflação de alimentos atingiu 17,1% nas quatro semanas encerradas em 19 de fevereiro, outro recorde histórico.
A empresa de pesquisas Kantar calcula que, com a alta de preços, as famílias britânicas devem gastar, em média, cerca de mil dólares a mais do que antes por ano em suas visitas ao supermercado, caso não cortem custos.
Luke Bartholomew, economista sênior da Abrdn, avalia, entretanto, que "olhar para o crescimento dos preços de alimentos isoladamente dá uma imagem ligeiramente enganosa do quadro geral da inflação, que deve cair rapidamente neste ano".
"Provavelmente será necessária uma recessão antes que a inflação retorne à meta de forma sustentável", acrescenta o especialista.
"Os salários estão ficando atrás da inflação. Isso explica em parte porque o crescimento provavelmente será tão fraco neste ano", afirma.
A economia do Reino Unido parece ter entrado numa espiral difícil de ser freada.
Quando os preços sobem, os trabalhadores demandam aumento salarial, o que leva as empresas a reajustarem seus preços, levando a novos aumentos.
"Episódios recentes no mercado de trabalho sugerem que a luta do Banco da Inglaterra contra a alta inflação está longe de terminar e os riscos de transbordamento são significativos", pontua Silvia Dall'Angelo, economista sênior da Federated Hermes Limited.
-Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/c4nenl5gjdzo
INGLATERRA - O crescimento da economia britânica recuperou 0,5% em Outubro passado, após uma contração de 0,6% em Setembro, de acordo com o Office for National Statistics (ONS).
Contudo, o gabinete de estatística do Reino Unido advertiu que as estimativas para Setembro de 2022 foram afetadas pelo funeral estatal da Rainha Isabel II, quando algumas empresas podem ter fechado ou operado de forma diferente nesse dia.
Como tal, o PIB mensal do Reino Unido é estimado em 0,4% acima do nível de Fevereiro de 2020, antes da introdução de restrições devido à pandemia do coronavírus.
Em comparação com o mesmo mês em 2021, o PIB mensal cresceu 1,5% em Outubro de 2022. Para comparação, o PIB mensal cresceu 1,3% entre Setembro de 2022 e Setembro de 2021.
Entretanto, a média móvel trimestral até Outubro registou uma contração do PIB de 0,3% em relação aos três meses até Julho de 2022.
O sector dos serviços cresceu 0,6% em Outubro de 2022, após uma queda de 0,8% em Setembro, enquanto que a produção permaneceu praticamente estável em Outubro, após um crescimento de 0,2% no mês anterior.
Do mesmo modo, o sector da construção cresceu 0,8% em Outubro de 2022; este é o seu quarto aumento consecutivo depois de ter aumentado 0,4% em Setembro, 0,6% em Agosto e 0,2% em Julho de 2022.
por Pedro Santos / NEWS 360
ALEMANHA - O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido registrou contração de 0,2% no terceiro trimestre, após uma alta de 0,2% no trimestre anterior, anunciou nesta sexta-feira o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS).
O retrocesso foi considerável em setembro (-0,6%) devido ao feriado pelo funeral da rainha Elizabeth II, que provocou o fechamento de muitas empresas.
O ONS aponta o aumento dos custos como um fator que pesa na produção das empresas. A inflação no país está próxima de 10%, a mais elevada entre os países do G7.
"Não escapamos das dificuldades mundiais relacionadas à inflação elevada e um crescimento lento devido, principalmente, à guerra ilegal da Rússia na Ucrânia e às limitações no fornecimento de gás, que aumentaram os preços da energia e a inflação", afirmou o ministro das Finanças, Jeremy Hunt.
"Para alcançar um crescimento de longo prazo, nós temos que conter a inflação, equilibrar as contas e reduzir a dívida", declarou, ao defender uma linha dura orçamentária que provoca o temor do retorno da austeridade no país.
ARGENTINA - O Produto Interno Bruto (PIB) argentino crescerá 2% em 2023, com um déficit fiscal de 1,9% e uma inflação anual de 60%, de acordo com o projeto de lei orçamentária anunciado na quarta-feira (28) pelo ministro da Economia, Sergio Massa, em um cenário em que também houve aumento da pobreza.
"Temos que melhorar a qualidade de vida das pessoas. Temos que criar um processo de desenvolvimento com inclusão social", disso o chefe da pasta ao discursar no plenário da Câmara dos Deputados.
A economia argentina acumula um crescimento de 6,4% nos primeiros sete meses de 2022 e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o país fechará o período anual com uma expansão de 4%.
A inflação teve um aumento de 56,4% entre janeiro e agosto e se estima que ultrapasse 90% no ano, segundo levantamentos do Banco Central.
A reativação do crescimento iniciada em 2021 após a pandemia, com um aumento de 10,3% do PIB, diminuiu o desemprego de 9,6% para 6,9% na medição interanual do segundo trimestre.
Massa afirmou que o orçamento apresentado "é realista", após a oposição impedir no voto a aprovação do projeto de lei orçamentária para 2022.
Sem uma lei orçamentária, o governo do presidente Alberto Fernández estendeu por decreto as alocações de receitas e despesas de acordo com a norma aprovada para 2021.
O déficit fiscal comprometido pelo governo para este ano perante o FMI é de 2,5% do PIB, objetivo para o qual o governo argentino está implementando um plano de ajuste que acaba de receber o aval da entidade multilateral.
Em 2023, a taxa de câmbio terá uma média de 218,90 pesos por dólar, com um aumento de 62% em relação ao nível atual da taxa de câmbio oficial.
- Pobreza chega a 36,5% -
Já a taxa de pobreza na Argentina ficou em 36,5% da população no primeiro semestre de 2022, com uma redução de 0,8 ponto percentual em relação ao segundo semestre de 2021, segundo o instituto de estatística Indec.
Enquanto isso, a indigência, que afeta as pessoas que não conseguem cobrir as despesas básicas de alimentação, aumentou. O estudo oficial colocou o número de indigentes em 8,8% da população, um aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao índice do segundo semestre do ano passado.
O levantamento do Indec é realizado nos 31 grandes conglomerados urbanos da Argentina e não urbanos com uma população total de 47 milhões de pessoas, mas oferece um panorama global que permite uma projeção em todo o país.
Segundo o Indec, mais da metade (50,9%) das pessoas de 0 a 14 anos são pobres, contra 51,4% no semestre anterior e 54,3% nos primeiros seis meses de 2021.
O número de pessoas abaixo da linha de pobreza foi de 10,64 milhões, dos quais 2,56 milhões são indigentes.
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